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sábado, 9 de maio de 2015

Dal Covolo: "Os jovens de hoje precisariam de um novo Dom Bosco” 1ª parte.



Roma, (ZENIT.org) Salvatore Cernuzio 

Os jovens de hoje precisariam de “um novo Dom Bosco”. Alguém que mostre que , para além da educação e da formação, existe uma real atenção para os problemas das suas vidas e sofrimentos das suas almas. Que mostre, portanto, aquela “amabilidade” sempre pregada pelo Santo. Convencido disso está Mons. Enrico dal Covolo, que entende bem de jovens, depois de cinco anos na frente da ‘Universidade do Papa’, a Pontifícia Universidade Lateranense. Salesiano proeminente, depois da Páscoa, Dal Covolo foi para Qom, no Irã, para um projeto de diálogo em vista do Jubileu e para presentear aos alunos e professores islâmicos a bagagem experiências positivas aprendidas durante os anos de formação dos salesianos. As mesmas pessoas que inicialmente "não gostavam muito dele", mas que, depois mudaram a sua visão sobre a vida e a fé. Abaixo a primeira parte da entrevista. A segunda parte será publicada na segunda-feira, 11 de maio.

ZENIT: Há 200 anos da morte de Dom Bosco, o que diz a figura desta grande Santo, especialmente aos jovens aos quais se dirigia e aos quais reservava tão grande atenção?
Mons. Dal Covolo: Em primeiro lugar eu digo sempre que seria necessário “um novo Dom Bosco” porque a situação dos jovens de hoje é tal que requer pessoas com um carisma como aquele do Santo. Realmente precisaríamos rezar mesmo para que voltasse um Dom Bosco, sem dúvida não com as características de 200 anos atrás, porque seria anacrônico. Os tempos mudaram muito, os desafios são diferentes, os jovens de hoje são muito diversos... No entanto, há um elemento que, na minha opinião, permanece perene na sua validade educativa e é a famosa amabilidade, ‘ponta de diamante’ do sistema preventivo. Aquela ideia de Dom que se o coração não está no centro do processo educativo não se faz nada. É por isso que eu sempre digo que o educador deve sempre ser um homem ou uma mulher de esperança: não é possível educar de modo técnico, sem assumir totalmente as e expectativas, os problemas dos jovens. Para mim é totalmente válido o ideal que São João Bosco propôs aos seus jovens, ou seja, o ideal do cidadão honesto e do bom cristão, que significa, basicamente, um projeto educacional de 360°.

domingo, 3 de maio de 2015

Anúncio Páscoa 2015_ III/Parque Jequitibá-Sob/DF

O Anúncio desde domingo foi feito pela Comunidade I - Paróquia da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF. Deram testemunho a nossa irmã Wâner e o Pe. Dilsomar.

sábado, 2 de maio de 2015

terça-feira, 14 de abril de 2015

Francisco: evangelizar não é fazer propaganda

Evangelizar (Catequese)
Cidade do Vaticano (RV) – Depois da pausa pascal, o Papa Francisco retomou na manhã desta segunda-feira (13/04) as missas na Casa Santa Marta. Em sua homilia, Francisco se inspirou na primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, a partir desta afirmação de Pedro e João: “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”.
Falar com franqueza, com temor
O Pontífice recordou que Pedro e João, depois de realizarem um milagre, foram presos e ameaçados pelos sacerdotes para que não falassem mais em nome de Jesus. Mas eles não se amedrontam, e quando voltam junto dos seus irmãos, os encorajam a proclamar a Palavra de Deus “com franqueza”. E, pedem ao Senhor que considere as ameaças recebidas e conceda a seus servos anunciar a palavra com intrepidez :
“Também hoje a mensagem da Igreja é a mensagem do caminho da franqueza, do caminho da coragem cristã. Esses dois discípulos simples e iletrados – como diz a Bíblia – foram intrépidos. Uma palavra que se pode traduzir com ‘coragem’, ‘franqueza’, ‘liberdade de falar’, ‘não ter medo de dizer as coisas’ … É uma palavra que tem muitos significados no original. A parresìa, aquela franqueza … E do temor passaram à ‘franqueza’, a dizer as coisas com liberdade”.Francisco comentou a seguir o trecho do Evangelho do dia, que narra o diálogo “um pouco misterioso entre Jesus e Nicodemos”, sobre “o segundo nascimento”, sobre ter uma nova vida diferente da primeira. 
Anunciar Cristo sem fazer propaganda
O Papa sublinha que também nesta narração “neste itinerário da franqueza”, o “verdadeiro protagonista” é “o Espírito Santo”, “porque Ele é o único capaz de nos dar a graça da coragem de anunciar o Cristo”:
“Esta coragem do anúncio é o que nos distingue do simples proselitismo. Nós não fazemos publicidade, diz Jesus Cristo, para ter mais ‘sócios’ na nossa ‘sociedade espiritual’, não? Isso não serve. Não serve, não é cristão. Aquilo que o cristão faz é anunciar com coragem, e o anúncio de Jesus Cristo provoca, por meio do Espírito Santo, aquela surpresa que nos faz seguir em frente”.
O verdadeiro protagonista disso tudo, considerou novamente o Papa, é o Espírito Santo. Quando Jesus fala em “nascer de novo”, disse, nos faz entender que é o “Espírito que nos muda, que vem de todos os quadrantes, como o vento: sentimos a sua voz”. E, prosseguiu: “somente o Espírito é capaz de mudar a nossa atitude, comportamento”, de “mudar a história da nossa vida, mudar a nossa pertença”.
A coragem, graça do Espírito Santo
É o Espírito, continuou, “que dá esta força e estes homens simples e sem instrução”, como Pedro e João, “esta força de anunciar Jesus Cristo até o testemunho final: o martírio”:
“A estrada da coragem cristã é uma graça que o Espírito Santo doa. Existem tantas estradas que podemos percorrer, e que também nos dão uma certa coragem. ‘Vejam que corajoso, que decisão tomou! E veja este, como realizou bem um plano, organizou as coisas, muito bem’: isso ajuda, mas é instrumento de uma coisa maior: o Espírito. Se não há o Espírito, podemos fazer tantas coisas, muito trabalho, mas não serve a nada”.
A Igreja, conclui o Papa, depois da Páscoa “nos prepara para receber o Espírito Santo”. Para isso, a sua exortação final, agora, “na celebração do mistério da morte e da Ressurreição de Cristo, é para que possamos recordar toda a História da Salvação” e “pedir a graça de receber o Espírito para que nos dê a verdadeira coragem para anunciar Jesus Cristo”. (BF/RB).
Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 21 de março de 2015

Cardeal João Braz de Aviz lança livro em Brasília

Brasília vai receber o cardeal João Braz de Aviz no próximo domingo, 22 de março, para o lançamento do livro Sou João – Verdade e Diálogo por uma Igreja-Comunhão.
O livro apresenta, em forma de entrevista, o percurso do cardeal e o pensamento dele sobre a Igreja, abrangendo os desafios nacionais e internacionais da instituição.
De modo aberto, dom João também fala de sua trajetória: desde a infância, em uma família simples e determinada do interior do de Santa Catarina, até o trabalho na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano.
A vida de dom João coincide com etapas decisivas da história recente do Brasil, da Europa e da Igreja Católica. Situado neste contexto, o cardeal aborda os momentos cruciais da vida e trabalho a serviço da Igreja.
O evento acontece às 16h, no Auditório José Freire Falcão, da Cúria Metropolitana de Brasília, localizada na Esplanada dos Ministérios.
Arquidiocese de Brasília

Quem fofoca é um “terrorista”, diz Papa aos religiosos


Cidade do Vaticano (RV) – Bem ao estilo Bergoglio, ao afirmar  que discursos prontos aborrecem, Francisco improvisou durante o encontro com o clero na Catedral de Nápoles, na tarde de sábado (21/03).
Ao fazer novamente bom uso de uma das suas principais qualidades, a  espontaneidade, Francisco disse que o caminho da vida consagrada é “seguir Cristo com vontade de trabalhar pelo Senhor”. Ele lembrou da importância de amar a mãe para chegar-se ao filho: “Se não quer a mãe, a mãe não lhe dará o filho”, advertiu o Papa.
“Terrorismo da fofoca”
O Papa permitiu-se a cunhar uma nova expressão: o terrorismo da fofoca. “A fofoca destrói. As diferenças existem, sim, e isso é cristão,  mas devem ser resolvidas face a face”, afirmou Francisco diante da catedral lotada.
Ao concluir, o Papa citou três conceitos que devem permear a vida dos religiosos: a adoração, o amor à Igreja e o zelo apostólico.
“Perdemos o senso da adoração a Deus. Não é possível amar Jesus sem amar sua esposa. O amor à Igreja te leva a conhecer a ti mesmo.  Este é o sentido da missão”, sintetizou, respectivamente o Papa, que finalizou: “Estas são as coisas que me vieram de maneira espontânea”.
(RB)
Rádio Vaticano

domingo, 8 de março de 2015

Kiko Argüello: "O Papa demonstrou hoje o seu amor pelo Caminho Neocatecumenal"

Entrevista ao fundador do itinerário neocatecumenal, após a audiência com o Santo Padre na Sala Paulo VI.

Roma, 06 de Março de 2015 (Zenit.org) Salvatore Cernuzio 

É difícil descrever a emoção que emerge dos olhos de Kiko Argüello. As palavras proferidas hoje pelo Papa Francisco para o Caminho Neocatecumenal, iniciado por ele, foram um grande incentivo para este “itinerário de formação cristã válido para os tempos modernos”, como o definiu São João Paulo II. Assim como Wojtyla, mas também Bento XVI, e, em sua época, Paulo VI, também Bergoglio deu a bênção da Igreja à obra de evangelização que o Caminho leva adiante há cerca de meio século em todos os cantos do globo, especialmente através das famílias. E pensar que tudo nasceu de uma pequena semente plantada nas periferias de Madrid, efetivamente faz graça. Porque, como disse Kiko para ZENIT na entrevista logo após a audiência “como Deus é bom conosco”.
ZENIT: Após esta audiência com o Papa, o que se espera do Caminho Neocatecumenal?
Kiko: Nos próximos meses daremos a volta ao mundo para os encontros vocacionais. Estarei na Itália, em Gênova, Palermo e talvez em Macerata, e também na Espanha. A novidade é que iremos também à África. Porque eu tenho tantos irmãos e irmãs que me pedem: "Kiko, quando você vem para a África?". São pessoas pobres, humildes, muito atraídas pelas palavras de Cristo: "Vem e segue-me!". E também eles esperam viver um encontro onde alguém lhes diga: "Há famílias para a missão?", para se levantar e sair. Portanto, estamos organizando um grande encontro com cerca de 25 mil pessoas. Vamos ver...

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O CAMINHO DE PEDRO

Roma, Bento XVI disse: “Ora, confiamos a Santa Igreja aos cuidados do seu Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo”. Na Audiência Geral de Quarta-feira de Cinzas, acrescentou: Sustenta-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, à qual não poderá faltar Sua condução e Seu cuidado”. Palavras fundamentais para recordar a todos a identidade da Igreja: não uma instituição como outra, mas uma entidade criada por Jesus Cristo como comunidade de fé que, nos séculos, atravessou diversas culturas, leva aos Continentes a mensagem e o testemunho da obra do Senhor Deus dos homens. Uma obra realizada mediante a estirpe de Abrão e o Povo da Antiga Aliança, concretizados na pessoa de Jesus de Nazaré, Palavra e Acontecimento, Filho de Deus que nos revela o Pai para revelar a dignidade e o destino de cada pessoa humana. 
Em uma série de textos e de imagens, a Rádio Vaticano, graças ao trabalho do biblista Pe. Francesco Rossi De Gasperis, e das fotos gentilmente emprestadas pelo Pe. Giuliano Savina, pároco de duas igrejas em Milão e por Giusy Capra do Ordo Virginum da mesma Igreja ambrosiana, propõe em seu site, no Facebook e nos Boletins em diversas línguas, o material para aprofundar a realidade do Corpo de Cristo que é a Igreja e o significado do Ministério do Bispo de Roma, Sucessor de Pedro.
O Cristianismo não é de per si uma religião entre todas sobre a Terra. Estas são uma tentativa dos homens de se colocarem em relação com o Transcendente. Estas são o resultado da procura de Deus e criam símbolos, ritos, linguagens e orações da civilização na qual nascem e se desenvolvem. Também o Cristianismo assumiu alguns destes sinais e símbolos. Mas este muito mais que uma religião: nasce da procura do Homem, da pessoa humana, da parte de Deus. Este é antes de tudo uma única fé oferecida pelo Senhor à humanidade, desde Abraão até Jesus, para entrar em contato com ela e se revelar a si mesmo.
O Cristianismo é uma fé na Palavra e no Encontro. O Evento-Palavra vivente e escrita inspirada pelo Pai que por sua vez inspira e, graças ao Espírito Santo, torna válido e eficaz o dinamismo interno de todas as etapas da história humana, que aconteceram da Criação até à glória escatológica. É Jesus o Nazareno (= descendente de Davi), o Filho Encarnado, feito pelo Pai, Cristo (Messias) glorioso e Senhor mediante Sua ressurreição dos mortos (Rm 1,1-4). O Mistério de sua transfiguração gloriosa, operada através de Sua Páscoa de morte e de ressurreição, unifica e conduz a existência de todos os seres e de toda a realidade do universo no tempo e na eternidade.
É Ele, o hebreu, o filho de Maria e de Israel, que na realidade de Sua Pessoa historiciza e, em perfeita continuidade entre Seu corpo terreno e o Seu corpo gloriosos, promove e assegura pela eternidade a permanência e a validade da história na glória celeste. É Ele que garante a identidade e a unidade dinâmica ente as várias etapas da Antiga e da Nova Aliança, não através de um simples processo de transformação, mas através de uma transfiguração conduzida pelo Pai com a assunção da humanidade da Terra ao Céu: de Abrão a Abraão, de Jacó a Israel, de Simão filho de Jonas a Kephas (=Pedro), de Saulo a Paulo...Nele recebem sentido e solidariedade eterna a eleição de Abrão e a do Rei Davi, os Doze de Jacó e os doze de Jesus, o ministério de Moisés e o de Simão-Pedro, a maternidade de Maria mãe de Jesus e da Igreja. 
(Monte Sinai, Convento de Santa Catarina, século IV).
Bento XVI explicou este conceito com as seguintes palavras: “Neste Tempo de Quaresma, no Ano da Fé, renovamos nosso compromisso no caminho de conversão, para superar a tendência de nos fecharmos em nós mesmos e por dar, ao contrário, espaço para Deus, olhando com os seus olhos a realidade diária. À alternativa entre o fechamento em nosso egoísmo e a abertura ao amor de Deus e aos outros, poderemos dizer que corresponde a alternativa das tentações de Jesus: alternativa, isto é, entre o poder humano e o amor pela Cruz, entre uma redenção vivida somente com os bens materiais e uma redenção como obra de Deus, no qual tivemos a primazia na existência. Converter-se significa não fechar-se na busca do próprio sucesso, do próprio prestígio, da própria posição, mas fazer com que todo dia, nas pequenas coisas, a fé em Deus e o amor se tornem a coisa mais importante. Enquanto saibamos, dia a dia, nossa compreensão da economia de Deus em nossa história seja sempre maior, experimentamos em nós a consolação da Palavra e do Espírito Santo no Abba-Pai.
(Rádio Vaticano).

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF