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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Igreja celebra a Epifania do Senhor neste domingo

Epifania | Vatican News
Os magos não apenas visitaram Jesus, mas O reconheceram como Rei dos Judeus, adoraram-No e revelaram a existência Dele ao mundo, gesto que simboliza o reconhecimento do mundo pagão desta Verdade absoluta.
Por essa razão, essa festividade também é conhecida como Epifania do Senhor. A palavra “epifania” é de origem grega e atribuída a esta solenidade significa “revelação”, “manifestação”.
Na Igreja, a Solenidade da Epifania do Senhor será comemorada neste domingo, 08/01, de acordo com Código de Direito Canônico (Can. 1246 §2), que permite que sejam transferidas para o domingo algumas festas de preceitos.

Neste domingo, celebremos a divindade de Jesus Cristo, que nos foi dado por Deus como prova de amor e para a nossa salvação. Reconheçamos Jesus como nosso Salvador e libertador. Abracemos essa verdade com todas as forças e renunciemos a todos os pecados e males. E por fim, peçamos, com fé, a Deus para que nos dê a graça de, assim como os magos, sermos sempre guiados pela Luz Celeste e pelos caminhos trilhados por Ele.
Os três Magos
Pouco se sabe sobre os magos que visitaram Jesus logo após o nascimento. Quantos eram, quem eram, como viviam, onde viviam e se eram reis mesmos, são incógnitas.
O único livro bíblico que narra sobre os magos é o livro do Evangelista Mateus. Segundo São Mateus, os magos eram homens vindos de regiões diferentes do Oriente, que viram uma estrela alta e brilhante no céu e reconheceram o sinal como sendo o nascimento do Rei dos Judeus. Guiados por essa estrela, saíram em busca do Menino Rei para adorá-lo.
Ao chegar a Jerusalém, os magos foram diretamente falar com o rei Herodes, para questioná-lo sobre o nascimento do Rei. Herodes ficou perplexo, disse que não sabia de nada e pediu que os magos fossem em busca do menino e, caso O encontrassem, que o avisassem imediatamente, pois também queria adorá-lo.
Os magos então partiram para Belém da Judéia, onde, segundo as profecias, nasceria o Cristo. Seguindo a estrela, os magos encontraram o menino Jesus, nos braços de sua Mãe, Maria, em uma casa pequena e simples, recém-alugada por José.
Diante de Jesus, os magos se prostraram e O adoraram, e em seguida, entregaram os presentes que trouxeram consigo. Segundo São Beda, venerável doutor da Igreja, Melquior deu ao Menino Jesus ouro, que significa o reconhecimento da realeza; Gaspar ofereceu-Lhe incenso, que é o reconhecimento da divindade; e Baltasar ofereceu mirra, que é o reconhecimento da humanidade e o símbolo de sofrimento, pois era usada para embalsamar corpos, e também simboliza o Cordeiro a ser imolado para tirar o pecado do mundo.
Ao fim da visita, sendo advertidos pelo anjo do Senhor em sonho sobre Herodes, os magos voltaram para suas casas por outro caminho. Após a partida, o anjo do Senhor apareceu também a José, em sonho, e ordenou que ele fugisse com Jesus e Maria para o Egito.
Quando Herodes percebeu que os magos não voltariam para lhe reencontrar e passar informações, ele se sentiu enganado e mandou matar a todas as crianças menores de 2 anos.

Jesus e seus pais só voltaram à Jerusalém após a morte de Herodes. Por medo, não quiseram se arriscar, instalando-se em Belém, uma vez que o rei era filho de Herodes. Então, optaram por viver em uma cidadezinha chamada de Nazaré.
Por Gislene Ribeiro
Arquidiocese de Brasília

Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo

Imagem relacionada
(Oratio in sancta Lumina, 14-16. 20:PG 36, 350-351. 354. 358-359)
(Séc. IV)
O batismo de Cristo
Cristo é iluminado no batismo, recebemos com ele a luz; Cristo é batizado, desçamos com ele às águas para com ele subirmos.

João batiza e Jesus se aproxima; talvez para santificar igualmente aquele que o batiza e, sem dúvida, para sepultar nas águas o velho Adão. Antes de nós, e por nossa causa, ele que é Espírito e carne santificou as águas do Jordão, para assim nos iniciar nos sacramentos mediante o Espírito e a água.

João reluta, Jesus insiste. Eu é que devo ser batizado por ti (cf. Mt 3,14), diz a lâmpada ao Sol, a voz à Palavra, o amigo ao Esposo, diz o maior entre todos os nascidos de mulher ao Primogênito de toda criatura, aquele que estremecera de alegria no seio materno ao que fora adorado no seio de sua Mãe, o que era e seria precursor ao que já tinha vindo e de novo há de vir.  Eu é que devo ser batizado por ti. Podia ainda acrescentar: e por causa de ti. Pois sabia que ia receber o batismo de sangue ou que, como Pedro, não lhe seriam apenas lavados os pés.
Jesus sai das águas, elevando consigo o mundo que estava submerso, e vê abrirem-se os céus de par em par, que Adão tinha fechado para si e sua posteridade, assim como o paraíso lhe fora fechado por uma espada de fogo.

O Espírito, acorrendo àquele que lhe é igual, dá testemunho da sua divindade. Vem do céu uma voz, pois também vinha do céu aquele de quem se dava testemunho. E ao mostrar-se na forma corporal de uma pomba, o Espírito glorifica o corpo de Cristo, já que este, por sua união com a  divindade, é o corpo de Deus. De modo semelhante, muitos séculos antes, uma pomba anunciara o fim do dilúvio.

Veneremos hoje o batismo de Cristo e celebremos dignamente esta festa.

Permanecei inteiramente puros e purificai-vos sempre mais. Nada agrada tanto a Deus quanto o arrependimento e a salvação do homem, para quem se destinam todas as suas palavras e mistérios. Sede como luzes no mundo, isto é, como uma força vivificante para os outros homens. Permanecendo como luzes perfeitas diante da grande luz, sereis inundados pelo esplendor dessa luz que brilha no céu e iluminados com maior pureza e fulgor pela Trindade. Dela acabastes de receber, embora não em plenitude, o único raio que procede da única Divindade, em Jesus Cristo, nosso Senhor, a quem pertencem a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém.

www.liturgiadashoras.org

Papa: reis magos tiveram coragem de caminhar para encontrar a glória

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa presidiu na manhã da sexta-feira (06/01) a Solenidade da Epifania do Senhor, na Basílica de São Pedro.
Em sua reflexão (íntegra), Francisco falou de uma "nostalgia" que impeliu os reis magos a colocarem-se a caminho e seguir a estrela de Belém.
“Os reis magos nos dão, assim, o retrato da pessoa que acredita, da pessoa que tem nostalgia de Deus; o retrato de quem tem saudade da sua casa: a pátria celeste. Refletem a imagem de todos os seres humanos que não deixaram, na sua vida, anestesiar o próprio coração”, disse Francisco.
Essa saudade, refletiu ainda o Papa, pode ser agente de grandes mudanças.
“A nostalgia de Deus tira-nos para fora dos nossos recintos deterministas, que nos induzem a pensar que nada pode mudar. A nostalgia de Deus é a disposição que rompe com inertes conformismos, impelindo a empenhar-nos na mudança que anelamos e precisamos”.
Surpresa
O Pontífice recordou a surpresa dos reis magos que foram até o palácio de Herodes, lugar em que o senso comum indicaria para o nascimento de um rei. Mas não era assim.
“E foi lá precisamente onde começou o caminho mais longo que tiveram de fazer aqueles homens vindos de longe. Lá teve início a ousadia mais difícil e complicada: descobrir que não se encontrava no palácio aquilo que procuravam, mas estava em outro lugar: e não só geográfico, mas também existencial”.
Assim, o novo rei se manifesta sob o signo da liberdade e não da tirania. Ele não humilha, não escraviza, não aprisiona.
“Como é distante, para alguns, Jerusalém de Belém!”, destacou o Papa ao concluir:
“Os Magos puderam adorar, porque tiveram a coragem de caminhar e, prostrando-se diante do pequenino, prostrando-se diante do pobre, prostrando-se diante do inerme, prostrando-se diante do insólito e desconhecido Menino de Belém, descobriram a Glória de Deus”.
(rv0)
Rádio Vaticano

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Dom Damasceno se despede de Aparecida no dia 13 de janeiro

Dom Raymundo Damasceno Assis durante Missa da Ceia do Senhor em 2016 (Thiago Leon)


Uma celebração solene, no Santuário Nacional de Aparecida, no próximo dia 13 de janeiro, às 20h, marca a despedida do Cardeal Raymundo Damasceno Assis da Arquidiocese de Aparecida. O cardeal deixa a arquidiocese depois de 13 anos dedicados à Rainha e Padroeira do Brasil.                                                                                   Foram convidados para a celebração diversos bispos e padres, bem como representantes da Igreja local. A missa será presidida no Altar Central, onde por diversas vezes, o cardeal se pronunciou a respeito de assuntos importantes para a Igreja no Brasil e para os seus fiéis.
Dom Raymundo assumiu como quarto Arcebispo de Aparecida em 2004, depois de 44 anos servindo a sua arquidiocese de origem, Brasília. Sua renúncia foi aceita pelo Papa Francisco no dia 16 de novembro, aos 79 anos.
Dom Orlando Brandes, que foi nomeado Arcebispo de Aparecida, toma posse no dia 21 de janeiro, sábado, às 9h, no Santuário Nacional.
A12.com

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Das Sentenças de São Máximo, o confessor, abade

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São Máximo, o Confessor (Veritatis Splendor)
(Centuria 1,8-13; PG 90, 1182-1186)                 (Séc. VII)

O mistério sempre novo
O Verbo de Deus nasceu segundo a carne uma vez por todas. Mas pela sua bondade e condescendência para com os homens, quer nascer sempre espiritualmente naqueles que o desejam. Quer tornar-se criança, que vai se formando neles com o crescimento das virtudes; e manifesta-se na medida em que pode compreendê-lo quem o recebe. Se não se comunica com o esplendor de sua grandeza, não é porque não deseje, mas porque conhece as limitações das faculdades receptivas de cada um. Assim, o Verbo de Deus revela-se sempre a nós do modo que nos convém, e contudo ninguém pode conhecê-lo perfeitamente, por causa da imensidade de seu mistério.
Por isso, o Apóstolo de Deus, considerando com sabedoria a força deste mistério, diz: Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e por toda a eternidade (Hb 13,8). Ele contemplava esse mistério sempre novo, que nunca envelhece para a compreensão da inteligência humana.
Nasce o Cristo, Deus que se faz homem, assumindo um corpo dotado de uma alma racional, ele por quem tudo que existe saiu do nada. No Oriente brilha uma estrela visível em pleno dia e conduz os magos ao lugar onde está deitado o Verbo feito homem, para demonstrar misticamente que o Verbo, contido na lei e nos profetas, supera o conhecimento sensível e conduz as nações à plena luz do conhecimento.
Com efeito, a palavra da lei e dos profetas, entendida à luz da fé, é semelhante a uma estrela que conduz ao conhecimento do Verbo encarnado todos os que foram chamados pelo poder da graça, segundo o desígnio de Deus.
Deus se fez homem perfeito, sem que nada lhe faltasse do que é próprio da natureza humana, à exceção do pecado (o qual, aliás, não era inerente à natureza humana). Ele queria assim apresentar sua carne como alimento para provocar o dragão insaciável que queria devorá-la.
Mas ao arrebatar esta carne que seria um veneno para ele, o dragão foi destruído pelo poder da Divindade nela oculta. Para a natureza humana, porém, esta carne seria o remédio que lhe restituiria a graça original, pelo mesmo poder da Divindade.
Assim como o inimigo, tendo inoculado o seu veneno na árvore da ciência, havia corrompido a natureza do homem que provara do seu fruto, também ele, ao pretender devorar a carne do Senhor, foi enganado e destruído pela força da Divindade que nele habitava.
O grande mistério da encarnação de Deus permanecerá sempre um mistério! Como pode o Verbo que está em pessoa e essencialmente na carne existir ao mesmo tempo em pessoa e essencialmente junto do Pai? Como pode o Verbo, totalmente Deus por natureza, fazer-se totalmente homem por natureza, sem detrimento algum das duas naturezas, nem da divina, na qual é Deus nem da humana, na qual se fez homem?
Só a fé pode alcançar estes mistérios, ela que é precisamente a substância e o fundamento das realidades que ultrapassam toda inteligência e compreensão.

Papa: o amor ao inimigo é o núcleo da revolução cristã

Papa Francisco na Sala Paulo VI
Cidade do Vaticano (RV) - Celebra-se neste domingo (1º/01), o 50º Dia Mundial da Paz. O Papa Francisco dedicou a sua mensagem para esse dia ao tema “A não-violência: estilo de uma política para a paz”.
“A paz é uma responsabilidade de todos, não somente dos grandes: Constrói-se com os pequenos gestos cotidianos de atenção, amor e perdão. A paz se constrói começando da família, iniciando a banir a violência dos corações e das palavras. Quem tem fé em Jesus deveria saber que “o amor ao inimigo é o núcleo da revolução cristã”. 
Também Jesus viveu em tempos de conflito traçando “o caminho da não violência, que percorreu até o fim, até à Cruz, mediante a qual realizou a paz e destruiu a inimizade”. Isso significa que para “ser verdadeiros discípulos de Jesus hoje é preciso aderir à sua proposta de não violência”, assim como lemos no Evangelho.

(MJ)
Rádio Vaticano

domingo, 1 de janeiro de 2017

Papa: orfandade espiritual é um câncer que degrada a alma

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu, neste domingo (1º/01), 50º Dia Mundial da Paz, a celebração eucarística na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, na Basílica de São Pedro.
«Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração». Assim descreve o Evangelista Lucas a atitude com que Maria acolhe tudo aquilo que estava vivendo naqueles dias.
Ternura maternal
“Longe de querer compreender ou dominar a situação, Maria é a mulher que sabe conservar, isto é, proteger, guardar no seu coração a passagem de Deus na vida do seu povo. Aprendeu a sentir a pulsação do coração do seu Filho, ainda Ele estava no seu ventre, ensinando-Lhe a descobrir, durante toda a vida, o palpitar de Deus na história. Aprendeu a ser mãe e, nesta aprendizagem, proporcionou a Jesus a bela experiência de saber-Se Filho. Em Maria, o Verbo eterno não só Se fez carne, mas aprendeu também a reconhecer a ternura maternal de Deus. Com Maria, o Deus-Menino aprendeu a ouvir os anseios, as angústias, as alegrias e as esperanças do povo da promessa. Com Ela, descobriu-Se a Si mesmo como Filho do santo povo fiel de Deus.”
Nos Evangelhos, Maria aparece como mulher de poucas palavras, sem grandes discursos nem protagonismos, mas com um olhar atento que sabe guardar a vida e a missão do seu Filho e, consequentemente, de tudo o que Ele ama. Soube guardar os alvores da primeira comunidade cristã, aprendendo deste modo a ser mãe duma multidão.

Maternidade
“Aproximou-se das mais diversas situações, para semear esperança. Acompanhou as cruzes, carregadas no silêncio do coração dos seus filhos. Muitas devoções, muitos santuários e capelas nos lugares mais remotos, muitas imagens espalhadas pelas casas nos lembram esta grande verdade. Maria deu-nos o calor materno, que nos envolve no meio das dificuldades; o calor materno que não deixa, nada e ninguém, apagar no seio da Igreja a revolução da ternura inaugurada pelo seu Filho. Onde há uma mãe, há ternura. E Maria, com a sua maternidade, nos mostra que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes; ensina-nos que não há necessidade de maltratar os outros para sentir-se importante. E o santo povo fiel de Deus, desde sempre, a reconheceu e aclamou como a Santa Mãe de Deus.”

O Papa disse ainda que “celebrar, no início de um novo ano, a maternidade de Maria como Mãe de Deus e nossa mãe significa avivar a certeza que nos há de acompanhar no decorrer dos dias: somos um povo com uma Mãe, não somos órfãos”.
Sabor de família
“As mães são o antídoto mais forte contra as nossas tendências individualistas e egoístas, contra os nossos isolamentos e apatias. Uma sociedade sem mães seria não apenas uma sociedade fria, mas também uma sociedade que perdeu o coração, que perdeu o «sabor de família». Uma sociedade sem mães seria uma sociedade sem piedade, com lugar apenas para o cálculo e a especulação. Com efeito as mães, mesmo nos momentos piores, sabem testemunhar a ternura, a dedicação incondicional, a força da esperança. Aprendi muito com as mães que, tendo os filhos na prisão ou estendidos numa cama de hospital ou subjugados pela escravidão da droga, esteja frio ou calor, faça chuva ou sol, não desistem e continuam lutando para lhes dar o melhor; ou com as mães que, nos campos de refugiados ou até no meio da guerra, conseguem abraçar e sustentar, sem hesitação, o sofrimento dos seus filhos. Mães que dão, literalmente, a vida para que nenhum dos filhos se perca. Onde estiver a mãe, há unidade, há sentido de pertença: pertença de filhos.”
Para Francisco, “começar o ano lembrando a bondade de Deus no rosto materno de Maria, no rosto materno da Igreja, nos rostos de nossas mães, nos protege daquela doença corrosiva que é a «orfandade espiritual»: a orfandade que a alma vive quando se sente sem mãe e lhe falta a ternura de Deus; a orfandade que vivemos quando se apaga em nós o sentido de pertença a uma família, a um povo, a uma terra, ao nosso Deus; a orfandade que se aninha no coração narcisista que sabe olhar só para si mesmo e para os seus interesses, e cresce quando esquecemos que a vida foi um dom – dela somos devedores a outros – e somos convidados a partilhá-la nesta casa comum”.
Orfandade espiritual
“Foi esta orfandade autorreferencial que levou Caim a dizer: «Sou, porventura, guarda do meu irmão?». Como se declarasse: ele não me pertence, não o reconheço. Tal atitude de orfandade espiritual é um câncer que silenciosamente enfraquece e degrada a alma. E assim, pouco a pouco, nos vamos degradando, já que ninguém nos pertence e nós não pertencemos a ninguém: degrado a terra, porque não me pertence; degrado os outros, porque não me pertencem; degrado a Deus, porque não Lhe pertenço; e, por fim, acabamos por nos degradar a nós próprios, porque esquecemos quem somos e o «nome» divino que temos. A perda dos laços que nos unem, típica da nossa cultura fragmentada e desunida, faz com que cresça esta sensação de orfandade e, por conseguinte, de grande vazio e solidão. A falta de contato físico (não o virtual) vai cauterizando os nossos corações, fazendo-lhes perder a capacidade da ternura e da maravilha, da piedade e da compaixão. A orfandade espiritual faz-nos perder a memória do que significa ser filhos, ser netos, ser pais, ser avós, ser amigos, ser crentes; faz-nos perder a memória do valor da diversão, do canto, do riso, do repouso, da gratuidade.”
“Celebrar a festa da Santa Mãe de Deus faz despontar novamente no rosto o sorriso de nos sentirmos povo, de sentir que nos pertencemos; saber que as pessoas, somente dentro duma comunidade, duma família, podem encontrar a «atmosfera», o «calor» que permite aprender a crescer humanamente, e não como meros objetos destinados a «consumir e ser consumidos». Celebrar a festa da Santa Mãe de Deus nos lembra que não somos mercadoria de troca nem terminais receptores de informação. Somos filhos, somos família, somos povo de Deus”.
“Celebrar a Santa Mãe de Deus nos impele a criar e cuidar espaços comuns que nos deem sentido de pertença, de enraizamento, que nos façam sentir em casa dentro das nossas cidades, em comunidades que nos unam e sustentem”, frisou ainda o Papa.
Cuidar da vida
“Jesus Cristo, no momento do dom maior que foi o de sua vida na cruz, nada quis reter para Si e, ao entregar a sua vida, entregou-nos também sua Mãe. Disse a Maria: Eis o teu filho, eis os teus filhos. E nós queremos acolhê-La em nossas casas, em nossas famílias, em nossas comunidades e em nossos países. Queremos encontrar o seu olhar materno: aquele olhar que nos liberta da orfandade; aquele olhar que nos lembra que somos irmãos, isto é, que eu te pertenço, que tu me pertences, que somos da mesma carne; aquele olhar que nos ensina que devemos aprender a cuidar da vida da mesma maneira e com a mesma ternura com que Ela o fez, ou seja, semeando esperança, semeando pertença, semeando fraternidade.”
“Celebrar a Santa Mãe de Deus nos lembra que temos a Mãe; não somos órfãos, temos uma mãe. Professemos, juntos, esta verdade!.” 
O Papa concluiu pedindo a todos para aclamar três vezes Nossa Senhora, como fizeram os fiéis de Éfeso: Santa Mãe de Deus, Santa Mãe de Deus, Santa Mãe de Deus.
(MJ)
Rádio Vaticano

Papa: Maria permanece aberta ao plano salvífico de Deus

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (1º/01), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, 50º Dia Mundial da Paz.
Na alocução que precedeu a oração, o pontífice recordou que, “nos últimos dias, voltamos o nosso olhar de adoração ao Filho de Deus, que nasceu em Belém. Hoje, Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria, voltamos os nossos olhos para a Mãe”, vendo em Jesus e Maria uma ligação estreita.

“Esta ligação não se exaure no fato de ela ter gerado e no fato de Ele ter sido gerado”, disse Francisco. “Jesus nasceu de uma mulher para uma missão de salvação e sua mãe não foi excluída dessa missão, pelo contrário, é associada intimamente a esta missão. Maria é consciente disso e não se fecha em sua relação materna com Jesus, mas permanece aberta e observa tudo o que acontece ao redor Dele: conserva e medita, analisa e aprofunda, como nos recorda o Evangelho de hoje. Ela já disse o seu sim e se disponibilizou a ser envolvida na realização do plano de salvação de Deus, ‘que dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias’. Agora, silenciosa e atenta, procura entender o que Deus quer dela a cada dia.”
Segundo o Papa, a visita dos pastores oferece a Maria a ocasião de “ver algum elemento da vontade de Deus que se manifesta na presença dessas pessoas humildes e pobres. O Evangelista Lucas nos fala da visita dos pastores à gruta com verbos que expressam movimento: eles foram às pressas e encontraram Maria e José, e o Menino, o veem, referem o que Dele tinha sido dito, e glorificam a Deus. Maria acompanha atentamente esta passagem, o que dizem os pastores, o que aconteceu a eles, pois vê nela o movimento de salvação que surgirá da obra de Jesus, e se adapta, pronta para qualquer pedido do Senhor. Deus pede a Maria não somente para ser a mãe de seu Filho Unigênito, mas também para colaborar com o Filho e para o Filho no plano de salvação a fim de que nela, serva humilde, se cumpra as grandes obras da misericórdia divina.” 
Contemplando o ícone do Menino nos braços de sua Mãe, sentimos aumentar em nosso coração um sentido de reconhecimento imenso por Aquela que deu ao mundo o Salvador. Por isso, no primeiro dia do Ano Novo, dizemos a ela:

Obrigado, ó Santa Mãe do Filho de Deus Jesus, Santa Mãe de Deus!
Obrigado pela sua humildade que atraiu o olhar de Deus.
Obrigado pela fé com a qual acolheu a sua Palavra.
Obrigado pela coragem com que disse: eis-me aqui, esquecendo-se de si, fascinada pelo Santo Amor e tornando-se uma só coisa com a sua esperança.
Obrigado, ó Santa Mãe de Deus!
Reza por nós, peregrinos no tempo. Ajude-nos a caminhar na via da paz. 
Amém
(MJ)    
Rádio Vaticano

sábado, 31 de dezembro de 2016

Arquidiocese de Brasília: Visita da Imagem Peregrina de Aparecida já tem programação

Teve início no dia 12 de outubro de 2016 o Ano Mariano em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do Rio Paraíba do Sul.

Em comemoração à data, o Santuário Nacional de Aparecida promove o Jubileu “300 anos de bênçãos”, com uma programação devocional que segue até o dia 11 de outubro de 2017.
Uma das atividades será a visita de imagens peregrinas (fac símile) a diversas arquidioceses e dioceses do Brasil.
A Arquidiocese de Brasília irá receber a Imagem Peregrina, por meio do cardeal dom Sergio da Rocha, no dia 04 de fevereiro, durante uma Missa de entrega que será realizada no Santuário de Aparecida. A chegada da Imagem na Capital Federal será no dia seguinte, 05 de fevereiro, e na ocasião será celebrada uma Missa na Catedral de Brasília para abrir oficialmente as visitas na Arquidiocese de Brasília.  
Após a abertura, a Imagem irá visitar oito paróquias da Arquidiocese, todas intituladas Nossa Senhora Aparecida. A Imagem ficará dois dias em cada paróquia. As paróquias anfitriãs ficarão responsáveis pela programação. Confira as datas e paróquias que irão receber a Imagem Peregrina:

Cidade 
Data
Endereço
Gama
06 e 07/02
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – AE 01 Praça 01 Quadra 07, Setor Oeste. Contato: 3556-3359
Samambaia
08 e 09/02
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – QN 406 conjunto A lote 01. Contato: 3358-2431
São Sebastião
10 e 11/02
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Rua 48 lote 450, Centro. Contato: 3335-3327
Sobradinho II (Contagem)
12 e 13/02
Paróquia Nossa Senhora Aparecida - ROD-DF 150 KM 5 - S/N  Residencial Morada LT 33/37 Setor Hab. Contagem. Contato: 3972-5667
Sobradinho (Fercal)
14 e 15/02
Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Quadra 9 A.E.: 1, Engenho Velho - Setor Habitacional Fercal. Contato: 3483-1103  
Planaltina (Vale do Amanhecer)
16 e 17/02
Paróquia Nossa Senhora Aparecida - CR 87 lote. 03 - Vale do Amanhecer. Contato: 3388-3257
Planaltina
18 e 19/02
Local ainda não definido
Ainda no dia 19 de fevereiro será realizada a Missa de encerramento da Visita da Imagem Peregrina. Neste dia a Imagem retorna ao ponto de partida, a Catedral de Brasília. A Celebração de encerramento será às 18h presidida pelo cardeal dom Sergio da Rocha.
Fique atento! Em breve outras informações.
Indulgências plenárias pelo Ano Jubilar
O Papa Francisco confirmou o Ano Jubilar Mariano e informou ainda que Indulgências plenárias poderão ser obtidas até 12 de outubro de 2017.
Poderão alcançar as indulgências, aqueles que se confessarem, que comungarem, que rezarem em intenção do Santo Padre, o Papa, e que, “verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade”, visitarem na forma de peregrinação a basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), ou qualquer igreja paroquial do Brasil dedicada à padroeira do país.
Foi estabelecido também, que fiéis impedidos pela velhice ou por grave doença poderão igualmente alcançar a indulgência plenária. Para isso, é preciso a rejeição de todo pecado, e com a intenção de cumprir onde em primeiro lugar for possível as três costumeiras condições: rezar, comungar e rezar em intenção do Papa; e espiritualmente se dedicarem diante de alguma pequena imagem da Virgem Aparecida, a funções ou peregrinações jubilares, ofertando suas preces e dores ao Deus misericordioso por Maria.

Por Kamila Aleixo
Arquidiocese de Brasília

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Igreja celebra hoje a Festa da Sagrada Família

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Dez. 16 / 04:00 am (ACI).- Hoje a Igreja celebra a festa da Sagrada Família e convida todos a olhar para Jesus, Maria e José, que desde o início tiveram que enfrentar os perigos do exílio no Egito, mas, sempre mostrando que o amor é mais forte do que a morte. Eles são um reflexo da Trindade e modelo de cada família.

A Sagrada Família é celebrada no domingo da oitava de Natal. Porém, quando o Natal calha em um domingo, esta data é festejada no dia 30 de dezembro.
A solenidade da Sagrada Família é uma festa que incentiva a aprofundar o amor familiar, examinar a situação do próprio lar e buscar soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais como a Família de Nazaré.
Ao celebrar esta data em 2013, o Papa Francisco ressaltou que o “nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco”.
A vida familiar não pode ser reduzida a problemas de relacionamento, deixando de lado os valores transcendentes, já que a família é o sinal do diálogo entre Deus e o homem. Pais e filhos devem estar abertos à Palavra e ouvir, sem esquecer a importância da oração familiar que une fortemente os membros da família.
São João Paulo II, que é conhecido como o Papa das famílias, no Ângelus desta solenidade em 1996, destacou que “a mensagem que vem da Sagrada Família é, antes de tudo, uma mensagem de fé: a casa de Nazaré é aquela onde Deus está verdadeiramente no centro”.
“Para Maria e José esta opção de fé concretiza-se no serviço ao Filho de Deus que lhes foi confiado, mas exprime-se também no seu amor recíproco, rico de ternura espiritual e de fidelidade”, indicou.
Em muitas ocasiões, João Paulo II reforçou a importância da vivência da fé em família, por meio da oração. “A família que reza unida, permanece unida”, dizia, sugerindo que juntos rezassem o Rosário.
Acidigital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF