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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Das Homilias sobre o Gênesis, de Orígenes, presbítero

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(Hom. 8,6.8.9: PG 12,206-209)           (Séc.III)

O sacrifício de Abraão
Abraão tomou a lenha do sacrifício e colocou-a sobre os ombros de seu filho Isaac. Tomou na mão o fogo e o cutelo, e foram ambos juntos. Ora, Isaac, carregando a lenha para o próprio holocausto, é uma figura de Cristo carregando sua cruz. No entanto levar a lenha para o holocausto é ofício de sacerdote. Torna-se então ele mesmo a vítima e o sacerdote. O que se segue: e foram ambos juntos refere-se a essa realidade, porque Abraão, como sacrificador, leva o fogo e o cutelo; mas Isaac não vai atrás e sim a seu lado, para que se veja que, juntamente com ele, exerce igual sacerdócio.
E depois? Disse Isaac a seu pai Abraão: Pai! Neste momento, uma palavra assim parece uma tentação. Como terá abalado o coração paterno esta palavra do filho que ia ser imolado! Mesmo endurecido pela fé, Abraão responde com voz branda: Que queres, filho? E ele: Vejo o fogo e a lenha, mas onde está a ovelha para o holocausto? Abraão respondeu: Deus providenciará uma ovelha para o holocausto, meu filho.
Impressiona-me a resposta cuidadosa e prudente de Abraão. Não sei o que via em espírito, pois responde olhando para o futuro e não para o presente: Deus mesmo providenciará uma ovelha. Assim fala do futuro ao filho que indaga pelo presente. O Senhor providenciava para si um cordeiro em Cristo.
Abraão estendeu a mão para pegar a faca e imolar o filho. O anjo do Senhor chamou-o do céu, dizendo: Abraão, Abraão. Respondeu ele: Eis-me aqui. Tornou o anjo: Não toques no menino nem lhe faças nenhum mal. Agora sei que temes a Deus.
Comparemos estas palavras com as do Apóstolo a respeito de Deus: Ele não poupou seu Filho, mas entregou-o por todos nós. Vede Deus rivalizando com os homens em magnífica generosidade. Abraão, mortal, ofereceu a Deus o filho mortal, que não morreria então. Deus entregou à morte por todos o Filho imortal.
Olhando Abraão para trás, viu um carneiro preso pelos chifres entre os espinhos. Dissemos acima, creio, que Isaac figurava Cristo e, no entanto, também o carneiro parece figurar Cristo. É muito importante ver como ambos se relacionam a Cristo: Isaac que não foi morto e o carneiro que o foi. Cristo é o Verbo de Deus, mas o Verbo se fez carne.
Padece, portanto, Cristo, mas, na carne; morre enquanto homem do qual o carneiro é figura; já dizia João: Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. O Verbo, porém, permanece incorrupto, isto é, Cristo segundo o espírito; a imagem deste é Isaac. Por isto ele é vítima e também pontífice segundo o espírito. Pois aquele que oferece a vítima ao Pai, segundo a carne, este mesmo é oferecido no altar da cruz.
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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Angelus: ser luz e sal contra os germes poluidores do egoísmo

Papa reza o Angelus com os fiéis na Praça S. Pedro - ANSA
Cidade do Vaticano (RV) – Na oração do Angelus na Praça S. Pedro (05/02), o Papa falou aos fiéis das metáforas do sal e da luz propostas pelo Evangelho de Mateus neste V Domingo do Tempo Comum.
“As palavras de Jesus são endereçadas aos discípulos de todos os tempos, portanto também a nós”, comentou Francisco. Ele nos convida a ser um reflexo da sua luz, através do testemunho das boas obras. De fato, é, sobretudo, o nosso comportamento que – no bem e no mal – deixa um sinal nos outros. A luz da fé não é nossa propriedade, mas somos chamados a fazê-la resplandecer no mundo mediante as boas obras, não as palavras. “E quanta necessidade o mundo tem da luz do Evangelho que transforma, cura e garante a salvação a quem o acolhe!”, afirmou o Papa.
Já o sal é um elemento que, enquanto dá sabor, preserva o alimento da alteração e da deterioração – “na época de Jesus não tinha geladeira!”, brincou Francisco.
Portanto, a missão dos cristãos na sociedade é a dar “sabor” à vida com a fé e o amor que Cristo nos doou e, ao mesmo tempo, "manter distantes os germes poluidores do egoísmo, da inveja, da maledicência e assim por diante. Esses germes corrompem o tecido das nossas comunidades, que devem ao invés brilhar como locais de acolhimento, de solidariedade e de reconciliação".
Para realizar esta missão, acrescentou, "é preciso que nós por primeiro sejamos libertados da degeneração corruptora das influências mundanas, contrárias  a Cristo e ao Evangelho; e esta purificação jamais acaba, deve ser feita continuamente. Deve ser feita todos os dias!".
O Papa concluiu: “Cada um de nós é chamado a ser luz e sal no próprio ambiente de vida cotidiana. Que a nossa Mãe nos ajude a deixar-nos sempre purificar e iluminar pelo Senhor, para nos tornar ‘sal da terra’ e ‘luz do mundo’".

Rádio Vaticano

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Dos Capítulos sobre a Perfeição Espiritual, de Diádoco de Foticéia, bispo


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(Cap.6,26.27.30: PG65,1160.1175-1176)                 (Séc.V)

A ciência do discernimento dos espíritos
vem da percepção da inteligência

A luz da verdadeira ciência está em discernir sem errar o bem e o mal. Feito isto, a via da justiça que leva a mente a Deus, sol da justiça, introduz então a inteligência naquele infinito fulgor do conhecimento, que lhe faz procurar daí em diante, com segurança, a caridade.

Os que combatem precisam manter sempre o espírito fora das agitações perturbadoras para discernir os pensamentos que surgem: guardar os bons, vindos de Deus, no tesouro da memória; expulsar os maus e demoníacos dos antros da natureza. O mar, quando tranqüilo, deixa os pescadores verem até o fundo, de sorte que quase nenhum peixe lhes escape; mas, agitado pelos ventos, ele esconde na turva tempestade aquilo que se via tão facilmente no tempo sereno. Assim, toda a perícia dos pescadores se vê frustrada.

Somente, porém, o Espírito Santo tem o poder de purificar a mente. Se o forte não
entrar para espoliar o ladrão, nunca se libertará a presa. É necessário, portanto, alegrar em tudo o Espírito Santo pela paz da alma, mantendo em nós sempre acesa a lâmpada da ciência. Quando ela não cessa de brilhar no íntimo da mente, conhecem-se os ataques cruéis e tenebrosos dos demônios, o que mais ainda os enfraquece sendo eles manifestados por aquela santa e gloriosa luz.

Por esta razão diz o Apóstolo: Não apagueis o Espírito, isto é, não causeis tristeza ao Espírito Santo por maldades e maus pensamentos, para que não aconteça que ele deixe de proteger-vos com seu esplendor. Não que o eterno e vivificante Espírito Santo possa extinguir-se, mas é a sua tristeza, quer dizer, seu afastamento que deixa a mente escura sem a luz do conhecimento e envolta em trevas.

O sentido da mente é o paladar perfeito que distingue as realidades. Pois como pelo paladar, sentido corporal, sabemos discernir sem erro o bom do ruim quando estamos com saúde e desejamos as coisas delicadas, assim nossa mente, começando a adquirir a saúde perfeita e a mover-se sem preocupações, poderá sentir abundantemente a consolação divina e conservar, pela ação da caridade, a lembrança do gosto bom para aprovar o que for ainda melhor, conforme ensina o Apóstolo: Isto peço: que vossa caridade cresça sempre mais na ciência e na compreensão, para discernirdes o que é ainda melhor.
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Arquidiocese celebra Missa de 7º dia do padre Miguel Bulnes

A Arquidiocese de Brasília convida para a Missa de 7º dia de falecimento do padre Miguel Bulnes, que ocorrerá no dia 27 de janeiro, às 20h, na Paróquia Santa Mãe de Deus, localizada em Santa Maria. A Missa será presidida pelo cardeal Sergio da Rocha.
Padre Miguel Rolando Bulnes Ramires passava férias em Honduras, país de origem, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), no dia 03 de janeiro, ficando internado desde então, mas infelizmente, não resistiu.
A Missa de corpo presente e sepultamento ocorreram ontem, 22, em Honduras, onde moram seus familiares.
Padre Miguel Rolando tinha 53 anos, era formado pelo Seminário Redemptoris Mater e foi ordenado em Brasília, em 02 de dezembro de 2000. Atualmente era vigário na paróquia Santa Mãe de Deus.
 Toda a comunidade está convidada a participar deste momento de oração.
A Paróquia Santa Mãe de Deus fica na, CL 215 AE “G” , Santa Maria

 Por Kamila Aleixo
Arquidiocese de Brasília

domingo, 22 de janeiro de 2017

Nota de falecimento: Padre Miguel Bulnes falece em Honduras

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do padre Miguel Rolando Bulnes Ramires, por volta das 22h da noite desta sexta-feira, 20/01.

 
O sacerdote passava férias em Honduras, país de origem, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), no dia 03 de janeiro, ficando internado desde então, lutando pela recuperação, mas infelizmente, não resistiu. 
 
Miguel Rolando Bulnez tinha 53 anos. Formado pelo Seminário Redemptoris Mater, foi ordenado em Brasília, em 02 de dezembro de 2000, e atualmente era vigário paróquia na Santa Mãe de Deus, localizada em Santa Maria.
 
No momento, não temos informações sobre velório e sepultamento.
 
Que Deus, Pai de misericórdia e bondade, receba-o de braços abertos na morada eterna e console, com todo amor, a todos os familiares e amigos.
 

"En la vida y en la muerte somos de Dios" - 
Esta imagem é uma homenagem dos hondurenhos
 
Por Gislene Ribeiro
Arquidiocese de Brasília

sábado, 21 de janeiro de 2017

Do Tratado sobre as Virgens, de Santo Ambrósio, bispo

Santo Ambrósio
(Lib. 1, cap. 2.5.7-9:PL 16, [edit. 1845], 189-191)            (Séc.IV)

Ainda não preparada para o sofrimento
e já madura para a vitória!
Celebramos o natalício de uma virgem: imitemos sua integridade; é o natalício de uma mártir: ofereçamos sacrifícios. É o aniversário de Santa Inês. Conta-se que sofreu o martírio com a idade de doze anos. Quanto mais detestável foi a crueldade que não poupou sequer tão tenra idade, tanto maior é a força da fé que até naquela idade encontrou testemunho.
Haveria naquele corpo tão pequeno lugar para uma ferida? Mas aquela que quase não tinha tamanho para receber o golpe da espada, teve força para vencer a espada. E isto numa idade em que as meninas não suportam sequer ver o rosto zangado dos pais e choram como se uma picada de alfinete fosse uma ferida!
Mas ela permaneceu impávida entre as mãos ensanguentadas dos carrascos, imóvel perante o arrastar estridente dos pesados grilhões. Oferece o corpo à espada do soldado enfurecido, sem saber o que é a morte, mas pronta para ela. Levada à força até os altares dos ídolos, estende as mãos para Cristo no meio do fogo, e nestas chamas sacrílegas mostra o troféu do Senhor vitorioso. Finalmente, tendo que introduzir o pescoço e ambas as mãos nas algemas de fero, nenhum elo era suficientemente apertado para segurar membros tão pequeninos.
Novo gênero de martírio? Ainda não preparada para o sofrimento e já madura para a vitória! Mal sabia lutar e facilmente triunfa! Dá uma lição de firmeza apesar de tão pouca idade! Uma recém-casada não se apresaria para o leito nupcial com aquela alegria com que esta virgem correu para o lugar do suplício, levando a cabeça enfeitada não de belas tranças mas de Cristo, e coroada não de flores mas de virtudes.
Todos choram, menos ela. Muitos se admiram de vê-la entregar tão generosamente a vida que ainda não começara a gozar, como se já tivesse vivido plenamente. Todos ficam espantados que já se levante como testemunha de Deus quem, por causa da idade, não podia ainda dar testemunho de si. Afinal, aquela que não mereceria crédito se testemunhasse a respeito de um homem, conseguiu que lhe dessem crédito ao testemunhar acerca de Deus. Pois o que está acima da natureza, pode fazê-lo o Autor da natureza.
Quantas ameaças não terá feito o carrasco para incutir-lhe terror! Quantas seduções para persuadi-la! Quantas propostas para casar com algum deles! Mas sua resposta foi esta: “É uma injúria ao Esposo esperar por outro que me agrade. Aquele que primeiro me escolheu para si, esse é que me receberá. Por que demoras, carrasco? Pereça este corpo que pode ser amado por quem não quero!” Ficou de pé, rezou, inclinou a cabeça.
Terias podido ver o carrasco perturbar-se, como se fosse ele o condenado, tremer a mão que desfecharia o golpe, e empalidecerem os rostos temerosos do perigo alheio, enquanto a menina não temia o próprio perigo. Tendes, pois, numa única vítima um duplo martírio: o da castidade e o da fé. Inês permaneceu virgem e alcançou o martírio.
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Anunciada data da JMJ do Panamá: 22 a 27 de janeiro de 2019

Cidade do Panamá (RV) - O Arcebispo de Panamá, no Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta anunciou em coletiva de imprensa a data da Jornada Mundial da Juventude de 2019, que se realizará no país centro-americano.
Ao anunciar que a data escolhida é de 22 a 27 de janeiro, o prelado ressalta que para estabelecer a data foram consideradas muitas opções, prevalecendo, sem dúvida, as razões climáticas, acrescentando ainda que o período de verão permite garantir as condições climáticas da região para a realização do evento.
A seguir, propomos, na íntegra, o anúncio feito pelo Arcebispo de Panamá:
“Queremos reiterar nossa gratidão a o Papa Francisco por ter escolhido o Panamá como sede da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em 2019, com o tema: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1,38).
Para estabelecer a data da JMJ foram consideradas muitas opções; sem dúvida prevaleceram as razões climáticas. Temos consciência que em alguns países não é período de férias, mas estamos convencidos que isto não será impedimento para que milhares de jovens dos outros continentes possam vir ao Panamá a encontrar-se com Nosso Senhor Jesus Cristo, sob a proteção de Nossa Mãe a Virgem Maria, e com o Sucessor de Pedro.
A data escolhida é de 22 a 27 de janeiro de 2019, período de verão que permite garantir as condições climáticas da região para a realização deste evento mundial da juventude.
Jovens de todos os continentes, vós sois os protagonistas desta Jornada Mundial da Juventude. Sabemos que quando se propõem metas, e especialmente se estas têm a ver com sua fé, vós sois criativos e vos adaptais às realidades, para podê-las alcançar.
Nós vos esperamos em nosso país com o coração e os braços abertos para compartilhar a nossa fé, para sentir-nos Igreja, trazendo cada um sua riqueza étnica e cultural nesta grande festa espiritual, onde mostraremos ao mundo o rosto jovem de uma Igreja Católica em saída, disposta a fazer barulho para anunciar a alegria do Evangelho, aos distantes, aos excluídos, aos que se encontram nas periferias existenciais e geográficas.
Rezamos e trabalharemos para que a Jornada Mundial da Juventude seja oportunidade de um renovado envio para a Igreja Católica e o mundo inteiro.”
Rádio Vaticano

Papa: a vida cristã é uma luta contra as tentações

Vencer as tentações (Canção Nova)
Cidade do Vaticano (RV) - “A vida cristã é uma luta. Deixemo-nos atrair por Jesus”, foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira (19/01).
O Pontífice se deteve na passagem do Evangelho do dia que fala sobre a grande multidão que seguia Jesus com entusiasmo e que vinha de todos os lugares. “Por que vinha essa multidão?”, perguntou o Papa. O Evangelho nos diz que havia “doentes que queriam ser curados”. Mas havia também pessoas que gostavam de “ouvir Jesus, porque falava não como os seus doutores, mas com autoridade” e “isso tocava o coração”. Essa multidão “vinha espontaneamente. Não era levada de ônibus, como vemos muitas vezes quando se organizam manifestações e muitos devem verificar a presença para não perder o trabalho”.
O Pai atrai as pessoas a Jesus
Essas pessoas iam porque sentiam alguma coisa a ponto de Jesus pedir um barco e ir um pouco distante da margem: 
“Esta multidão ia até Jesus? Sim! Precisava? Sim! Alguns eram curiosos, mas esses eram os céticos, a minoria. Esta multidão era atraída pelo Pai: era o Pai que atraia as pessoas a Jesus a tal ponto que Jesus não ficava indiferente, como um mestre estático que dizia as suas palavras e depois lavava as mãos. Não! Esta multidão tocava o coração de Jesus. O Evangelho nos diz: Jesus se comoveu, porque via essas pessoas como ovelhas sem pastor. O Pai, através do Espírito Santo, atraia as pessoas a Jesus.”
O Papa disse que não sãos os argumentos que movem as pessoas, não são “os assuntos apologéticos”. “Não”, frisou, “é necessário que o Pai nos atraia a Jesus”. 
A vida cristã é uma luta contra as tentações
Por outro lado, é “curioso” que este trecho do Evangelho de Marcos, que “fala de Jesus, da multidão, do entusiasmo” e do amor do Senhor, acabe com os espíritos impuros, que quando O viam, gritavam: “Tu és o Filho de Deus!”:
“Esta é a verdade; esta é a realidade que cada um de nós sente quando Jesus se aproxima. Os espíritos impuros tentam impedi-lo, nos fazem guerra. ‘Mas, Padre, eu sou muito católico; sempre vou à missa… Mas jamais, jamais tenho essas tentações. Graças a Deus!’ – ‘Não! Reze, porque você está no caminho errado!’. Uma vida cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã. Quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro que atrai de modo contrário e provoca a guerra interior! E por isso Paulo fala da vida cristã como uma luta: uma luta de todos os dias. Uma luta!”
Uma luta, retomou, “para vencer, para destruir o império de satanás, o império do mal”. E por isso, disse, “Jesus veio para destruir, para destruir satanás! Para destruir a sua influência nos nossos corações”. O Pai, retomou, “atrai as pessoas a Jesus”, enquanto “o espírito do mal tenta destruir, sempre!”. 
Estamos lutando contra o mal?
A vida cristã, disse ainda o Papa, “é uma luta assim: ou você se deixa atrair por Jesus, para o Padre, ou pode dizer ‘eu fico tranquilo, em paz’”. Se quiser ir avante, “é preciso lutar!”, exortou o Papa. Sentir o coração que luta, para que Jesus vença”:
“Pensemos em como está o nosso coração: eu sinto esta luta no meu coração? Entre a comodidade ou o serviço aos outros, entre o divertir-me um pouco ou rezar e adorar o Pai, entre uma coisa e outra, sinto a luta? A vontade de fazer o bem ou algo me detém, me torna ascético? Eu acredito que a minha vida comova o coração de Jesus? Se eu não acredito nisto, devo rezar muito para acreditar, para que me seja concedida esta graça. Que cada um de nós busque no seu coração como está esta situação ali. E peçamos ao Senhor para sermos cristãos que saibam discernir o que acontece no próprio coração e escolher bem o caminho pelo qual o Pai nos atrai a Jesus”.
(MJ/BF)
Fonte: Radio Vaticano

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Da Carta de São Fulgêncio de Ruspe, bispo

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São Fulgêncio
(Epist. 14,36-37: CCL 91,429-431)                (Séc.VI)






Cristo, sempre vivo, intercede por nós
Antes do mais, chama-nos a atenção que, na conclusão das orações, dizemos: “por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho” e nunca: “pelo Espírito Santo”. Não é sem motivo que a Igreja católica o repete, por causa do mistério do mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, que com seu próprio sangue entrou uma vez por todas no santuário, não feito por mãos de homens, figura do verdadeiro, mas no próprio céu,onde está à direita de Deus e intercede por nós.
Contemplando esta função pontifical, diz o Apóstolo: Por ele ofereçamos sempre o sacrifício de louvor, o fruto dos lábios daqueles que confessam seu nome. Por conseguinte, por ele oferecemos o sacrifício de louvor e da prece, pois, mediante a sua morte, fomos reconciliados, nós os inimigos. Por ele, que se dignou tornar-se sacrifício em nosso favor, o nosso sacrifício pode ser bem aceito diante de Deus. São Pedro adverte-nos, dizendo: E vós, quais pedras vivas, entrais na edificação deste edifício espiritual, no sagrado sacerdócio, oferecendo vítimas espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. É esta a razão que nos faz dizer: “Por nosso Senhor Jesus Cristo”.
Quando se menciona o sacerdote, que vem à mente a não ser o mistério da encarnação do Senhor? Mistério do Filho de Deus que, embora de condição divina, aniquilou-se a si mesmo, assumindo a forma de escravo; em sua humilhação, fez-se obediente até à morte; a saber, feito um pouco menor do que os anjos, possuindo, embora, a igualdade com Deus Pai. O Filho se diminuiu, permanecendo igual ao Pai, porquanto se dignou assemelhar-se aos homens. Tornou-se o menor, quando se aniquilou a si mesmo, tomando a forma de servo. A diminuição de Cristo é seu aniquilamento, mas o aniquilamento consiste na aceitação da forma de servo.
Cristo, permanecendo na forma de Deus o unigênito de Deus, a quem juntamente com o Pai oferecemos sacrifícios, tomou a forma de servo, tornando-se sacerdote. Assim, por ele, podemos oferecer um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Nunca nos seria possível oferecer tal sacrifício se Cristo não se houvesse tornado, ele mesmo, sacrifício para nós. Nele, a própria natureza do gênero humano é o verdadeiro sacrifício de salvação.
Com efeito, quando nos apresentamos para oferecer, mediante nosso eterno sacerdote e senhor, nossas orações, afirmamos ter ele a verdadeira carne de nossa raça. O Apóstolo já dissera: Todo pontífice é escolhido dentre os homens e a favor dos homens é constituído para as coisas que dizem respeito a Deus, a oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Quando, porém, dizemos: “Vosso Filho” e acrescentamos: “que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo”, comemoramos aquela unidade naturalmente existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Daí se deduz ser o Cristo o que exerce a função sacerdotal para nós, o mesmo a quem pertence, por natureza, a unidade com o Pai e o Espírito Santo.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Dom Damasceno se despede da arquidiocese de Aparecida

Foto: Denílson Luís/Santuário Nacional
“Aparecida é o lugar da manifestação do amor de Deus para povo brasileiro”, afirmou dom Damasceno.
O programa Igreja no Brasil, produzido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) homenageia até o próximo sábado, 21, o cardeal Raymundo Damasceno Assis, atualmente administrador apostólico da arquidiocese de Aparecida (SP). Nesta edição, o programa traz uma entrevista especial com o cardeal que conta um pouco de sua trajetória e missão como sacerdote e bispo.
Na última sexta-feira, dom Damasceno se despediu da arquidiocese de Aparecida (SP) com uma celebração solene, no Santuário Nacional. O cardeal deixa a arquidiocese depois de 13 anos dedicados à casa da Rainha e Padroeira do Brasil. A missa foi presidida no Altar Central, onde, por diversas vezes, o cardeal se pronunciou a respeito de assuntos importantes para a Igreja no Brasil e para os seus fiéis. Em seu discurso, dom Damasceno destacou os frutos alcançados naquela Igreja particular. “Os frutos colhidos hoje são resultado do trabalho dedicado na ação evangelizadora do clero, os religiosos, leigos e agentes de pastoral em nossas paróquias e santuários”, afirmou o cardeal.
Ele ainda expressou seus agradecimentos e seu sentimento de dever cumprido. “Muitas memórias passam no meu coração, são muitos fatos e acontecimentos nesses 13 anos à frente da arquidiocese. Aparecida é o lugar da manifestação do amor de Deus para povo brasileiro”, afirmou.
Dom Damasceno foi o quarto arcebispo de Aparecida (SP). Assumiu o cargo em 2004, após 44 anos servindo à arquidiocese de Brasília (DF). Sua renúncia, por idade, foi aceita pelo papa Francisco no dia 16 de novembro, aos 79 anos.
Dom Orlando Brandes, nomeado para o cargo, toma posse no dia 21 de janeiro, sábado, às 9h, no Santuário Nacional.
De volta a Brasília, dom Damasceno continuará trabalhando nas presidências da Comissão Episcopal para o Acordo Brasil - Santa Sé e do Centro de Estatística Religiosa e Intervenções Sociais, ambas na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNNB). Já no Vaticano, ele continua como membro do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e da Pontifícia Comissão para América Latina.

Atuação na CNBB

Em 1995, dom Damasceno foi eleito secretário geral da CNBB, cargo que exerceu por dois mandatos até 2003. Em abril de 2011, foi eleito presidente da Conferência, para o mandato de 2011 a 2015.
Com informações do portal A12.com
Fotos: Denílson Luís/Santuário Nacional
CNBB

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF