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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Egito estuda promover a Rota da Sagrada Família

Descanso na Fuga para o Egito / Foto: Pintura de Bartolomé Esteban Murillo
Roma, 17 Mai. 17 / 11:00 am (ACI).- A fim de promover o turismo religioso, o governo egípcio e a Santa Sé estudam a possibilidade de oferecer aos peregrinos a “Rota da Sagrada Família”, referindo-se ao caminho que percorreram José e Maria de Belém ao Egito para salvar o Menino Jesus do rei Herodes.
Segundo informaram meios de comunicação egípcios, o ministro de Turismo deste país, Yehia Rashed, viajou a Roma na semana passada para se reunir com autoridades vaticanas para discutir a possibilidade de promover essa rota.
A imprensa egípcia, citando um comunicado divulgado pelo Ministério, assinalou que o objetivo é atrair um grande número de turistas do mundo inteiro.
Rashed disse que a sua viagem a Roma é o resultado da visita que o Papa Francisco fez ao Egito nos dias 28 e 29 de abril e foi chamada de “histórica”.
O capítulo 2 do Evangelho de São Mateus relata que depois que os Magos foram embora de Belém por um caminho diferente – a fim de evitar se encontrar com Herodes –, “um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.
José “se levantou durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. Ali permaneceu até a morte de Herodes”.
Acidigital

Dom Odilo: Brasil vive momento delicado que requer retomada da ética e da moral


Dom Odilo Pedro Scherer / Foto: Facebook de Dom Odilo
SÃO PAULO, 18 Mai. 17 / 08:00 a.m (ACI).- Frente ao atual cenário político, econômico e social pelo qual o Brasil vem passando, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer assinalou que “não dá para negar que o momento é muito delicado” e que é indispensável “a retomada urgente dos caminhos da ética e da moral”.
Em um artigo intitulado “Para onde vai o Brasil?”, o Purpurado lembrou que nos últimos meses os noticiários nacionais estão focados no mesmo assunto, “os escândalos de corrupção no Brasil”.
“E não é para menos!”, expressa. “O que tem aparecido nas denúncias e investigações é muito grave, corroborando a suspeita de que o desvio de bens públicos explica a carência de recursos para atender às necessidades prioritárias da população, como saúde, educação, saneamento básico, moradia, segurança, proteção social dos mais vulneráveis e infraestrutura em geral”.
O desvio de dinheiro público para benefícios privados, de acordo com o Arcebispo, explica porque “a atividade econômica é onerada com uma carga tributária sufocante”. Além disso, estando presente na esfera pública e econômica, a corrupção pode se difundir também para as demais pessoas, que, diante do “mau exemplo que vem de cima”, podem ser motivadas a seguir pelo mesmo caminho “das vantagens fáceis e ilícitas”.
Nesse sentido, recorda a recente declaração “sobre o grave momento nacional” emitida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ao final da Assembleia Geral realizada de 26 de abril a 5 de maio, em Aparecida (SP).
Este texto lista “vários motivos de apreensão para a população brasileira, perplexa diante da delicada conjuntura política, econômica, social e moral por que o Brasil vem passando. Não dá para negar que o momento é muito delicado”, manifesta.
Citando as “mazelas ligadas à corrupção, à violência contra a pessoa e a vida, ao degrado ambiental, à perda de qualidade da educação e do atendimento à saúde, ao desmantelamento da família”, entre outros, Dom Odilo reforça a posição dos bispos brasileiros, os quais “apontam um fator comum e constante: a perda ou o desprezo dos referenciais éticos e dos princípios morais nas relações pessoais e sociais e nas instituições públicas”.
“Se cada indivíduo ou organização pautar a sua conduta por interesses subjetivos, não os relacionando com o que é bom, digno, justo e honesto também em relação aos outros, só pode aparecer o caos no convívio social”, sublinha.
Por isso, indica, “a retomada urgente dos caminhos da ética e da moral é condição indispensável para que a sociedade consiga lutar contra os males mais evidentes que a afligem”.
Neste sentido, é necessário respeitar as “questões essenciais à vida social, econômica e política, como a primazia da pessoa e de sua inalienável dignidade sobre o mercado e do trabalho sobre o capital”, bem como “do Estado sobre o mercado”.
Além disso, o Purpurado reforça a declaração da CNBB de que “é preciso construir uma democracia verdadeiramente participativa” frente ao “desencanto e descrédito de políticos e da política e até mesmo dos poderes públicos”.
O Cardeal Scherer alerta que a “rejeição da representação partidária e até do exercício da política” seria “um grave equívoco, pois criariam um clima favorável ao surgimento de propostas populistas, autoritárias e intolerantes de exercício do poder”.
Soma-se a esta situação o crescimento da “agressividade no meio da população”. E, neste ponto, o Arcebispo chama a atenção para o papel das mídias sociais que, “muitas vezes levadas por informações parciais, desempenham um papel relevante na difusão de ideias e na agregação de tendências”.
“Mais que à agressividade, porém – adverte –, essa crescente polarização de posições deveria levar ao diálogo e a uma dialética propositiva na busca de caminhos em benefício do bem comum”.
Por fim, Dom Odilo ressalta que “não basta denunciar os males, é preciso indicar caminhos para a solução dos problemas e colaborar efetivamente para mudar essa situação”.
Neste sentido, concluiu afirmando que, além do “exercício fiel e honesto” de suas atribuições por parte dos “legítimos representantes do poder público”, a população também deve “fazer bem a sua parte, vigiando atentamente o desempenho dos detentores de poder”.
Acidigital

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Da Carta a Diogneto

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Esta carta é considerada a “jóia da literatura cristã primitiva”, a Carta de Diogneto foi escrita cerca do ano 120 d.C. Trata-se do testemunho escrito por ...(Blog da Canção Nova)
(N.5-6: Funk 1,317-321)   (Séc.II)

Os cristãos no mundo
        Os cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pela pátria nem pela língua nem por um gênero de vida especial. De fato, não moram em cidades próprias, nem usam linguagem peculiar, e a sua vida nada tem de extraordinário. A sua doutrina não procede da imaginação fantasista de espíritos exaltados, nem se apoia em qualquer teoria simplesmente humana, como tantas outras.
        Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme as circunstâncias de cada um; seguem os costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas o seu modo de viver é admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Habitam em suas pátrias, mas como de passagem; têm tudo em comum como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Todo país estrangeiro é sua pátria e toda pátria é para eles terra estrangeira. Casam-se como toda gente e criam seus filhos, mas não rejeitam os recém-nascidos. Têm em comum a mesa, não o leito.
        São de carne, porém, não vivem segundo a carne. Moram na terra, mas sua cidade é no céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com seu gênero de vida superam as leis. Amam a todos e por todos são perseguidos. Condenam-nos sem os conhecerem; entregues à morte, dão a vida. São pobres, mas enriquecem a muitos; tudo lhes falta e vivem na abundância. São desprezados, mas no meio dos opróbrios enchem-se de glória; são caluniados, mas transparece o testemunho de sua justiça. Amaldiçoam-nos e eles abençoam. Sofrem afrontas e pagam com honras. Praticam o bem e são castigados como malfeitores; ao serem punidos, alegram-se como se lhes dessem a vida. Os judeus fazem-lhes guerra como a estrangeiros e os pagãos os perseguem; mas nenhum daqueles que os odeiam sabe dizer a causa do seu ódio.
        Numa palavra: os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo. A alma está em todos os membros do corpo; e os cristãos em todas as cidades do mundo. A alma habita no corpo, mas não provém do corpo; os cristãos estão no mundo, mas não são do mundo. A alma invisível é guardada num corpo visível; todos veem os cristãos, pois habitam no mundo, contudo, sua piedade é invisível. A carne, sem ser provocada, odeia e combate a alma, só porque lhe impede o gozo dos prazeres; o mundo, sem ter razão para isso, odeia os cristãos precisamente porque se opõem a seus prazeres.
A alma ama o corpo e seus membros, mas o corpo odeia a alma; também os cristãos amam os que os odeiam. Na verdade, a alma está encerrada no corpo, mas é ela que contém o corpo; os cristãos encontram-se detidos no mundo como numa prisão, mas são eles que abraçam o mundo. A alma imortal habita numa tenda mortal; os cristãos vivem como peregrinos em moradas corruptíveis, esperando a incorruptibilidade dos céus. A alma aperfeiçoa-se com a mortificação na comida e na bebida; os cristãos, constantemente mortificados, veem seu número crescer dia a dia. Deus os colocou em posição tão elevada que lhes é impossível desertar.
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Audiência: Deus é um sonhador, porque sonha a transformação do mundo

Papa acolheu 20 mil fiéis para a Audiência Geral (17/05) - REUTERS

Cidade do Vaticano (RV) - Maria Madalena, apóstola da esperança: este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral de quarta-feira (17/05).
Aos cerca de 20 mil fiéis presentes na Praça S. Pedro, entre os quais brasileiros da Bahia, de Fortaleza e Brasília, o Pontífice deu prosseguimento ao ciclo sobre a esperança no contexto do mistério pascal, falando daquela que, por primeiro, viu Jesus ressuscitado.
Após a sua morte e assim que o descanso do Sábado o permitiu, Maria Madalena foi até o sepulcro para completar os ritos fúnebres. Ao chegar, viu que alguém tinha removido a pedra que estava à porta do sepulcro e logo pensou que tivessem roubado o corpo de Jesus. Este trajeto rumo ao sepulcro, disse o Papa, espelha a fidelidade de tantas mulheres que são devotas por anos às ruelas dos cemitério, em memória de alguém que não existe mais. “Os elos mais autênticos não são interrompidos nem mesmo pela morte: há quem continua a amar mesmo que a pessoa amada tenha ido embora para sempre”, afirmou Francisco em meio aos aplausos dos fiéis.
Deus nos chama pelo nome
Ela advertiu os discípulos e, em seguida, voltou novamente ao sepulcro com uma dupla tristeza: a morte de Jesus e o desaparecimento de seu corpo. Porém, desta vez, foi surpreendida pelo aparecimento de dois anjos e, finalmente, do próprio Jesus, a quem reconhece quando este a chama pelo nome: Maria!
“Como é belo pensar que a primeira aparição do Ressuscitado tenha ocorrido de modo assim tão pessoal!”, disse Francisco. “Tem alguém que nos conhece, que vê o nosso sofrimento e a nossa desilusão, que se comove e nos chama pelo nome. Em volta de Jesus, há muitas pessoas que buscam a Deus; mas a realidade mais prodigiosa é que, muito antes, há um Deus que se preocupa com nossa vida. Cada homem é uma história de amor que Deus escreve sobre esta terra. A cada um de nós Deus chama por nome, nos olha, nos espera, nos perdoa, tem paciência. É verdade ou não?”, perguntou o Papa aos fiéis.
Revolução não é como um conta-gotas
A ressurreição de Jesus é uma revolução que transformou a vida de Maria Madalena e transforma a vida de cada um de nós. Uma revolução que não vem como conta-gotas, mas é como uma cascata que se expande por toda a existência. Esta não é marcada por “pequenas felicidades”, mas por ondas que levam tudo.
Nosso Deus é sonhador
Francisco convidou os fiéis a imaginarem este instante em que Deus nos chama por nome e diz: “Levante-se, pare de chorar, porque vim libertar!”. Jesus, prosseguiu, não se adapta ao mundo, tolerando que prevaleçam a morte, o ódio, a destruição moral das pessoas... “O nosso Deus não está inerte, permito-me dizer que nosso Deus é um sonhador, que sonha a transformação do mundo e a realizou no mistério da Ressurreição.”
O Papa concluiu falando novamente de Maria Madalena. Esta mulher que, antes de encontrar Jesus estava à mercê do maligno, agora se transformou em apóstola da nova e maior esperança. “Que a sua intercessão  nos ajude a viver também nós esta experiência: na hora do pranto e do abandono, ouvir Jesus Ressuscitado que nos chama por nome, e com o coração repleto de alegria anunciar: Vi o Senhor! Mudei de vida porque vi o Senhor. Esta é a nossa força e esta é a nossa esperança.”
Rádio Vaticano

terça-feira, 16 de maio de 2017

Do Comentário sobre o Evangelho de São João, de São Cirilo de Alexandria, bispo

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(Lib. 10,2: PG 74,331-334)         (Séc.V)


Eu sou a videira, vós os ramos
        Querendo mostrar a necessidade de estarmos unidos a ele pelo amor, e a grande vantagem que nos vem desta união, o Senhor afirma que é a videira. Os ramos são os que, já se tornaram participantes da sua natureza pela comunicação do Espírito Santo. De fato, é o Espírito de Cristo que nos une a ele.
        A adesão a esta videira nasce da boa vontade; a união da videira conosco procede do seu afeto e natureza. Foi, de fato, pela boa vontade que nos aproximamos de Cristo, mediante a fé; mas participamos da sua natureza por termos recebido dele a dignidade da adoção filial. Pois, segundo São Paulo, quem adere ao Senhor torna-se com ele um só espírito (1Cor 6,17).
        Do mesmo modo, o autor sagrado, noutro lugar da Escritura, dá ao Senhor o nome de alicerce e fundamento. Sobre ele somos edificados como pedras vivas e espirituais, para nos tornarmos, pelo Espírito Santo, habitação de Deus e formarmos um sacerdócio santo. Entretanto, isto só será possível se Cristo for nosso fundamento. A mesma coisa vem expressa na analogia da videira: Cristo afirma ser ele próprio a videira e, por assim dizer, a mãe e a educadora dos ramos que dela brotam.
        Nele e por ele fomos regenerados no Espírito Santo, para produzirmos frutos de vida, não da vida antiga e envelhecida, mas daquela vida nova que procede do amor para com ele. Esta vida nova, porém, só poderemos conservá-la se nos mantivermos perfeitamente inseridos em Cristo, se aderirmos fielmente aos santos mandamentos que nos foram dados, se guardarmos com solicitude este título de nobreza adquirida e se não permitirmos que se entristeça o Espírito que habita em nós, quer dizer, Deus que por ele mora em nós.
        O evangelista João nos ensina sabiamente de que modo estamos em Cristo e ele em nós, quando diz: A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito(1Jo 4,13).
        Assim como a raiz faz chegar aos ramos a sua seiva natural, também o Unigênito de Deus concede aos homens, sobretudo aos que lhe estão unidos pela fé,o seu Espírito. Ele os conduz à santidade perfeita, comunica-lhes a afinidade e parentesco com sua natureza e a do Pai, alimenta-os na piedade e dá-lhes a sabedoria de toda virtude e bondade.
www.liturgiadashoras.org

segunda-feira, 15 de maio de 2017

JMJ 2019 já tem logo: o Panamá, a Cruz Peregrina, Nossa Senhora, os cinco continentes

Cidade do Panamá (RV) – A Jornada Mundial da Juventude 2019 já tem seu logo oficial. A imagem foi apresentada neste domingo (14/05) pelos organizadores da JMJ, que se realizará no país de 22 a 27 de janeiro de 2019.
Na imagem, estão representados o istmo do país, o Canal do Panamá, a Cruz Peregrina e a imagem de Nossa Senhora com um coroa de cinco pontos, indicando os cinco continentes. As figuras aparecem formando um coração.
A criação é de uma jovem de 20 anos, que participou de várias Jornadas desde muito pequena: Ambar Calvo é uma estudante de arquitetura na Universidade do Panamá.
Ela explica que o Canal simboliza o caminho do peregrino que descobre em Maria o meio para se encontrar com Jesus; a silhueta do Istmo panamenho representa o local de acolhida; e os pontos na coroa de Maria os peregrinos de cada continente.
Seleção
O logo foi escolhido entre 103 propostas que foram avaliadas por um júri integrado por especialistas em desenho gráfico, marketing e outras profissões do ramo, que selecionaram as melhores três ideias. Mas a escolha definitiva ficou a cargo do Comitê Executivo da JMJ, com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.
Pequeno país, grande coração
O Arcebispo de Cidade do Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, declarou-se emocionado com o talento da juventude panamenha, porque este desenho “conseguiu captar a mensagem que desejamos enviar aos jovens do mundo, a pequenez do nosso país, mas a grandeza do nosso coração, aberto a todos sem exclusão”.
“Os jovens são a reserva moral e humana de nossas sociedades e da própria Igreja, eles são capazes de transformá-las por inteiro, positivamente, se formos capazes de ensinar-lhes a amar como Jesus fez conosco”, destacou ainda o Arcebispo panamenho.
Fonte:
Rádio Vaticano/CNBB

Dos Sermões de São Gregório de Nissa, bispo


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(Oratio 1 in Christi resurrectionem: PG 46, 603-606.626-627)
(Séc.IV)

O primogênito da nova criação
Começou o reino da vida e foi dissolvido o império da morte. Apareceu um novo nascimento,
uma vida nova, um novo modo de viver; a nossa própria natureza foi transformada. Que novo
nascimento é este? É o daqueles que não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da
vontade do homem, mas de Deus mesmo (Jo 1,13).

Tu perguntas: como isto pode acontecer? Escuta-me, vou te explicar em poucas palavras.

Este novo ser é concebido pela fé; é dado à luz pela regeneração do batismo; tem por mãe a
Igreja que o amamenta com sua doutrina e tradições. Seu alimento é o pão celeste; sua idade
adulta é a santidade; seu matrimônio é a familiaridade com a sabedoria; seus filhos são a
esperança; sua casa é o reino; sua herança e riqueza são as delícias do paraíso; seu fim não é a
morte, mas aquela vida feliz e eterna que está preparada para os que dela são dignos.
Este é o dia que o Senhor fez para nós (Sl 117,24), dia muito diferente daqueles que foram
estabelecidos desde o início da criação do mundo e que são medidos pelo decurso do tempo.
Este dia é o início de uma nova criação. Nele Deus faz um novo céu e uma nova terra, como diz
o Profeta. Que céu é este? Seu firmamento é a fé em Cristo. E que terra é esta? O coração bom,
de que fala o Senhor, é a terra que absorve a água das chuvas e produz frutos em abundância.


O sol desta nova criação é uma vida pura; as estrelas são as virtudes; a atmosfera é um
comportamento digno; o mar é a profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência (Rm
11,33). As ervas e as sementes são a boa doutrina e a Escritura divina, onde o rebanho, isto é, o
povo de Deus, encontra sua pastagem e alimento; as árvores frutíferas são a prática dos
mandamentos.

Neste dia, o verdadeiro homem é criado à imagem e semelhança de Deus. Não é, porventura,
um novo mundo que começa para ti neste dia que o Senhor fez? Não diz o Profeta que esse dia
e essa noite não têm igual entre os outros dias e noites?

Mas ainda não explicamos o dom mais precioso que recebemos neste dia de graça. Ele destruiu
as dores da morte e deu à luz o primogênito dentre os mortos.

Subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus (Jo 20,17), diz o Senhor Jesus.
Que notícia boa e maravilhosa! O Filho Unigênito de Deus, que por nós se fez homem, a fim de
nos tornar seus irmãos, apresenta-se como homem diante de seu verdadeiro Pai, para levar
consigo todos os novos membros da sua família.
www.liturgiadashoras.org

domingo, 14 de maio de 2017

Hoje é comemorado o Dia das Mães

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Mai. 17 / 05:00 am (ACI).- Neste segundo domingo do mês de maio, é celebrado o Dia das Mães, aquelas mulheres a quem “cada pessoa humana deve a vida” e quase sempre também “muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual”, como disse o Papa Francisco em uma Catequese sobre as mães em janeiro de 2015.

“As mães – disse o Pontífice naquela ocasião – são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer”.
Entretanto, essas mesmas mães muitas vezes não são escutadas e são pouco ajudadas na vida cotidiana, contrapôs o Papa, ressaltando que em certos casos “mesmo na comunidade cristã, a mãe nem sempre é valorizada, é pouco ouvida”.
“No entanto, no centro da vida da Igreja está a Mãe de Jesus”, declarou Francisco, destacando o papel da Virgem Maria, a Mãe de Deus e nossa Mãe.
Nesse sentido, o Papa ainda acrescentou que uma sociedade sem mães seria desumana, pois elas sabem testemunhar sempre “a ternura, a dedicação, a força moral”, além de transmitirem “o sentido mais profundo da prática religiosa”, com as primeiras orações, gestos de devoção.
“E a Igreja é mãe – completou o Papa – é nossa mãe! Nós não somos órfãos, temos uma mãe! Nossa Senhora, a mãe Igreja e a nossa mãe”.
Acidigital

Quem disse que mães não podem ser santas? 10 exemplos em seu dia

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Mai. 17 / 07:00 am (ACI).- Por ocasião da celebração do Dia da Mãe, apresentamos uma lista de dez mães que chegaram à santidade. Mulheres que são exemplo para as mães católicas de hoje, que mostram que na vida cotidiana do matrimônio e da família é possível alcançar a glória do céu.

Antes de todas as santas, porém, destacamos a Mãe de Deus, a Virgem Maria, aquela que com o seu “sim” concebeu e deu à luz o Salvador. Ela que acompanhou o Senhor em todos os momentos, guardava e meditava tudo em seu coração.
Maria, a mais humilde entre as mulheres, se tornou modelo para toda mulher e mãe, exemplo de amor, fidelidade, confiança em Deus. Além disso, foi à Maria que, na cruz, Jesus entregou toda a humanidade através de São João. Por isso, também nós a chamamos nossa Mãe.
A seguir, a lista das 10 santas mães:
1. Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962)
Esta Santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida.
Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.
Casou-se com o Pietro Molla, com quem teve quatro filhos. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família.
Gianna morreu em 28 de abril de 1962, aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
2. Santa Mônica (332-387), mãe de Santo Agostinho
A mãe de Santo Agostinho nasceu no Tagaste (África) no ano 332. Seus pais a casaram com um homem chamado Patrício. Embora fosse trabalhador, seu marido era violento, mulherengo, jogador e desprezava a religião.
Durante 30 anos, Mônica sofreu os ataques de ira de seu marido. Santa Mônica orava e oferecia sacrifícios constantemente pela conversão de seu esposo. No ano 371, Deus lhe concedeu este desejo e Patrício se batizou. Ficou viúva um ano depois, quando Agostinho tinha 17 anos.
Durante 15 anos rezou e ofereceu sacrifícios pela conversão de seu filho, que levava uma vida libertina. No ano 386, Santo Agostinho lhe anunciou sua conversão ao catolicismo e seu desejo de permanecer celibatário até a morte.
Morreu santamente no ano 387, aos 55 anos. Muitas mães e esposas se pedem a intercessão de Santa Mônica pela conversão de seus filhos e maridos.
3. Santa Rita de Cássia (1381-1457)
Embora desde menina quisesse ser religiosa, seus pais a casaram com o Paolo Ferdinando.
Seu marido pertencia a uma família de mercenários e, apesar de beber muito, ser mulherengo e violento, Rita foi fiel durante todo seu matrimônio. O casal teve filhos gêmeos do mesmo temperamento do pai. A Santa encontrou fortaleza em Jesus, a quem oferecia sua dor.
Depois de 20 anos de oração, Paolo se converteu e começou um caminho de santidade junto a Rita. Entretanto, foi assassinado por seus inimigos. Seus filhos juraram vingar a morte de seu pai e Rita pediu ao Senhor que lhes concedesse a morte antes de vê-los cometer um pecado mortal. Antes de morrer, os gêmeos perdoaram os assassinos de seu pai.
No ano 1417, ingressou como religiosa no convento das religiosas Agostinianas. Ali meditou e aprofundou a Paixão de Cristo. Em 1443, recebeu os estigmas. Depois de uma grave enfermidade, faleceu em 1457. Seu corpo está incorrupto até hoje. É conhecida como a “Santa das Causas Impossíveis”.
4. Santa Maria da Cabeça (?- 1175)
Maria Toribia nasceu na Espanha, próximo de Madri. Foi a esposa de São Isidro Lavrador. Realizava seus trabalhos com humildade, paciência, devoção e austeridade. Além disso, sempre foi atenta e serviçal com seu marido. O casal só teve um filho.
Como tanto Isidro como Maria queriam ter uma vida totalmente entregue a Deus, decidiram se separar. Seu marido ficou em Madri e Maria partiu para uma ermida. Ali, entregou-se a profundas meditações e fazia obras de caridade.
Quando Maria da Cabeça morreu, foi enterrada na ermida que com tanto amor visitava. Seus restos foram transladados para Madri e são atribuídos a ela milagres de cura dos males da cabeça.
5. Santa Ana, Mãe da Virgem Maria
Joaquim e Ana eram um rico e piedoso casal que residia no Nazaré. Como não tinham filhos, ele sofria humilhações no Templo. Um dia, o santo não voltou para sua casa, mas foi às montanhas para entregar a Deus sua dor. Quando Ana se inteirou do motivo da ausência de seu marido, pediu ao Senhor que lhe tirasse a esterilidade e lhe prometeu oferecer seus filhos para seu serviço.
Deus escutou suas orações e enviou-lhe um anjo que lhe disse: “Ana, o Senhor olhou suas lágrimas; conceberá e dará à luz e o fruto de seu ventre será bendito por todo mundo”.  Este anjo fez a mesma promessa a Joaquim. Ana deu à luz uma filha a quem chamou Miriam (Maria) e que foi a Mãe de Jesus Cristo.
6. Beata Ângela de Foligno (1249-1309)
Ângela viveu apegada às riquezas desde sua juventude até sua vida de casada. Além disso, teve uma vida libertina.
Em 1285, sofreu uma crise existencial. Como vivia perto de Assis, sentiu-se tocada e desafiada pelo exemplo de São Francisco. Um dia, estava tão atormentada pelo remorso que pediu ao Santo que a livrasse. Então foi à Igreja de São Feliciano, onde fez uma confissão de vida.
Ali fez uma promessa de castidade perpétua e começou a levar uma vida de penitência, dando de presente seus melhores vestidos e fazendo estritos jejuns. Depois de sua conversão, perdeu sucessivamente sua mãe, seu marido e seus oito filhos. Morreu em 1309.
7. Santa Isabel de Portugal (1274-1336)
Aos 12 anos tornou-se esposa do Diniz, rei de Portugal. Desde que chegou ao país, ganhou a simpatia do povo por seu caráter piedoso e devoto. Embora seu marido fosse mulherengo e tivesse filhos com várias mulheres, Isabel os acolheu na corte e lhes deu uma atenção cristã. Mas, quando o príncipe Afonso advertiu que seu direito ao trono estava em perigo, decidiu rebelar-se e o rei respondeu violentamente.
Esta briga entre Diniz e Afonso causou muita dor a Isabel que interveio muitas vezes nas batalhas entre eles. Um dia, a rainha se interpôs entre ambos exércitos para evitar o derramamento de sangue.
Logo depois da morte do rei em 1324, Isabel se retirou para Coimbra e recebeu o hábito como franciscana clarissa. Em 1336, eclodiu um novo conflito entre o Afonso IV e o rei de Castilla, Afonso XI, que era neto da Isabel.
A rainha foi até o acampamento dos exércitos, onde foi recebida e caiu doente. Antes de morrer, seu filho lhe prometeu que não invadiria Castilla.
8. Santa Clotilde (474-545)
Graças a ela, o fundador da nação francesa se converteu ao catolicismo e a França foi um país católico. A rainha convencei seu marido a converter-se ao cristianismo se ele ganhasse a batalha de Tolbiac, contra os alemães.
O rei Clodoveu obteve a vitória e foi batizado no Natal de 496 pelo Bispo São Remígio. Naquela mesma noite, receberam o sacramento a irmã do rei e três mil de seus homens. Desde esse momento, Clotilde foi chamada na França: “Filha primogênita da Igreja”.
Clotilde era amada por todos por causa de sua grande generosidade com os pobres, sua pureza e devoção. Seus súditos estavam acostumados a dizer que parecia mais uma religiosa do que uma rainha.
Depois da morte de Clodoveu, houve guerra porque seus dois filhos queriam o trono. Durante 36 anos, Clotilde rezou pela reconciliação de ambos. Um dia, quando os dois exércitos estavam preparados para o combate, surgiu uma forte tormenta que impediu a batalha. Graças à oração da rainha, os irmãos fizeram as pazes.
9. Santa Helena (270-329)
Em meio à pobreza, conheceu o general romano Constâncio Cloro. Apaixonaram-se e se casaram. O filho do casal foi o imperador Constantino. Foi repudiada por seu marido, por ambição ao poder. Santa Helena passou 14 anos de sofrimento e se converteu ao cristianismo.
Em 306, Constantino foi proclamado imperador romano, embora continuasse sendo pagão. Entretanto, converteu-se quando viu uma Cruz, antes da batalha da Saxa Rubra, com uma legenda que dizia: “Com este sinal vencerás”.
Depois da vitória, Constantino decretou a livre profissão da religião católica e expandiu o cristianismo por todo o império. O imperador autorizou sua mãe para que utilizasse o dinheiro do governo para realizar boas obras. A Igreja atribui à Santa Helena o descobrimento da Cruz de Cristo. Morreu santamente no ano 329.
10. Santa Zélia Martin, Mãe de Santa Teresinha de Lisieux (1831-1877)
Embora durante sua juventude também quisesse ser religiosa, a abadessa lhe negou a entrada ao convento. Por isso, decidiu abrir uma fábrica de rendas caseiras. A boa qualidade de seu trabalho fez sua oficina famosa. Sempre teve uma boa relação para com seus trabalhadores.
Em 1858, Zélia passou pelo jovem relojoeiro Luís Martin na rua. Em pouco tempo ambos se apaixonaram e se casaram três meses depois.
Zélia sempre quis ter muitos filhos e que todos fossem educados para o céu. Isso foi exatamente o que fez porque suas cinco filhas Paulina, Leonia, Maria, Celina e Teresa foram religiosas. A última foi Santa e Doutora da Igreja.
O amor que Zélia sentia por Luís era profundo e elevado. Para ela, sua maior alegria era estar junto a seu marido e compartilhar com ele uma vida santa.
Em 1865, o câncer no seio provocaria muito sofrimento a Zélia. Entretanto, soube assumir sua enfermidade e estava disposta a aceitar a vontade de Deus. Morreu em 1877. Foi beatificada junto com seu marido pelo Papa Bento XVI no ano 2008. Em 2015, o casal foi canonizado pelo Papa Francisco.
Acidigital

Dos Sermões de São Máximo de Turim, bispo

Elo7
(Sermo 53,1-2.4:CCL23,214-216)         (Séc.V)


Cristo é o dia
        A ressurreição de Cristo abre a mansão dos mortos, os neófitos da Igreja renovam a terra e o Espírito Santo abre as portas do céu. A mansão dos mortos aberta devolve seus habitantes, a terra renovada germina os ressuscitados, o céu reaberto recebe os que para ele sobem.
        O ladrão sobe ao paraíso, os corpos dos santos entram na cidade santa, os mortos retornam à região dos vivos. E de certo modo, pela ressurreição de Cristo, todos os elementos são elevados a uma dignidade mais alta.
        A habitação dos mortos restitui ao paraíso os que nela estavam detidos,a terra envia ao céu os que foram nela sepultados, o céu apresenta ao Senhor os que recebe em suas moradas. E por um único e mesmo ato, a paixão do Salvador retira o ser humano das profundezas, eleva-o da terra e o coloca no alto dos céus.
        A ressurreição de Cristo é vida para os mortos, perdão para os pecadores, glória para os santos. Por isso, o santo profeta convida todas as criaturas para a festa da ressurreição de Cristo, exultando e se alegrando neste dia que o Senhor fez.
        A luz de Cristo é um dia sem noite, um dia sem fim. O Apóstolo nos ensina que este dia é o próprio Cristo, quando afirma: A noite já vai adiantada, o dia vem chegando (Rm 13,12). Ele diz que a noite já vai adiantada e não que ela ainda virá, a fim de compreendermos que a chegada da luz de Cristo afasta as trevas do demônio e dissipa a escuridão do pecado; com seu esplendor eterno ela vence as sombras tenebrosas do passado e impede toda a infiltração dos estímulos pecaminosos.
        Este dia é o próprio Cristo. Sobre ele, o Pai, que é o dia sem princípio, faz resplandecer o sol da sua divindade. Ele mesmo é o dia que assim fala pela boca de Salomão: Fiz brilhar no céu uma luz que não se apaga (Eclo 24,6 Vulg.).
        Assim como a noite não pode absolutamente suceder ao dia celeste, também as trevas dos pecados não podem suceder à justiça de Cristo. O dia celeste brilha eternamente, e nenhuma obscuridade pode ofuscar o fulgor da sua luz. Do mesmo modo, a luz de Cristo resplandece e irradia a sua claridade, e sombra alguma de pecado poderá ofuscá-la, como diz o evangelista João: E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la (Jo 1,5).
        Portanto, irmãos, todos nós devemos alegrar-nos neste santo dia. Ninguém se exclua desta alegria universal, apesar da consciência de seus pecados; ninguém se afaste das orações comuns, embora sinta o peso de suas culpas. Por mais pecador que seja, ninguém deve neste dia desesperar do perdão. Temos a nosso favor um valioso testemunho: se o ladrão arrependido alcançou o paraíso, por que não alcançaria o cristão a graça de ser perdoado?

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF