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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Papa Francisco aprova novo estatuto da Pontifícia Academia para a Vida

Vaticano, 07 Nov. 16 / 11:00 am (ACI).- O Papa Francisco aprovou e promulgou o ‘Estatuto da Pontifícia Academia para a Vida’, que entrará em vigor, por um período um período de cinco anos, a partir do dia 1º de janeiro de 2017.
A Pontifícia Academia para a Vida, com sede na Cidade do Vaticano, foi criada em 11 de fevereiro de 1994, durante o pontificado de São João Paulo II, sob o Motu Proprio ‘Vitae mysterium’. Tem como objetivo a defesa e a promoção do valor da vida humana e da dignidade da pessoa.
A novidade do Estatuto, no que diz respeito ao que já está em vigor, está na cooperação da Pontifícia Academia para a Vida com os Dicastérios da Cúria Romana, principalmente com a Secretária de Estado e a Congregação para Leigos, Família e Vida, de acordo com as respectivas competências e em espírito de colaboração. Além disso, o Dicastério para os Leigos, Família e Vida proporá um dos membros do Conselho Diretivo.
Estudar, formar e informar: estas são as três tarefas principais da Academia. Na introdução do Estatuto especifica-se que “a Academia tem uma tarefa essencialmente científica de promover e defender a vida humana. Sobretudo, estuda os diferentes aspectos relacionados aos cuidados da dignidade da pessoa humana em diferentes etapas da vida, o respeito mútuo entre os sexos e gerações, a defesa da dignidade de cada ser humano, a promoção da igualdade da vida humana que compõem os valores materiais e espirituais, na perspectiva de uma autêntica ‘ecologia humana’, para ajudar a encontrar o equilíbrio original na criação entre a pessoa humana e todo o universo”.
Na norma do Estatuto explica-se que a Pontifícia Academia para a Vida é composta por uma Presidência (Presidente, Chanceler e Conselho Diretivo), um escritório central e membros, também chamados Acadêmicos. O presidente é nomeado pelo Papa e exerce o cargo durante o período fixado no documento de nomeação, com a possibilidade de ser renomeado.
Para organizar melhor a sua própria atividade, o Escritório Central é dividido em duas seções: a seção científica e a administrativa, ou secretaria. Os membros são divididos em ordinários membros regulares, membros honorários e jovens investigadores. Os Acadêmicos serão escolhidos entre sacerdotes, religiosos e leigos pertencentes a diferentes nacionalidades e peritos em áreas relacionadas à vida humana (medicina, ciências biológicas, teologia, filosofia, antropologia, direito, sociologia, etc.).
Na descrição da atividade ordinária, o Estatuto anuncia que “a Pontifícia Academia para a Vida deverá manter uma grande colaboração com os organismos e instituições através das quais a Igreja está presente no mundo da ciência biomédica, da saúde e das organizações sanitárias, oferecendo a própria colaboração aos médicos e pesquisadores, embora não sejam católicos ou cristãos, para que reconheçam como fundamento moral essencial da ciência e da medicina, a dignidade humana e a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até a morte natural, tal como propõe o Magistério da Igreja”. A cada ano realizará uma Assembleia Geral.
No Capítulo IV do Estatuto, sobre os aspectos financeiros, lê-se que, a Pontifícia Academia para a Vida é uma instituição sustentada pela Santa Sé, portanto, “apresentará anualmente um balanço das suas atividades ordinárias e extraordinárias. Caso houver disponibilidade de recursos financeiros, uma parte dos recursos pode ser usada para financiar bolsas de estudo e outras iniciativas para a formação em bioética, especialmente às pessoas de países em desenvolvimento ou que vivem em áreas onde a cultura da vida necessita de mais apoio”.
Acidigital

Papa Francisco nomeia sacerdote brasileiro para Pontifícia Academia para a Vida

Padre Aníbal Gil Lopes / Foto: Rádio Vaticano
VATICANO, 14 Jun. 17 / 05:00 pm (ACI).- O Papa Francisco nomeou na terça-feira 45 membros ordinários da Pontifícia Academia para a Vida, entre os quais está o brasileiro Padre Aníbal Gil Lopes, especialista em Fisiologia, que atuou no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Os membros da Pontifícia Academia para a Vida, presidida pelo Arcebispo italiano Vincenzo Paglia, são eleitos pelo Papa Francisco entre especialistas de diferentes áreas científicas e sociais.
A Academia tem o objetivo da defesa e promoção do valor da vida humana e da dignidade da pessoa.
Nascido em 18 de julho de 1948, em Araraquara (SP), Pe. Aníbal Gil Lopes se graduou em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) em 1973, mesmo ano em que foi ordenado sacerdote.
Na USP também obteve o doutorado em Fisiologia de Órgãos e Sistemas, em 1976 e o grau de Livre Docente na mesma área, em 1988. Entre 1981 e 1984 realizou o pós-doutorado pela Yale University, nos Estados Unidos.
Iniciou sua carreira na Universidade de São Paulo em 1978, onde se tornou professor associado em 1988. Nesta instituição, foi coordenador do Programa de Pós-graduação em Fisiologia e presidente da Comissão de Pós-graduação do Instituto de Ciências Biomédicas.
Entre 1993 e 2014, foi professor titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde atuou como diretor do Instituto de Ciências Biomédicas e pró-reitor de Ensino de Graduação.
Atualmente, é professor titular e Coordenador do Curso de Medicina da UNICASTELO, em Fernandópolis (SP).
Conforme assinala seu perfil no site da Academia Nacional de Medicina, Pe. Aníbal foi membro do "Working Group on AIDS" da Caritas Internacionalis, no Vaticano, entre 1986 e 1994. Neste período, participou ativamente da organização de reuniões e simpósios sobre as diferentes implicações da Pandemia da AIDS tanto nas diferentes regiões brasileiras como na Europa, África, Ásia e Américas.
Tem experiência na área de Fisiologia, com ênfase em Fisiologia Renal, tendo desenvolvido diversos trabalhos nacionais e internacionais nesta área.
Pe. Aníbal Lopes é membro da Academia Nacional de Medicina, da Academia de Ciências Latino Americana, da Pontifícia Academia Pro Vita (Vaticano), da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Fides et Ratio, da Academia Europeia de Ciências Letras e Artes (Paris), da Academia Brasileira de Educação, da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação, da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro e da Academia Brasileira de Medicina Militar.
Acidigital

Das Obras de Santo Tomás de Aquino, presbítero

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(Opusculum 57, In festo Corporis Christi, lect. 1-4)              (Séc.XIII)


Ó precioso e admirável banquete!
            O unigênito Filho de Deus, querendo fazer-nos participantes da sua divindade, assumiu nossa natureza, para que, feito homem, dos homens fizesse deuses.
            Assim, tudo quanto assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa salvação. Seu corpo, por exemplo, ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no altar da cruz, para nossa reconciliação; seu sangue, ele o derramou ao mesmo tempo como preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados.
            Mas, a fim de que permanecesse para sempre entre nós o memorial de tão imenso benefício, ele deixou aos fiéis, sob as aparências do pão e do vinho, o seu corpo como alimento e o seu sangue como bebida. Ó precioso e admirável banquete, fonte de salvação e repleto de toda suavidade! Que há de mais precioso que este banquete? Nele, já não é mais a carne de novilhos e cabritos que nos é dada a comer, como na antiga Lei, mas é o próprio Cristo, verdadeiro Deus, que se nos dá em alimento. Poderia haver algo de mais admirável que este sacramento?
            De fato, nenhum outro sacramento é mais salutar do que este; nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais.
            É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos mortos, para que aproveite a todos o que foi instituído para a salvação de todos.
            Ninguém seria capaz de expressar a suavidade deste sacramento; nele se pode saborear a doçura espiritual em sua própria fonte; e torna-se presente a memória daquele imenso e inefável amor que Cristo demonstrou para conosco em sua Paixão.
            Enfim, para que a imensidade deste amor ficasse mais profundamente gravada nos corações dos fiéis, Cristo instituiu este sacramento durante a última Ceia, quando, ao celebrar a Páscoa com seus discípulos, estava prestes a passar deste mundo para o Pai. A Eucaristia é o memorial perene da sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. É ainda singular conforto que ele deixou para os que se entristecem com sua ausência.
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terça-feira, 13 de junho de 2017

Dos Sermões de Santo Antônio de Pádua, presbítero

(I.226)             (Séc.XII)


A palavra é viva quando são as obras que falam
            Quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas. As várias línguas são os vários testemunhos sobre Cristo, a saber: a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos estas línguas quando os outros as veem em nós mesmos. A palavra é viva quando são as obras que falam. Cessem, portanto, os discursos e falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras. Por este motivo o Senhor nos amaldiçoa, como amaldiçoou a figueira em que não encontrara frutos, mas apenas folhas. Diz São Gregório: “Há uma lei para o pregador: que faça o que prega”. Em vão pregará o conhecimento da lei quem destrói a doutrina por suas obras.
            Os apóstolos, entretanto, falavam conforme o Espírito Santo os inspirava (cf. At 2,4). Feliz de quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme suas ideias! Pois há alguns que falam movidos pelo próprio espírito e, usando as palavras dos outros, apresentam-nas como suas, atribuindo-as a si mesmos. Destes e de outros semelhantes, diz o Senhor por meio do profeta Jeremias: Terão de se haver comigo os profetas que roubam um do outro as minhas palavras. Terão de se haver comigo os profetas, diz o Senhor, que usam suas línguas para proferir oráculos. Eis que terão de haver-se comigo os profetas que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, que os contam, e seduzem o meu povo com suas mentiras e seus enganos. Mas eu não os enviei, não lhes dei ordens, e não são de nenhuma utilidade para este povo – oráculo do Senhor (Jr 23,30-32).
            Falemos, portanto, conforme a linguagem que o Espírito Santo nos conceder; e peçamos-lhe humilde e devotamente que derrame sobre nós a sua graça, a fim de podermos celebrar o dia de Pentecostes com a perfeição dos cinco sentidos e na observância do decálogo. Que sejamos repletos de um profundo espírito de contrição e nos inflamemos com essas línguas de fogo que são os louvores divinos. Desse modo, ardentes e iluminados pelos esplendores da santidade, mereceremos ver o Deus Uno e Trino.
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segunda-feira, 12 de junho de 2017

STF: não legalize a morte!

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Paulo Fernando Melo da Costa é advogado e casado com a Dra. Rebeca Melo, no qual tem quatro filhos (Plínio Lucas, Marília Inês, João Miguel e Carlos Henrique).
www.paulofernando.com.br
Advogado e vice-presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
   No último dia 30/05/2017, Brasília reuniu diversos grupos da sociedade civil em dois eventos: a 10ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto e o Grande Ato pela Vida. A concentração que teve início no Museu da República e caminhou até a Praça das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, reuniu pelo menos 5 mil pessoas.
   A iniciativa surgiu quando foi protocolada a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 350, que pede ao STF a legalização ampla do aborto para as gestações com até 12 semanas. O Psol solicita que a Corte declare que os artigos do Código Penal que criminalizam o ato desrespeitam os preceitos fundamentais. No STF, tramita o Recurso Extraordinário 635.659, que avalia a inconstitucionalidade do art. 28 da Lei de Drogas que poderá estender o porte livre de qualquer droga a todos impunemente.
   Causa-nos preocupação que o ativismo judicial promovido pelo STF para a legalização do aborto até 12 semanas e a descriminalização do uso de drogas usurpe as atribuições de um parlamento eleito, em detrimento dos 11 ministros apenas nomeados. Em decisão inusitada no caso da ADPF 54, o STF inovou ao criar a tese da impunidade ao aborto - o aborto eugênico, não constante do Código Penal. O STF nem pode alegar a omissão legislativa do Congresso, uma vez que o PL 1.195/91, da lavra dos ex-deputados Eduardo Jorge e Sandra Starlling, ambos do Partido dos Trabalhadores, foi amplamente discutido por mais de 20 anos até ser sumariamente rejeitado pela Casa do povo, além dos inúmeros projetos em tramitação abordando o tema.
   Sempre em busca  de poder e do controle demográfico da população e acarretado de soberba, o Estado - formado por aqueles que o representam - simplesmente decide se sobrepor à vontade natural em definir quem deve perder a vida e em quais circunstâncias. Será que uma vida tem mais valor do que outra, como no caso da mãe com gestação de risco? E no caso de estrupo ou anencefalia, ela perde todo o seu valor? Não seria ela o bem mais precioso de uma pessoa, sendo, inclusive, resguardada no âmbito internacional, como no caso do Pacto de San José da Costa Rica que o Brasil é signatário?
   Apesar de a relativização do valor da vida assemelhar-se a dar um nó em pingo d'água, ou seja, algo completamente impossível, o brasileiro assiste a esse drama de forma letárgica e permitindo que a prática criminosa aumente cada vez mais. Mas não pensem que o absurdo para por aí: em 2005, o Ministério da Saúde publicou a Portaria 1.508, em que dispõe sobre o "procedimento de justificação e autorização da interrupção da gravidez em casos previstos em lei" e determina que o SUS assuma os custos da realização dos respectivos atos. O Estado financiando a morte de inocentes.
   Nesse cenário digno de um filme de terror, as mães não precisam apresentar exame de corpo de delito nem boletim de ocorrência que comprovem o estrupo. Ou seja, o aborto está sendo facilitado pelo Estado. A propagação do discurso pró-morte é camuflada e sorrateira, tendo seus militantes se utilizado de todo tipo de argumento para justificarem o injustificável.
O direito de uma mãe jamais estará acima do valor da vida de seu filho. Aborto é crime e nenhuma circunstância pode modificar a imoralidade desse ato. Por isso, convoco você a defender os brasileirinhos de nosso país, a levantar a sua voz em favor daqueles que não podem se defender, a colocar a sua cidadania em ação e bradar conosco: STF, não legalize a morte.
(Publicado pelo Correio Braziliense em 09 de junho de 2017).

domingo, 11 de junho de 2017

Corpus Christi 2017: milhares de fiéis irão participar da festa na Esplanada

Seja de carro ou transporte público, seja de metrô ou nas caravanas organizadas pelas paróquias, milhares de fiéis são esperados na Esplanada dos Ministérios no dia 15 de junho, para juntos, celebrarem a Festa de Corpus Christi 2017. Já está quase tudo pronto para a realização da segunda maior festa realizada em nossa Arquidiocese, ficando atrás somente da festa de Nossa Senhora Aparecida.

A programação terá início logo pela manhã, a partir das 06h00, quando cerca de 500 jovens participantes dos Movimentos e Pastorais da Arquidiocese, irão confeccionar o tradicional tapete por onde, mais tarde, passará o cortejo com o Corpo e Sangue de Cristo o todo o clero.
Ainda pela manhã acontece, pelo segundo ano consecutivo, a Corrida de Corpus Christi que dessa vez traz uma nova modalidade, a de Patins inline com percursos de, 10 km e 21 km, além das três opções de corrida para, 2,5 km, 5 km e 10 km.
As inscrições seguem até o dia 09 de junho e podem ser feitas somente pelo link: http://www.corridadecorpuschristi.org/
A programação retorna na parte da tarde, a partir das 15h com diversas apresentações artísticas e momentos de oração e preparação para a Santa Missa, que terá início ás 17h00.
Também na parte da tarde haverá atendimento de confissão para os fiéis.
Toda a infra-estrutura também está sendo pensada para garantir a segurança de todos que virão para a Festa. No local haverá tenda de saúde, água potável, banheiros químicos e a presença do Detran, Bombeiro Civil e particular, Polícia Civil e Polícia Militar.
Durante todo o dia também haverá a venda de alimentos nos barracões que serão montados no local.
Procissão
Como todos os anos a procissão será realizada no final da Celebração, em torno do primeiro quadrilátero da Esplanada, em frente a Catedral Metropolitana. Na ocasião serão concedidas três bênçãos. A primeira para os doentes, a segunda pelos governantes e a terceira pelas famílias.
Traga a sua vela e venha participar desta grande festa de nossa Arquidiocese.
Trânsito
O Trânsito no local será modificado durante todo o dia. Pela manhã e até a hora da procissão, três faixas da Via S1 e N1 ficarão interditadas para a circulação de veículos. Na hora da procissão, todas as faixas das Vias S1 e N1 ficarão fechadas para a passagem do cortejo. A alternativa será utilizar as vias anexas aos Ministérios.

Por Kamila Aleixo
Arquidiocese de Brasília

Solenidade da Santíssima Trindade

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Nesta solenidade, celebramos o mistério de um só Deus que se revela em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. A fé trinitária nos acompanha desde o Batismo, realizado em nome da Santíssima Trindade, e se expressa continuamente através da oração, especialmente do Creio e do sinal da cruz. Ao fazer o sinal da cruz, demonstramos crer no Deus Trindade, a ele confiando a nossa vida.  
O mistério da Santíssima Trindade encontra-se revelado na Sagrada Escritura. A palavra “mistério” não significa algo obscuro e complicado, pois Deus é amor.  A Santíssima Trindade expressa o mistério do amor de Deus por nós, que se revela na  Bíblia e se manifesta em nossa vida. O Deus Uno e Trino é o Deus-conosco! Segundo a passagem proclamada na primeira leitura, Deus é “misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel” (Ex 34,7). Conforme o Evangelho, o amor de Deus se manifestou na cruz salvadora do Filho, que não foi enviado para condenar o mundo, mas “para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17).
Por mais que possa ser conhecido ou experimentado, o amor de Deus permanece “mistério” inesgotável a ser acolhido na fé. Por isso, a fé na Santíssima Trindade deve ser alimentada pela experiência permanente do encontro com o Deus vivo, do diálogo orante e da acolhida do seu amor misericordioso. A comunhão trinitária se manifesta na vida da Igreja. Somos chamados a viver em comunhão, testemunhando a fé na Santíssima Trindade através da participação e da comunhão na vida da Igreja, especialmente na Eucaristia.
Na próxima quinta feira, 15 de junho, estaremos celebrando a solenidade de Corpus Christi, manifestação pública da fé na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento e de unidade da Igreja. Somos todos convidados a participar da missa e da procissão de Corpus Christi, na Esplanada dos Ministérios, às 17 h, reunindo o clero e todas as paróquias da Arquidiocese de Brasília. Participe e convide outras pessoas para essa celebração. Corpus Christi é sinal de unidade e de paz num espaço urbano que tem sido tristemente marcado pela violência. Sejamos pessoas e comunidades eucarísticas que promovem a comunhão e a paz. O Pão eucarístico seja o alimento para os que querem trilhar os caminhos do amor, da justiça e da paz.
Neste domingo, realizamos a Jornada Arquidiocesana do Dízimo, valorizando o dízimo como sinal de comunhão, partilha e corresponsabilidade, como expressão de gratidão a Deus, instrumento de evangelização e principal fonte de sustentação da comunidade. Nossa cordial gratidão aos dizimistas e a todos os que trabalham na Pastoral do Dízimo, suplicando as bênçãos de Deus para todos! 
Arquidiocese de Brasília

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Dos Livros “Moralia” sobre Jó, de São Gregório Magno, papa

(Lib. 29,2-4:PL76,478-480)            (Séc.VI)

A Igreja adianta-se qual o despontar da aurora
            A madrugada ou aurora é o tempo da passagem das trevas para a luz. Portanto, é muito justo dar estes nomes à Igreja de todos os eleitos. Pois, conduzida da noite da infidelidade à luz da fé,qual aurora depois das trevas, ela se abre para o dia com o esplendor da caridade celeste. O Cântico dos Cânticos bem o diz: Quem é esta que se adianta qual aurora nascente? Indo em busca dos prêmios da vida celeste, a Santa Igreja é chamada aurora porque abandonou as trevas dos pecados e começou a refulgir com a luz da justiça.
            Sobre esta qualidade de ser madrugada ou aurora, temos algo a pensar com mais sagacidade. A aurora e a madrugada anunciam ter passado a noite, no entanto, ainda não mostram toda a claridade do dia: repelem aquela, acolhem este, e, enquanto isto, as trevas e a luz se misturam. Que somos nós nesta vida, nós que seguimos a verdade, a não ser aurora ou madrugada? Já havendo realizado algo que pertence à luz, no entanto, ainda não nos libertamos inteiramente das trevas. Pelo Profeta foi dito a Deus: Diante de ti, nenhum vivente é justo. E em outro lugar: Em muitas coisas falhamos todos.
            Por isto, quando Paulo diz: Passou a noite; não acrescenta logo: Chegou o dia, mas: dia se aproximou. Ao dizer que, passada a noite, o dia não veio mas se aproximou, demonstra, sem qualquer dúvida, estar ainda na aurora, depois das trevas e antes do sol.
            A Santa Igreja dos eleitos será então plenamente dia quando já não houver nela sombra de pecado. Será então plenamente dia quando for clara pelo perfeito ardor da luz em seu íntimo. Bem se mostra estar a aurora como que de passagem, nas palavras: E mostrastes à aurora seu lugar. Aquele a quem se mostra seu lugar é chamado daqui para ali, é claro. Qual é então o lugar da aurora, a não ser a perfeita claridade da visão eterna? Quando, conduzida, lá chegar, nada mais lhe restará das passa das trevas da noite. A aurora apresa-se em alcançar seu lugar, no testemunho do Salmista: Minha alma tem sede do Deus vivo; quando irei e aparecerei diante da face de Deus? A este lugar já conhecido a aurora apressava-se a chegar, quando Paulo dizia ter o desejo de morrer e estar com Cristo. E de novo: Para mim, viver é Cristo e morrer, um lucro.
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Papa Francisco: “Não há nenhum pai no mundo que nos ame como Deus”

Papa Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 07 Jun. 17 / 09:35 am (ACI).- Em sua catequese da Audiência geral desta quarta-feira, o Papa Francisco incentivou os cristãos a se dirigir a Deus como a um pai, pois “não há nenhum pai neste mundo que nos ame como Ele”.
Em sua catequese, o Santo Padre explicou o significado da oração que Jesus ensinou aos seus discípulos, o Pai Nosso, “a oração cristã por excelência”. Nesse sentido, Francisco destacou a “simples invocação” com a qual começa: “Pai”.
O Pontífice destacou que os discípulos de Jesus “estavam assustados pelo fato de que, especialmente durante a manhã e a noite, se retirava para rezar e se submergia na oração”. Por este motivo, “um dia lhe pediram que também os ensinassem a rezar”. Foi então que o Senhor lhes ensinou o Pai Nosso.
“Todo o mistério da oração cristã se resume nesta palavra: ter a coragem de chamar Deus com o nome de Pai. É o que afirma também a Liturgia quando, convidando-nos à oração comunitária da oração de Jesus, utiliza a expressão ‘ousemos dizer’”.
O Bispo de Roma enfatizou como extraordinário chamar Deus de “pai”, porque “chamar Deus com o nome de Pai não é, de forma alguma, um fato normal. Podemos nos inclinarmos a utilizar um título mais elevado, um que nos parece mais respeitoso com sua transcendência. Entretanto, invocá-lo como ‘Pai’ nos situa em uma relação de confiança com Ele, como uma criança que se dirige a seu pai sabendo-se amada e cuidada por ele”.
Chamar Deus de Pai nos revela “o mistério de Deus, que sempre nos fascina e nos faz sentir pequenos, porém, não causa medo, não nos sufoca, não nos angustia. Esta é uma revolução difícil de acolher em nossa alma humana”.
“Pensemos na parábola do pai misericordioso”, propôs Francisco. “Jesus fala de um pai que só conhece o amor por seus filhos. Um pai que não pune o filho pela sua arrogância e que é capaz até mesmo de confiar a ele a sua parte de herança e deixá-lo ir embora de casa”.
“Deus é Pai, diz Jesus, mas não da maneira humana, porque não existe nenhum pai neste mundo que se comportaria como o protagonista desta parábola”.
Francisco recordou que “Deus é Pai a sua maneira: bom, indefeso diante do livre arbítrio do homem, capaz somente de conjugar o verbo ‘amar’. Quando o filho rebelde, depois de ter gastado tudo, finalmente retorna para casa, seu pai não aplica critérios de justiça humana, mas sente, antes de tudo, necessidade de perdoar, e com o seu abraço faz entender ao filho que durante o longo tempo de ausência, ele lhe fez falta”.
Assim, o Papa sublinhou a palavra utilizada por duas vezes por São Paulo em suas cartas: “abba”. “Trata-se de uma expressão ainda mais íntima em relação a ‘pai’, e que alguns traduzem como ‘papai, papaizinho’”.
“Queridos irmãos e irmãs: Já não estamos mais sozinhos! Podemos estar afastados, sermos hostis, podemos até mesmo dizer que ‘não há Deus’. Mas, o Evangelho de Jesus Cristo nos revela que Deus não pode estar sem nós: Ele nunca será um Deus ‘sem o homem’; é Ele que não pode estar sem nós, e isto é um grande mistério... Deus não pode ser Deus sem o homem: um grande mistério isto. E esta certeza é a fonte de nossa esperança, que está em todas as invocações do Pai Nosso”.
Francisco finalizou a catequese incentivando todos a pedir a Deus, ao Pai, por nossas necessidades cotidianas, porque “quando temos necessidade de sua ajuda, Jesus não nos pede para renunciarmos e nos fecharmos em nós mesmos, mas nos chama a nos dirigirmos ao Pai e pedir-lhe coisas com fé”.
“Todas as nossas necessidade, desde as mais evidentes e cotidianas, como a comida, a saúde, o trabalho, até aquelas como ser perdoados e sustentados nas tentações, não são o espelho de nossa solidão, pois existe um Pai que sempre nos olha com amor e que, seguramente, não nos abandona”, concluiu.
Acidigital

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Das Cartas de São Bonifácio, bispo e mártir

(Ep.78:MGH, Epistolae, 3,352.354)           (Séc.VIII)


Pastor solícito, vigilante sobre o rebanho de Cristo
            A Igreja é como uma grande barca que navega pelo mar deste mundo. Sacudida nesta vida pelas diversas ondas das tentações, não deve ser abandonada a si mesma, mas governada. Na Igreja primitiva temos o exemplo de Clemente, Cornélio e muitos outros na cidade de Roma, de Cipriano em Cartago, de Atanásio em Alexandria. Sob o reinado dos imperadores pagãos, eles governaram a barca de Cristo, ou melhor, a sua caríssima esposa, que é a Igreja, ensinando-a, defendendo-a, trabalhando e sofrendo até ao derramamento de sangue.
            Ao pensar neles e noutros semelhantes, fico apavorado; o temor e o tremor me penetram e o pavor dos meus pecados me envolve e deprime! (Sl 54,6); gostaria muito de abandonar inteiramente o leme da Igreja, se encontrasse igual precedente nos Padres ou na Sagrada Escritura.
            Mas não sendo assim, e dado que a verdade pode ser contestada mas nunca vencida nem enganada, nossa alma fatigada se refugia nas palavras de Salomão: Confia no Senhor com todo o teu coração, e não te fies em tua própria inteligência; em todos os teus caminhos, reconhece-o, e ele conduzirá teus passos (Pr 3,5-6). E noutro lugar: O nome do Senhor é uma torre fortíssima. Nela se refugia o justo e será salvo (cf. Pr 18,10).
            Permaneçamos firmes na justiça e preparemos nossas almas para a provação; suportemos as demoras de Deus, e lhe digamos: Vós fostes um refúgio para nós, Senhor, de geração em geração (Sl 89,1).
            Confiemos naquele que colocou sobre nós este fardo. Por não podermos carregá-lo sozinhos, carreguemo-lo com o auxílio daquele que é onipotente e nos diz: O meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mt 11,30).
            Fiquemos firmes no combate, no dia do Senhor, porque vieram sobre nós dias de angústia e de tribulação (cf. Sl 118,143). Se Deus assim quiser morramos pelas santas leis de nossos pais (cf. 1Mc 2,50), a fim de merecermos alcançar junto com eles a herança eterna.
            Não sejamos cães mudos, não sejamos sentinelas caladas, não sejamos mercenários que fogem dos lobos, mas pastores solícitos, vigilantes sobre o rebanho de Cristo. Enquanto Deus nos der forças, preguemos toda a doutrina do Senhor ao grande e ao pequeno, ao rico e ao pobre, e todas as classes e idades, oportuna e inoportunamente, tal como São Gregório escreveu em sua Regra Pastoral.
Fonte: www.liturgiadashoras.org

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF