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domingo, 17 de setembro de 2017

Papa no Angelus: abrir-se à alegria, à paz e à liberdade do perdão

"O perdão de Deus é o sinal de seu amor transbordante por cada um de nós" - AP
     Cidade do Vaticano (RV) – “O perdão não nega o erro sofrido, mas reconhece que o ser humano, criado à imagem de Deus, é sempre maior do que o mal que comete”. Por isto, quem experimentou "a alegria, a paz e a liberdade interior que vem do ser perdoado pode, por sua vez, abrir-se à possibilidade de perdoar".
     O Papa Francisco dedicou a sua reflexão que precede a oração mariana do Angelus ao perdão, inspirando-se na passagem de Mateus proposta pela liturgia do dia.
     “Perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre”, é a resposta de Jesus a Pedro ao ser questionado por ele sobre quantas vezes deveria perdoar. Se para ele perdoar sete vezes uma mesma pessoa já parecia ser muito, “talvez para nós pareça muito fazê-lo duas vezes”, observou o Papa.
     Jesus ilustra a sua exortação com a parábola do “rei misericordioso e do servo perverso, que mostra a incoerência daquele que antes foi perdoado e depois se recusa a perdoar”:
     “A atitude incoerente deste servo é também a nossa quando recusamos o perdão aos nosso irmãos. Enquanto o rei da parábola é a imagem de Deus que nos ama com um amor tão rico de misericórdia, que nos acolhe, nos ama e nos perdoa continuamente”.
     Com o nosso Batismo – recordou o Santo Padre – Deus nos perdoou de uma “dívida insolvível”, e continua a nos perdoar “assim que mostramos um pequeno sinal de arrependimento”. E Francisco nos dá um conselho quando temos dificuldade em perdoar:
     “Quando somos tentados a fechar o nosso coração a quem nos ofendeu e nos pede desculpa, nos recordemos das palavras do Pai celeste ao servo perverso: “eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?”.
     “Alguém que tenha experimentado a alegria, a paz e a liberdade interior que vem do ser perdoado pode, por sua vez, abrir-se à possibilidade de perdoar”, sublinhou Francisco, que recordou que “na oração do Pai Nosso, Jesus quis inserir o mesmo ensinamento desta parábola. Colocou em relação direta o perdão que pedimos a Deus com o perdão que devemos conceder aos nossos irmãos: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido”:
     “O perdão de Deus é o sinal de seu amor transbordante por cada um de nós; é o amor que nos deixa livres para nos afastar, como o filho pródigo, mas que espera a cada dia o nosso retorno; é o amor contínuo do pastor pela ovelha perdida; é a ternura que acolhe todo pecado que bate à sua porta. O Pai celeste é pleno de amor e quer oferecê-lo, mas não o pode fazer se fechamos o nosso coração ao amor pelos outros”.
     Ao concluir, o Papa pede que “a Virgem Maria nos ajude a sermos sempre mais conscientes da gratuidade e da grandeza do perdão recebido de Deus, para nos tornarmos misericordiosos como Ele, Pai bom, lento para a ira e grande no amor”. (JE)
Rádio Vaticano

24º Domingo do Tempo Comum: Quantas vezes perdoar?

                  + Sergio da Rocha
          Cardeal Arcebispo de Brasília
Neste mês da Bíblia, continuamos a meditar o Evangelho segundo Mateus, proclamado nos domingos do Tempo Comum deste Ano Litúrgico. Estamos lendo, com a Igreja, o capítulo 18, voltado especialmente para a vida em comunidade. Jesus se dirige aos seus discípulos orientando a vida comunitária. O trecho proclamado ressalta o perdão entre irmãos (Mt 18,21-35). No último domingo, refletimos sobre a correção fraterna, sinal de amor e de responsabilidade diante do irmão que peca. Outra expressão deste mesmo amor é o perdão.
 A pergunta que Pedro dirige a Jesus se refere a quantas vezes perdoar “se meu irmão pecar contra mim?” A palavra “irmão” pressupõe alguém que está na comunidade cristã e que necessita do perdão de Deus e do perdão dos irmãos. Nós suplicamos o perdão ao rezar o Pai Nosso, mostrando estar dispostos a perdoar: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido!” A parábola contada por Jesus faz pensar no modo como rezamos e vivemos a oração que Ele nos ensinou. Muita gente se dispõe a perdoar, porém, coloca condições ou limites para o perdão, o que não condiz com o ensinamento de Jesus. A resposta de Jesus “setenta vezes sete” pressupõe a disponibilidade para perdoar sempre que necessário. Quem é perdoado deve ter também “compaixão” de quem necessita do perdão. Quem se prostra aos pés do Senhor para suplicar o perdão, deve também oferecer o perdão a quem lhe ofende.
O livro do Eclesiástico, na primeira leitura, refere-se ao “rancor e a raiva” como “coisas detestáveis” que “até o pecador procura dominar”, exortando a perdoar para que, quando orarmos, os nossos pecados sejam perdoados.  Nós cremos que “o Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso”, conforme rezamos com o Salmo 102. Este amor misericordioso do Senhor deve nos levar a amar os irmãos do mesmo modo que Ele nos ama. O amor caracteriza a vida nova do cristão. Ele se expressa através do perdão e também pela correção fraterna, conforme meditamos no último domingo.
Vamos refletir, hoje, a respeito da nossa vivência do amor cristão olhando especialmente para a nossa capacidade de perdoar. Se necessário, peçamos perdão a Deus e procuremos perdoar, de coração, os nossos irmãos. Sem o perdão, não há reconciliação e paz nos corações, nem haverá paz em nossas famílias e comunidades.  Aproveitemos este Mês da Bíblia para conhecer e viver melhor a Palavra de Deus, fazendo a leitura orante da Bíblia e praticando o amor ao próximo. Organize o seu tempo para ler e a meditar a Palavra de Deus, a cada dia. Procure fazer isso, em família e na comunidade. Dedique mais tempo a Deus e aos irmãos!
Arquidiocese de Brasília

Famoso jurado espanhol de MasterChef: “Comungar é o que mais me alimenta”

José “Pepe” Rodríguez Rey. Foto: Twitter oficial @Pepe_elBohio.
MADRI, 16 Set. 17 / 02:00 pm (ACI).- José “Pepe” Rodríguez Rey é um famoso chef espanhol, vencedor de duas estrelas Michelin – um dos principais reconhecimentos gastronômicos do mundo –, dono de dois restaurantes e, há alguns anos, jurado do programa de culinária MasterChef. Entretanto, confessa: “Comungar é o que mais me alimenta”.
Receber a Eucaristia, assegura Rodríguez Rey em uma entrevista recente à revista ‘Misión’, o alimenta “como nenhuma outra coisa”.
“Comungar é o que mais me alimenta, Às vezes, algumas pessoas me dizem depois de comer: ‘Você me emocionou, quase levitei’. E penso: ‘Isto é estúpido’. Eu adoro comer e comi nos melhores restaurantes, mas nunca fiquei emocionado ao comer. Mas sim ao comungar. O alimento espiritual não tem comparação”.
O júri do MasterChef na Espanha desde 2013 também confessa que, “para muitos cristãos, eu em primeiro lugar, temos dificuldade de dizer que sou um pouco mais feliz pelo que creio”, e adverte que “o mundo da televisão é Babel, Sodoma e Gomorra, e às vezes é difícil mostrar-me, então eu prefiro agir”.
“Em certos ambientes, se você explica as coisas não entendem, mas as pessoas entendem o exemplo. Não há uma única forma de evangelizar”, destaca o chefe de 49 anos.
Rodríguez Rey também diz que aparecer na televisão não lhe causou mais felicidade do que a que ele tinha há alguns anos.
“Sou tão feliz quanto há cinco anos, quando não trabalhava na TV. Tento ser feliz porque tenho todos os ingredientes para isso”, sublinhou.
Esses ingredientes são: “Tenho três filhos maravilhosos, estou felizmente casado, tenho saúde e meus familiares estão bem”.
“Agora, além disso, está tudo bem no trabalho. Mas, quando não estava bem, porque passei por momentos ruins, também era feliz pois não baseio tudo no trabalho, nem baseio a minha vida em ser famoso. As pessoas me veem na televisão, mas eu vivo na minha cidade, Illescas, frequento os mesmos lugares de sempre... Mudei somente o necessário”.
O chef espanhol também destacou durante a entrevista os valores transmitidos pelo MasterChef.
“Não sei se os meus chefes na produtora estavam tão preparados para buscá-lo, mas na verdade o programa exalta o sacrifício, o companheirismo, o trabalho, recompensa quem é bom e se esforça, castiga quem faz mal”, assinala.
“Quando você vê, pergunta-se: por que não fazem mais programas bons, saudáveis ??e atraentes, que podem ser assistidos por um homem de 80 anos com o seu neto sem problemas, e que ensinem a fazer algumas coisas?”, questiona.
Apesar dos seus prêmios, Rodríguez Rey afirma: “Não me levanto todos os dias pensando em qual prêmio quero ganhar, mas em alimentar muito bem a pessoa que irá à minha casa. E fazer isso melhor todos os dias”.
“Coleciono os reconhecimentos porque são para toda a equipe, mas me dura um minuto o ego de pensar que sou alto e bonito. Durante um minuto e meio, sei que meu sucesso é estar aqui, à vontade com as pessoas, e nos amar como somos. E essa não é uma meta, isso é um trabalho de cada dia”.
Trocaria as estrelas Michelin que ganhei “por qualquer coisa que valesse a pena. Se amanhã a Michelin falir, o que devo fazer? Não dou comida? O meu sorriso desaparece? Então! Estamos aqui para nos divertir e divertir as pessoas, não para ganhar prêmios”.
Para o jurado do MasterChef, foi fundamental na sua vida participar de um Cursilho de Cristandade.
“Sempre fui um cristão de Missa de 12 e vermú (tipo de bebida), mas um Cursilho é algo muito poderoso. Nesses três dias percebi o que é ser cristão e quem é Deus”, destacou.
“Quando eu saía com meus amigos em Illescas, muitas vezes à noite, via o Sr. José Soriano, um desses professores da velha escola, que alternava com dependentes químicos. Ficava admirado ao ver esse homem de 65 anos ajudando os dependentes químicos, então, depois de participar de um Cursilho, encontrei-o um dia e disse que gostaria de ajudá-lo. Estivemos durante anos ajudando jovens que estavam envolvidos com todos e fizemos coisas importantes para eles”, recordou.
“O Sr. José tinha uma fé muito grande, deixava tudo nas mãos de Deus. Dizia: ‘O Senhor nos trouxe aqui e Ele nos levará. Há muitas coisas para fazer, então não comece a filosofar. Comece a fazer o que deve fazer e confie nele’. Isso é uma escola de vida”, sublinhou.
Para ele, precisou, Deus “é a força, o motor de tudo. Aquele que faz você estar bem, ruim e no regular”.
“Eu não sei se às vezes eu fico muito para trás e não explico que sou cristão, mas é que não me vejo dando explicações, mas demonstrando no que estou fazendo”, assinalou.
ACI Digital

sábado, 16 de setembro de 2017

Das Cartas de São Cipriano, bispo e mártir

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(Epist. 60,1-2.5:CSEL3,691-692.694-695)            (Séc.III)


Fé generosa e firme
Cipriano a Cornélio, seu irmão. Tive notícias, irmão caríssimo, dos gloriosos testemunhos de vossa fé e fortaleza. Recebemos com tanta exultação a honra de vossa confissão que também nos julgamos participantes e companheiros de vossos merecidos louvores. Pois se em nós e na Igreja só há um modo de pensar e indivisa concórdia, qual o sacerdote que não se rejubilaria como próprios com os louvores dados a seu irmão no sacerdócio? Ou que fraternidade não se alegraria com o júbilo de todos os irmãos? 
Impossível expressar como foi grande esta exultação e alegria, quando fui informado de vossas vitórias e atos de coragem. Nisto foste o primeiro, durante o interrogatório dos irmãos. O testemunho do chefe ainda foi acrescido pela confissão dos irmãos. Enquanto vais à frente na glória, fazes muitos companheiros nesta glória e estimulas o povo a dar testemunho por estares preparado, primeiro que todos, a confessar em nome de todos. Não sabemos o que primeiro elogiar em vós: se vossa fé decidida e estável, se o indefectível amor fraterno. Aí se provou de público a virtude do bispo indo à frente, e se revelou a união da fraternidade que o seguia. Já que em vós só há um coração e uma só voz, foi toda a Igreja Romana que testemunhou. 
Tornou-se evidente, irmão caríssimo, a fé que o Apóstolo já tinha louvado em vós. Já então ele previa a virtude louvável e a firmeza da coragem, atestando com isso vossos méritos futuros. O elogio aos pais era estímulo aos filhos. Por serdes assim unânimes, assim fortes, destes exemplo de unanimidade e de fortaleza aos outros irmãos. Sinais da providência do Senhor nos avisam, e palavras salutares da divina misericórdia nos advertem de que já se aproxima o dia de nossa grande luta.  
Por isto, como podemos irmão caríssimo, pela mútua caridade que nos une, nós vos exortamos a não esmorecer. Nos jejuns, nas vigílias e orações com todo o povo. São estas armas celestes que fazem ficar de pé e perseverar com denodo; são estas as defesas espirituais, as lanças, que protegem.  
Lembremo-nos um do outro, concordes e unânimes, mutuamente oremos sempre por nós, suavizando as tribulações e angústias pela caridade recíproca.
www.liturgiadashoras.org

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Ladrão tem perdão?

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo metropolitano de São Paulo (SP)
As denúncias de pequenos furtos e roubos de grandes fortunas são de todos os dias. E não é de hoje: a história dos povos registra a ladroagem em todas as épocas, da antiguidade à pós-modernidade. A diferença é que a roubalheira vai ficando mais sofisticada e vai do esconder tesouros em caixas de papelão e malas de viagem a estourar caixas-fortes com dinamites e aplicar golpes pela internet. Há roubo de todo jeito e daria para organizar uma enciclopédia da ladroagem!
Se é verdade que amigos do alheio sempre existiram, isso não torna lícito e aprovado o roubo, que sempre foi e continua a ser considerado um ato desonesto e injusto, além de marcar de maneira negativa a pessoa que o pratica. É feio e vergonhoso ser ladrão e ser chamado de ladrão não é considerado um elogio para ninguém… Talvez, na sociedade dos ladrões, furtos e roubos possam ter algum reconhecimento, mas essa seria uma sociedade inominável e sem reconhecimento meritório.
Por que não abolir de uma vez a lei que proíbe roubar, considerando que essa prática se tornou tão comum e difundida? Que aconteceria se o furto e o roubo deixassem de ser crimes? Tenho a certeza de que uma “sociedade de ladrões” inventaria bem depressa seus códigos éticos e morais para disciplinar tudo… E seriam, com grande probabilidade, bastante rígidos! É estranho: por qual motivo os códigos morais não funcionam bem numa sociedade que pretende estribar-se sobre os valores da justiça, do respeito, da honestidade e da dignidade?
Talvez haja algum problema no compartilhamento da convicção de que roubar não é direito. Falta dizer e ensinar novamente, com todas as letras e em todos os momentos, que não é permitido roubar, que isso é desonesto, injusto e feio, coisa de mau caráter? Antes de chamar a polícia para prender o ladrão, seria preciso que a sociedade se pusesse de acordo para dizer que o roubo é um crime e que o crime não compensa, nem para o ladrão grande nem para o pequeno.
Diante da roubalheira deslavada, a tendência é o fechamento: muros altos, cercas eletrificadas, câmeras de vigilância sofisticadas. Seriam a solução suficiente para prevenir roubos e assaltos, planejados com inteligência criminosa? Basta fazer denúncias, mandar a polícia atrás e torcer para que o ladrão não consiga escapar e fique um bom tempo na cadeia? O que será capaz de dissuadir do caminho da desonestidade?
O ladrão entende que, cálculos feitos, vale a pena arriscar e roubar. Na sua lógica, o crime compensa e, infelizmente, a prática mostra que isso pode ser verdadeiro. Então, seria preciso abalar essa sua certeza, e os motivos para ser honesto devem ser mais fortes que a tentação de roubar. Esses motivos só podem ser passados pela educação para os valores construtivos no convívio social e pela dissuasão, em vista das consequências indesejáveis do crime.
Que motivações fortes seriam capazes de dissuadir alguém de cometer desonestidades? Nos Evangelhos há algumas cenas nas quais Jesus trata pessoalmente com ladrões. Escolhi três casos típicos, com desenvolvimentos e ensinamentos bem diversos.
Zaqueu era funcionário público e recolhia impostos para os romanos, que estavam dominando a Palestina daqueles tempos. Zaqueu era odiado pelos seus compatriotas e nem podia frequentar a sinagoga, sendo considerado um pecador público. Um belo dia, Jesus passou pela sua cidade e o encontrou pela rua. O próprio Jesus chamou Zaqueu e disse que ia hospedar-se em sua casa. Zaqueu sentiu-se valorizado, alegrou-se e recebeu Jesus com festa. O fato foi motivo de escândalo para muitos, que não podiam entender como o Mestre havia escolhido entrar na casa de um pecador, sentando-se à mesa em companhia de pecadores! Mas o corrupto Zaqueu foi logo fazendo sua autodelação: “Darei a metade dos meus bens aos pobres e, se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais” (cf. Lucas 19,8). Sua vida mudou porque alguém tocou na sua consciência. Nem precisou de processos demorados em várias instâncias, cheios de jogos de cena. Zaqueu parou de roubar e reparou a justiça lesada. Bom exemplo a ser seguido!
Outro ladrão viveu pertinho de Jesus. Judas havia sido escolhido para ser um dos apóstolos. Era muito avarento, fingido e sem-vergonha. Judas é o ladrão da consciência calejada, que não se dá conta de sua mesquinhez. Ladrão perigoso, inserido no sistema e na máquina pública, com cara de benfeitor populista, que não perde a chance de passar a mão no patrimônio público. Judas cuidava do caixa-comum do grupo de Jesus com os apóstolos e roubava o que se depunha na bolsa (cf. João, 12,4-8). Sua ganância não encontrou mais limites e ele acabou negociando com os inimigos de Jesus a traição do Mestre, na calada da noite, por umas tantas moedas de prata (cf. Mateus, 26,14-16). O infeliz, quando se viu desprezado pelos comparsas e abandonado à solidão da própria consciência, entrou em desespero e se enforcou. Péssimo exemplo, a não ser imitado por ninguém, nem pela sua vida nem pelo seu fim deplorável!
O terceiro ladrão pode representar uma esperança para os viciados e incorrigíveis amigos do alheio. É conhecido como “o bom ladrão”, não por sua esperteza na roubalheira, mas porque teve uma ideia sensata no extremo da vida. Condenado à morte por suas ações, ele reconheceu que suas façanhas de nada lhe valeram, arrependeu-se e pediu misericórdia a Deus. Jesus viu que sua confissão era sincera e lhe prometeu o paraíso naquela mesma hora (cf. Lucas 23,39-43). Sempre é tempo de arrependimento e não é preciso esperar até o fim da vida. Quanto mais cedo, melhor. Deus pode conceder a vida também ao ladrão arrependido. Sinceramente arrependido e bem confessado! A penitência fica por conta do Estado…
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo metropolitano de São Paulo (SP)
CNBB

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo

Imagem relacionada
(Oratio 10 in Exaltatione sanctae crucis: PG97,1018-1019)                  (Séc.VIII)


A glória e a exaltação de Cristo é a cruz
Celebramos a festa da cruz; por ela as trevas são repelidas e volta a luz. Celebramos a festa da cruz e junto com o Crucificado somos levados para o alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um tesouro. Chamo com razão tesouro aquilo que há de mais belo entre todos os bens pelo conteúdo e pela fama. Nele, por ele e para ele reside toda a nossa salvação, e é restituída ao seu estado original.  
Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado. Se não houvesse a cruz, a vida não seria pregada ao lenho com cravos. Se a vida não tivesse sido cravada, não brotariam do lado as fontes da imortalidade, o sangue e a água, que lavam o mundo. Não teria sido rasgado o documento do pecado, não teríamos sido declarados livres, não teríamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o paraíso. Se não houvesse a cruz,a morte não teria sido vencida e não teria sido derrotado o inferno.  
É, portanto, grande e preciosa a cruz. Grande sim, porque por ela grandes bens se tornaram realidade; e tanto maiores quanto, pelos milagres e sofrimentos de Cristo, mais excelentes quinhões serão distribuídos. Preciosa também porque a cruz é paixão e vitória de Deus: paixão, pela morte voluntária nesta mesma paixão; e vitória porque o diabo é ferido e com ele a morte é vencida. Assim, arrebentadas as prisões dos infernos, a cruz também se tornou a comum salvação de todo o mundo.  
É chamada ainda de glória de Cristo, e dita a exaltação de Cristo. Vemo-la como o cálice desejável e o termo dos sofrimentos que Cristo suportou por nós. Que a cruz seja a glória de Cristo, escuta-o a dizer: Agora, o Filho do homem é glorificado e nele Deus é glorificado e logo o glorificará (Jo 13,31-32). E de novo: Glorifica-me tu, Pai, com a glória que tinha junto de ti antes que o mundo existisse (Jo 17,5). E repete: Pai, glorifica teu nome. Desceu então do céu uma voz: Glorifiquei-o e tornarei a glorificar (Jo 12,28), indicando aquela glória que então alcançou na cruz.  
Que ainda a cruz seja a exaltação de Cristo, escuta o que ele próprio diz: Quando eu for exaltado, atrairei então todos a mim (cf. Jo 12,32). Bem vês que a cruz é a glória e a exaltação de Cristo.
ACI Digital

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Vaticano estabelece medidas de controle para evitar abusos contra a Eucaristia

Imagem referencial. Foto: Flickr São José (CC-BY-NC-ND 2.0)
Vaticano, 10 Jul. 17 / 10:45 am (ACI).- A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos denunciou os abusos contra a Eucaristia e a “negligência pelo sagrado” e sugere uma série de medidas de controle que garantam a validade do pão e do vinho usados na consagração.
Através de uma carta circular dirigida aos Bispos diocesanos, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos recorda, a pedido do Papa Francisco, “as normas existentes e sugerem-se algumas indicações práticas” sobre o pão e vinho para a Eucaristia.
Na carta, são recordadas as normas a respeito da matéria eucarística indicadas no Código de Direito Canônico e no Missal Romano, que já foram explicadas na Instrução Redemptionis Sacramentum desta Congregação de 25 de março de 2004.
Assim, indica que “pão que se utiliza no santo Sacrifício da Eucaristia deve ser ázimo, unicamente feito de trigo, confeccionado recentemente, para que não haja nenhum perigo de que se estrague por ultrapassar o prazo de validade”. Portanto, “não pode constituir matéria válida, para a realização do Sacrifício e do Sacramento eucarístico, o pão elaborado com outras substâncias”.
Além disso, acrescentou que “é um abuso grave introduzir, na fabricação do pão para a Eucaristia, outras substâncias como frutas, açúcar ou mel”.
Em relação ao vinho, afirma que “deve ser natural, do fruto da videira, puro e dentro da validade, sem mistura de substâncias estranhas”, e insiste que “não se deve admitir sob nenhum pretexto outras bebidas de qualquer gênero, pois não constituem matéria válida”.
Sobre o uso de pão e vinho adequado para pessoas com intolerâncias alimentares, explica que “as hóstias completamente sem glúten são matéria inválida para a eucaristia. São matéria válida as hóstias parcialmente desprovidas de glúten, de modo que nelas esteja presente uma quantidade de glúten suficiente para obter a panificação, sem acréscimo de substâncias estranhas e sem recorrer a procedimentos tais que desnaturem o pão”.
Entretanto, a Congregação “decidiu que a matéria eucarística confeccionada com organismos geneticamente modificados pode ser considerada válida”.
Sobre o mosto em substituição ao vinho fermentado normalmente, afirma: “Mosto, isto é, o sumo de uva, quer fresco quer conservado, de modo a interromper a fermentação mediante métodos que não lhe alterem a natureza (p. ex., o congelamento), é matéria válida para a eucaristia”.
Do mesmo modo, insiste que “os Ordinários têm competência para conceder a licença de usar pão com baixo teor de glúten ou mosto como matéria da Eucaristia em favor de um fiel ou de um sacerdote”.
Em sua carta, a Congregação recorda que, sobretudo “aos bispos diocesanos”, que “lhes compete providenciar dignamente tudo aquilo que é necessário para a celebração da Ceia do Senhor. Ao Bispo, primeiro dispensador dos mistérios de Deus, moderador, promotor e garante da vida litúrgica na Igrejaque lhe está confiada compete-lhe vigiar a qualidade do pão e do vinho destinado à Eucaristia e, por isso, também, aqueles que o fabricam”.
A Congregação sublinha a necessidade de garantir, através de certificados adequados, a “validade desta matéria eucarística”. Neste sentido, explica que, “enquanto até agora, de um modo geral, algumas comunidades religiosas dedicavam-se a preparar com cuidado o pão e o vinho para a celebração da Eucaristia, hoje estes vendem-se, também, em supermercados, lojas ou mesmo pela internet”.
Por isso, indica que “Ordinário deve recordar aos sacerdotes, em particular aos párocos e aos reitores das igrejas, a sua responsabilidade em verificar quem é que fabrica o pão e o vinho para a celebração e a conformidade da matéria”.
Com o objetivo de garantir o cumprimento destas normas gerais e, “considerando a complexidade de situações e circunstâncias, como é o fato da negligência pelo sagrado, adverte-se para a necessidade prática de que, por incumbência da Autoridade competente, haja quem efetivamente garanta a autenticidade da matéria eucarística da parte dos produtores como da sua conveniente distribuição e venda”.
Finalmente, sugere-se, por exemplo, “que a Conferência Episcopal encarregue uma ou duas Congregações religiosas, ou outro Ente com capacidade para verificar a produção, conservação e venda do pão e do vinho para a Eucaristia num determinado país ou para outros países para os quais se exporta. Recomenda-se, ainda, que o pão e o vinho destinados à Eucaristia tenham um tratamento conveniente nos lugares de venda”.
ACI Digital

Bispo convoca a dizer “não” à inserção da ideologia de gênero na BNCC



      Dom Antonio Carlos Rossi Keller / Foto: Facebook Diocese de Frederico Westphalen
REDAÇÃO CENTRAL, 13 Set. 17 / 08:00 am (ACI).- O Bispo da Diocese de Frederico Westphalen (RS), Dom Antonio Carlos Rossi Keller, convocou todos os brasileiros a expressarem “o seu vigoroso ‘não’” à inserção da “antinatural” ideologia de gênero na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que deve entrar em vigor a partir de 2018 nas escolas brasileiras.
O apelo do Prelado foi feito por meio de uma nota sobre o risco da ideologia de gênero, publicada nesta terça-feira, 12 de setembro, Memória Litúrgica do Santíssimo Nome de Maria.
Em seu texto, Dom Keller recorda, conforme asseverou o Papa Bento XVI em janeiro de 2013, que a Igreja tem “a missão de precaver o Povo de Deus dos perigos iminentes”. Nesse sentido, decidiu escrever tal “Nota Pastoral com votos de que possa ela chegar – com saudações de bênção e paz – ao maior número de pessoas neste momento crucial da História”.
O Prelado inicia sua reflexão explicando que a ideologia de gênero, difundida a partir das décadas de 1960 e 1970, ensina que a masculinidade e a feminilidade são construídas pela cultura, e não determinadas pelo sexo biológico. Assim, apresenta, “em oposição à Biologia” diversas variantes ao ser humano, como masculino, feminino ou neutro.
“Ora, para fazer a sociedade aceitar, passivamente, tal ideologia que, se aplicada, destruiria por completo a humanidade, há um longo trabalho em curso”, adverte, ao indicar que essa “‘desconstrução’ cultural gradativa” começa pela família e pela educação escolar.
“Como não perceber, portanto, que a tentativa de inserção da ideologia de gênero na BNCC atende a interesses ideológicos colonizadores bem determinados, e não ao genuíno bom-senso do povo brasileiro que rejeitou, vigorosamente, tão nefasta ideologia em todos os âmbitos educacionais (nacional, estadual e municipal) nos quais ela, sorrateiramente e à força, tentou adentrar?”, questiona.
Neste ponto, Dom Keller fez referência ao Plano Nacional e aos Planos Estaduais e Municipais de Educação, dos quais a ideologia de gênero foi retirada após grande mobilização da população, presente em audiências públicas e votações, tanto no Congresso Nacional, como nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores.
Além disso, sublinha que a Igreja se coloca efetivamente contrária a tal ideologia e, para tal, cita as palavras do Papa Francisco na exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia, em cujo numeral 56 incluiu “dentre os vários desafios no campo educacional das novas gerações a malévola ideologia de gênero”.
Em Amoris Laetitia, o Santo Padre adverte que “preocupa o fato de algumas ideologias deste tipo, que pretendem dar resposta a certas aspirações por vezes compreensíveis, procurarem impor-se como pensamento único que determina até mesmo a educação das crianças”.
“Uma coisa é compreender a fragilidade humana ou a complexidade da vida, e outra é aceitar ideologias que pretendem dividir em dois os aspectos inseparáveis da realidade. Não caiamos no pecado de pretender substituir-nos ao Criador. Somos criaturas, não somos onipotentes. A criação precede-nos e deve ser recebida como um dom”, continua a exortação.
Nesse sentido, o Bispo de Frederico Westphalen assinala que “aceitar e/ou promover a ideologia de gênero é voltar-se, radicalmente, contra Deus, o Autor da natureza humana distinta, mas complementar do homem e da mulher”.
“A pergunta a ser feita é: quem, em sã consciência, deixaria seus filhos – crianças e adolescentes – entregues a um currículo fundamentado em uma ideologia antinatural e anticientífica, como é a famigerada ideologia de gênero?”, pergunta.
Assim, convoca todos os cidadãos a que digam “não” à inserção da ideologia de gênero na BNCC e, “uma das formas úteis de fazê-lo”, conforme indica o Bispo, é por meio de uma petição online dirigida ao Ministério da Educação lançada pela plataforma CitizenGo.
“Nossa pecaminosa omissão certamente custará caro a crianças e adolescentes envoltos, obrigatoriamente, nas escolas, à doutrinação da ideologia de gênero a partir do ano letivo de 2018”, adverte o Prelado.
Para assinar a petição indicada por Dom Antonio Keller, basta acessar o site: www.citizengo.org/pt-pt/node/87279.
Para ler a nota do bispo na íntegra, acesse: http://www.diocesefw.com.br/noticia/291
ACI Digital

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Exposição blasfema é encerrada depois da mobilização de católicos

Fachada do Santander Cultural em Porto Alegre / Foto: Facebook Santander Cultural
PORTO ALEGRE, 11 Set. 17 / 04:30 pm (ACI).- Após a mobilização de católicos contra uma exposição blasfema e que promovia a pedofilia, o Santander Cultural, em Porto Alegre (RS), decidiu encerrar a mostra no domingo, 10 de setembro.
A exposição “Queermuseu – Cartografia da Diferença na Arte Brasileira” foi aberta no dia 15 de agosto e seguiria até o dia 8 de outubro.  A mostra contava com 270 obras que, segundo a entidade abordavam as “questões de gênero e diferença”.
Entretanto, as obras apresentavam blasfêmias contra símbolos religiosos, como hóstias nas quais escreveram nomes de órgãos sexuais, além de imagens indicando pornografia, pedofilia e zoofilia.
Diante disso, cristãos iniciaram nas redes sociais uma mobilização contra a exposição, expressando sua indignação e repúdio à mostra. Entre as iniciativas, muitos ingressaram na página de Facebook do Santander Cultural, conseguindo rebaixar a sua nota de avaliação para 1,4, além de outros que anunciaram o cancelamento de suas contas na instituição financeira.
Frente a esta mobilização o Santander Cultural anunciou no domingo, 10 de setembro, o encerramento da exposição, após receberem “diversas manifestações críticas”. “Pedimos sinceras desculpas a todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra”, acrescenta em nota.
“O objetivo do Santander Cultural é incentivar as artes e promover o debate sobre as grandes questões do mundo contemporâneo, e não gerar qualquer tipo de desrespeito e discórdia”, afirma a instituição, ressaltando que promovem a reflexão “sem interferir no conteúdo para preservar a independência dos autores”.
Entretanto, informa que desta vez “ouvimos as manifestações e entendemos que algumas das obras da exposição Queermuseu desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo”.
Após o anúncio do encerramento da exposição, Padre Augusto Bezerra, um dos impulsionadores da campanha contra a mostra nas redes sociais, expressou que “o gigante acordou”.
“Que sirva de exemplo a qualquer um que tente algo do tipo”, declarou o sacerdote, ressaltando que “estamos avançando e não vamos cessar nossa militância cristã. Sim, cristãos posicionados e fazendo frente aos males presentes”.
Por sua vez, a Arquidiocese de Porto Alegre (RS) divulgou uma nota nesta segunda-feira, na qual “manifesta a sua estranheza diante da promoção da exposição realizada junto ao Santander Cultural, na capital gaúcha, que utiliza de forma desrespeitosa símbolos, elementos e imagens, caricaturando a fé católica e a concepção de moral que enleva o corpo humano e a sexualidade como dom de Deus”.
A Arquidiocese ressalta que ultimamente se tem “assistido ataques discriminatórios à cultura judaico-cristã que contribuiu na formação cultural do ocidente”. Assim, reforça que “eliminar as dificuldades jamais pode significar desrespeitar o outro e suas crenças, especialmente porque, ao se tratar do imaginário simbólico da fé, entra-se num campo delicado de significados e sentidos que a ninguém é dado o direito de desprezar”.
“Em tempos de terrorismo e intolerância, não se constroem pontes com agressão e desrespeito pelo o que é mais íntimo e sagrado no outro: sua fé e seu corpo”, sublinha.
Assim, exorta a continuar “trabalhando por um humanismo solidário com uma atitude de paz que não precisa agredir e ofender quem tem pensamento diferente”. “São Francisco de Assis, medieval e cristão que continua a iluminar a contemporaneidade, ensina-nos a ver o outro como irmão e nos faça a todos instrumentos de paz”, conclui.
ACI Digital

Bispos do Equador rechaçam exposição de artes que zomba de católicos

Centro Cultural Metropolitano de Quito / Crédito: MET
QUITO, 10 Ago. 17 / 03:00 pm (ACI).- Uma exposição de arte blasfema, na se apresentam obras ofensivas contra Jesus, contra a Virgem Maria e os bispos, inaugurada no dia 29 de julho, em Quito, gerou o rechaço por parte da Igrejado Equador.
A exposição, sob responsabilidade da curadora Rosa Martínez, é intitulada “A intimidade é política”, conta com o apoio de várias instituições públicas e privadas, entre elas ONU Mulheres Equador, e permanecerá no Centro Cultural Metropolitano de Quito (MET) até o dia 29 de outubro deste ano.
Através de um comunicado emitido no dia 1º de agosto, a Conferência Episcopal Equatoriana (CEE) expressou a sua “preocupação e desconforto” ao acompanhar de perto as imagens blasfemas nas redes sociais.
“Estamos preocupados, porque teve o patrocínio de instituições sérias, como a Município de Quito, chamadas a respeitar os direitos de todos os cidadãos, tanto crentes como não crentes”, detalha a carta.
Do mesmo modo, os bispos assinalaram que há uma inconformidade, “porque os grupos organizadores desta exposição pictórica, em nome da liberdade de expressão, violam os direitos fundamentais das outras pessoas que discordam das suas posições ideológicas”.
“Supostamente, lutam contra a homofobia, mas não deixam de zombar e promover a fobia contra os cristãos, especialmente contra os cristãos católicos”, acrescentaram.
Finalmente, os bispos manifestaram que em nome de muitos cristãos agradecem “a todas as pessoas que, independentemente da sua posição social, política e religiosa, se pronunciaram com firmeza e clareza para expressar sua inconformidade pela grotesca zombaria aos símbolos religiosos”.
Por outro lado, a plataforma internacional de defesa da família CitizenGO já começou uma campanha de abaixo-assinado para retirar a exposição blasfêmia.
Para assinar, basta acessar o site.
ADVERTÊNCIA: AS imagens podem ferir a sensibilidade dos leitores. Para ver a obra de arte blasfema, acesse aqui.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF