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domingo, 8 de outubro de 2017

“Aquele que vai nascer tem direito à vida, a desenvolver-se com qualidade e poder se tornar um ser humano integral”, afirmou bispo

Neste domingo, 08 de outubro, a Igreja do Brasil celebra o Dia do Nascituro. A data é dedicada ao ser humano quando ainda é um embrião em estágio intra-uterino; e marca o encerramento da Semana Nacional da Vida, celebrada entre os dias 1º e 7 de outubro.

O Dia do Nascituro, assim como a Semana Nacional da Vida, foi aprovado e constituído durante a Assembleia Geral da Conferência dos Bispos do Brasil, em agosto de 2005, em Itaici (SP).
O objetivo é ressaltar o valor sagrado da vida humana, além de criar uma mentalidade de respeito e de defesa da dignidade da pessoa humana. Direito que deve ser respeitado mesmo antes do nascimento, como enfatizou o bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CNPF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Bosco Barbosa de Sousa.
“Aquele que vai nascer, o nascituro, tem o seu direito à vida, não só o direito de viver, mas desenvolver-se com qualidade e poder se tornar um ser humano integral”, afirmou dom João Bosco.
Este ano, em consonância com o Ano Mariano, as celebrações pelo Dia do Nascituro e a pela Semana Nacional da Vida trazem o tema: “Bendito é o fruto do teu ventre”. A temática, segundo o presidente da CNPF, apresenta a reflexão sobre a importância do papel de Maria, que fez de tudo para proteger a sua gestação e dar a luz ao filho de Deus, como cita dom João.
“Assim, existem muitas mulheres que trazem no seu ventre também os seus nascituros, os seus filhos que vão nascer, e aí está um ponto de partida para a gente compreender toda a sacralidade da vida. A vida é sagrada nas suas diversas etapas e deve ser defendida desde o momento da concepção”, completou o bispo.
A Arquidiocese de Brasília convida as (arqui) dioceses a saírem, neste dia, bem como nos demais dias da Semana da Vida, em missão a favor da vida e a realizarem atividades de reflexão e formação para a sociedade, com objetivo de propor a sociedade debate sobre os cuidados, proteção e a dignidade da vida humana, em todas as suas fases, desde a concepção até seu fim natural.
Para ajudar na vivência deste período, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), produziu o “Hora da Vida”, que assim como as celebrações citadas, tem como tema: “Bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42), em consenso com o Ano Mariano, instituído pela CNBB.
O impresso é um subsídio criado para animar as comunidades para um encontro e partilha sobre valores cristãos, que guiam as famílias e os promotores da vida na evangelização e transformação da sociedade a favor da vida.
Além de trazer reflexões sobre a celebração da vida, dividida em 7 encontros, a cartilha também apresenta a “Celebração da Vida”, para ser realizada no dia 8 de outubro, Dia do Nascituro, e a bênção para o momento do parto.
O livreto custa R$3,00 e pode ser encontrado na Secretaria Nacional da Pastoral Familiar ou ser adquirido pelo telefone, no número: (61) 3443 2900 ou pelo email: vendas@cnpf.org.br  ou ainda pelo site: www.lojacnpf.org.br.
Não fique fora dessa comemoração!
Celebre a vida em sua comunidade!


Informação:
Pastoral da Família
email:pastoralfamiliarbrasilia@gmail.com
Facebook: https://pt-br.facebook.com/pastoralfamiliardebrasilia/

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Endereço: SE/Sul Quadra 801 Conjunto “B” - BRASÍLIA – DF
Telefone:(61) 2103-8300 - Fax:(61) 2103-8303            

Por Gislene Ribeiro
Arquidiocese de Brasília

Da Regra Pastoral, de São Gregório Magno, papa

(Lib. 2,4: PL 77,30-31)                (Séc.VI)

O pastor seja discreto no silêncio, útil na palavra
Seja o pastor discreto no silêncio, útil na fala, para não falar o que deve calar, nem calar o que deve dizer. Pois da mesma forma que uma palavra inconsiderada arrasta ao erro, o silêncio inoportuno deixa no erro aqueles a quem poderia instruir. Muitas vezes, pastores imprudentes, temendo perder as boas graças dos homens, têm medo de falar abertamente o que é reto. E segundo a palavra da Verdade, absolutamente não guardam o rebanho com solicitude de pastor, mas, por se esconderem no silêncio, agem como mercenários que fogem à vinda do lobo. 
O Senhor, pelo Profeta, repreende estes tais dizendo: Cães mudos que não conseguem ladrar (Is 56,10). De novo queixa-se: Não vos levantastes contra nem opusestes um muro de defesa da casa de Israel, de modo a entrardes em luta no dia do Senhor (Ez 13,5). Levantar-se contra é contradizer sem rebuços aos poderosos do mundo em defesa do rebanho. E entrar em luta no dia do Senhor quer dizer: por amor à justiça resistir aos que lutam pelo erro. 
Quando o pastor tem medo de dizer o que é reto, não é o mesmo que dar as costas, calando-se? É claro que se, pelo rebanho, se expõe, opõe um muro contra os inimigos em defesa da casa de Israel. Outra vez, se diz ao povo pecador: Teus profetas viram em teu favor coisas falsas e estultas; não revelavam tua iniquidade a fim de provocar à penitência (Lm 2,14). Na Sagrada Escritura algumas vezes os profetas são chamados de doutores porque, enquanto mostram ser transitórias as coisas presentes, manifestam as que são futuras. A palavra divina censura aqueles que veem falsidades, porque, por medo de corrigir as faltas, lisonjeiam os culpados com vãs promessas de segurança; não revelam de modo nenhuma iniquidade dos pecadores porque calam a palavra de censura. 
Por conseguinte, a chave que abre é a palavra da correção porque, ao repreender, revela a falta a quem a cometeu, pois muitas vezes dela não tem consciência. Daí Paulo dizer: Que seja poderoso para exortar na sã doutrina e para convencer os contraditores (Tt 1,9). E Malaquias: Guardem os lábios do sacerdote a ciência; e esperem de sua boca a lei porque é um mensageiro do Senhor dos exércitos (Ml 2,7). Daí o Senhor admoestar por meio de Isaías: Clama, não cesses; qual trombeta ergue tua voz (Is 58,1). 
Quem quer que entre para o sacerdócio, recebe o ofício de arauto, porque caminha à frente, proclamando a vinda do rigoroso juiz, que se aproxima. Portanto, se o sacerdote não sabe pregar, que protesto elevará o arauto mudo? Daí se vê por que sobre os primeiros pastores o Espírito Santo pousou em forma de línguas; com efeito, imediatamente impele a falar sobre ele aqueles que inunda de luzes.
 www.liturgiadashoras.org

sábado, 7 de outubro de 2017

Você sabia que é possível ganhar indulgências com o Santo Rosário?

(Imagem referencial) / Foto: José Castro (ACI Prensa)
REDAÇÃO CENTRAL, 07 Out. 17 / 08:00 am (ACI).- Muitas pessoas escreveram sobre o poder espiritual do Santo Rosário, mas talvez algo pouco conhecido é a graça da indulgência que é possível ganhar com esta devoção mariana que, segundo a tradição, foi dada pela própria Mãe de Deus.
São João Paulo II em sua Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae (Rosário da Virgem Maria, 37) assinalou que “para fomentar esta projeção eclesiástica do Rosário, a Igreja quis enriquecê-lo com santas indulgências para quem o recita com as devidas disposições”.
Sobre isso, a Concessão 17 da Enchiridion Indulgentiarum (Manual de Indulgências) da Penitenciária Apostólica do Vaticano, indica que “confere-se uma indulgência plenária se o Terço for rezado em uma igreja ou em um oratório público ou em família, em uma comunidade religiosa ou em piedosa associação”.
Do mesmo modo, a indulgência é concedida ao fiel que “se une devotamente à recitação dessa mesma devoção quando é feita pelo Supremo Pontífice e é transmitida através da televisão ou do rádio. Em outras circunstâncias ganha a indulgência parcial”.
Em seguida, explica que, “se a obra, enriquecida com a indulgência plenária, se pode dividir ajustadamente em partes (como o Rosário de Nossa Senhora em dezenas), quem por motivo razoável não terminou a obra por inteiro, pode ganhar a indulgência parcial pela parte que fez”.
Nesse sentido, destaca que no caso da oração vocal “deve acrescentar a devota meditação dos mistérios” e que na oração pública, “os mistérios devem ser meditados conforme o costume aprovado no local; mas na recitação privada, basta que o fiel acrescente à oração vocal a meditação dos mistérios”.
Como se sabe, só é possível ganhar uma indulgência plenária por dia (exceto em perigo de morte). É possível obtê-la se cumprir as devidas disposições que a Igreja pede, ou seja, a confissão sacramental, a comunhão eucarística e as orações pelas intenções do Papa. Se desejar, a indulgência pode-se ganhar a indulgência para um falecido.
Sobre o objeto do terço
Por outro lado, o Beato Paulo VI estabeleceu em sua Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina (Doutrina das indulgências, Norma 17), que “aos fiéis que utilizam religiosamente um objeto de piedade (crucifixo, cruz, terço, escapulário, medalha), validamente abençoado por um padre, concede-se indulgência parcial”.
“Além disso, se o objeto de piedade foi bento pelo Soberano Pontífice ou por um bispo, os fiéis que religiosamente o usam podem também obter a indulgência plenária no dia da festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, ajuntando, porém, a profissão de fé sob uma forma legítima”.
Com relação a este assunto, Pe. Jhon Phalen, Csc, grande propagador da devoção do Santo Rosário em Família, advertiu que usar com devoção um objeto de piedade significa rezar.
“Eu acredito que carregar uma cruz ou até o terço é como uma profissão de fé. Mas o terço em si, mais do que o objeto concreto, é a oração. Então, deverá rezá-lo”, esclareceu o sacerdote. “De outra forma pode parecer que há muita fé no objeto e não em Deus… o objeto nos ajuda a nos comunicarmos, relacionarmos com Deus”, acrescentou.
Portanto, não basta carregar o terço no pescoço, no bolso ou a bolsa para ganhar a indulgência parcial, mas deve ser usado na oração, para nos aproximar mais de Deus na própria vida.
ACI Digital

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Catequese do Papa Francisco sobre a alegria da ressurreição

Papa durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Vaticano, 04 Out. 17 / 04:30 pm (ACI).- O Papa Francisco, em sua catequese pronunciada na Audiência geral desta quarta-feira, 4 de outubro, na Praça de São Pedro, afirmou que a ressurreição de Cristo “é o núcleo da fé cristã”, é a fonte “de nossa esperança”.
O Pontífice afirmou que o cristão “não é um profeta de desgraças”, já que “a esperança nossa não é só um otimismo; é outra coisa, mais! É como se os fiéis fossem pessoas com um ‘pedaço de céu’ a mais sobre a cabeça”.
A seguir, o texto completo da catequese do Papa:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Nesta catequese quero falar sobre o tema “Missionários de esperança hoje”. Estou feliz de fazê-lo no início do mês de outubro, que na Igreja é dedicado de modo particular à missão e também na Festa de São Francisco de Assis, que foi um grande missionário de esperança!
De fato, o cristão não é um profeta de desgraças. Nós não somos profetas de desgraças. A essência do seu anúncio é o oposto, o oposto da desgraça: é Jesus, morto por amor e que Deus ressuscitou na manhã de Páscoa. E este é o núcleo da fé cristã. Se os Evangelhos parassem na sepultura de Jesus, a história deste profeta teria se acrescentado às tantas biografias de personagens heroicos que gastaram a vida por um ideal. O Evangelho seria então um livro edificador e também consolador, mas não seria um anúncio de esperança.
Mas, os Evangelhos não se fecham com a sexta-feira Santa, vão além e é justamente esse fragmento ulterior a transformar as nossas vidas. Os discípulos de Jesus estavam abatidos naquele sábado depois da sua crucificação; aquela pedra rolada sobre a porta do sepulcro tinha fechado também os três anos entusiasmados vividos por eles com o Mestre de Nazaré. Parecia que tudo tivesse terminado e alguns, desiludidos e amedrontados, estavam já deixando Jerusalém.
Mas Jesus ressuscita! Este fato inesperado transforma a mente e o coração dos discípulos. Porque Jesus não ressuscita somente para si mesmo, como se o seu renascimento fosse uma prerrogativa do qual ser invejoso: sobe para o Pai é porque quer que a sua ressurreição seja participada por cada ser humano e leve para o alto cada criatura. E no dia de Pentecostes, os discípulos são transformados pelo sopro do Espírito Santo. Não terão somente uma bela notícia a levar a todos, mas serão eles mesmos diferentes de antes, como renascidos a uma vida nova. A ressurreição de Jesus nos transforma com a força do Espírito Santo. Jesus está vivo, está vivo entre nós, está vivo e tem aquela força de transformar.
Como é belo pensar que se é anunciadores da ressurreição de Jesus não somente com palavras, mas com os fatos e com o testemunho da vida! Jesus não quer discípulos capazes somente de repetir fórmulas aprendidas de memória. Quer testemunhas: pessoas que propagam esperança com o seu modo de acolher, de sorrir, de amar. Sobretudo de amar: porque a força da ressurreição torna os cristãos capazes de amar mesmo quando o amor parece ter perdido suas razões. Há um “mais” que habita a existência cristã e que não se explica simplesmente com a força da alma ou um maior otimismo. A fé, a esperança nossa não é só um otimismo; é outra coisa, mais! É como se os fiéis fossem pessoas com um “pedaço de céu” a mais sobre a cabeça. É bonito isso: nós somos pessoas com um pedaço de céu a mais sobre a cabeça, acompanhados por uma presença que alguém não consegue sequer intuir.
Assim, a tarefa dos cristãos neste mundo é aquele de abrir espaços de salvação, como células de regeneração capazes de restituir a linfa àquilo que parecia perdido para sempre. Quando o céu é nebuloso, é uma benção quem sabe falar de sol. Bem, o verdadeiro cristão é assim: não lamentoso e irritado, mas convencido, pela força da ressurreição, que nenhum mal é infinito, nenhuma noite é sem término, nenhum homem é definitivamente errado, nenhum ódio é invencível pelo amor.
Certo, algumas vezes alguns discípulos pagarão caro preço por essa esperança dada a eles por Jesus. Pensemos em tantos cristãos que não abandonaram o seu povo, quando chegou o tempo da perseguição. Permaneceram ali, onde se era incerto também o amanhã, onde não se podia fazer projetos de nenhum tipo, permaneceram esperando em Deus. E pensemos em nossos irmãos, em nossas irmãs do Oriente Médio que dão testemunho de esperança e que oferecem a vida por este testemunho. Estes são verdadeiros cristãos! Estes levam o céu no coração, olham além, sempre além. Quem teve a graça de abraçar a ressurreição de Jesus pode ainda esperar no inesperado. Os mártires de todo tempo, com sua fidelidade a Cristo, dizem que a injustiça não é a última palavra na vida. Em Cristo ressuscitado podemos continuar a esperar. Os homens e as mulheres que têm um “porque” viver resistem mais que os outros nos tempos de desgraça. Mas quem tem Cristo a seu lado verdadeiramente não teme mais nada. E por isso os cristãos, os verdadeiros cristãos, nunca são homens fáceis e acomodados. Sua mansidão não deve ser confundida com um sentido de insegurança e de remissividade. São Paulo diz a Timóteo a sofrer pelo Evangelho e diz assim: “Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de força, de caridade e de prudência” (2 Tm 1, 7). Caídos, se levantam sempre.
Eis, queridos irmãos e irmãs, porque o cristão é um missionário de esperança. Não por seu mérito, mas graças a Jesus, o grão que, caído na terra, morreu e trouxe muito fruto (cfr Jo 12, 24).
Com tradução de Canção Nova.
ACI Digital

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Dia de São Francisco de Assis

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SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Memória
Nasceu em Assis (Itália), no ano 1182. Depois de uma juventude leviana, converteu-se a Cristo, renunciou a todos os bens paternos e entregou-se inteiramente a Deus. Abraçou a pobreza para seguir mais perfeitamente o exemplo de Cristo,e pregava a todos o amor de Deus. Formou os seus companheiros com normas excelentes, inspiradas no Evangelho, que foram aprovadas pela Sé Apostólica. Fundou também uma Ordem de religiosas (Clarissas) e uma Ordem de Penitentes Seculares; e promoveu a pregação da fé entre os infiéis. Morreu em 1226.
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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Dos Sermões de São Bernardo, abade

(Sermo 12 in psalmum Qui habitat, 3.6-8: Opera omnia, Edit.Cisterc. 4[1966]458-462)    (Séc.XII)

Eles te guardem em todos os teus caminhos
A teu respeito ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos (Sl 90,11). Louvem o Senhor por sua misericórdia e suas maravilhas para com os filhos dos homens. Louvem e proclamem às nações que o Senhor agiu de modo magnífico a favor deles. Senhor, que é o homem para que assim o conheças? Ou por que inclinas para ele teu coração? Aproximas dele teu coração, enches-te de solicitude por sua causa, cuidas dele. Enfim, a ele envias o teu Unigênito, infundes o teu Espírito, prometes até a visão de tua face. E para que nas alturas nada falte no serviço a nosso favor, envias os teus santos espíritos a servir-nos, confias-lhes nossa guarda, ordenas que se tornem nossos pedagogos. 
A teu respeito, ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Esta palavra quanta reverência deve despertar em ti, aumentar a gratidão, dar confiança. Reverência pela presença, gratidão pela benevolência, confiança pela proteção. Estão aqui, portanto, e estão junto de ti, não apenas contigo, mas em teu favor. Estão aqui para proteger, para te serem úteis. Na verdade, embora enviados por Deus, não nos é lícito ser ingratos para com eles, que com tanto amor lhe obedecem e em tamanhas necessidades nos auxiliam. 
Sejamos-lhes fiéis, sejamos gratos a tão grandes protetores; paguemos-lhes com amor; honremo-los tanto quanto pudermos, quanto devemos. Prestemos, no entanto, todo o nosso amor e nossa honra àquele que é tudo para nós e para eles; de quem recebemos poder amar e honrar, de quem merecemos ser amados e honrados. 
Assim, irmãos, nele amemos com ternura seus anjos como futuros co-herdeiros nossos, e enquanto esperamos nossos intendentes e tutores dados pelo Pai como nossos guias. Porque agora somos filhos de Deus, embora não se veja, pois ainda estamos sob tutela quais meninos que em nada diferem dos servos. 
Aliás, mesmo assim tão pequeninos e restando-nos ainda uma tão longa, e não só tão longa, mas ainda tão perigosa caminhada, que temos a temer com tão poderosos protetores? Eles não podem ser vencidos, nem seduzidos, e ainda menos seduzir, aqueles que nos guardam em todos os nossos caminhos. São fiéis, são prudentes, são fortes; por que trememos de medo? Basta que os sigamos, unamo-nos a eles e habitaremos sob a proteção do Deus do céu.
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Festa dos Anjos da Guarda, mensageiros de Deus

REDAÇÃO CENTRAL, 02 Out. 17 / 05:00 am (ACI).- “Todo fiel tem junto de si um anjo como tutor e pastor, para levá-lo à vida”, dizia São Basílio ao se referir ao anjo da guarda, aquele que Deus dispõe a cada um desde a concepção e cuja festa se celebra neste dia 2 de outubro.

Na Bíblia, anjo significa “mensageiro”. Estes espíritos muito puros são citados, por exemplo, no Salmo 90 quando diz: “Aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos”.
De igual modo Jesus os menciona quando declara essa famosa frase: “Guardai-vos de desprezar algum desses pequeninos, pois eu vos digo, nos céus os seus anjos se mantêm sem cessar na presença do meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).
No Novo Testamento é tão viva a crença de que cada um tem um anjo da guarda que, quando São Pedro, ao ser tirado do cárcere, chega a bater na porta da casa onde estão reunidos os discípulos de Jesus, eles acreditam a princípio que não é Pedro em pessoa e exclamam: “Será seu anjo” (At 12, 15).
São Bernardo, no ano 1010, aconselhou os fiéis a respeitar a presença dos anjos, portando-se como é devido, agradecer seus favores que são muitos e confiar em sua ajuda.
A Festa dos Anjos da Guarda foi instituída no dia 2 outubro para toda a IgrejaUniversal em 1608, pelo Papa Paulo V.
Entretanto, já era comemorada anos antes. No ano 800, celebrava-se na Inglaterra uma festa aos Anjos da Guarda e desde ano 1111 existe uma oração que diz: “Anjo do Senhor – que por ordem da piedosa providência Divina, sois meu guardião – guardai-me neste dia (tarde ou noite); iluminai meu entendimento; dirigi meus afetos; governai meus sentimentos para que eu jamais ofenda ao Deus e Senhor. Amém”.
ACI Digital

domingo, 1 de outubro de 2017

Outubro, o Mês Missionário

Outubro é o Mês das Missões. Tempo de testemunhar o amor de Cristo, anunciando o Evangelho e levando a salvação às pessoas em todas as partes do mundo.

Este também é o mês do Santo Rosário, o que nos convida para uma profunda reflexão sobre a importância da oração do Rosário e da devoção mariana, como sustento da ação missionária - uma vez que Maria deu a vida a Cristo, formou missionários e deu seguimento a obra do filho.
Contudo, João Batista é considerado o primeiro missionário, porque foi ele quem apresentou Jesus, começando a missão missionária do evangelho.
Pelos 21 séculos seguintes, após o nascimento e morte de Jesus, milhares de ''Joãos'' e ''Marias'' passaram pela terra propagando o nome de Deus e a Boa Nova, até alcançarem os cristãos de hoje.
A Igreja do mundo, então, trabalha para que essa divulgação nunca deixe de acontecer. O intuito é conscientizar os fieis para a responsabilidade primária, como cristão batizado, que é manter viva a chama missionária da Igreja, propagando o nome de Jesus às próximas gerações, até os confins da terra, até o fim dos tempos.
Durante este período, as paróquias são convidadas a realizarem atividades que motivem e incentivem o espírito de solidariedade e evangelização nos fieis.
Para ajudar neste trabalho de despertar missionário, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) promovem durante todo o mês de outubro a Campanha Missionária (CM), com o tema: “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída” e lema: “Juntos na missão permanente”.
De acordo com a POM, a Campanha Missionária de 2017 foi inspirada na missão de Jesus para anunciar a Boa Nova entre todas as nações, e traz, a cada um de nós, o convite para rezarmos e meditarmos sobre a nossa missão no mundo.
A campanha também tem a intenção de contribuir com reflexões e atividades pastorais durante este período através de subsídios, produzidos também pela própria POM.
O subsídio é composto por cartaz com o tema e o lema; livrinho da Novena Missionária; a mensagem do papa para o Dia Mundial das Missões; uma oração missionária; um DVD com testemunhos missionários; orações dos fiéis para os quatro domingos de outubro; envelopes para a coleta do Dia Mundial das Missões; e um marcador de páginas.
A novidade é que, este ano, o cartaz e outros materiais da Campanha trazem o Zapcode. Para utilizá-lo basta baixar gratuitamente o Aplicativo Zappar no Smartphone (celular e tablet).
Depois, ao direcionar o aparelho para o cartaz é possível assistir a um vídeo e acessar os conteúdos da Campanha Missionária.
Mas para quem não tiver o aplicativo, é possível baixar tudo na página da POM, clicando aqui
Vale ressaltar que o ápice da campanha será no penúltimo domingo do mês, dia 22, com a celebração do Dia Mundial das Missões, quando serão realizadas coleta em todas as (Arqui) Dioceses. A data foi instituída pelo papa Pio XI em 1926, como um Dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos.

De acordo com a POM, "o dinheiro arrecadado no Dia Mundial das Missões pela Igreja no Brasil será revertido a um Fundo Mundial de Solidariedade para projetos da Igreja universal em territórios de Missão, como a sustentação de dioceses, abertura e manutenção de seminários, financiamento de obras sociais e assistência aos missionários em todo o mundo".
Arquidiocese de Brasília

26º Domingo do Tempo Comum: Chamados a dizer “Sim”

                   + Sergio da Rocha
          Cardeal Arcebispo de Brasília

Estamos iniciando o mês dedicado especialmente às missões, após ter vivenciado o “mês da Bíblia”, o que nos faz recordar a relação entre a Palavra de Deus e a Missão. Quem acolhe a Palavra de Deus é chamado a compartilhar com todos a graça recebida, através do anúncio e do testemunho na vida cotidiana, como verdadeiro missionário. O Evangelho proclamado nos convida a dizer “sim” ao Senhor que nos chama para colaborar na missão evangelizadora da Igreja.  
Para entender bem a parábola dos dois filhos, convidados pelo pai a trabalhar na vinha (Mt 21,28-32), é preciso ter presente como “os sumos sacerdotes e anciãos do povo” pensavam a salvação. Segundo eles, os que pertenciam ao povo eleito seriam merecedores da salvação enquanto que os demais, os pagãos, “os cobradores de impostos e as prostitutas”, citados no Evangelho, estavam excluídos do Reino de Deus. Jesus rejeita este modo de pensar, contando esta parábola justamente aos sacerdotes e anciãos do povo. A salvação é oferecida a todos. Todos podem ser admitidos no Reino de Deus. Entretanto, Deus conta com a nossa resposta. O “sim” que Deus quer não é algo que se reduz a palavras ou sentimentos. O “sim” a Deus se expressa em atitudes concretas. Pressupõe a fé e a conversão sincera.  Por isso, Jesus afirma aos “sumos sacerdotes e aos anciãos do povo” que “os cobradores de impostos e as prostitutas” os “precedem no reino de Deus”, pois se arrependeram e “creram nele”.
Desde o nosso batismo e em muitas outras ocasiões, nós também respondemos “sim” a Deus. Contudo, devemos estar atentos para não descuidar do “sim” dado e acabar dizendo, de fato, um “não” a Deus, pelo modo de viver. É preciso também cuidado para não se achar melhor do que os outros ou para não se julgar merecedor da salvação mais do que os outros. Além disso, o “sim” exige fidelidade ou ao menos esforço sincero para ser o mais fiel e coerente possível. Numa sociedade em que falta fidelidade à palavra dada ou coerência com os compromissos assumidos, é grande o risco de se repetir a atitude do filho que não cumpre o “sim” dado ao Pai. Na Carta aos Filipenses, São Paulo recorda o testemunho humilde e fiel do próprio Cristo que se fez obediente ao Pai até a morte e morte de cruz (Fl 2,8).
Estamos nos aproximando da festa de Nossa Senhora Aparecida, ocasião especial para testemunhar que somos povo de Deus que caminha unido, sob a proteção materna de Maria. Por isso, vamos todos reservar o dia 12 de outubro para participar da Festa da Padroeira. No calendário das paróquias, pastorais e movimentos, estejam liberadas a tarde e a noite do dia da Padroeira para que todos possam participar da missa e da procissão na Esplanada dos Ministérios, encerrando juntos o Ano Mariano.
Arquidiocese de Brasília

sábado, 30 de setembro de 2017

Do Prólogo ao Comentário sobre o Profeta Isaías, de São Jerônimo, presbítero

SÃO JERÔNIMO, PRESBÍTERO
E DOUTOR DA IGREJA

Memória

Nasceu em Estridão (Dalmácia) cercado ano 340. Estudou em Roma e aí foi batizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu-se em Belém,onde continuou a tomar parte muito ativa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.
(Nn.1.2: CCL 73,1-3)                 (Séc.V)

Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo
Pago o que devo, obediente aos preceitos de Cristo que diz: Perscrutai as Escrituras (Jo 5,39); e: Buscai e achareis (Mt 7,7). Assim que não me aconteça ouvir com os judeus: Errais, sem conhecer as Escrituras nem o poder de Deus (Mt 22,29). Se, conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder de Deus e sua sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo. 
Daí que eu imite o pai de família que de seu tesouro tira coisas novas e antigas. E a esposa, no Cântico dos Cânticos, que diz: Coisas novas e antigas, irmãozinho meu, guardei para ti (cf. Ct 7,14 Vulg.). E explicarei Isaías ensinando a vê-lo não só como profeta, mas ainda como evangelista e apóstolo. Ele próprio falou de si e dos outros evangelistas: Como são belos os pés daqueles que evangelizam boas novas, que evangelizam a paz (Is 52,7). E também Deus lhe fala como a um apóstolo: Quem enviarei, e quem irá a este povo? E ele respondeu: Eis-me aqui, envia-me (cf. Is 6,8). 
Ninguém pense que desejo resumir em breves palavras o conteúdo deste livro,pois esta escritura contém todos os mistérios do Senhor, falando do Emanuel, o nascido da Virgem, o realizador de obras e sinais estupendos, o morto e sepultado, o ressurgido dos infernos e o salvador de todos os povos. Que direi de física, ética e lógica? Tudo o que há nas santas Escrituras, tudo o que a língua humana pode proferir e uma inteligência mortal receber, está contido neste livro. Atesta esses mistérios quem escreveu: Será para vós a visão de todas as coisas como as palavras de um livro selado; se é dado a alguém que saiba ler, dizendo-lhe: Lê isto, ele responderá: Não posso, está selado. E se for dado a quem não sabe ler e se lhe disser: Lê, responderá: Não sei ler (Is 29,11-12). 
E se alguém parecer fraco, ouça as palavras do mesmo Apóstolo: Dois ou três profetas falem e os outros julguem; mas se a outro que está sentado algo for revelado, que se cale o primeiro (1Cor 14,32). Como podem guardar silêncio, se está ao arbítrio do Espírito, que fala pelos profetas, o calar-se e o falar? Se na verdade compreendiam aquilo que diziam, tudo está repleto de sabedoria e de inteligência. Não era apenas o ar movido pela voz que chegava a seus ouvidos, mas Deus falava no íntimo dos profetas, segundo outro Profeta diz: O anjo que falava a mim (cf. Zc 1,9), e: Clamando em nossos corações, Abba, Pai (Gl 4,6), e: Ouvirei o que o Senhor Deus disser em mim (Sl 84,9).
www.liturgiadashoras.org

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF