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domingo, 19 de novembro de 2017

Papa nomeia o Cardeal Sérgio da Rocha Relator Geral do Sínodo de 2018

Cidade do Vaticano (RV) - O Conselho da Secretaria do Sínodo dos Bispos reuniu-se esta quinta e sexta-feira, 16 e 17 de novembro, no Vaticano, informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.
Cardeal Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB - RV

Ao término do encontro o Santo Padre anunciou a nomeação do Relator Geral na pessoa do arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Sérgio da Rocha, e dos Secretários Especiais nas pessoas do Rev. Pe. Giacomo Costa, S.J. e Pe. Rossano Sala, S.D.B. para a próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, a realizar-se no Vaticano de 3 a 28 de outubro de 2018, lê-se ainda no comunicado.
Rádio Vaticano


sábado, 18 de novembro de 2017

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Nov. 17 / 04:00 am (ACI).- Neste dia 18 de novembro, a Igreja celebra a dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, templos em Roma que contêm os restos mortais destes dois grandes nomes do cristianismo e símbolos da fraternidade e da unidade da Igreja.

A Basílica de São Pedro, no Vaticano, foi construída sobre o túmulo do Apóstolo, que morreu crucificado de cabeça para baixo. No ano 323, o imperador Constantino mandou construir no local a Basílica dedicada àquele que foi o primeiro Papa da Igreja.
A atual Basílica de São Pedro demorou 170 anos para ser edificada. Começou com o Papa Nicolau V, em 1454, e foi concluída pelo Papa Urbano VIII, que a consagrou em 18 de novembro de 1626. A data coincide com a consagração da antiga Basílica.
Bramante, Rafael, Michelangelo e Bernini, famosos artistas da história, trabalharam nela, plasmando o melhor de sua arte.
A Basílica de São Pedro mede 212 metros de comprimento, 140 de largura e 133 metros de altura em sua cúpula. Não há templo no mundo que se iguale em extensão.
A Basílica de São Paulo Extramuros é, depois de São Pedro, o maior templo de Roma. Também surgiu por vontade de Constantino. Em 1823, foi quase totalmente destruída por um terrível incêndio. Leão XIII iniciou sua reconstrução e foi consagrada em 10 de dezembro de 1854 pelo Papa Pio IX.
Um fato interessante é que, sob as janelas da nave central nas naves laterais, em mosaico, encontram-se os retratos de todos os Papas desde São Pedro até o atual, o Papa Francisco.
Em 2009, por ocasião desta celebração, o Papa Bento XVI disse que “esta festa nos proporciona a ocasião de ressaltar o significado e o valor da Igreja. Queridos jovens, amem a Igreja e cooperem com entusiasmo em sua edificação”.
ACI Digital

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Cardeal Tempesta adverte sobre inclusão da ideologia de gênero em iminente aprovação da BNCC

Cardeal Orani João Tempesta / Foto: Facebook Cardeal Orani João Tempesta
RIO DE JANEIRO, 14 Nov. 17 / 07:00 am (ACI).- Frente à iminente votação da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que em seu formato atual inclui a ideologia de gênero, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta fez um alerta sobre os riscos que decorrem de tal ideologia e convocou a sociedade a reagir.
“O tempo urge!”, alertou o Purpurado em um recente artigo intitulado “‘Ideologia de gênero’ na BNCC, do MEC”.
No texto, exortou a refletir “com atenção a respeito do tema e, dentro da lei e da ordem – meta importante a todo fiel cristão –, reajamos alertando os próximos e assinando campanhas contrárias a essa introdução na BNCC”.
Segundo o Cardeal Tempesta, caso o decreto da BNCC seja “deixado com as menções sobre a ideologia de gênero, nos deixará à mercê de um futuro perigoso para a nossa civilização”.
“As pessoas sensatas, cientistas e também de fé já alertaram sobre esse erro perigoso e que agora temos a ameaça de ser imposta sobre a nossa cultura uma ideologia que destrói a sociedade em vista de uma dominação ditatorial”, advertiu.
A ideologia de gênero e a educação no Brasil já estiveram no foco dos debates nos últimos anos em razão do Plano Nacional e dos Planos Municipais de Educação, tendo sido rejeitada na grande maioria desses, incluindo o nacional.
Entretanto, conforme recordou o Arcebispo do Rio de Janeiro, “mesmo sendo rejeitado amplamente em quase todas as Assembleias legislativas do Brasil, a Ideologia de gênero vai entrando pelo judiciário ou por decretos executivos”.
Diante disso, reforçou a importância do “nosso posicionamento neste momento crucial da história de nossa nação” e convidou “todos os homens e mulheres, que tomarem conhecimento deste momento histórico, a uma decisão firme e participativa (como muito se prega em qualquer democracia) em favor do futuro próximo e remoto das novas gerações, por conseguinte, da família e de toda a Humanidade ameaçada”.
Como explicou o Cardeal, a ideologia de gênero se trata de uma teoria “antinatural” que afirma a existência de um “sexo psicológico ou o gênero que poderia ser construído livremente pela sociedade na qual o indivíduo está inserido e não em conformidade com a Biologia”.
“Essa teoria – pontuou – faz parte de um conjunto maior de ideias que se destinam a descontruir a sociedade atual em vista de uma anarquia geral” e “é isso que se pretende ensinar nas escolas de todo o Brasil” com a BNCC.
Esta é uma “forma de (des)educação” que se mostra “totalmente contrária aos planos de Deus e à própria ciência”.
O Purpurado recordou “a raiz marxista e ateia desse sistema ideológico”, conforme foi sublinhado em 1998 em nota emitida pela Conferência Episcopal do Peru com o título ‘La ideologia de género: sus peligros y alcances’.
Trata-se, indicou, de uma ideologia que “é contra Deus, autor da Lei natural moral e física, que criou homem e mulher”.
Sobre ela, a Igreja vem alertando, conforme lembrou o Arcebispo, ao citar o Papa Bento XVI, o qual via o “termo ‘gênero’ como nova filosofia da sexualidade”, na qual “homem e mulher como realidade da criação, como natureza da pessoa humana, já não existem”.
Também o Papa Francisco lançou suas advertências sobre tal ideologia, ao afirmar em uma Audiência Geral em 2015 que “a chamada teoria do gênero não é expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela” e que, “para resolver seus problemas de relação, o homem e a mulher devem dialogar mais, escutando-se, conhecendo-se e amando-se mais”.
Entretanto, ressaltou, não partem apenas da Igreja os argumentos contrários à ideologia de gênero e, como exemplo, citou uma declaração do Colégio de Pediatras dos Estados Unidos, na qual afirmam que “condicionar as crianças a crerem que é normal e saudável uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é abuso infantil”.
Segundo defende esta mesma declaração dos pediatras, “são os fatos e não a ideologia que determinam a realidade”, ou seja, “a sexualidade é um traço biológico objetivo”.
ACI Digital

domingo, 12 de novembro de 2017

32º Domingo do Tempo Comum: Ficai Vigiando!


+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

O Evangelho (Mt 25,1-13) nos convida a estar preparados, vigilantes, para o encontro com o Senhor. Conforme a parábola das dez virgens, a atitude de espera consiste em manter as lâmpadas acesas e ir ao encontro do esposo. Cuidar para que as lâmpadas permaneçam acesas indica que a espera não pode ser passiva ou acomodada, mas ativa e atenta. É preciso atenção constante sobre a própria conduta, ao invés de se deixar levar pela tendência em observar criticamente a vida dos outros. Para que a lâmpada não se apague, é necessário alimentá-la com o óleo da fé, da fidelidade e das boas obras, obtido por meio da oração, da participação na Eucaristia e da escuta da Palavra de Deus, dentre tantos outros meios. A lâmpada deve brilhar na vida cotidiana, o tempo todo, pois ninguém sabe o dia nem a hora em que o Senhor virá. Caminhar ao encontro do “noivo” implica em ter o coração e o olhar voltados para o Senhor. A longa espera não pode levar a descuidar da vigilância. Um estilo de vida mundano não condiz com a espera vigilante e prudente.
O encontro definitivo com o Senhor acontecerá com a morte. Segundo S. Paulo (1 Ts 4,13-18), o cristão que vive da fé no Senhor Ressuscitado não se apavora perante a morte, mas permanece fiel, com serenidade e esperança. A fé na ressurreição alimenta a lâmpada que ilumina os discípulos de Cristo quando passam pela experiência da morte.
Felizes são aqueles que permaneçam prudentes e vigilantes à espera do Senhor a fim de entrar, com ele, no banquete do Reino. “Felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro”, afirma o Apocalipse (Ap 19,9). “Felizes os convidados para a ceia do Senhor”, proclama a Igreja antes da comunhão eucarística. Ele vem a nós no banquete da Eucaristia, a Ceia do Senhor, esperando encontrar-nos com as lâmpadas acesas, alimentadas com o óleo da fidelidade. Não basta dizer “Senhor! Senhor!”. É preciso por em prática a sua Palavra, especialmente o amor ao próximo para ser reconhecido como discípulo de Jesus. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos”, afirma Jesus, “se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). Ao contrário, além das pessoas não reconhecerem os discípulos de Jesus, ele mesmo não os reconhecerá: “Em verdade eu vos digo, não vos conheço!” (Mt 25,12).
Na caminhada vigilante ao encontro do Senhor, especialmente no discernimento de sua vontade, é fundamental a sabedoria, dom de Deus. A primeira leitura (Sab 6,12-16) nos apresenta a beleza e vigor da sabedoria que Deus oferece generosamente aos que a procuram, tomando a iniciativa de vir ao seu encontro, cheio de bondade, “nas estradas” da vida e “em todos os seus projetos”.
Arquidiocese de Brasília

Início da Homilia de um Autor do século segundo

Imagem relacionada
(Cap.1,1-2,7: Funk 1,145-149)

Cristo quis salvar o que estava perdido
Irmãos, temos de pensar que Jesus Cristo é Deus, juiz dos vivos e dos mortos; e não nos convém ter em pouca monta nossa salvação. Se não lhe dermos importância, também julgaremos ser pouca coisa o que esperamos receber. Aqueles que escutam isto como ninharias, pecam, e nós pecamos, ignorando por que e por quem fomos chamados e para que lugar; e o quanto Jesus Cristo quis padecer por nós.
Que lhe daremos então por paga ou que fruto digno daquele que a si mesmo se deu a nós? Quantos benefícios lhe devemos? Concedeu-nos a luz, qual Pai, nos chamou seus filhos; mortos, salvou-nos. Portanto, que louvor lhe daremos ou remuneração em troca do que recebemos? Nós, fracos de espírito, adoradores de pedras e de madeiras, de ouro, prata e bronze, obras de homens; e nossa vida toda não passava de morte. Envoltos em trevas, com os olhos cheios deste negrume, recuperamos a visão, desfazendo por sua vontade a névoa que nos cobria.
Compadecido e comovido até as entranhas, salvou-nos por ver em nós tanto erro e morte, sem termos nenhuma esperança de salvação, exceto aquela que ele nos traz. Chamou-nos, a nós que não existíamos, e quis criar-nos do nada.
Alegra-te, estéril, que não és mãe; salta e clama, tu que não dás à luz; porque são mais numerosos os filhos da abandonada que daquela que tem marido (cf. Is 54,1). Ao dizer: Alegra-te, estéril, que não és mãe, é a nós que indica: pois estéril era nossa Igreja, antes que filhos lhe fossem dados. E dizendo: Clama, tu que não dás à luz, entende-se: Clamemos sempre a Deus, sem nos cansar, à semelhança das que dão à luz. E com as palavras: Porque são mais numerosos os filhos da abandonada que daquela que tem marido, diz que nosso povo parecia abandonado e privado de Deus. Agora, porém, desde que temos a fé, somos muito mais numerosos do que aqueles que se julgavam possuir a Deus.
Em outro lugar diz a Escritura: Não vim chamar os justos, mas os pecadores (Mt 9,13). Diz que lhe era preciso salvar os que pereciam. Grande e admirável coisa é firmar não aquilo que está de pé, mas o que cai. Assim Cristo quis salvar o que perecia e a muitos salvou com sua vinda, chamando-nos a nós que já perecíamos.
www,liturgiadashoras.org

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

A urgência mistagógica

“A identidade cristã de muitos católicos é fraca e vulnerável. Há uma multidão de batizados e não evangelizados. Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e as convidando para segui-lo, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora”.
Foram com essas contundentes palavras que os bispos das dioceses de toda a América Latina pronunciaram, em 2007, na Conferência de Aparecida (n. 286 e 287), a preocupação de toda a Igreja com o processo de formação catequética. O fato é que se formam muitos batizados, porém poucos são verdadeira e profundamente evangelizados.
Essa constatação inicial advinda da realidade, por mais dolorosa que possa parecer, é necessária. Se não reconhecermos nossas limitações ante a urgência da evangelização, não se terá condições de encontrar estratégias e caminhos pastorais para uma nova catequese. O Apóstolo dos Gentios reconheceu: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1Cor 9,16), dizendo isso aos cristãos recém-convertidos que estavam habitando a cidade de Corinto, na Grécia, um dos lugares onde o Evangelho encontrou-se com os mais arraigados costumes e as visões teológicas presentes no antigo paganismo.
Reconhece o Apóstolo, incorporado ao colégio episcopal posteriormente, perante os apóstolos que compuseram o primeiro grupo dos seguidores de Cristo, que o Evangelho não é título de glória, mas, antes, uma obrigação que se lhe impõe. Recorde-se da “imposição do Evangelho”, a ser anunciado oportuna e inoportunamente, quando das Ordenações dos diáconos, dos presbíteros e dos bispos, como que a dizer que todo o Corpo Místico de Cristo, juntamente e através do Ministério Ordenado, tem o dever de permanentemente fazer com que o doce aroma do Evangelho seja misturado nos ambientes onde as pessoas estão, que Cristo se torne o que é, qual seja o verdadeiro e único Mestre que deve ser seguido fielmente por todos aqueles que receberam ou estão por receber o anúncio primeiro.
Por essa fundamental razão é que a Igreja, enviada por Cristo para também tornar Sua presença viva e atuante em todo o mundo, preocupa-se com a Evangelização das crianças, dos jovens e também dos adultos. Não se está buscando exatamente a conversão dos que não são católicos, mesmo que esse movimento de conversão também seja querido e esperado. Quantos católicos, que professam a fé católica, que foram batizados na Igreja Católica, e muitos desses foram crismados e receberam outros sacramentos da Graça, talvez, desconhecem a grandeza da Verdade da Fé da qual a Igreja se tornou a única e fiel depositária!
Se a nossa Catequese, se o nosso Ritual de Iniciação Cristã de Adultos conseguir atingir a consciência, o coração, formar novos valores nos católicos que se encontram mais afastados da vida eclesial, já teremos alcançado em muito o grande objetivo de fazer com que o mundo conheça Jesus Cristo e todo o conjunto de verdades teológicas e morais que emanam da sua vida, pregação e missão.
A missão é de todos. Nesse tocante, todos são catequistas. E toda a catequese, mais do que um conjunto, às vezes pobre de técnicas, deve ser verdadeiramente contagiante de toda a sociedade, de todas as famílias, de todos em todos os lugares, convidando-os a vir participar da vida eclesial, e, dentro das nossas igrejas, participar com consciência, vivo entusiasmo e ampla e profunda formação, dos mistérios da fé aprendidos e dignamente celebrados.
Com a Iniciação Cristã em nossa Arquidiocese todos os organismos e pastorais devem estar envolvidos, cada qual segundo a porção da missão específica que lhe é confiada. A formação continuada deve tocar o coração dos adultos, tantas vezes formados com significativa competência profissional e técnica em suas áreas, mas que se veem, como constatado em Aparecida, com uma notória pobreza de formação cristã fundamentada e profunda que lhes assegure no mundo a identidade de discípulos de Cristo, um dia admitidos na Sua Igreja, por meio dos sacramentos da iniciação cristã que assinalaram em suas frontes e em seus corações a marca do Cordeiro imolado, no qual todos são filhos e filhas do Pai Eterno.
Fonte: Arquidiocese de Goiânia

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Bispo exorta a dar um basta à degradação moral que afeta o Brasil

Dom Antonio Carlos Félix (Bispo da Diocese de Governador Valadares-MG)
BELO HORIZONTE, 07 Nov. 17 / 06:00 pm (ACI).- Em um recente vídeo que já se tornou viral nas redes sociais, o Bispo da Diocese de Governador Valadares (MG), Dom Antônio Carlos Félix, lançou um apelo aos fiéis leigos a fim de “dar um basta a essa degradação moral” que afeta o Brasil e o mundo, com tantos casos de corrupção, ataque contra as famílias, imposição da ideologia de gênero.
“É hora de vocês, católicos, agirem. Não fiquem se perguntando o que a Igrejavai falar ou fazer a respeito disso. Vocês são a Igreja. A pergunta deve ser outra: o que nós estamos fazendo contra tudo isso?”, exortou o Prelado no vídeo que foi publicado no dia 3 de novembro e já conta com mais de 200 mil visualizações apenas no Facebook da Diocese, além de outras páginas que o publicaram.
Dom Félix confessou que está “estarrecido e enojado com tanta corrupção e impunidade, com tanto ataque à família, com tanta propaganda de imoralidade, com tanta profanação dos símbolos cristãos, com tanta propaganda do homossexualismo, com tanta imposição da ideologia de gênero no mundo atual”.
Segundo ele, o que se vê atualmente é uma “divulgação da imoralidade, fantasiada de arte”, além da “propaganda marxista do homossexualismo, disfarçado de respeito à diversidade”, e a “doutrinação da ideologia de gênero, também com ares de liberdade e de orientação sexual”.
Tudo isso, indicou, configura “um verdadeiro ataque à família, santuário da vida, que vai perdendo seus direitos na educação de seus filhos, os quais se tornam alvo fácil dessa onda destruidora da moral”.
“Os bons ficam acuados e os meios de comunicação, através de novelas e entrevistas direcionadas, vão divulgando esta mentalidade de modo bem planejado”, advertiu.
Nesse sentido, lamentou que, “se a crise social, política e familiar pela qual passamos é sobretudo moral, esta propaganda em nada faz diminuir”. Ao contrário, assinalou, “aumenta, rompendo todas as barreiras éticas que deveriam pautar o comportamento humano”.
Frente a tal situação, pontuou, “é preciso dar um basta a essa degradação moral. É preciso que as forças morais de toda a humanidade se levantem e deem seu brado de inconformidade com tudo isso”.
“A Igreja levanta sua voz de repúdio a tudo isso, sua doutrina clara já condena esses erros. É preciso que os católicos sejam lógicos e coerentes com o que a Igreja lhes ensina”, afirmou.
Dom Félix convocou os leigos a não ficarem “esperando pelos pastores. As ovelhas têm o direito de se defenderem dos lobos que as atacam. Falem, protestem, escrevam, alertem os filhos, os amigos, gritem nas redes sociais. Pais e mães, acordem, reajam!”, exclamou.
“É preciso que o mundo escute a voz dos bons e saiba que ainda existem famílias corretas, pessoas de bem e de coragem que não concordam com a imposição dessas ideologias. Unindo suas forças, vocês, leigos, purifiquem as instituições e as condições do mundo, caso essas incitem ao pecado. Isso de tal modo que todas essas coisas estejam de acordo com as normas da justiça e favoreçam o exercício das virtudes”.
O Prelado reforçou que “agindo dessa forma, vocês impregnarão de valor moral a cultura e as obras humanas”. “A hora é de agir e já”, concluiu.
ACI Digital

Mosteiro fica sem religiosas de clausura depois de 3 séculos

Roma, 07 Nov. 17 / 11:00 am (ACI).- Após 304 anos, o Mosteiro da Visitação de Milão (Itália) ficou sem religiosas de clausura, depois que as últimas quatro foram transferidas para outro convento, de onde continuarão servindo a Igreja através da Ordem da Visitação de Santa Maria, fundada por São Francisco de Sales e Santa Joana Francisca Frémyot de Chantal.
As quatro religiosas se despediram do mosteiro na tarde do dia 3 de novembro, rezando em frente ao portão, antes de partir para a sede da Ordem em Soresina, na província de Cremona, informou ‘Il Corriere della Sera’.
As religiosas da Ordem da Visitação viviam no mosteiro desde julho de 1713, quando se estabeleceram em um abrigo, atualmente em ruínas, mas que foi fundado por São Carlos Borromeu, Arcebispo de Milão, com o objetivo de oferecer um lar às meninas que ficaram órfãs devido à peste.
Imagem referencial / Foto: Flickr Roberto Arnaiz (CC-BY-NC-SA-2.0)

Com o passar do tempo, também abriram um colégio para as filhas dos nobres milaneses.
Entretanto, como o número de religiosas diminuiu para apenas quatro e o convento era muito grande, foi tomada a decisão de transferi-las à sede de Soresina, onde há mais irmãs.
Esta não é a primeira vez que um mosteiro da visitação é fechado com a consequente mudança das poucas religiosas que restavam. Já aconteceu em Sanremo, Arona e Massa Cozzile.
Embora seja um edifício histórico, isto não é o mais importante para as quatro religiosas, que não escondem a emoção da despedida.
“É verdade que há muita emoção. Estamos muito felizes de ir para onde o Senhor nos pede. Mas sempre levaremos no coração este lugar, onde passamos a vida inteira”, afirma uma das religiosas através do intercomunicador.
ACI Digital

domingo, 5 de novembro de 2017

CÂNTICO EVANGÉLICO(BENEDICTUS) Lc 1,68-79

Ant. Os justos brilharão como o sol
no Reino de seu Pai, aleluia.

O Messias e seu Precursor

68 Bendito seja o Senhor Deus de Israel, *
porque a seu povo visitou e libertou;
69 e fez surgir um poderoso Salvador *
na casa de Davi, seu servidor,

70 como falara pela boca de seus santos, *
os profetas desde os tempos mais antigos,
71 para salvar-nos do poder dos inimigos *
e da mão de todos quantos nos odeiam.

72 Assim mostrou misericórdia a nossos pais, *
recordando a sua santa Aliança
73 e o juramento a Abraão, o nosso pai, *
de conceder-nos 74 que, libertos do inimigo,
= a ele nós sirvamos sem temor †
75 em santidade e em justiça diante dele, *
enquanto perdurarem nossos dias.
=76 Serás profeta do Altíssimo, ó menino, †
pois irás andando à frente do Senhor *
para aplainar e preparar os seus caminhos,
77 anunciando ao seu povo a salvação, *
que está na remissão de seus pecados;

78 pela bondade e compaixão de nosso Deus, *
que sobre nós fará brilhar o Sol nascente,
79
 para iluminar a quantos jazem entre as trevas *
= e na sombra da morte estão sentados 
e para dirigir os nossos passos, *
guiando-os no caminho da paz.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Os justos brilharão como o sol 
no Reino de seu Pai, aleluia.

www.liturgiasdashoras.org

Dos Sermões de São Bernardo, abade


(Sermo2: Opera omnia, Edit.Cisterc. 5[1968],364-368)         (Séc.XII)

Apressemo-nos ao encontro dos irmãos que nos esperam
Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas, a eles que, segundo a promessa do Filho, o mesmo Pai celeste glorifica? De que lhes servem nossos elogios? Os santos não precisam de nossas homenagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem dúvida nenhuma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se um desejo veemente. 
Em primeiro lugar, o desejo que sua lembrança mais estimula e incita é o de gozarmos de sua tão amável companhia e de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem-aventurados, de unir-nos ao grupo dos patriarcas, às fileiras dos profetas, ao senado dos apóstolos, ao numeroso exército dos mártires, ao grêmio dos confessores, aos coros das virgens, de associar-nos, enfim, à comunhão de todos os santos e com todos nos alegrarmos. A assembleia dos primogênitos aguarda-nos e nós parecemos indiferentes! Os santos desejam-nos e não fazemos caso; os justos esperam-nos e esquivamo-nos. 
Animemo-nos, enfim, irmãos. Ressuscitemos com Cristo. Busquemos as realidades celestes. Tenhamos gosto pelas coisas do alto. Desejemos aqueles que nos desejam. Apressemo-nos ao encontro dos que nos aguardam. Antecipemo-nos pelos votos do coração aos que nos esperam. Seja-nos um incentivo não só a companhia dos santos, mas também a sua felicidade. Cobicemos com fervoroso empenho também a glória daqueles cuja presença desejamos. Não é má esta ambição nem de nenhum modo é perigosa a paixão pela glória deles. 
O segundo desejo que brota em nós pela comemoração dos santos consiste em que Cristo, nossa vida, tal como a eles, também apareça a nós e nós juntamente com ele apareçamos na glória. Enquanto isto não sucede, nossa Cabeça não como é, mas como se fez por nós, se nos apresenta. Isto é, não coroada de glória, mas com os espinhos de nossos pecados. É uma vergonha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos. Por enquanto a púrpura não lhe é sinal de honra, mas de zombaria. Será sinal de honra quando Cristo vier e não mais se proclamará sua morte, e saberemos que nós estamos mortos com ele, e com ele escondida nossa vida. Aparecerá a Cabeça gloriosa e com ela refulgirão os membros glorificados, quando transformar nosso corpo humilhado, configurando-o à glória da Cabeça, que é ele mesmo.
Com inteira e segura ambição cobicemos esta glória. Contudo para que nos seja lícito esperá-la e aspirar a tão grande felicidade, cumpre-nos desejar com muito empenho a intercessão dos santos. Assim, aquilo que não podemos obter por nós mesmos, seja-nos dado por sua intercessão.
www.liturgiadashoras.org

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF