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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

São Severino, pregador que promovia a oração contra os vícios

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Jan. 19 / 04:00 am (ACI).- “Se querem ter a bênção de Deus, respeitem muito os direitos dos demais”, dizia São Severino, padroeiro de Viena, Áustria e Baviera. Profetizou terríveis castigos a algumas cidades se não se convertessem e fizessem penitência. Além disso, tinha os dons da cura e do conselho. Sua festa é celebrada neste dia 8 de janeiro.

São Severino era natural de Roma e vinha de uma família nobre e rica. Deixou a “capital do mundo” daquela época e foi ser missionário às margens do rio Danúbio, na Áustria.
Neste local, anunciou aos habitantes da Asturis que se não deixassem os vícios e não se dedicassem a rezar mais com sacrifícios, sofreriam um terrível castigo. Ninguém deu importância às suas palavras. Então, o santo declarou que não seria responsável pelas más decisões deles e foi embora para a cidade de Cumana.
Dias depois, chegaram os bárbaros da Hungria, chamados “Hunos” e arrasaram a cidade de Asturis, matando quase todos os habitantes.
Em Cumana, também profetizou castigos se as pessoas não se convertessem. Igualmente, ninguém acreditou até que chegou um sobrevivente de Asturis e lhes contou o que aconteceu em sua cidade por não dar atenção a São Severino, que quis ajudá-los.
Assim, os habitante foram rezar nos templos, fecharam as cantinas e mudaram seus comportamentos, fazendo sacrifícios. Quando os bárbaros estavam para chegar, um grande terremoto os assustou, então, eles fugiram e não entraram na cidade.
São Severino intercedia diante de Deus pela cura de muitos doentes. Entretanto, não intercedeu por seu discípulo Bonoso, pois lhe dizia: “Doente, pode se tornar santo. Mas, se estiver muito saudável, vai se perder”. Por 40 anos, Bonoso sofreu com sua doença e chegou a um bom grau de santidade.
Gostava de repetir frases da Bíblia e recordava sempre que todo pecado traz castigos do céu. Por outro lado, durante 30 anos fundou mosteiros. Percorria descalço as imensas planícies da Áustria e Alemanha, inclusive nas neves. Sua simplicidade, mesmo ao vestir sua túnica desgastada e velha, lhe rendeu o respeito de todos.
Ao pequeno Odoacro profetizou que logo dividiria entre os seus o luxo da “capital do mundo”. Este homem com seus Hérulos conquistou Roma e, por afeto a São Severino, respeitou e apoiou o cristianismo.
Na cidade de Kuntzing, o rio Danúbio causava destruição com suas inundações e danificava o templo católico. São Severino colocou uma grande cruz na porta da Igreja e disse ao rio: “Meu Senhor Jesus Cristo não deixará que você passe do local onde está sua Santa Cruz”. Assim, as inundações do rio nunca mais passaram por aquele lugar.
Em 6 de janeiro de 482, sentiu que já era hora de partir para a Casa do Pai, mandou chamar as autoridades civis da cidade e lhes disse para respeitarem os direitos dos demais se quisessem ter a bênção de Deus. “Ajudem os necessitados e se esforcem o máximo possível aos mosteiros e templos”, acrescentou.
Morreu em 9 de janeiro de 482, pronunciando as palavras do Salmo 150: “Todo ser que tem vida, louve ao Senhor”. Seis anos depois tiraram seus restos mortais e foi encontrado incorrupto. Levantaram suas pálpebras e viram que seus olhos azuis brilhavam como se estivesse dormindo. Suas relíquias foram veneradas por séculos em Nápoles.
ACI Digital

domingo, 6 de janeiro de 2019

Solenidade da Epifania do Senhor

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A solenidade da Epifania do Senhor ocupa lugar especial no Tempo do Natal, completando o quadro do nascimento de Jesus Cristo, com a presença dos magos do Oriente no presépio. Esta festa costuma ser denominada “festa dos Santos Reis”, mas a palavra grega “epifania” deve ser valorizada, pois tem um significado muito rico, podendo ser traduzida como “revelação” ou “manifestação”. Em Jesus Cristo nascido em Belém, Deus revela o seu amor e manifesta a sua salvação para todos. Cumpre-se, de modo admirável, a universalidade da salvação anunciada pelos profetas.  Por isso, ao rezar, hoje, o Salmo 71, dizemos: “As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor”, sentindo-nos participantes do novo Povo de Deus, formado por gente de todas as raças, línguas e nações que caminha ao encontro do Salvador nascido em Belém.
O relato do nascimento de Jesus, na noite do Natal, ressaltava a presença dos pastores que se estavam nas redondezas e que foram às pressas ao encontro de menino Jesus para adorá-lo. O Evangelho proclamado nesta solenidade destaca o amor de Deus revelado às nações, representadas por aqueles homens sábios, denominados magos, que vieram de longe para adorar Jesus e oferecer-lhe presentes. Na Carta aos Efésios, hoje meditada, São Paulo refere-se ao “mistério” revelado, explicando-o: “os pagãos são admitidos à mesma herança” (Ef 3,6) do povo da Aliança.
Seguindo o exemplo dos magos, nós também somos convidados a caminhar ao encontro do menino Jesus, neste tempo de Natal, com uma atitude de adoração. Eles “ajoelharam-se diante dele e o adoraram” e “sentiram uma alegria muito grande” (Mt 2,10-11).  O Natal é tempo de experimentar esta alegria que brota do encontro com Cristo. Para isso, é preciso dispor-se a caminhar, ao invés de ficar acomodado, especialmente, ao iniciar um novo ano. Contudo, não podemos caminhar contando somente com as próprias forças. A estrela serviu de sinal para os magos. Nós necessitamos da luz de Deus, da sua sabedoria e do seu amor para percorrer o caminho.
O relato do Evangelho cita o rei Herodes. Ele não se dispôs a caminhar ao encontro de Jesus; apenas fingiu querer adorá-lo. Em seu orgulho, ele não foi capaz de colocar-se entre os humildes pastores, nem entre os sábios estrangeiros, ambos menosprezados por muitos naquele tempo, para caminhar à manjedoura de Belém.
Na Epifania, o nosso amor fraterno deve se alargar, dirigindo-se aos que não são amados e aos que mais sofrem. O nosso mundo necessita de cristãos que sejam sinais do amor de Deus. Por isso, adoramos o Menino Deus que oferece a todos o seu amor e salvação, dispondo-nos a amar a todos como ele nos ensinou.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Epifania do Senhor

REDAÇÃO CENTRAL, 06 Jan. 19 / 04:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 6 de janeiro a Solenidade da Epifania (manifestação) do Senhor. Hoje, o Evangelho nos apresenta a passagem dos três Reis Magos que oferecem presentes ao Menino Jesus.

Os Magos buscavam Deus nas estrelas e no palácio, mas o encontraram em um humilde presépio com Maria, sua mãe. Levaram-lhe presentes: ouro por sua realeza, incenso por sua divindade e mirra por sua humanidade. Entretanto, foram eles que saíram presenteados porque viram o Salvador do mundo.
Evangelho: Mt 2,1-12
Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém.
Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”.
Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”. Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.
Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.
ACI Digital

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Reis Magos e Epifania: 5 pontos que talvez você não conheça

Guadium Press
Redação (Sexta-feira, 04-01-2018, Gaudium Press) A Igreja no Brasil comemora a Epifania do Senhor no próximo domingo. A Liturgia sita um trecho do Evangelho que faz referência aos Reis Magos do Oriente e de sua visita ao Menino Jesus:
"Entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra" (Mt 2,11).
Os homens sempre tiveram sua curiosidade voltada para estes personagens: quem eram, como eram, o que faziam, como se chamavam, por que comemorá-los e ainda outros mais desejos de interpretá-los.
Trazemos aqui trechos de cinco informações sobre os Santos Reis Magos que foram publicadas pela ACI Digital:
São três Epifanias
A festa dos Reis Magos ou Dia dos Santos Reis é conhecida como Epifania, palavra que em grego significa manifestação, no sentido de que Deus se revela e se manifesta.
Entretanto, a Igreja celebra como Epifanias três manifestações da vida de Jesus: a Epifania diante dos Magos do Oriente (manifestação aos pagãos), a Epifania do Batismo do Senhor (manifestação aos judeus) e a Epifania das bodas de Caná (manifestação aos seus discípulos).
Uma das mais antigas festas da Igreja
A Festa da Epifania é uma das mais antigas dos cristãos, provavelmente a segunda depois da Festa da Páscoa. Teve início no Oriente e logo passou a ser comemorada no Ocidente, por volta do século IV.
Dizem que no princípio os cristãos comemoravam as três epifanias em uma mesma data. Inclusive, em algumas igrejas orientais, nesta festa comemoram o nascimento de Cristo, mas foi somente até o século IV, quando começou a festividade romana do Natal.
Na Idade Média, a Epifania pouco a pouco passou a ser mais conhecida como a festa dos Reis Magos. Atualmente, a Igreja Católica celebra as três epifanias em diferentes datas do calendário litúrgico.
Santo Agostinho define a data da comemoração
Alguns estudos comprovam que a Epifania passou a ser celebrada no dia 6 de janeiro porque neste dia era comemorado o nascimento de Aion, o deus pagão da metrópole de Alexandria, que supostamente estava relacionado com o deus sol. Do mesmo modo, também porque desde esta época, celebravam no Egito o solstício de inverno no dia 6 de janeiro.
No século IV, São Eusébio de Cesárea e São Jerônimo, assim como São Epifânio no século VI, disseram que os reis encontraram o Menino antes de completar dois anos de idade.
Entretanto, Santo Agostinho (séculos IV e V) em seus sermões sobre a Epifania afirmou que chegaram 13 dias depois do nascimento do Senhor. Ou seja, no dia 6 de janeiro do calendário atual.
Por Tradição são chamados Reis
São Mateus, o único evangelista que fala sobre os Reis Magos na Bíblia, explica que eram do Oriente, uma região que, para os judeus, eram os territórios da Arábia, Pérsia ou Caldeia. Por outro lado, os orientais chamavam os doutores de "magos".
"Mago" na língua persa significava "sacerdote" e justamente os magos ("magoi" em grego) eram um grupo de sacerdotes persas ou babilônios. Eles não conheciam a revelação divina como os judeus, mas estudavam as estrelas a fim de procurar Deus.
A tradição chamou de "reis" aos magos de acordo com o Salmo 72 (10-11) que diz: "Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis da Arábia e Etiópia oferecerão dons. E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão".
Os Reis Magos seriam mais que três?
São Leão Magno e São Máximo do Turim, séculos IV e V respectivamente, falam de três magos provavelmente não por se apoiar em alguma tradição, mas sim talvez pelos três presentes que descreve o evangelista.
Nos primeiros séculos há representações pictóricas nas quais aparecem dois, quatro, seis e até oito magos. Entretanto, o afresco mais antigo da adoração dos magos data do século II e se encontra em um arco da capela grega das catacumbas romanas de Priscila e ali aparecem três.
Nomes, Fisionomias e Presentes dos Reis Magos
Os nomes dos magos não aparecem nas Sagradas Escrituras, mas a tradição lhes deu certos nomes. Em um manuscrito do final do século VII, aparece que se chamavam Bitisarea, Melchor e Natasa, mas, no século IX, começou-se a propagar que eram Gaspar, Melchior e Baltasar.
Melchior é caracterizado geralmente como um idoso branco com barba em representação da região europeia e oferece ao Menino o ouro pela realeza de Cristo.
Gaspar representa a área asiática e leva o incenso pela divindade de Jesus.
Baltasar é negro. Ele representa os povos provenientes da África. Presenteia o Salvador com mirra, substância que se utilizava para embalsamar cadáveres e simboliza a humanidade do Senhor.
Na época em que se começou a representá-los com estas características não se tinha conhecimento da América. Além disso, os três com os seus nomes fazem referência às idades do ser humano: juventude (Gaspar), maturidade (Baltasar) e velhice (Melchior).
(JSG)

domingo, 30 de dezembro de 2018

Festa da Sagrada Família

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O Natal não se reduz a um único dia festivo. O tempo do Natal estende-se até a festa do Batismo do Senhor, no próximo dia 13 de janeiro. O primeiro domingo após a solenidade do Natal é dedicado à Sagrada Família, Jesus, Maria e José, modelo permanente para toda família. O nosso olhar se volta para a Sagrada Família de Nazaré que ocupa o lugar central no presépio.
Cada família é chamada a ser santa, espelhando-se na família “sagrada” de Nazaré. Deus quer habitar em cada família, tornando-a santa. É ele quem nos santifica! Assim como ocorreu com Maria e José, somos chamados a acolher Jesus e a permanecer sempre com ele. A procura de Maria e José por Jesus menino, na viagem a Jerusalém, nos motiva a buscá-lo sempre e a estar sempre com ele. Se por algum momento, alguém perceber que está se afastando dele, deve procurá-lo insistentemente. Para isso, é fundamental imitar a atitude contemplativa de Maria, que “conservava no coração” (Lc 2,51) o mistério que Deus estava revelando. Assim fazendo, poderemos compreender sempre mais o sentido dos acontecimentos na vida pessoal e familiar e discernir a vontade de Deus.
A Carta de São Paulo aos Colossenses apresenta um verdadeiro programa de vida para as nossas comunidades e famílias, recordando-nos o mandamento do amor: “amai-vos uns aos outros”. O Apóstolo oferece indicações preciosas para a vivência do amor fraterno. A vida de uma comunidade ou de uma família deve ser feita de “sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência”, acrescentando, com destaque, o perdão (Cl 3,12-13). Cada um deve fazer a sua parte, conforme o texto paulino proclamado: marido, esposa, pais e filhos. Ao invés de exigir dos outros, é necessário dar a própria contribuição para que a família possa ter uma vida cristã, com unidade e paz.  O Eclesiástico ressalta a atitude dos filhos em relação aos pais, desenvolvendo, de modo admirável, o mandamento que ordena “honrar o pai e a mãe”, com suas consequências. O amor pelos pais é fonte de bênçãos, trazendo preciosos frutos para os filhos.
Para viver bem o Natal, é fundamental a participação da família na Igreja. Por isso, é preciso organizar-se para participar das missas neste período natalino, que para muitos é também período de férias. Ao organizar viagens e períodos de lazer, não deixe de dar prioridade à participação na missa, ao menos dominical. Seja este um tempo especial também para a convivência fraterna com os familiares e amigos. Assim fazendo, as alegrias do Natal se estenderão ao longo do novo Ano.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Festa da Sagrada Família

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Dez. 18 / 04:00 am (ACI).- Hoje a Igreja celebra a festa da Sagrada Família e convida todos a olhar para Jesus, Maria e José, que desde o início tiveram que enfrentar os perigos do exílio no Egito, mas, sempre mostrando que o amor é mais forte do que a morte. Eles são um reflexo da Trindade e modelo de cada família.

A solenidade da Sagrada Família, que é celebrada dentro da Oitava de Natal, é uma festa que incentiva a aprofundar o amor familiar, examinar a situação do próprio lar e buscar soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais como a Família de Nazaré.
Ao celebrar esta data em 2013, o Papa Francisco ressaltou que o “nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco”.
A vida familiar não pode ser reduzida a problemas de relacionamento, deixando de lado os valores transcendentes, já que a família é o sinal do diálogo entre Deus e o homem. Pais e filhos devem estar abertos à Palavra e ouvir, sem esquecer a importância da oração familiar que une fortemente os membros da família.
São João Paulo II, que é conhecido como o Papa das famílias, no Ângelus desta solenidade em 1996, destacou que “a mensagem que vem da Sagrada Família é, antes de tudo, uma mensagem de fé: a casa de Nazaré é aquela onde Deus está verdadeiramente no centro”.
“Para Maria e José esta opção de fé concretiza-se no serviço ao Filho de Deus que lhes foi confiado, mas exprime-se também no seu amor recíproco, rico de ternura espiritual e de fidelidade”, indicou.
Em muitas ocasiões, João Paulo II reforçou a importância da vivência da fé em família, por meio da oração. “A família que reza unida, permanece unida”, dizia, sugerindo que juntos rezassem o Rosário.
ACI Digital

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Santo Estêvão, diácono e primeiro mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 26 Dez. 18 / 04:00 am (ACI).- Neste dia 26 de dezembro, é celebrado o primeiro mártir de toda a Igreja Católica, Santo Estêvão. O protomártir morreu apedrejado logo depois de ser arrastado para fora da cidade, após ser levado ante o Sinédrio por falsas acusações. Ele acusou os judeus por ter chegado ao ponto de não reconhecer o Salvador e também de tê-lo crucificado.

Santo Estêvão, enquanto recebia o golpe das pedras, pronunciou as seguintes palavras: “Senhor Jesus, recebe meu espírito”. Estando de joelhos antes de morrer, exclamou com força: “Senhor, não lhes tenha em conta pecado”.
Na celebração da festa deste santo em 2013, o Papa Francisco assinalou que, “na verdade, na ótica da fé, a festa de Santo Estêvão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal”.
“No martírio, de fato, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja vê no sacrifício dos mártires seu ‘nascimento ao céu’. Celebramos hoje, pois, o ‘nascimento’ de Estêvão, que em profundidade brota do Natal de Cristo. Jesus transforma a morte dos que o amam em aurora de vida nova”, acrescentou o Santo Padre.
Também o Papa Emérito Bento XVI, em 2012, ao falar do santo refletiu: “De onde o primeiro mártir cristão tirou a força para fazer frente a seus perseguidores e chegar até a entrega de si mesmo? A resposta é simples: de sua relação com Deus, de sua comunhão com Cristo, da meditação sobre a história da salvação, de ver a ação de Deus, que alcança seu ápice em Jesus Cristo”.
ACI Digital

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Feliz Natal! Hoje nasceu o Salvador!

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Dez. 18 / 11:00 pm (ACI).- Neste dia 25 de dezembro, a Igreja celebra a Solenidade do nascimento de Jesus Cristo. É um dia de alegria e gozo, porque o Senhor veio ao mundo para trazer a salvação. Por isso, a ACIDigital deseja a todos um feliz Natal e que Jesus também nasça em sua família e coração.

Como o sol ilumina a escuridão ao amanhecer, a presença de Cristo invade a escuridão do pecado, do mundo, do demônio e da carne para mostrar o caminho a seguir. Com sua luz, mostra a verdade de nossa existência. O próprio Cristo é a vida que renova a natureza caída do homem e da natureza. O Natal comemora a presença renovadora de Cristo que vem para salvar o mundo.
A Igreja em seu papel de mãe e mestra, através de uma série de festas busca conscientizar o homem deste fato tão importante para a salvação de seus filhos. É, portanto, necessário que todos os fiéis vivam com o reto sentido a riqueza da experiência real e profunda do Natal.
ACI Digital

O relato de uma famosa Beata e mística que viu o Nascimento de Cristo

REDAÇÃO CENTRAL, 25 Dez. 18 / 07:00 am (ACI).- No final do século XVIII e início do XIX, surgiu na Alemanha a famosa mística Anna Catarina Emmerick (1774-1824), que teve os estigmas da Paixão de Cristo e, nos últimos anos de vida, sustentou-se apenas da Eucaristia.

Deus lhe concedeu detalhadas revelações místicas da vida de Jesus. São João Paulo II a beatificou em 2004 e o ator Mel Gibson se inspirou em suas visões para realizar o filme “A Paixão de Cristo”.
A seguir, apresentamos o belo e significativo relato que ela contou sobre o que viu do Nascimento de nosso Senhor:
“Vi o esplendor em volta da Santíssima Virgem crescer mais e mais, de modo que a luz das lâmpadas que José acendera já não era visível. Ela estava de joelhos, coberta de um vestido largo, com o rosto voltado para o Oriente. À meia-noite ficou extasiada, suspensa acima do solo; tinha os braços cruzados sobre o peito. O resplendor em torno dela crescia a cada momento. Toda a natureza parecia sentir uma emoção de júbilo, até os seres inanimados. As rochas do teto, das paredes e do solo da gruta tornaram-se como vivas àquela luz.
Então eu já não vi o teto da gruta; um caminho de luz se abriu acima de Maria, subindo com glória sempre maior em direção às alturas do céu. Nesse caminho de luz, havia um maravilhoso movimento de glórias interpenetrando-se umas às outras, e, conforme se aproximaram, pareciam mais claramente sob a forma de coros de espíritos celestes. A Virgem Santíssima, tomada em êxtase, estava agora olhando para baixo, adorando seu Deus, cuja mãe ela tinha-se tornado e que jaz no solo à sua frente, sob a forma de um indefeso recém-nascido.
Vi Nosso Senhor como uma criança pequenina, brilhando com uma luz que superava todo o esplendor circundante, e jazendo no tapete, junto aos joelhos de Maria. Pareceu-me que ele era a princípio bem pequeno e então cresceu aos meus olhos. Mas tudo isso era a irradiação de uma luz tão potente e deslumbrante que não posso explicar como pude olhá-la. A Virgem permaneceu por algum tempo envolta em êxtase; depois cobriu o Menino com um pano, mas a princípio Ela não O tocou ou pegou nos braços. Após certo tempo, vi o Menino Jesus se mover, e depois eu O ouvi chorar. Então, pareceu que Maria voltava a si, e pegou o Menino do tapete, envolvendo-O no pano que O cobria, e com Ele aos braços trouxe-O para si. Ficou ali, sentada, completamente envolvida, Ela e o Menino, em seu véu, e penso que Ela amamentou o Redentor. Vi, então, anjos à sua volta em forma humana, prostrando-se e adorando o Menino.
Talvez fosse uma hora após o nascimento quando Maria chamou José, que ainda estava prostrado em oração. Quando se aproximou, ele se lançou com o rosto ao chão, em devota alegria e humildade. Foi só quando Maria lhe pediu que carregasse, junto ao coração, em alegria e gratidão, o santo presente de Deus Altíssimo, que ele se ergueu, pegou nos braços o Menino Jesus, e louvou a Deus com lágrimas de felicidade.
Maria enfaixou o Menino: tinha apenas quatro paninhos. Mais tarde, vi Maria e José sentados no chão, um junto ao outro: não falavam, pareciam absortos em muda contemplação. Diante de Maria, enfaixado como um menino comum, estava recostado Jesus recém-nascido, belo e brilhante como um relâmpago. ‘Ah, eu dizia, este lugar contém a salvação do mundo inteiro e ninguém suspeita disso!’.
Vi em muitos lugares, até nos mais afastados, uma insólita alegria, um extraordinário movimento nesta noite. Vi os corações de muitos homens de boa vontade reanimados por um desejo, cheio de alegria, e ao contrário, os corações dos perversos cheios de temores. Até nos animais vi se manifestar alegria em seus movimentos e saltos. As flores levantavam suas coroas, as plantas e árvores tomavam novo vigor e verde e espalhavam suas fragrâncias e perfumes. Vi brotar fontes de água da terra. No momento do nascimento de Jesus, brotou uma fonte abundante na gruta da colina do Norte.
A mais ou menos uma légua e meia da gruta de Belém, no vale dos pastores, havia uma colina. Nas encostas da colina, estavam as cabanas de três pastores. Ao nascimento de Jesus Cristo, vi esses três pastores muito impressionados com o aspecto daquela noite tão maravilhosa; por isso, ficaram em torno de suas cabanas olhando para todos os lados.
Então, viram maravilhados a luz extraordinária sobre a gruta do presépio. Enquanto os três pastores estavam olhando para aquele lado do céu, vi descer sobre eles uma nuvem luminosa, dentro da qual notei um movimento à medida que se aproximava. Primeiro vi que se desenhavam formas vagas, depois, rostos, e finalmente ouvi cantos muito harmoniosos, muito alegres, cada vez mais claros. Como os pastores se assustaram a princípio, apareceu um anjo entre eles, que lhes disse: ‘Não temais, pois venho para anunciar-lhes uma grande alegria para todo o povo de Israel. Nasceu hoje para vós, na cidade de Davi, um Salvador, que é Cristo, o Senhor. Como sinal, dou-lhes isso: encontrareis o Menino envolto em faixas, deitado em uma manjedoura’. Enquanto o anjo dizia estas palavras, o resplendor se fazia cada vez mais intenso ao seu redor. Vi cinco ou sete grandes figuras de anjos, muito belos e luminosos. Ouvi que louvavam a Deus cantando: ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade’.
Mais tarde, tiveram a mesma aparição os pastores que estavam junto à torre. Anjos também apareceram a outro grupo de pastores perto de uma fonte, a Leste da torre, a cerca de três léguas de Belém. Eu os vi consultando-se uns aos outros sobre o que levariam para o recém-nascido e preparando os presentes com toda a pressa. Chegaram à gruta da manjedoura ao amanhecer”.
ACI Digital

domingo, 23 de dezembro de 2018

O Natal não se resume a um só dia, lembra o Bispo de Palmares

Dom Henrique Soares da Costa

Redação (Quarta-feira, 19-12-2018, Gaudium Press) Em publicação feita em seu site Dom Henrique Soares da Costa, Bispo de Palmares, em Pernambuco, recorda que o Natal não se resume a um dia nem celebra simplesmente o Nascimento de Jesus.
Dom Henrique recorda que, "na verdade, o Natal é um tempo litúrgico, formado por cinco festas que celebram no rito da Santa Liturgia o mistério da Manifestação do Filho de Deus em nossa natureza humana."
"O Natal é o Tempo no qual a Igreja, na sua Celebração eucarística, ao celebrar os santos Mistérios, entre em comunhão real e verdadeira com o Mistério da Manifestação, da Vinda, do nosso Salvador e Deus bendito na nossa natureza humana!" - reafirma o Bispo, explicando ainda que "o Filho eterno do Pai manifestou-Se na nossa pobre humanidade para enriquecê-la com a Sua divindade; Ele veio para nos dar a graça da comunhão, da amizade com Ele - é isso a salvação!
As cinco Festas que se aproximam
Na verdade, o Tempo do Natal é formado por Cinco festas. E é por isso que o Bispo de Palmares pode afirmar que "o Natal não se resume a um dia" e passa a enumerar e explicar resumidamente estas Festas.
Solenidades do Natal do Senhor
Em primeiro lugar Dom Henrique explica o que vem a ser a Solenidade do Natal do Senhor, no dia 25 de dezembro:
"Na pobreza da gruta de Belém contemplaremos como frágil criança Aquele que é o Forte e eterno Deus: 'Porque um Menino nos nasceu, um filho nos foi dado, Ele recebeu o poder sobre os Seus ombros e Lhe foi dado este Nome: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai-eterno, Príncipe-da-Paz' (Is 9,5)."
"Neste Dia santíssimo (que é celebrado durante oito dias) a Igreja dobra os joelhos diante do Salvador, juntamente com Maria, José e os pastores; a Igreja canta o "Glória a Deus nas alturas" juntamente com os anjos, a Igreja ilumina-se de alegria como o céu da noite santa de Belém.
Sagrada Família
O Prelado continua para desta vez recordar que "no Domingo entre os dias 25 e 1º de janeiro a Igreja celebra a Festa da Sagrada Família."
Ele explica que "O Filho de Deus assumiu em tudo a nossa condição humana: entrou numa família, na vida miudinha de cada dia; Ele veio verdadeiramente viver a nossa aventura. Assim, santificou as famílias de modo especial: "Desceu com eles para Nazaré e era-lhes submisso" (Lc 2,51).
Santa Maria Mãe de Deus
A terceira Festa que o Bispo recorda em seu site que faz parte do Tempo de Natal é a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, no dia 1º de janeiro, Oitava do Natal.
Para explicar que o dia Primeiro de Janeiro é uma das grandes festas marianas dentro do Tempo de Natal, Dom Henrique recorda São Lucas: "(Os pastores) foram, então, às pressas, e encontraram Maria, José e o Recém-nascido deitado na manjedoura" (Lc 2,16)".
Nesta Solenidade , explica o Prelado. "A Igreja contempla o Menino que nasceu em Belém e Nele reconhece o Deus eterno e perfeito, reclinado no colo de Maria. Por isso chama-a Mãe de Deus, quer dizer, Mãe do Filho de Deus feito homem! Dando este título à Virgem a Igreja, desde suas origens, professa sua fé na divindade de Jesus.
Solenidade da Epifania do Senhor
A Solenidade da Epifania do Senhor, no Domingo entre 2 e 8 de janeiro, a quarta Festa dentro do Tempo do Natal é a festa denominada como Festa de Reis.
"Mas, -sublinha o Bispo- é bem mais que isso: a palavra "epifania" significa "manifestação". Os magos, vindos dos povos pagãos, representam toda a humanidade que vem adorar o Salvador e reconhecê-Lo como a luz para iluminar as nações. Deus manifesta a Sua salvação a todos os povos: "O Senhor fez conhecer Sua salvação, revelou Sua justiça aos olhos das nações. Os confins da terra contemplaram a Salvação do nosso Deus" (Sl 97,2.3).
Batismo do Senhor
A Festa do Batismo do Senhor acontece no Domingo após a Epifania.
Dom Henrique lembra "com ela Com ela termina o tempo do Natal. O Pai apresenta o Seu Filho: "Este é o Meu Filho amado, em Quem Eu Me comprazo!" (Mt 3,17)".
"Com esta Festa encerra-se o ciclo de festas da Manifestação do Senhor", explica o Prelado, destacando que "a Igreja, mais uma vez, renova sua certeza e vive essa graça, experimenta-a e anuncia ao mundo:
"O Verbo Se fez carne e habitou entre nós e nós vimos a Sua glória!" (Jo 1,14).
O Bispo de Palmares encerra suas palavras fazendo um apelo a todos:
"Que vivamos bem este tempo do Natal, tão rico e santo!"
(JSG)
Dom Henrique Soares da Costa, Bispo de Palmares/PE

Gaudium Press

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF