Translate

domingo, 19 de maio de 2019

As palavras da Virgem Maria na Bíblia que questionam o mundo hoje


Anunciación / Crédito: Wikipedia - Bartolome Esteban Murillo (Dominio público)


REDAÇÃO CENTRAL, 19 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- Nos Evangelhos, encontra-se pouco do que a Virgem Maria falou, porém, quando aparecem citações de suas palavras, é possível apreciar que essas não geram apenas uma reação do Senhor, mas também questionam ao mundo de hoje. São João Paulo II nos ofereceu uma profunda reflexão sobre cada uma delas.
A Anunciação (Lc 1,26-38)
As primeiras palavras da Virgem são contadas por São Lucas quando o Anjo Gabriel visitou Maria e lhe revelou que conceberia Jesus. Ela perguntou: “Como se fará isso, pois não conheço homem?”. E o mensageiro divino, com paciência, explicou a ação do Espírito Santo. “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”, respondeu Maria.
Sobre esta passagem, São João Paulo II escreve na Redemptoris Mater, parágrafo 13, que a Mãe de Deus “respondeu, pois, com todo o seu ‘eu’ humano e feminino. Nesta resposta de fé estava contida uma cooperação perfeita com a ‘prévia e concomitante ajuda da graça divina’ e uma disponibilidade perfeita à ação do Espírito Santo, o qual ‘aperfeiçoa continuamente a fé mediante os seus dons’”.
Visitación / Crédito: Wikipedia - Rafael Sanzio (Dominio público)
A visita a sua prima Isabel (Lc 1,39-56)
Maria, movida pela caridade, colocou-se a serviço de sua prima idosa Isabel. Nesse encontro familiar, Isabel a felicitou e a simples Virgem louvou a Deus e proclamou uma das orações mais excelsas do cristianismo, inspirada no Antigo Testamento: o Magnifica.
“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva...”.
“Com sua visita a Isabel, Maria realiza o prelúdio da missão de Jesus e, colaborando desde o começo de sua maternidade na obra redentora do Filho, transforma-se no modelo de quem na Igreja se coloca em caminho para levar a luz e a alegria de Cristo aos homens de todos os lugares e de todos os tempos” (São João Paulo II, Audiência Geral, 1996).
Jesús en el Templo / Crédito: Wikipedia - James Tissot (Dominio público)
Jesus é encontrado no Templo (Lc 2,41-52)
Quando Jesus tinha doze anos, ficou em Jerusalém e seus pais, não o achando na caravana, voltaram para busca-lo. Depois de três dias, encontraram-no no Templo dialogando com os doutores da lei e Maria lhe disse: “Meu filho, que nos fizeste? Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”.
Jesus respondeu que tinha que se ocupar das coisas de seu Pai e a Virgem e São José não entenderam aquela resposta.
São João Paulo II explica que “Jesus tinha a consciência de que ‘só o Pai conhece o Filho’ (cf. Mt 11, 27); tanto assim, que até aquela a quem tinha sido revelado mais profundamente o mistério da sua filiação divina, a sua Mãe, vivia na intimidade com este mistério somente mediante a fé! Encontrando-se constantemente ao lado do Filho, sob o mesmo teto, e ‘conservando fielmente a união com o Filho’, Ela ‘avançava na peregrinação da fé’, como acentua o Concílio”.
Bodas de Caná / Crédito: Wikipedia - Cornelis De Baellieur (Dominio público)
Bodas de Caná (Jo 2,1-11)
Maria, como toda boa mãe, vivia preocupada para que não faltassem as coisas da casa e muito menos em um casamento. Foi assim que, em Caná, alertou seu Filho: “Eles já não têm vinho”. Com a confiança de saber que Jesus ajudaria, adiantou a “hora” do Senhor e deu uma mensagem aos servos e, nela, a todos os crentes: “Fazei o que ele vos disser”.
“Em Caná, graças à intercessão de Maria e à obediência dos servos, Jesus dá início à ‘sua hora’. Em Caná, Maria aparece como quem acredita em Jesus: a sua fé provoca da parte dele o primeiro ‘milagre’ e contribui para suscitar a fé dos discípulos” (São João Paulo II, Redemptoris Mater, 21).
Não há mais palavras de Maria na Bíblia, mas as que aparecem têm especial significado para cada geração e, por isso, São João Paulo II, em sua visita no ano 2000 à Basílica da Anunciação em Nazaré, expressou um de seus maiores desejos:
“Peço à Sagrada Família que inspire todos os cristãos a defender a família, a defender a família contra as numerosas ameaças que atualmente pesam sobre a sua natureza, a sua estabilidade e missão. Confio à Sagrada Família os esforços dos cristãos e de todas as pessoas de boa vontade a fim de defender a vida e promover o respeito pela dignidade de cada ser humano”.
ACI Digital

sábado, 18 de maio de 2019

Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração, religiosa espanhola

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “Dentro de Deus temos que estar e Dele receber tudo”, é uma frase de Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração (ou Santa Rafaela Porras y Ayllón), uma religiosa e fundadora da congregação das Escravas do Sagrado Coração.

“A vida e a obra da Santa, se observarmos por dentro, são uma excelente apologia da vida religiosa, baseada na prática dos conselhos evangélicos, calcada no esquema ascético-místico tradicional, do qual a Espanha foi mestra com figuras tão imponentes como Santa Teresa, São João da Cruz, Santo Inácio de Loyola, São Domingos, São João D’Ávila e outros”, disse o Papa Paulo VI na Missa de canonização de Rafaela Porras y Ayllón.
A santa nasceu em 1º de março de 1850 no povoado espanhol de Pedro Abad, perto de Córdoba, no seio de uma família rica daquela época.
Aos 15 anos, fez seu voto perpétuo de castidade, dedicou-se à oração e a cuidar dos enfermos e necessitados, apesar da oposição de seus irmãos.
Nove anos depois, viajou para o convento das monjas clarissas em Córdoba para ter um período de reflexão. Em pouco tempo, fundou junto com sua irmã o Instituto de Adoradoras do Santíssimo Sacramento e Filhas de Maria Imaculada.
Depois, mudou-se com outras 16 religiosas para Madri, onde recebeu a aprovação diocesana em 1877. Dez anos mais tarde, o Papa Leão XIII aprovou a Congregação com o nome de Escravas do Sagrado Coração de Jesus.
Por unanimidade, foi eleita superiora geral e, em 4 de novembro de 1888, realizou sua profissão perpétua.
“A Madre Rafaela Maria dirige o novo Instituto durante 16 anos com grande dedicação e tato. Demonstra também claramente sua extraordinária profundidade espiritual e sua virtude heroica quando, por motivos infundados, tem que renunciar a direção de sua obra. Nesta humilhação aceita, morrerá em Roma, praticamente esquecida, no dia 6 de janeiro de 1925”, acrescentou Paulo VI na Missa de canonização desta santa.
Durante 30 anos, foi um membro anônimo em seu instituto, davam-lhe os trabalhos mais pesados, humilhavam-na e a isolaram até o dia de sua morte. Entretanto, seguiu vivendo com humildade e fazendo o que a ordenavam, embora tenha fundado sua Congregação.
O Papa Pio XII a beatificou no dia 18 de maio de 1952 e foi canonizada pelo Papa Paulo VI no dia 23 de janeiro de 1977.
Está sepultada na Casa Generalícia da Congregação em Roma e, como morreu no dia da Epifania, sua festa é celebrada no dia 18 de maio, data da sua beatificação e do translado de seus restos mortais.
ACI Digital

sexta-feira, 17 de maio de 2019

São Pascoal Bailão, o santo apaixonado pela Eucaristia

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- São Pascoal Bailão foi um frade franciscano que amou tanto e dedicou tantas horas de sua vida ao Santíssimo Sacramento, que foi declarado padroeiro dos Congressos Eucarísticos e Associações Eucarísticas por Leão XIII em 28 de novembro de 1897.

Embora este santo soubesse apenas ler e escrever, era capaz de expressar-se com grande eloquência sobre a presença de Jesus na Eucaristia. Tinha o dom da ciência infundida, ou seja, possuía um vasto conhecimento teológico sem nenhum estudo, o que surpreendeu seus mestres que costumavam fazer-lhe perguntas complexas.
Pascoal Bailão nasceu em Torre Hermosa, no reino de Aragão (Espanha), em 24 de maio de 1540. O dia de seu nascimento coincidiu com a festa de Pentecostes, chamada na Espanha “a Páscoa do Espírito Santo”, e por isso recebeu o nome de Pascoal.
Seus pais eram camponeses e ele também se dedicou a este ofício dos 7 aos 24 anos, quando ingressou no convento dos frades menores (franciscanos) de Albatera.
Por causa de sua pouca instrução, os franciscanos lhe deram ofícios humildes. Foi porteiro, cozinheiro, mensageiro e auxiliar de serviços gerais.
Dedicava seu tempo livre à Adoração Eucarística, de joelhos com os braços em cruz. Durante as noites, passava horas diante do Santíssimo Sacramento. Continuava sua adoração até tarde da noite e, de madrugada, chegava à capela antes que os demais.
Tempos depois, foi enviado a Paris para entregar sua carta ao superior geral da ordem e, no trajeto, “professou abertamente a verdade da Eucaristia entre os hereges e, por isso, teve que passar por graves provações” (Breve apostólico Providentissimus do Papa Leão XIII). Entre as provações, uma tentativa de assassinato.
Pascoal faleceu na Espanha em 15 de maio de 1592, durante o Domingo de Pentecostes, e sabe-se que realizou muitos milagres após sua morte.
Foi beatificado em 29 de outubro de 1618 pelo Papa Paulo V e canonizado em 16 de outubro de 1690 pelo Papa Alexandre VIII. Seu culto cresceu, sobretudo, em sua terra natal e no sul da Itália, também difundiu-se amplamente na Espanha e na América do Sul.
ACI Digital

São João Nepomuceno, mártir do segredo de confissão

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- São João Nepomuceno foi um exemplo da proteção ao sigilo sacramental: foi o primeiro mártir que preferiu morrer a revelar o segredo de confissão.

João Nepomuceno nasceu na Tchecoslováquia, entre os anos 1340-1350, em Nepomuk. Por isso que se diz o Nepomuceno. Obteve seu doutorado na Universidade de Pádua e foi pároco de Praga. Depois, foi nomeado Vigário Geral da Arquidiocese, porque o Cardeal o considerava um homem de confiança.
O santo foi confessor de Sofia da Baviera, a esposa do rei de Praga, Venceslau. Por isso, o rei, que tinha ataques de raiva e ciúmes, ordenou que lhe revelasse os pecados de sua mulher. A negativa do santo enfureceu Venceslau, que o ameaçou de assassinato se não lhe contasse os segredos.
Outro conflito entre Venceslau e João Nepomuceno aconteceu quando o monarca quis se apoderar de um convento para dar suas riquezas a um parente, mas o santo o proibiu, porque esses bens pertenciam à Igreja.
O rei ficou com raiva, o santo foi torturado e seu corpo lançado no rio Mondalva. Depois, os vizinhos recolheram o cadáver e o sepultaram religiosamente. Era o ano de 1393.
Devido à sua heroica atitude de preferir morrer a revelar um segredo de confissão, São João Nepomuceno foi considerado padroeiro dos confessores.
Também é considerado como protetor contra as calúnias e as inundações.
ACI Digital

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Canonização da primeira santa brasileira é um dos processos mais rápidos da história

Irmã Dulce. Foto: Obras Sociais Irmã Dulce/Divulgação.
REDAÇÃO CENTRAL, 14 Mai. 19 / 02:54 pm (ACI).- O Brasil recebeu com alegria a notícia de que Irmã Dulce, o Anjo Bom da Bahia, como é conhecida a beata, será em breve elevada aos altares tornando-se a primeira mulher nascida no Brasil a ter seu nome inscrito no livro dos santos, graças ao reconhecimento de um segundo milagre atribuído à sua intercessão, apenas 27 anos após seu falecimento.
Segundo destaca o site Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID), sua canonização será a terceira mais rápida da história recente da Igreja, “atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa)”. Vale recordar que os mais rápidos da história dos santos lusófonos seguem sendo o de Santo Antônio de Lisboa (ou Santo Antônio de Pádua), canonizado 11 meses após seu falecimento no dia 30 de maio de 1232 e São Teotônio, canonizado 1 ano depois de sua morte ocorrida em 1162 pelo Papa Alexandre III.  
Com respeito ao segundo milagre, cujo reconhecimento foi divulgado há poucas horas pelo Vaticano, o site das Obras Sociais da futura santa, confirmou que o fato passou por três etapas de avaliação: “uma reunião com peritos médicos (que deram o aval científico), com teólogos, e, finalmente, a aprovação final do colégio cardinalício, tendo sua autenticidade reconhecida de forma unânime em todos os estágios”.
Embora ainda se desconheça os detalhes, a Arquidiocese de Salvador (BA) e as Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID) confirmaram ao portal G1 de notícias que o milagre conseguido pela intercessão da beata baiana se tratou da cura de uma pessoa que recuperou a visão.
Como de praxe, a identidade da pessoa que recebeu a graça, o lugar onde reside e outros detalhes sobre as circunstâncias do milagre, permanecerão em reserva.
Este é o segundo milagre atribuído à Irmã Dulce, que se destacou pelo cuidado dos mais pobres, das crianças necessitadas e dos enfermos. O primeiro, que permitiu que a religiosa fosse proclamada Beata, foi reconhecido em outubro de 2010 e tratou-se da cura de uma mulher “que apresentava um quadro de forte hemorragia não controlável”, recorda o G1.
“Em um período de 18h, a mulher chegou a passar por três cirurgias, mas o sangramento não cessava. Contudo, sem nenhuma intervenção médica, e após pedir a intercessão de Irmã Dulce, a hemorragia subitamente parou e a paciente se recuperou”, acrescenta o site de notícias brasileiro.
Segundo o site das Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID), “a freira baiana foi coroada como a primeira beata nascida na Bahia e passou a se chamar Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa litúrgica”.
A Beata Irmã Dulce nasceu em Salvador (BA), no dia 26 de maio de 1914 e faleceu em 22 de maio de 1992 no convento Santo Antônio, junto dos doentes que ela cuidava. Seus restos mortais foram levados a uma capela dentro do Santuário dedicado à devoção da futura santa, localizado no bairro do Bonfim, na capital baiana.
ACI Digital

Vaticano confirma: Irmã Dulce será canonizada

Praça de São Pedro. Foto: ACI Prensa
Vaticano, 14 Mai. 19 / 09:51 am (ACI).- O Papa Francisco aprovou os decretos que reconhecem os milagres que permitirão a canonização de duas beatas, uma delas é a brasileira Beata Irmã Dulce, e a beatificação de uma Serva de Deus.
As novas santas são Giuseppina Vannini, fundadora das Filhas de São Camilo, nascida em Roma em 7 de julho de 1859 e falecida na capital italiana em 23 de fevereiro de 1911; e Dulce Lopes Pontes, religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, a Beata Irmã Dulce nasceu em Salvador em 26 de maio de 1914 e ali faleceu em 22 de maio de 1992.
A nova Beata é Lucia da Imaculada, irmã professa do Instituto das Servas da Caridade; nascida em Acquate (Itália) em 26 de maio de 1909 e falecida em Brescia (Itália) em 4 de julho de 1954.
O Pontífice aprovou estes decretos na segunda-feira, 13 de maio, após uma reunião com o Cardeal Angelo Becciu, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Além disso, aprovou cinco outros decretos que reconhecem as virtudes heroicas dos seguintes Servos de Deus, incluindo um brasileiro:
-Giovanni Battista Pinardi, Bispo titular de Eudossiade e Bispo auxiliar de Turim, nascido em Castagnole Piemonte (Itália) em 15 de agosto de 1880 e falecido em Turim em 2 de agosto de 1962.
-Carlo Salerio, sacerdote do Instituto das Missões Exteriores de Paris, Fundador do Instituto das Irmãs da Reparação; nascido em Milão (Itália) em 22 de março de 1827 e falecido em 29 de setembro de 1870.
-Domenico Lázaro Castro, sacerdote professo da Sociedade Maria; nascido em San Adrian de Juarros (Espanha) em 10 de maio de 1877 e falecido em Madri em 22 de fevereiro de 1935.
-Salvador Pinzetta, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; nascido em Casca, no Rio Grande do Sul (Brasil) em 27 de julho de 1911 e falecido em Flores da Cunha (RS) em 31 de maio de 1972.
-Maria Eufrasia Iaconis, fundadora da Congregação das Filhas da Imaculada Conceição; nascida em Casino de Calabria, hoje Castelsilano (Itália) em 18 de novembro de 1867 e falecida em Buenos Aires (Argentina) em 2 de agosto de 1916.
ACI Digital

segunda-feira, 13 de maio de 2019

13 de maio: Igreja celebra Nossa Senhora de Fátima

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- No dia 13 de maio se celebra em todo mundo a Festa de Nossa Senhora de Fátima, em memória de sua primeira aparição aos pastorinhos nas colinas da Cova da Iria (Portugal) em 1917.

“Não tenham medo. Não lhes faço mal”, disse a Virgem Maria naquela ocasião aos três pastorinhos, Lúcia, Jacinta e Francisco, que contemplavam uma senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol.
Depois de dizer-lhes, entre outras coisas, que vinha do céu e de pedir que voltassem àquele lugar seis meses seguidos, nos dias 13 à mesma hora, a Mãe de Deus lhes perguntou:
“Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica, pela conversão dos pecadores?”.
Os pequenos responderam que sim, queriam, e a Virgem advertiu que teriam que sofrer muito, mas que a graça de Deus os fortaleceria.
A Senhora abriu suas mãos e lhes comunicou uma luz que os invadiu. Caíram de joelhos e repetiram humildemente: “Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, Meu Deus, eu te amo no Santíssimo Sacramento”.
A Virgem de Fátima finalmente lhes disse: “Rezem o terço todos os dias para alcançar a paz do mundo e o fim da guerra”. Logo elevou-se ao céu.
Nos seguintes meses, as crianças foram ao lugar onde a Virgem os chamava e em sua última aparição ocorreu o chamado milagre do sol, visto por centenas de pessoas. Não muito tempo depois, Francisco e Jacinta faleceram com dolorosas enfermidades. Lúcia, a última vidente, se fez carmelita de clausura e faleceu em 2005.
Com o tempo a Igreja reconheceu as aparições milagrosas e a devoção à Virgem de Fátima se expandiu por todo mundo.
São João Paulo II, conforme o pedido da Virgem consagrou a Rússia e o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria e beatificou Jacinto e Francisca no ano 2000 com a presença de Irmã Lúcia, que faleceu em 2005 e agora segue o seu processo de beatificação.
O Papa Francisco também consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração da Virgem Maria, em outubro de 2013, na presença de mais de cem mil fiéis na Praça de São Pedro, reunidos em torno da imagem original da Virgem de Fátima.
“Nossa Senhora de Fátima, com renovada gratidão pela tua presença materna, unimos a nossa voz àquela de todas as gerações que te chamam beata”, disse o Santo Padre, pedindo em seguida: “Protege a nossa vida entre os teus braços”.
Em 13 de maio 2015, ao final da Audiência Geral de quarta-feira, Francisco também recordou o dia de Nossa Senhora de Fátima e, na saudação aos fiéis de língua portuguesa, convidou-os “a multiplicar os gestos diários de veneração e imitação da Mãe de Deus”.
“Confiem-lhe tudo aquilo que são, tudo aquilo de têm; e assim serão capazes de ser um instrumento da misericórdia e da ternura de Deus para seus familiares, vizinhos e amigos”, completou.
Mais informação no nosso especial sobre a Virgem de Fátima:
ACI Digital

domingo, 12 de maio de 2019

Terceiro Segredo de Fátima: como interpretar

Redação (09-05-2019, Gaudium Press) É impossível, quando se prepara para mais um aniversário das aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos em Fátima, não vir à mente a ideia do Segredo de Fátima.
Terceiro Segredo de Fátima- como interpretar-Foto Arquivo GaudiumPress.jpg
Logo no início destas cogitações surge a pergunta: por que "segredos"?
E a esta pergunta outras mais vão surgindo: Por que são três? Por que mostrar o inferno? Como interpretar cada segredo?
Geralmente é sobre o "terceiro segredo" que as atenções mais se voltam: por que?
Será que é porque demorou mais para ser revelado?
Três Segredos? 
Na verdade, não são três "segredos" e... nem segredos são:
o que Nossa Senhor deixou para os três pastorinhos foi uma Mensagem composta por três partes.
A terceira parte do Mensagem de Fátima foi revelada em 13 de julho de 1917 aos três pastorinhos na Cova da Iria e transcrita pela Irmã Lúcia em 3 de janeiro de 1944.
Ela foi publicada pelo Secretário de Estado, Cardeal Angelo Sodano, em 13 de maio de 2000. Há quase 20 anos.
Respostas a más interpretações
Em resposta a más interpretações do "terceiro segredo" de Fátima que algumas pessoas associam a um "caos apocalíptico", o então Cardeal Joseph Ratzinger, que era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e agora é o Papa Emérito Bento XVI, explicou o sentido do texto e como pode servir para compreender e viver melhor o Evangelho.
Figuras e interpretações do Cardeal
As mensagens transmitidas pela Virgem Maria exortam ao arrependimento, à conversão, à oração e à penitência como meios de reparação pelos pecados.
Segundo o Cardeal, o chamado à penitência é uma exortação à compreender os sinais dos tempos e à conversão. A penitência também é a resposta a um determinado momento histórico caracterizado por grandes dificuldades.
No segredo, há um elemento que se refere a um "anjo com a espada de fogo". Para o Cardeal, este elemento não é fantasia: refere-se às armas de fogo, que o próprio homem inventou.
Outro elemento da visão é a força que se opõe à destruição: o esplendor da Mãe de Deus, que vem da penitência. Isto significa que a penitência e a oração têm o poder de mudar as predições para o bem.
O melhor exemplo, afirma Ratzinger, é que o Papa João Paulo II sobreviveu ao atentado de 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro, embora o segredo previsse a sua morte.
Sobre os três elementos que aparecem no segredo (uma montanha íngreme, uma grande cidade em meio a ruínas e uma grande cruz de troncos rústicos), Ratzinger assinala que a montanha é o caminho difícil que o homem deve atravessar e a cidade em ruínas representa as desgraças que o próprio homem causou com as guerras.
Em cima da montanha está a cruz, o objetivo final, onde a destruição se transforma em salvação. Por isso, esses símbolos têm um sentido de esperança.
O Bispo vestido de branco (o Papa) terá que subir essa montanha e atravessar a cidade em ruínas. O Papa precede os outros, cujo caminho também passa em meio aos cadáveres. Bento indica que a passagem do Papa simboliza o caminho da Igreja em meio à violência, às destruições e às perseguições.
Interpretação
"Na visão, podemos reconhecer o século passado como século dos mártires, como século dos sofrimentos e das perseguições contra a Igreja, como o século das guerras mundiais e de muitas guerras locais que encheram toda a sua segunda metade e fizeram experimentar novas formas de crueldade. No ‘espelho' desta visão vemos passar as testemunhas de fé de decênios".
Esta parte do segredo termina com um sinal de esperança: nenhum sofrimento é em vão. Porque o sangue dos mártires purifica e renova. Disto surgirá uma Igreja triunfante. O sangue derramado na cruz também representa a vivência atual do sofrimento de Cristo e da promessa de salvação.
Terceiro Segredo de Fátima como interpretarsegredo1Foto Arquivo Gaudium Press.jpg
Terceira Parte da Mensagem de Fátima
Este é o Terceiro Segredo de Fátima, escrito pela Irmã Lúcia:
"Escrevo em ato de obediência a Vós Deus meu, que me mandais por meio de sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos em uma luz imensa que é Deus: "algo semelhante a como se veem as pessoas em um espelho quando lhe passam por diante" um Bispo vestido de Branco "tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre". Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns após outros os Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições.
Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal na mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus".(JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com ACI Digital)

III Domingo da Páscoa: Encontrar Jesus na Missão

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Os discípulos fazem a experiência do encontro com o Ressuscitado de vários modos: no caminho, na Palavra anunciada, no Pão partilhado e na comunidade reunida em oração, assim como na pesca milagrosa e na ceia que a sucede (Jo 21,1-19). A missão, simbolizada pela pesca, é lugar do encontro com Cristo. Esta passagem nos leva a reconhecer a presença de Jesus na vida cotidiana, enquanto trabalhamos e quando cumprimos a missão de fazer discípulos através do anúncio a Boa Nova. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus promete estar sempre com eles até o fim. Ele cumpre a sua Palavra, revelando-se em meio aos desafios da missão, conforme nos sugere o texto meditado. Na liturgia e na vida do dia a dia, somos convidados a reconhecer que ele está no meio de nós, como fez o discípulo amado, ao dizer: “É o Senhor!” (Jo 21,7).
A cena do banquete se assemelha àquela de Emaús (Lc 34,34), momento privilegiado para os discípulos reconhecerem a presença do Senhor. A refeição é preparada pelo próprio Jesus; o pão e o peixe são distribuídos por ele (Jo 21,12-13), sendo, portanto, dom ofertado, graça recebida. Por fim, o diálogo entre Jesus e Pedro evoca a tríplice negação ocorrida durante a Paixão. Diante do amor demonstrado por Simão Pedro, Jesus lhe confia o cuidado das suas ovelhas. Ao prolongar a missão do Bom Pastor, Pedro irá assemelhar-se a ele, através da doação da própria vida, conforme indica a conclusão do diálogo (Jo 21, 19). Simão Pedro se torna também a figura exemplar do discípulo, cuja característica fundamental é o amor até a doação total. Ele estava respondendo novamente ao “segue-me” pronunciado por Jesus no início do seu discipulado.
Com o Apocalipse (Ap 5,11-14), nós proclamamos a vitória de Cristo, o Cordeiro imolado e ressuscitado. Diante dele, somos convidados a manifestar “o louvor e a honra, a glória e poder para sempre” (Ap 5,13). Seja o nosso louvor pascal manifestado com os lábios, o coração e a vida!
Continuemos a rezar pela Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que está acontecendo em Aparecida – SP, a ser concluída na próxima sexta feira, 10 de maio. Nela, estão sendo aprovadas as novas Diretrizes para a ação evangelizadora da Igreja no Brasil, que estarão em vigor durante quatro anos. Tão logo sejam publicadas, estaremos acolhendo as novas Diretrizes através do processo de planejamento pastoral da Arquidiocese de Brasília, a ser concluído com a Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, no próximo ano, envolvendo paróquias, pastorais e movimentos eclesiais. Neste mês mariano, confiemos a N. Sra Aparecida, a vida e a missão da Igreja no Brasil, rezando especialmente pela nossa Arquidiocese, neste Ano Jubilar.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Dia das Mães

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Mai. 19 / 06:00 am (ACI).- Neste segundo domingo do mês de maio, é celebrado o Dia das Mães, aquelas mulheres a quem “cada pessoa humana deve a vida” e quase sempre também “muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual”, como disse o Papa Francisco em uma Catequese sobre as mães em janeiro de 2015.

“As mães – disse o Pontífice naquela ocasião – são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer”.
Entretanto, essas mesmas mães muitas vezes não são escutadas e são pouco ajudadas na vida cotidiana, contrapôs o Papa, ressaltando que em certos casos “mesmo na comunidade cristã, a mãe nem sempre é valorizada, é pouco ouvida”.
“No entanto, no centro da vida da Igreja está a Mãe de Jesus”, declarou Francisco, destacando o papel da Virgem Maria, a Mãe de Deus e nossa Mãe.
Nesse sentido, o Papa ainda acrescentou que uma sociedade sem mães seria desumana, pois elas sabem testemunhar sempre “a ternura, a dedicação, a força moral”, além de transmitirem “o sentido mais profundo da prática religiosa”, com as primeiras orações, gestos de devoção.
“E a Igreja é mãe – completou o Papa – é nossa mãe! Nós não somos órfãos, temos uma mãe! Nossa Senhora, a mãe Igreja e a nossa mãe”.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF