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terça-feira, 6 de agosto de 2019

05-08-2019: Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- A Basílica de Santa Maria Maior é a mais ampla dedicada à Virgem Maria em Roma. Foi construído depois do Concílio de Éfeso (431), no qual Nossa Senhora foi proclamada Mãe de Deus.

O Papa Sisto III mandou erguer o templo no monte Esquilino e, todo dia 5 de agosto, celebra-se a consagração desta famosa igreja, a mais antiga no Ocidente dedicada à Virgem.
Durante séculos, a Basílica de Santa Maria Maior foi embelezada e adornada. Os mosaicos da área próxima ao altar e as paredes da nave estão entre os mais refinados de Roma e representam cenas da vida da Virgem Maria. O teto é decorado com o primeiro ouro que Colombo levou da América.
Neste Basílica se encontra também uma imagem mariana com o título de Virgem Maria, salvadora do povo romano, ou “Salus Populi Romani”, que em várias situações de grande necessidade foi levada em procissão. Em uma ocasião, acabou com uma praga em Roma.
São João Paulo II, desde o início de seu pontificado, quis que uma lâmpada estivesse acesa sob este ícone mariano como sinal de sua grande devoção.
O Papa Francisco, antes de embarcar em uma viagem internacional e ao retornar para a Itália, dirige-se à Basílica de Santa Maria Maior, deixa um buquê de flores aos pés da imagem de Marian e se detém em um momento de oração.
A Basílica é também conhecida como a Igreja de Santa Maria das Neves por um milagre que ocorreu vinculado a esta devoção; como Basílica da Liberiana, em memória do Papa Libério, que foi quem a consagrou; e como Igreja de Igreja da Santa Maria da Manjedoura, porque, segundo a tradição, ali se conserva um fragmento da manjedoura do Menino Jesus, trazido por Santa Helena.
Em Roma, existem quatro Basílicas maiores de grande importância para a história e riqueza espiritual. Santa Maria Maior é uma delas. As outras três são a Basílica de São João de Latrão, a Basílica de São Pedro e a Basílica de São Paulo Extramuros.
ACI Digital

05-08-2019: Nossa Senhora das Neves

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Ago. 19 / 06:00 am (ACI).- Segundo a tradição, por volta do século IV, um casal piedoso que morava em Roma tinha sido abençoado por sua formação cristã e muitos bens materiais. No entanto, não tinham filhos com quem compartilhar esses dons.

Durante anos, rezaram para que o Senhor os abençoasse com um filho, para quem deixar toda a herança, mas não obtinham nenhum resultado. Finalmente, decidiram nomear Nossa Senhora como herdeira e pediram com grande fervor que ela os guiasse.
Em resposta, a Mãe de Deus apareceu a eles na noite de 4 de agosto – em pleno verão – e lhes disse que desejava que fosse construída uma Basílica no Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma, no local onde ela indicaria enviando neve. Da mesma forma, a Virgem Maria apareceu ao Papa Libério com uma mensagem semelhante.
Em 5 de agosto, enquanto o sol de verão brilhava, a cidade ficou admirada ao ver um terreno com neve no Monte Esquilino. O casal foi feliz para ver o que havia acontecido e o Sumo Pontífice fez o mesmo em solene procissão.
A neve cobria o espaço que deveria ser usado para construir o templo e desapareceu depois. O Papa Libério colocou as primeiras fundações da Basílica no perímetro que ele próprio desenhou e o casal contribuiu com o financiamento da construção.
Mais tarde, após o Concílio de Éfeso, no qual Maria foi proclamada como Mãe de Deus, sobre a Igreja precedente, o Papa Sisto III construiu a atual Basílica de Santa Maria Maior. Com o tempo, foram feitas renovações, restaurações, ampliações e novas construções, mas tudo em honra à Santíssima Virgem.
ACI Digital

domingo, 4 de agosto de 2019

Porque agosto é o mês das vocações?

Em 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como sendo o Mês Vocacional.
Aqui no Brasil, já virou tradição dedicar o mês de agosto à oração, reflexão e ações nas comunidades sobre o tema das vocações.
O objetivo principal é o de conscientização das comunidades a respeito da responsabilidade que compartilham no processo vocacional.
Vocação é uma palavra derivada do verbo latino vocare que significa chamar.  Portanto, é a resposta humana a um chamado divino.
Ao longo do mês, cada semana é dedicada à celebração de uma determinada vocação, sendo assim:
1ª Semana: vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos;
2° Semana: vocação para a vida em família (atenção especial aos pais);
3° semana: vocação para a vida consagrada: religiosos (as) e consagrados (as) seculares;
4ª semana: vocação para os ministérios e serviços na comunidade;
Último domingo de agosto: Dia Nacional do Catequista.

Em meio ao Ano Jubilar dos 60 anos de Brasília, possamos viver o mês vocacional motivados com o lema “O amor de Cristo nos Impele” (2 Cor 5,14)

Texto base CNBB
Arquidiocese de Brasília

18° Domingo do Tempo Comum: CUIDADO CONTRA A GANÂNCIA

O Evangelho proclamado neste Domingo inicia-se e termina com uma advertência a respeito da ganância e da acumulação de bens materiais. “Tomai cuidado contra todo tipo de ganância”, afirma Jesus (Lc 12,15). A parábola sobre o homem que acumulava bens materiais, pensando em ter segurança e felicidade, leva-nos a refletir sobre a posse e o consumo de bens. Infelizmente, a parábola do homem que acumulava bens retrata o que se passa no mundo de hoje. Difunde-se, sempre mais, que para ser feliz e ter um futuro tranquilo é necessário ter muitos bens e consumir sempre mais, ao contrário do que afirma a Palavra de Deus.   “A vida do homem não consiste na abundancia de bens”, como muitos pensam e agem em nossos dias. É preciso cuidar para não “ajuntar tesouros para si mesmo”, ao invés de ser “rico diante de Deus” (Lc 12,13-21). Quando isso ocorre, a vida fica sem seu sentido maior.
O Eclesiastes expressa bem a incapacidade do homem de encontrar sentido da vida, por si mesmo, fechado neste mundo. A constatação de que “tudo é vaidade” (Ecl 1,2) revela a fragilidade da condição humana e a provisoriedade da vida presente, assim como a importância de se encontrar em Deus o sentido da vida. Quando o dinheiro passa a ocupar o lugar de Deus, transforma-se num ídolo que escraviza e torna o homem insensível à palavra de Deus e ao próximo
Perante os bens materiais é preciso ter uma postura de sobriedade e justiça. De fato, cada pessoa humana e cada família têm direito aos bens necessários para viverem dignamente. Inúmeras pessoas, em condições precárias de vida, se veem obrigadas a redobrarem os esforços para o digno sustento de sua família. Entretanto, há muitos que se deixam levar pela ganância, acumulação e consumo desenfreado de bens materiais, ignorando as exigências do Evangelho.
São Paulo nos convida a uma vida nova, à imagem de Deus, “pois pelo batismo ressuscitamos com Cristo, morrendo para o pecado e nascendo de novo. Para tanto, é preciso esforçar-nos para corresponder à graça recebida. Para cada cristão, é tarefa permanente despojar-se do “homem velho” e “revestir-se do “homem novo”, que “se renova segundo a imagem do seu Criador (Col 3,10), com as consequências práticas indicadas por São Paulo.
Assim fazendo, possamos glorificar a Deus na Eucaristia e na vida cotidiana, encontrando sempre em Deus o refúgio nas provações, conforme rezamos com o salmista (Sl 89): “Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nos”.
Neste Mês Vocacional, procuremos refletir sobre o modo como estamos vivendo a nossa vocação cristã.  Neste primeiro domingo, rezemos, de modo especial, pelas vocações sacerdotais, agradecendo e suplicando a Deus pelos nossos sacerdotes.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

sábado, 3 de agosto de 2019

Em agosto, poderia ver cair do céu as “lágrimas de São Lourenço”

Chuva de meteoros das Perseidas em 2009. Foto: NASA/JPL
REDAÇÃO CENTRAL, 03 Ago. 19 / 06:00 am (ACI).- Olhar as estrelas poderia não ser a primeira coisa que vem à mente de um católico quando pensa em São Lourenço, que foi martirizado pelos romanos em uma grelha.
Mas, no mês de agosto, com frequência, os católicos têm a oportunidade de ver uma chuva de meteoros que leva o nome em honra a este santo.
As Perseidas, também chamadas as “lágrimas de São Lourenço”, são uma chuva de meteoros associados ao cometa Swift-Tuttle, que libera poeira e detritos na órbita terrestre durante sua órbita de 133 anos ao redor do sol.
O cometa em si mesmo não apresenta uma ameaça imediata à terra, pelo menos não durante vários milhares de anos.
Enquanto a Terra orbita o sol, atinge pedaços de detritos deixados pelo cometa, fazendo com que queimem na atmosfera do planeta.
Isso causa uma prolífica chuva de meteoros que pode ser vista com mais clareza no hemisfério norte, do final de julho até meados de agosto, com um pico habitual por volta do dia 10 de agosto, Festa de São Lourenço.
Durante este pico, a taxa de meteoros alcança 60 ou mais por hora.
O nome Perseidas vem do ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação Perseu, chamada assim por causa de um personagem da mitologia grega.
O nome “lágrimas de São Lourenço” surgiu pela associação com a festividade e as lendas que foram construídas após a morte do santo.
São Lourenço foi martirizado no dia 10 de agosto de 258, em meio à perseguição do imperador romano Valentino, junto com outros membros do clero católico de Roma. O santo foi o último dos sete diáconos a morrer.
Depois que o Papa Sisto II foi martirizado em 6 de agosto, Lourenço se tornou a principal autoridade na Igreja em Roma, tendo sido tesoureiro da Igreja.
Quando foi convocado diante do carrasco, foi ordenado que trouxesse todas as riquezas da Igreja com ele. Apresentou-se com alguns aleijados, pobres e enfermos. Quando foi interrogado, respondeu que “estes são a verdadeira riqueza da Igreja”.
São Lourenço foi imediatamente enviado à sua morte, sendo queimado vivo em uma grelha. A lenda sustenta que algumas de suas últimas palavras foram uma brincadeira sobre o método de sua execução, pois disse aos seus assassinos: “Vira-me, que já estou bem assado deste lado”.
Os católicos começaram a chamar a chuva de meteoros de “lágrimas de São Lourenço”, embora o fenômeno celestial preceda a vida e morte do santo.
Algumas tradições italianas sustentam que os pedaços ardentes dos detritos vistos durante a chuva de meteoros representam os carvões que mataram São Lourenço.
Qualquer pessoa no hemisfério norte deve poder ver as “lágrimas de São Lourenço”, especialmente em 13 de agosto. Os meteoros cairão a partir de diferentes pontos do céu e não a partir de uma determinada direção.
Para uma melhor visão, recomenda-se ir a uma zona rural, longe da contaminação de luz.
ACI Digital

02-08-2019: São Pedro Julião, apóstolo da Eucaristia

REDAÇÃO CENTRAL, 02 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 2 de agosto São Pedro Julião Eymard, conhecido como o Apóstolo da Eucaristia e fundador dos Sacerdotes, das Servas e da Arquiconfraria do Santíssimo Sacramento.

Pedro Julião nasceu na França em 1811, trabalhou desde muito jovem com seu pai e, em suas horas livres, estudava latim e recebia alunas de um sacerdote. Mais tarde, ingressou no seminário e em três anos foi ordenado sacerdote.
Com a permissão de seu bispo, ingressou na Companhia dos Maristas. O centro de sua vidaespiritual sempre foi a devoção ao Santíssimo Sacramento e, aos poucos, foi aprofundando a ideia de glorificá-lo.
Decidiu retirar-se da Companhia de Maria e fundou a Congregação dos Sacerdotes adoradores do Santíssimo Sacramento. Em seguida, iniciou as Servas do Santíssimo Sacramento e a Liga Eucarística Sacerdotal. Do mesmo modo, organizou a Arquiconfraria do Santíssimo Sacramento. Também escreveu várias obras sobre a Eucaristia.
“É um santo”, dizia São João Maria Vianney sobre Pedro Julián. “O mundo se opõe a sua obra porque não a conhece, mas se trata de uma obra que alcançará grandes coisas para a glória de Deus. Adoração Sacerdotal, que maravilha!... Diga ao Pe. Eymard que pedirei diariamente por sua obra”, afirmou o Cura d’Ars.
Depois de um longo período de sofrimento por causa de diversas enfermidades e de ter levado com coragem as dificuldades de impulsionar obras religiosas para a salvação das almas, São Pedro Julião partiu para a Casa do Pai em 1º de agosto de 1868. Foi canonizado em 1962 por São João XXIII.
ACI Digital

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

São Pedro Fabro, discípulo de Santo Inácio de Loyola

REDAÇÃO CENTRAL, 02 Ago. 19 / 06:00 am (ACI).- Pedro Fabro nasceu em 13 de abril de 1506, em Saboya, França. Era o mais velho de uma família devota e moderadamente próspera, que vivia do campo e do pastoreio. Aos dezesseis anos, foi enviado para estudar em La Roche, sob os cuidados de Pierre Veillard, um santo e erudito sacerdote que exerceu uma grande influência sobre ele.

Em 1525, ingressou no Colégio de Montaigu, na Universidade de Paris, mas logo se transferiu para Santa Bárbara, onde compartilhou alojamento com São Francisco Xavier, com o qual conheceria Santo Inácio de Loyola.
As dúvidas e tentações sobre seu futuro preocuparam Fabro, mas, aconselhador por Inácio, fez a primeira semana dos “Exercícios Espirituais” e superou seus problemas, tornando-se em seu primeiro discípulo em Paris.
Em 1530, recebeu o grau de bacharel e licenciado em Artes e começou seis anos de estudo intermitente de teologia. No começo de 1534, fez os Exercícios Espirituais completos, sob a orientação de Inácio, penetrando neles tão profundamente que, mais tarde, Inácio o considerou o melhor diretor de Exercícios, entre todos os seus companheiros.
Ordenou-se em maio e celebrou sua primeira Missa (15 de agosto de 1534) em Montmartre, onde Santo Inácio e seus outros companheiros fizeram votos de pobreza, castidade e obediência e de trabalhar apostolicamente na Terra Santa.
Depois, Fabro teria um papel muito ativo na obtenção da aprovação da Companhia de Jesus por parte do Papa Paulo III. Morreu em 1º de agosto de 1546, em Roma, como teólogo pontifício. Foi beatificado por Pio IX, em 1872, e sua festa é celebrada em 2 de agosto.
Sabe-se que tinha um extraordinário dom para a amizade. Em toda parte, sua simplicidade e simpatia, junto com um sólido conhecimento, despertaram o amor de Deus naqueles de que tratava e preparava o caminho para a nascente Companhia de Jesus.
O primeiro jesuíta alemão, Pedro Canísio, dizia que ele “nunca havia encontrado um teólogo mais profundo ou um homem de tão impressionante santidade... todas as suas palavras estavam cheias de Deus”.
Isso se refletiria em seu Memorial, seu diário espiritual, escrito principalmente entre junho de 1542 e maio de 1545. Depois dos Exercícios Espirituais e das Constituições, o Memorial de Fabro é o documento considerado mais preciso da espiritualidade da Companhia de Jesus.
Seu propósito era relatar as graças divinas que recebeu, para discernir melhor a direção do Espírito que o guiava. Infelizmente, o manuscrito permaneceu inédito durante três séculos.
Sua vida demonstra como o carisma original dos jesuítas foi recebido, refletido e irradiado por uma personalidade considerada mais simples e menos profunda, e mais alegre e menos austera do que a de seu fundador principal, Santo Inácio.
Em 17 de dezembro de 2013, o Papa Francisco, com sua autoridade de  Pontífice, inscreveu no livro dos Santos o sacerdote jesuíta Pedro Fabro.
Mais tarde, em 3 de janeiro de 2014, ao presidir a Missada Festa do Santo Nome de Jesus, na Igreja de Jesus, em Roma, o Santo Padre assinalou que “Fabro sentia-se arder pelo desejo intenso de comunicar o Senhor”.
“Se nós não tivermos o seu mesmo desejo, então precisamos de nos deter em oração e, com fervor silencioso, pedir ao Senhor, por intercessão do nosso irmão Pedro, que nos fascine de novo: aquele fascínio do Senhor que levava Pedro a todas estas ‘loucuras’ apostólicas”.
ACI Digital

Um príncipe que deixou tudo para ser sacerdote

RECIFE, 02 Ago. 19 / 07:00 am (ACI).- Hoje a Igreja na Polônia comemora o Beato Augusto Czartoryski, salesiano de Dom Bosco que preferiu o sacerdócio em vez de continuar sua vida aristocrática como príncipe e membro da nobreza.

Diz-se que São Rafael Kalinowski e São João Bosco tiveram grande influência sobre este beato de origem polonesa.
Augusto nasceu no exílio, em 2 de agosto de 1858, em Paris (França). Seus pais foram o príncipe polonês Ladislao Czartoryski e a duquesa espanhola María Amparo Muñoz y Borbón.
Naquela época, a Polônia era um país fragmentado e distribuído, desde 1795, entre as grandes potências mundiais. A família de Augusto sonhava com o renascimento de sua pátria e tinha esperanças de que seu filho ajudasse nesta causa a partir de sua posição econômica.
No entanto, o futuro beato logo percebeu que não era feito para a vida na corte e, aos 20 anos, escreveu ao seu pai que estava cansado da vida mundana, sobretudo das festas e banquetes.
Seu professor, Rafael Kalinowski – canonizado por São João Paulo II em 1991 –, que lhe ensinou por um período de três anos, contribuiu em seu discernimento vocacional.
Entretanto, o acontecimento decisivo foi o encontro com Dom Bosco, em Paris, aos 25 anos. O fundador dos salesianos celebrava uma Missa e Augusto o ajudava no altar.
A partir de então, viu Dom Bosco como modelo de santidade e reforçou sua vocação à vida religiosa como salesiano.
No entanto, Dom Bosco sempre teve uma atitude de grande cautela quanto à aceitação do príncipe na congregação. O Papa Leão XIII resolveu a dúvida e pediu que o jovem nobre fosse aceito e pertencesse aos salesianos "até a morte".
Depois de anos de preparação e da morte de Dom Bosco, o príncipe Czartoryski emitiu seus votos como salesiano. Em 2 de abril de 1892, foi ordenado sacerdote.
Devido a uma doença, a vida sacerdotal de Augusto durou apenas um ano, no município italiano de Alassio.
O Cardeal Cagliero resume assim o último período de vida do jovem sacerdote: “Ele não era mais deste mundo! Sua união com Deus, a perfeita conformidade com a vontade divina na doença agravada, o desejo de conformar-se a Jesus Cristo nos sofrimentos e aflições, fizeram dele heroico na paciência, calmo no espírito e invencível, mais do que na dor, no amor de Deus".
Augusto morreu em 8 de abril de 1893, sentado na poltrona que Dom Bosco havia usado.
Na lembrança da primeira Missa que celebrou, estava escrito um fragmento do Salmo 83: “Para mim, um dia em vossos átrios vale mais que milhares fora deles. Felizes os que habitam em vossa casa, Senhor: aí eles vos louvam para sempre”. 
Seus restos mortais foram transportados para a Polônia e enterrados na cripta paroquial de Sieniawa, ao lado dos túmulos de sua família, onde um dia Augusto tinha feito sua primeira comunhão.
Foi beatificado por São João Paulo II em 25 de abril de 2004.
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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos Redentoristas

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 1º de agosto a memória litúrgica de Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja por seus escritos sobre moral e fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos como Redentoristas.

Este santo italiano, natural de Nápoles, na Itália, escreveu “A Prática do Amor a Jesus Cristo”, “Preparação para a Morte”, “Glórias de Maria”, sendo “Teologia Moral” a obra que influenciou na formação do clero por muitos anos.
Santo Afonso pregava com simplicidade e ensinava seus missionários que “um sermão sem lógica é disperso e falta sabor. Um sermão pomposo não chega à massa. De minha parte, posso dizê-los que jamais preguei um sermão que a mulher mais simples não pudesse entender”.
Entre suas frases conhecidas está: “Não existem pessoas fracas e pessoas fortes espiritualmente, mas as pessoas que não rezam e as pessoas que sabem rezar”.
Bento XVI explicou aos fiéis em um dia como hoje, em 2012, que este santo “nos recorda que relação com Deus é essencial na nossa vida. Sem ela, falta-nos a relação fundamental”. Lembra também que “Deus criou-nos por amor, para nos poder doar a vida em plenitude”.
Santo Afonso fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, com a qual tinha o objetivo de evangelizar nas regiões de população abandonada. Seu trabalho refletia a sua forma de viver, marcado pela bondade, simplicidade e caridade.
O santo faleceu aos 90 anos, na noite de 31 de julho para 1º de agosto de 1787. Foi canonizado em 1839 e declarado Doutor da Igreja em 1871.
Santo Afonso, cujo nome significa “pronto para o combate”, é representado com o crucifixo, os livros, o rosário ou a figura da Santíssima Virgem Maria, a quem tinha uma profunda devoção.
Sua congregação dos Redentoristas chegou ao Brasil em 1894. Hoje, há cerca de 600 missionários espalhados em 25 estados e no Distrito Federal. Desenvolve amplo trabalho evangelizador, fazendo-se presentes em diversas frentes missionárias, como: casas de formação, missões estrangeiras, área acadêmica, comunicações, missões itinerantes, paróquias e santuários, entre os quais, o de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), e o do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO).
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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus


REDAÇÃO CENTRAL, 31 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 31 de julho é a festa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, conhecida como os jesuítas, ordem que desempenhou um papel importante na contrarreforma. O santo mestre dos discernimentos de espíritos é também padroeiro dos exercícios espirituais, dos retiros e dos soldados.

O processo de conversão de Santo Inácio começou ao ler o livro ‘Vida de Cristo’, assim como ‘Flos sanctórum’. Ao refletir sobre essas leituras e a vida dos santos, questionava-se a si mesmo: “E se eu fizesse o mesmo que São Francisco ou São Domingos?”.
São João Paulo II assinalava que Inácio “soube obedecer quando, recuperando-se das suas feridas, a voz de Deus pulsou com força no seu coração. Foi sensível às inspirações do Espírito Santo”.
“Ad Majorem Dei Gloriam”, que significa em latim “Para a maior glória de Deus” foi o lema com o qual o santo mais se identificou, assim como “Rogue a Deus por todos os que como tu desejamos estender o Reino de Cristo, e fazer amar mais o nosso Divino Salvador”.
Uma das grandes obras deixadas por Santo Inácio é o livro ‘Exercícios Espirituais’. O Papa Pio XI indicou em uma oportunidade que o método inaciano de oração “guia o homem pelo caminho da própria abnegação e do domínio dos maus hábitos para os mais altos cumes da contemplação e o amor divino”.
O Papa Francisco, o primeiro Pontífice jesuíta na história da Igreja, ao celebrar a festa do seu fundador em 2013, refletiu e recordou a seus irmãos da Companhia o lema que os identifica ‘Iesus Hominum Salvator’, que os chama a ter sempre como centro Cristo e a Igreja, a quem devem servir.
Santo Inácio morreu no dia 31 de julho de 1556. Paulo V o beatificou em 1609 e foi canonizado por Gregório XV em 1622. Na cidade de Roma (Itália), os restos mortais do santo são venerados na Igreja de Jesus

A vida de Santo Inácio de Loyola.


REDAÇÃO CENTRAL, 31 Jul. 19 / 06:00 am (ACI).- Neste dia em que se celebra a festa de Santo Inácio de Loyola, este artigo apresenta alguns dados que marcaram a vida de um dos santos mais famosos da Igreja, fundador da Companhia de Jesus e criador dos exercícios espirituais.
A seguir, alguns dados que todo católico deve saber sobre a vida deste santo:
1. Foi um nobre
Iñigo de Loyola (não adotaria o nome “Inácio” até depois de seus estudos em Paris) vinha de uma família nobre e antiga do País Basco.
Dessa família, um cronista escreveria mais tarde: “Os Loyola foram uma das famílias mais desastrosas que nosso país teve que suportar, uma dessas famílias bascas que portava um escudo de armas sobre sua porta principal, para justificar melhor os erros que eram o tecido e o padrão de sua vida”.
2. Foi libertino
A situação sociopolítica no País Basco feudal do século XVI, na parte mais ocidental dos Pirineus, era extremamente violenta. Como alguns nobres da época, Inácio era conflitivo, violento e vivia uma sexualidade irresponsável.
O soldado espanhol convertido em místico pode ser o único santo com antecedentes policiais de brigas noturnas (obviamente antes de sua conversão).
3. Quase morreu em batalha
Em 1519, aos 28 anos, Inácio exigiu que seu pequeno grupo de soldados lutasse contra uma força invencível de 12 mil tropas francesas em Pamplona, Espanha. Seu valor (ou obstinação) lhe rendeu uma bala de canhão nas pernas, que destroçou uma afetou gravemente a outra.
Os valores de cavaleiro que possuía eram tão elevados que resultaram em um longo período de convalescência na casa familiar Loyola. Este período mudou sua vida, e o mundo, para sempre.
4. Converteu-se ao catolicismo lendo livros espirituais
Enquanto convalescência, leu textos sobre a vida de Cristo e dos santos e decidiu imitá-los. Uma noite, apareceu-lhe a Virgem Maria com seu Filho e, desde então, colocou-se a servir ao Rei dos céus.
Um dado curioso é que antes da invenção de marcadores, copiou passagens da vida de Cristo e dos santos: as palavras de Jesus foram inscritas em vermelho e as de sua Santíssima Mãe em azul.
5. Sua congregação ia se chamar a “Companha de Maria”
Depois de sua conversão, a Virgem apareceu a ele em até trinta ocasiões. Foram tantas que Inácio quis chamar sua nova ordem originalmente “A Companhia de Maria”.
Logo que terminou sua convalescência, foi em peregrinação ao famoso santuário da Virgem de Montserrat, onde adotou o sério propósito de dedicar-se a fazer penitência por seus pecados. Mudou suas luxuosas vestes pelos de um mendigo, consagrou-se à Virgem Santíssima e fez confissão geral de toda sua vida.
6. Tornou-se um mendigo
Inácio pensou muito sobre os “espíritos” em sua vida: os espíritos que conduzem a Deus e os espíritos nascidos do diabo. Isso o estimulou a viver de uma maneira que os historiadores chamaram seu período de peregrinação.
Durante este tempo, estava decidido a renunciar aos prazeres mundanos. Vestiu-se com um pano de saco e colocou um sapato com sola de corda.
7. Quis converter muçulmanos
Logo depois de completar os exercícios espirituais, Inácio declarou: “Deus quer que converta os muçulmanos!”. Foi até a Terra Santa em 1523, onde pregava nas ruas energicamente e evangelizava a todos os que podia.
Apesar do entusiasmo, só ficou um ano, porque a presença dos maometanos o enfurecia. Regressou para a Espanha e estudou latim, lógica, física e teologia. Também evangelizava as crianças e organizava encontros.
8. Seus companheiros foram chamados “Diabos”
Os primeiros companheiros que teve na Companhia de Jesus, fundada em 1540, foram descritos como os Sete Diabos Espanhóis, não nesse momento, mas no século XIX por um historiador inglês.
Os companheiros (na verdade eram seis e nem todos eram espanhóis) tinha se encontrado com Inácio durante seus estudos em Paris e se reuniram em Roma para tornar-se o núcleo da futura Companhia. Em menos de um século, Inácio de Francisco Xavier seriam canonizados.
9. Quando morreu, já havia milhares de jesuítas
Inácio viveu seus últimos anos em um pequeno quarto de Roma. Dali, governou a Companhia de Jesus e foi testemunho de seu crescimento: de apenas 6 jesuítas em 1541, passaram a 10 mil em 1556, ano de seu falecimento.
Os jesuítas se espalharam por toda Europa, Índia e Brasil durante esses anos.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF