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sábado, 7 de setembro de 2019

Santa Regina, virgem e mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 07 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Regina é uma virgem mártir gaulesa (hoje França) que, apesar de não ser muito conhecida fora de seu culto particular, está presente em muitas representações artísticas.

O nome Regina significa “rainha” em latim, por isso, é chamada pelos franceses de Sainte Reine. Foi filha de uma cidadão pagão de Alise, chamado Clemente, no Condado de Borgonha. Sua mãe faleceu ao dá-la à luz e, por isso, Regina foi entregue a uma ama de leite cristã que a educou na fé a e a batizou.
Quando cresceu, sua beleza atraiu os olhares de um prefeito chamado Olibrio, que ao saber que era de nascimento nobre, quis se casar com ela. A santa se negou, embora seu pai tenha tentado convencê-la.
O prefeito, ao saber que era cristã, mandou colocá-la em uma prisão. Interrogou-a algumas vezes e descobriu que a jovem não renunciaria a Cristo, a quem havia consagrado sua virgindade.
Uma daquelas noites, recebeu em seu calabouço o consolo de uma visão da cruz, enquanto uma voz lhe dizia que sua libertação estava próxima. No dia seguinte, Olibrio ordenou que fosse torturada de novo e que fosse decapitada em seguida.
Segundo as Atas, em 7 de setembro do ano 251, foi executada. A tradição detalha que naquele momento apareceu uma pomba branquíssima que causou a conversão de muitos dos presentes.
A iconografia da mártir a representa com a palma do triunfo nas mãos, o machado ou a espada com a qual foi decapitada e, mais frequentemente, segurança as correntes que a aprisionaram e que são veneradas em Flavigny.
Às vezes, aparece uma pomba suspensa sobre sua cabeça em referência ao Espírito Santo que desceu sobre ela ou com uma ovelha ao seu lado, aludindo ao seu trabalho de pastora.
ACI Digital

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Retornar a Nazaré para redescobrir a verdadeira identidade da Igreja

Crianças moçambicanas a espera do Papa Francisco em frente à Catedral da Imaculada Conceição
Crianças moçambicanas a espera do Papa Francisco em frente à Catedral da Imaculada Conceição  (ANSA)
Este é o caminho indicado pelo Papa Francisco em Maputo no encontro com os bispos, o clero, os religiosos (as), os catequistas e os animadores

De Andrea Tornielli

Diante da crise de identidade vivida pelos sacerdotes religiosos e religiosas, o caminho é o de retornar para Nazaré. Isso é, "aos lugares onde fomos chamados e onde era evidente que a iniciativa e o poder eram de Deus".
O Papa Francisco, na Catedral de Maputo, acrescentou outra peça ao perfil de quem consagra a própria vida a Deus e ao serviço de seus irmãos. Ele fez isso comparando os dois anúncios de que Lucas fala nas primeiras passagens de seu evangelho: o de Zacarias, sacerdote e pai de João Batista, ocorrido no templo de Jerusalém, no lugar mais sagrado da cidade mais importante. E aquele a Maria, jovem mulher leiga, ocorrido em Nazaré, na pequena e remota cidadezinha da Galileia.
 "Às vezes", explicou o Papa, "sem querer, sem culpa moral, habituamo-nos a identificar a nossa atividade quotidiana de sacerdotes, religiosos, consagrados, leigos catequistas, etc., com certos ritos, com reuniões e colóquios, onde o lugar que ocupamos na reunião, na mesa ou na aula é de hierarquia; parecemo-nos mais com Zacarias do que com Maria".
Em vez disso, precisamente "a grandeza incomensurável do dom que nos é dado para o ministério relega-nos entre os menores dos homens". O padre, acrescentou Francesco, " é o mais pobre dos homens, se Jesus não o enriquece com a sua pobreza; é o servo mais inútil, se Jesus não o trata como amigo; é o mais louco dos homens, se Jesus não o instrui pacientemente como fez com Pedro; o mais indefeso dos cristãos, se o Bom Pastor não o fortifica no meio do rebanho. Não há ninguém menor que um sacerdote deixado meramente às suas forças”.
É possível sair da crise de identidade se "os nossos cansaços estiverem mais relacionados com a nossa capacidade de compaixão", ou seja, naquela cotidiana partilha da vida das pessoas, naqueles compromissos "em que nosso coração estremece e se comove”. Porque assim se redescobre o caminho do serviço, o caminho de Nazaré, confiando não nas nossas próprias forças, nas  próprias estruturas, na própria bravura ou nas próprias estratégias, mas somente no Deus que "derrotou os poderosos dos tronos e elevou os humildes".

RÁDIO VATICANO

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Confira o programa detalhado da Viagem do Papa à África e os horários das transmissões

Logotipos da Viagem do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício
Logotipos da Viagem do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício 
De 4 a 10 de setembro de 2019, o Papa Francisco realiza uma Viagem Apostólica a Moçambique, Madagascar e Maurício, visitando as cidades de Maputo em Moçambique, Antananarivo em Madagascar e Port Louis em Maurício.
Cidade do Vaticano
Este é programa detalhado da Viagem Apostólica do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício. O Vatican News transmitirá os eventos públicos, com comentários em português. Os horários indicados são sempre os horários locais:
Moçambique: +5 em relação ao horário de Brasília, +1 em relação ao horário de Portugal. 
Madagascar e Mauricio:  +6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal.
Quarta-feira, 4 de setembro de 2019

ROMA - MAPUTO
08:00 - Partida em avião do Aeroporto de Roma / Fiumicino para Maputo
18:30  - Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto de Maputo
Quinta-feira, 5 de setembro de 2019

MAPUTO  (+5 em relação ao horário de Brasília, +1 em relação ao horário de Portugal.)
09:45 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio “Ponta Vermelha”
10:05 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Palácio “Ponta Vermelha” - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
10:50 – Encontro Inter-religioso com os jovens no Pavillon Maxaquene - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
Almoço na Nunciatura
16:10 – Encontro com os bispos, os sacerdotes, religiosos (as), consagrados, seminaristas, catequistas e animadores pastorais na Catedral da Imaculada Conceição - Discurso do Santo Padre (c/              transmissão)
 17:25 – Visita Privada à Casa “Mateus 25”
Sexta-feira, 6 de setembro de 2019

MAPUTO-ANTANANARIVO
08:35 – Visita ao Hospital de Zimpeto – Saudação do Santo Padre  (c/ transmissão)
09:50 – Santa Missa no Estádio do Zimpeto -  Homilia do Santo Padre  (c/ transmissão)
12:25 – Cerimônia de despedida no Aeroporto de Maputo
12:40 – Partida do Avião Papal para Antananarivo
16:40 – Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto de Antananarivo
Sábado, 7 de setembro de 2019

ANTANANARIVO  (+6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal)
09:30 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial "Iavoloha"
10:05 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Ceremony Building -  Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
11:10 – Hora Média no  no Mosteiro das Carmelitas Descalças – Homilia do Santo Padre  (c/ transmissão)
Almoço na Nunciatura
16:00 – Encontro com os bispos de Madagascar na Catedral de Andohalo - Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
17:10 – Visita ao túmulo da Beata Victoire Rasoamanarivo
18:00 – Vigília com os jovens no Campo Diocesano de Soamandrakizay – Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
Domingo, 8 de setembro de 2019

ANTANANARIVO
09:50 – Santa Missa no Campo Diocesano de de Soamandrakizay -  Homilia do Santo Padre e Angelus  (c/ transmissão)
Almoço com o Séquito Papal na Nunciatura
15:05 – Visita à Cidade da Amizade – Akamasoa – Saudação do Santo Padre  (c/ transmissão)
15:55 – Oração pelos trabalhadores no Estaleiro Mahatazana -  Oração do Santo Padre (c/ transmissão)
17:05 – Encontro com os sacerdotes, religiosos (as), consagrados e seminaristas no  no Collège Saint Michel -  Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
Segunda 9 de setembro de 2019

ANTANANARIVO - PORT LOUIS - ANTANANARIVO ( +6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal)
08:50 – Partida do avião para Port Louis
10:40 – Cerimônia de boas-vindas no aeroporto de Port Louis
12:10 – Santa Missa no Monumento de Maria Rainha da Paz - Homilia do Santo Padre (c/ transmissão)
Almoço com os bispos da CEDOI no Episcopado
16:25 – Visita privada ao Santuário de  Père Laval
16:55 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial
17:15 – Encontro com o Primeiro-Ministro no Palácio Presidencial
17:30 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Palácio presidencial - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
18:45 – Cerimônia de despedida no Aeroporto de Port Louis (c/ transmissão)
19:00 - Partida de avião para Antananarivo
20:00 - Chegada ao Aeroporto de Antananarivo
Terça-feira, 10 de setembro de 2019

ANTANANARIVO-ROMA
09:00 – Cerimônia de despedida no aeroporto de Antananarivo
09:20 - Partida em avião para Roma / Ciampino
 19:00 - Chegada ao aeroporto de Roma / Ciampino
VATICAN NEWS

Santa Teresa de Calcutá

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Se de verdade queremos que haja paz no mundo, comecemos por nos amarmos uns aos outros no seio das nossas próprias famílias”, costumava dizer Santa Teresa de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade, defensora da família e dos pobres e modelo de misericórdia, cuja memória é celebrada neste dia 5 de setembro.

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910 em Skopje, que naquela época pertencia à Albânia, e hoje é da Macedônia. Despertou para sua vocação à vida religiosa quando era uma jovem de 18 anos e, atendendo ao chamado de Deus, forjou seu trajeto para a santidade, dedicando-se aos pobres e doentes.
Em 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda. Depois, foi enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Fez sua profissão religiosa em 24 de maio de 1931, quando adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.
Atuou como professora em Calcutá por 17 anos, com as filhas das famílias mais tradicionais da cidade. Até que, no dia 10 de setembro de 1946, viveu um fato marcante em sua história, o “Dia da Inspiração”. Em uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, deparou-se com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. Desde então, teve a certeza de sua missão: dedicar sua vida aos mais pobres dos pobres, deixando o conforto do colégio da Congregação.
Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro.
Pequena em estatura, magra e encurvada, Madre Teresa surpreendeu o mundo com o seu amor, humildade, simplicidade e entrega total pelos doentes. Com sua atuação, ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.
“Para mim, as nações que legalizaram o aborto são as nações mais pobres, têm medo de uma criança não nascida e a criança tem que morrer”, disse.
Neste sentido, estava convencida da importância do fortalecimento das famílias para alcançar um mundo de paz.
“Em todo mundo se comprova uma angústia terrível, uma espantosa fome de amor. Levemos, portanto, a oração para as nossas famílias, levemos a oração para as nossas crianças, ensinemos-lhes a rezar. Pois uma criança que ora, é uma criança feliz. Família que reza é uma família unida”, enfatizou a Santa.
Em 1979 foi homenageada com o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, isso não a encheu de vanglória, mas buscou levar as almas a Deus. Tal como o recordou São João Paulo II durante a beatificação de Madre Teresa em 19 de outubro de 2003.
“Satisfazer a sede que Jesus tem de amor e de almas, em união com Maria, Sua Mãe, tinha-se tornado a única finalidade da existência de Madre Teresa, e a força interior que a fazia superar-se a si mesma e ‘ir depressa’ de uma parte a outra do mundo, a fim de se comprometer pela salvação e santificação dos mais pobres”, ressaltou.
Por outro lado, em uma entrevista à revista brasileira missionária “Sem Fronteiras” (1997) perguntaram-lhe sobre a mensagem que gostaria de nos deixar e ela respondeu:
“Amem-se uns aos outros, como Jesus ama a cada um de vocês. Não tenho nada que acrescentar à mensagem que Jesus nos transmitiu. Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”.
Partiu para a Casa do Pai em 5 de setembro de 1997. Foi canonizada pelo Papa Francisco em 4 de setembro de 2016, dentro da celebração do Jubileu dos voluntários e operários da misericórdia.
ACI Digital

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Santa Rosália, virgem e eremita

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Set. 19 / 06:00 am (ACI).- Santa Rosália foi uma nobre virgem e eremita do século XII, muito venerada em toda a Sicília e em Palermo (Itália), cidade da qual é padroeira. Seu nome em latim significa “Grinalda de rosas”.

O culto a esta santa foi promovido em todo o mundo pelos beneditinos, porque ao invocá-la obtinham a proteção contra doenças infecciosas como a peste ou recebiam auxílio em momentos difíceis.
Segundo a tradição da Igreja, foi uma mulher que viveu na solidão, pobreza e penitência; do mesmo modo, são atribuídos a ela inúmeros milagres, especialmente a extinção da peste que, em sua época, assolava o condado da Sicília.
A iconografia a apresenta como eremita ou vestida com hábito agostiniano. Seus principais atributos são: uma coroa de rosas, em alusão ao seu nome, e um crucifixo e uma caveira, por sua ascese.
Segundo o sacerdote bolandista (colaborador jesuíta que recompilava dados sobre os santos), Pe. João Stilting, a santa foi filha de Sinibaldo, o conde de Quisquina e Monte Rosa (atual território de Santa Stefano Quisquina e Bivona), e é descendente da família de Carlos Magno.
Rosália foi educada na corte e, por sua beleza e bondade, tornou-se dama de honra da rainha Margarida de Navarra, esposa do rei Guilherme II. Mas, ainda jovem, deixou seu lar e o palácio real para dedicar sua vida à oração e às mortificações, ocultando-se no mosteiro de São Salvador, em Palermo.
Como seus pais e um homem ao qual a tinham prometido queriam dissuadi-la, fugiu para uma cova perto de Bivona (Sicília) e, mais tarde, a outra localizada no Monte Peregrino, próximo a Palermo, na qual morreu e foi enterrada.
Seus restos mortais foram descobertos e levados à Catedral de Palermo em 1624. Um ano depois, provou-se a autenticidade de suas relíquias e o Papa Urbano VIII incluiu seu nome na lista do Martirológio Romano para o dia 15 de junho e 4 de setembro.
No dia 15 de junho, celebra-se na Sicília e em outras partes da Itália uma festa especial comemorando o translado de suas relíquias. Em 4 de setembro, sua festa é celebrada na Igreja Universal.
ACI Digital

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Por que imitar os Santos?

Redação (Segunda-feira, 02-09-2019, Gaudium Press) É fácil perceber que os homens se influenciam mutuamente no relacionamento social.

Por que imitar os Santos-Giotto-Arquifo Gaudium Press.jpg
A criança imita os pais, um jovem músico inspira-se no mestre para executar uma melodia, os gestos de dois amigos tendem a se assemelhar, pois a imitação é conatural aos homens desde a infância, distinguindo-os como a criatura mais imitativa de todas.
Esse mimetismo inato vincado em nossa humanidade se verifica também no âmbito sobrenatural.
Santos: imagem de Deus transposta para o dia a dia
Conforme frisou Bento XVI, "os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana e, por conseguinte, representam para nós um verdadeiro caminho de acesso a Jesus".(1)
Podemos, sem dúvida, considerá-los como imagem de Deus transposta para o dia a dia.
O conceito de imitação de Cristo - diretamente ou através dos Santos - está presente nos Livros Sagrados, sobretudo nas cartas de São Paulo, como a destinada aos filipenses: "Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós" (3, 17).
Por que imitar os Santos-Arquivo.jpg
São Francisco de Assis estava bem cônscio de seu papel simbólico quando dizia: "Devo ser modelo e exemplo para todos os frades". (2)
Os louvores a São Francisco não se realizavam em detrimento da adoração a Nosso Senhor, antes, pelo contrário, a incentivava.
Na realidade, o franciscano só atingiria a santidade imitando seu santo fundador, Francisco tornou-se para eles um livro aberto de virtudes, um exemplo a ser praticado.
Cada capítulo de sua vida está marcado pelo intenso convívio com seus filhos espirituais e, após a morte, pelos favores de sua intercessão por eles na terra, os quais lhe retribuíam com ainda maior fervor e admiração.
Culto à Personalidade
Para o homem contemporâneo essas analogias entre Cristo e os Santos poderiam parecer despropositadas ou mesmo maldosamente tachadas de "culto à personalidade".
Nada de mais injusto ou afastado da realidade. As homenagens prestadas ao Santo, mesmo em vida, nada tinham de artificial, pois as multidões acorriam naturalmente para aclamá-lo e venerá-lo: "O povo prestava atenção em suas palavras como se falasse um Anjo do Senhor". (3)
Por Padre Felipe de Azevedo Ramos, EP
(Trecho do artigo "Imitar os Santos para imitar a Cristo") 

História: Os 36 doutores da Igreja

afecatolica.com.br
Cidade do Vaticano, 11 abr 2015 (Ecclesia) - O Papa Francisco vai proclamar este domingo São Gregório de Narek (950-1005) como 36.º doutor da Igreja, consagrando o legado do místico armênio.
Um ‘doutor’ é alguém reconhecido pela Igreja Católica como exemplo de “santidade de vida, ortodoxia doutrinal e ciência sagrada”.
O título foi atribuído a Santo António de Lisboa pelo Papa Pio XII, em 1946.
1. São Gregório Magno
2. Santo Agostinho
3. Santo Ambrósio
4. São Jerónimo
5. São Tomás de Aquino
6. Santo Atanásio
7. São Basílio Magno
8. São Gregório Nazianzeno
9. São João Crisóstomo
10. São Boaventura
11. Santo Anselmo
12. Santo Isidoro de Sevilha
13. São Pedro Crisólogo
14. São Leão Magno
15. São Pedro Damião
16. São Bernardo de Claraval
17. Santo Hilário de Poitiers
18. Santo Afonso Maria de Ligório
19. São Francisco de Sales
20. São Cirilo de Alexandria
21. São Cirilo de Jerusalém
22. São João Damasceno
23. São Beda, o venerável
24. Santo Efrém, o sírio
25. São Pedro Canísio
26. São João da Cruz
27. São Roberto Belarmino
28. Santo Alberto Magno
29. Santo António
30. São Lourenço de Brindisi
31. Santa Teresa de Jesus (Ávila)
32. Santa Catarina da Sena
33. Santa Teresa do Menino Jesus (Lisieux)
34. São João de Ávila
35. Santa Hildegarda de Bingen
36. São Gregório de Narek.
OC
Agência Ecclesia

São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 03 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Onde existe o amor se realizam coisas grandes”. Assim costumava dizer o primeiro monge a ser Papa, São Gregório Magno, que em sua passagem pela Cátedra de Pedro deixou grandes marcas na história da Igreja, como por exemplo, a instituição da observância do celibato, a introdução do Pai-Nosso na Missa e o canto gregoriano.

Mais tarde, tornou-se Doutor da Igreja e hoje, 3 de setembro, é celebrada sua memória litúrgica.
Gregório nasceu em Roma, no ano 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, da qual saíram dois Papas: Félix III (483-492), seu tataravô Agapito (535-536).
Ainda jovem ingressou na carreira administrativa, sendo prefeito de Roma. Mas, logo deixou essa carreira para se dedicar à vidamonástica, ingressando no mosteiro de Santo André. Tempos depois, declarou que seus anos no mosteiro foram os melhores de sua vida.
Mais adiante, foi nomeado diácono pelo Papa Pelágio e enviado a Constantinopla como Núncio Apostólico. Algum tempo depois, foi chamado a Roma para ser secretário do Pontífice, onde viveu anos difíceis com desastres naturais, carestias e a peste que atingiu o Papa Pelágio II.
O clero, o povo e o senado o elegeram Papa e preocupou-se com a conversão dos novos povoados e da nova organização civil da Europa. Queria estabelecer relações de fraternidade com todos para anunciar a palavra da salvação.
De todo seu trabalho religioso no Ocidente, a conversão da Inglaterra e o êxito que coroou seus esforços encaminhados para esta direção foi, para ele, o maior triunfo de sua vida.
São atribuídos a este santo a compilação do Antiphonario, a revisão e reestruturação do sistema de música sacra, a fundação da famosa Schola Cantorum de Roma e a composição de vários hinos muito conhecidos.
Mas sua verdadeira obra se projeta em outras direções. É venerado como o quarto Doutor da Igreja, por ter dado uma clara expressão a certas doutrinas religiosas que ainda não tinham sido bem definidas e, possivelmente, seu maior trabalho foi o fortalecimento da Sé Romana.
Papa Bento XVI, referindo-se a São Gregório Magno em sua audiência geral de 28 de maio de 2008, observou que, embora o desejo de São Gregório tivesse sido o de “viver como um monge em permanente conversa com a Palavra de Deus, por amor seu se fez servidor de todos em um tempo cheio de tribulações e sofrimentos: servo dos servos. Por isso foi ‘Grande’ e nos ensina qual é a medida da verdadeira grandeza”.
ACI Digital

domingo, 1 de setembro de 2019

Por que celebramos em setembro o mês da Bíblia?

Imagem referencial / Foto: Eduardo Berdejo (ACI Prensa)
REDAÇÃO CENTRAL, 01 Set. 19 / 06:00 am (ACI).- Durante setembro, a Igreja no Brasil celebra o mês da Bíblia, período em que se busca de maneira especial desenvolver o conhecimento da Palavra de Deus e a aplicação desta na vida cotidiana, como exortou o Papa Francisco em diferentes momentos.
Em outubro de 2014, durante a abertura do Sínodo Extraordinário da Família, no Vaticano, Francisco ressaltou que “a Bíblia não é para ser colocada em um suporte, mas para estar à mão, para lê-la frequentemente, cada dia, seja individualmente ou juntos, marido e mulher, pais e filhos, talvez de noite, especialmente no domingo”.
Durante outras ocasiões, como nas Audiências gerais e nos Ângelus na Praça de São Pedro, o Pontífice aconselhou os fiéis a carregarem consigo um evangelho de bolso, para que possa ser lido a qualquer momento.
“Hoje se pode ler o Evangelho também com muitos instrumentos tecnológicos. Pode-se trazer consigo toda a Bíblia num telefone celular, num tablet. O importante é ler a Palavra de Deus, com todos os meios, e acolhê-la com o coração aberto. E então a boa semente dá fruto!”, afirmou durante a oração mariana, em 6 de abril de 2014.
O mês da Bíblia teve início em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Foi levado adiante com a colaboração do Serviço de Animação Bíblica da Congregação das Paulinas (SAB). Posteriormente, foi assumido pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e estendeu-se ao âmbito nacional.
A escolha do mês de setembro para dedicar-se à Bíblia deve-se ao fato de no dia 30 de setembro ser comemorado o dia de São Jerônimo, o qual traduziu a Bíblia dos originais (hebraico, grego e alguns trechos em aramaico) para o latim.
Este mês dedicado à Bíblia tem como objetivo: contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação; facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.
Para marcar este mês, ACI Digital compartilha um especial sobre as Sagradas Escrituras com recursos para ajudar a vivenciar melhor a experiência de contato com a Palavra de Deus: http://www.acidigital.com/Biblia/index.html.
ACI Digital

22º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: QUEM SE HUMILHA, SERÁ ELEVADO!

+Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A mensagem do Evangelho deste domingo pode ser resumida em duas palavras que devem nortear a vida dos discípulos de Cristo: humildade e gratuidade. A parábola do banquete se conclui com um convite à humildade e um alerta: “quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será exaltado” (Lc 14,11). Para entender bem esta afirmação e compreender o sentido da verdadeira humildade é preciso olhar para o próprio Cristo “manso e humilde de coração”. Dentre outras passagens, podemos destacar o gesto de Jesus que se abaixou para lavar os pés dos discípulos, comportando-se como “aquele que serve”, e a doação da sua vida na cruz. A humildade não se reduz a um bonito sentimento, mas se expressa de modo concreto em atitudes como o desapego de si mesmo, o abaixar-se para servir e doar-se pelo próximo, sem vangloriar-se ou buscar vantagens. Esta atitude torna-se cada vez mais importante no mundo de hoje, pois há muitos que querem ser mais do que os outros, menosprezando e humilhando o próximo. É preciso ser humilde para não humilhar. Quem se faz humilde, como Jesus, jamais humilhará os outros, pois a humildade cristã é acompanhada de uma justa autoestima e do respeito ao próximo.
A segunda parte do Evangelho proclamado refere-se à gratuidade. O convite para o banquete, dirigido àqueles que não têm como retribuir, é sinal da gratuidade a ser vivida, hoje, pelos cristãos numa época marcada pela lógica da recompensa imediata e pelo interesse próprio. É preciso amar e servir aqueles que não podem retribuir o bem que fazemos. A gratuidade é um traço genuíno do amor cristão, pois os discípulos de Cristo são chamados a amar de graça, a amar antes de serem amados e a amar mais do que serem amados. Quem vive assim é feliz. “Então, tu serás feliz!”, afirma Jesus (Lc 14,14), que conclui afirmando que a recompensa pelo bem que fazemos será recebida na ressurreição dos justos. Deus nos recompensará pelo bem que tivermos praticado, especialmente, por aquilo que não recebemos a recompensa neste mundo. Por isso, ao invés de cobrar dos outros o reconhecimento ou a retribuição, façamos a experiência de amar e servir de graça, como sinal de amor gratuito, como é o amor de Deus por nós. A gratuidade, assim entendida, pressupõe a humildade.
Estamos iniciando o mês especialmente dedicado à Bíblia. Por isso, procuremos refletir sobre como temos escutado, acolhido e praticado a Palavra de Deus. Qual é o tempo que dedicamos à leitura e meditação da Bíblia? Aproveite este novo mês para organizar melhor o seu tempo, de modo a fazer a leitura orante da Bíblia e pôr em prática a Palavra de Deus.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF