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terça-feira, 5 de novembro de 2019

Como reagiria se neste Natal recebesse esta Carta do Menino Jesus?

Imagem do Menino Jesus. Foto: Domínio Público.
REDAÇÃO CENTRAL, 21 Dez. 16 / 04:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Natal está próximo e com ele os presentes, a ceia natalina, as atividades na paróquia, as viagens etc. Uma série de atividades que poderiam fazer esquecer o verdadeiro aniversariante. Por isso, compartilhamos esta história sobre o verdadeiro sentido do Natal intitulada “Carta de Jesus”.
Querido Amigo:
Olá, eu te amo muito. Como você sabe, já se aproxima novamente a data na qual celebram o meu nascimento.
No ano passado fizeram uma grande festa para mim e tenho a impressão de que este ano ocorrerá o mesmo. A final de contas, há alguns meses estão fazendo compras para esta ocasião e quase todos os dias anunciam e avisam que faltam poucos dias para esta celebração.
Na verdade, passam dos limites, mas é agradável saber que pelo menos em um dia do ano pensam em mim. Há muito tempo, compreendiam e agradeciam de coração tudo o que eu fiz por toda a humanidade.
Mas hoje em dia, tenho a impressão de que a maioria das pessoas quase não sabe por que celebra o meu aniversário.
Por outra parte, gosto que as pessoas se reúnam e fiquem felizes e me alegra sobretudo que as crianças se divirtam tanto; mas ainda assim, acredito que a maioria das pessoas não sabe bem do que se trata. Você não acha?
Como aconteceu, por exemplo, no ano passado. Ao chegar o dia do meu aniversário, fizeram uma grande festa, mas pode acreditar que nem sequer me convidaram? Imagina! Eu era o convidado de honra! Mas esqueceram-se completamente de mim!
Estavam preparando as festas durante dois meses e, quando chegou o grande dia, me deixaram fora da celebração. Já aconteceu isso comigo tantas vezes que na verdade, não me surpreendi.
Embora não tenham me convidado, tive a ideia de entrar na festa sem fazer barulho. Entrei e fiquei em um cantinho. Imagina que ninguém notou a minha presença? Nem perceberam que eu estava ali.
Todos estavam bebendo, rindo e aproveitando bastante, quando de repente chegou um homem gordo, vestido de vermelho, com uma barba postiça branca, gritando: “Ho, ho, ho!”.
Parecia que tinha bebido muito e, depois de muito esforço, chegou ao lugar onde estavam os presentes, enquanto todos o felicitavam.
Quando se sentou em uma grande poltrona, todas as crianças, emocionadíssimas, se aproximaram dele correndo e dizendo: “Papai Noel!” Como se ele fosse o homenageado e toda a festa fosse em sua honra.
Aguentei aquela “festa” até onde pude, mas ao final fui embora. Caminhando pela rua me senti solitário e triste. O que mais me assombra de como a maioria das pessoas comemora o dia do meu aniversário é que em vez de me dar presentes, presenteiam uns aos outros e isto é um absurdo, pois quase sempre são objetos que nem sequer precisam ganhar.
Vou te fazer uma pergunta: Você não acharia estranho que ao chegar seu aniversário todos os seus amigos decidissem comemorar dando presentes uns aos outros e não dessem nada para você? Pois isto é o que acontece comigo a cada ano!
Uma vez alguém me disse: “É que você não é como outros, nunca te vemos; como é que vamos presenteá-lo?”. Já imaginará o que eu lhe respondi.
Eu sempre digo: “Você pode dar de presente comida e roupa aos pobres, ajudar a quem necessita. Pode visitar os órfãos, doentes e aqueles que estão na prisão. Tudo o que você der aos seus semelhantes para aliviar os seus sofrimentos, considerarei como se tivesse me entregado pessoalmente” (Mateus 25,34-40).
Nesta época, muitas pessoas, em vez de pensar em dar presentes, fazem bazares ou vendas na sua garagem, onde vendem qualquer coisa a fim de arrecadar até o último centavo para suas novas compras de Natal.
E em pensar no bem e felicidade que poderiam levar aos bairros marginalizados, aos orfanatos, aos asilos, às prisões ou aos familiares dos detentos!
Infelizmente, a cada ano que passa é pior. Chega o dia do meu aniversário e só pensam nas compras, nas festas e nas férias e eu de jeito nenhum apareço em tudo isto. Além disso, a cada ano os presentes de Natal, pinheiros e enfeites são mais sofisticados e mais caros, as pessoas gastam verdadeiras fortunas tentando impressionar os seus amigos.
Isto acontece inclusive nos templos. E só de pensar que eu nasci em uma manjedoura, rodeado de animais porque não tinha outro lugar.
Ficaria muito mais feliz de nascer todos os dias no coração dos meus amigos e que me permitissem morar aí para ajudá-los a cada dia em todas assuas dificuldades, para que possam experimentar o grande amor que sinto por todos; porque não sei se você saiba, mas há mais de 2 mil anos entreguei a minha vida para te salvar da morte e mostrar o grande amor que sinto por você.
Por isso, peço que me deixe entrar no seu coração. Durante vários anos estou tentando entrar, mas até hoje não me deixaste. “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos”. Confia em mim, abandone-se em mim. Este será o melhor presente que poderá me dar. Obrigado.
Seu amigo,
Jesus.
ACI Digital

São Zacarias e Santa Isabel, pais de João Batista

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ambos eram justos diante de Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor”, afirma São Lucas em seu Evangelho (Lc 1,6) sobre São Zacarias e Santa Isabel – pais de São João Batista e tios de Jesus –, cuja festa litúrgica é celebrada neste dia 5 de novembro.

Conforme São Lucas descreve no primeiro capítulo de seu Evangelho, Zacarias pertencia à classe sacerdotal de Abias e Isabel era descendente de Aarão. Ambos eram de idade avançada e não tinham filhos, pois Isabel era estéril.
Certo dia, coube a Zacarias ingressar no “Santuário do Senhor” para oferecer o perfume. Então, um anjo do Senhor apareceu e lhe disse que sua esposa lhe daria um filho ao qual chamaria João.
“Irá adiante de Deus com o espírito e poder de Elias para reconduzir os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto”, disse o anjo a Zacarias.
Zacarias perguntou como poderia ter certeza disso, porque ele e sua esposa eram idosos. O anjo, então, respondeu que ele era Gabriel, o que está diante de Deus, e que tinha sido enviado para lhe falar e anunciar esta boa notícia. Em seguida, disse-lhe que ficaria mudo por não ter acreditado.
Quando Zacarias voltou para casa, sua esposa Isabel concebeu um filho e ela pensava: “Eis a graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim para tirar o meu opróbrio dentre os homens”.
Depois que o anjo Gabriel apareceu à Virgem Maria, a Mãe de Deus foi ajudar Isabel, que ao vê-la exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”.
Quando João nasceu, todos se alegraram da misericórdia de Deus. No dia da circuncisão, todos queriam chamá-lo como seu pai. Entretanto, Isabel comunicou que se chamaria João. Zacarias confirmou, escrevendo esse nome em uma tabuinha e imediatamente voltou a falar.
Finalmente, o pai de São João Batista, louvando a Deus, pronunciou o famoso “Cântico de Zacarias”, uma das orações que os sacerdotes e religiosos rezam todas as manhãs em suas orações chamadas ‘Laudes’.
ACI Digital

São Carlos Borromeu, patrono de São João Paulo II

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 4 de novembro, a Igreja celebra São Carlos Borromeu, o santo padroeiro de São João Paulo II e muito ligado à vida do Pontífice polonês. Conheça a história do valente São Carlos, que também é padroeiro dos catequistas e seminaristas.

São Carlos Borromeu nasceu na Itália em 1538, em uma família muito rica. Era sobrinho do Papa Pio IV e ocupou altos cargos eclesiásticos, chegando a ser Arcebispo de Milão e Cardeal.
Sua participação no Concílio de Trento foi a chave para este chegar a um término, no qual foram aprovados muitos decretos dogmáticos e disciplinares.
São Carlos se preocupou bastante com a formação dos sacerdotes. Destituiu alguns presbíteros indignos e os substituiu por pessoas que restauraram a fé e os costumes do povo.
A vida de São Carlos Borromeu correu grave perigo quando a ordem religiosa dos Humiliati, que possuía muitos mosteiros, terras e membros corrompidos, tentou desprestigiá-lo para que o Papa anulasse as disposições do santo. Não alcançando este objetivo, três priores da ordem armaram um complô para matá-lo.Jerónimo Donati, um mau sacerdote da ordem, aceitou assassiná-lo por 20 moedas de ouro e disparou contra ele quando estava rezando na capela de sua casa, mas a bala só tocou a roupa e o manto do Cardeal.
Quando se propagou em Milão uma terrível peste, São Carlos se dedicou aos cuidados dos enfermos. Como seu clero não era o suficiente para atender as vítimas, pediu ajuda aos superiores das comunidades religiosas e imediatamente muitos religiosos se ofereceram como voluntários.
Borromeu não se contentou em rezar e atender pessoalmente os moribundos, mas também esgotou seus recursos para ajudar os necessitados e contraiu grandes dívidas.
Foi amigo de São Francisco de Borja, São Felipe Neri, São Pio V, São Félix de Cantalício, Santo André Avelino e muitos outros. Chegou inclusive a dar a primeira comunhão ao adolescente São Luís Gonzaga.
Partiu para a Casa do Pai no dia 4 de novembro de 1584, sendo pobre e dizendo: “Já vou, Senhor, já vou”.
São Carlos Borromeu e São João Paulo II
Embora tenham vivido em épocas diferentes, os dois estão unidos por ter histórias parecidas que o próprio São João Paulo II ressaltou em sua audiência de 4 de novembro de 1981.
A primeira semelhança está no nome. “Karol” Wojtyla em português é “Carlos”, nome com o qual João Paulo II foi batizado, estando sob a proteção do santo para crescer na missão de ser filho adotivo de Deus.
“Eis o papel que São Carlos desempenha na minha vida e na vida de todos aqueles que usam o seu nome”, destacou.
A segunda semelhança é em uma arma. Assim como tentaram acabar com a vida do Arcebispo de Milão, no século XVI, o Papa peregrino enfatizou que o atentado que sofreu em maio de 1981 tinha lhe permitido “olhar para a vida de modo novo: esta vida cujo início anda unido à memória dos meus Pais e ao mesmo tempo ao mistério do Batismo e com o nome de São Carlos Borromeu”, assinalou.
O terceiro fato parecido está nos Concílios. São Borromeu participou no Concílio de Trento e São João Paulo II fez o mesmo no Vaticano II. Como seu padroeiro, o santo do século XX também introduziu os ensinamentos do Concílio em sua própria Arquidiocese.
Por último, está o amor pelos pobres e os doentes. João Paulo II é lembrado por visitar os mais necessitados e Borromeu não hesitou em ajudar pessoalmente os afetados pela praga.
Diz-se que São Carlos Borromeu era tão amado em Milão que quase ninguém dormiu na noite em que ele agonizava. E João Paulo II manteve o mundo em oração antes de morrer.
“Olhando para a minha vida na perspectiva do Batismo, olhando através do exemplo de São Carlos Borromeu, agradeço a todos os que, hoje, em todo o período passado e continuamente ainda agora, me sustentam com a oração e por vezes também com grande sacrifício pessoal”, disse naquela ocasião o santo polonês.
ACI Digital

domingo, 3 de novembro de 2019

Igrejas Militante, Padecente, Gloriosa: uma só e mesma Igreja

Redação (Sexta-feira, 01-11-2019, Gaudium Press) A caridade, mais forte do que a morte, uniu-as do céu à terra, e da terra ao purgatório, e é pelo mesmo sacrifício que nós agradecemos a Deus, a glória com a qual cumula os santos do céu, e imploramos a misericórdia para os santos do purgatório, santos ainda não perfeitos.
Uma só e mesma Igreja
A Igreja triunfante do céu, a Igreja militante da terra e a Igreja sofredora do purgatório, paciente, nada mais são que uma só mesma Igreja; que a caridade, mais forte que a morte as uniu do céu à terra, e da terra ao purgatório.
São como três partes duma só e mesma procissão de santos, procissão que avança da terra ao céu.
As almas do purgatório participarão daquela procissão um dia. Sim, porque ainda não tem, bem brancas, as vestimentas de festa, a roupa nupcial ainda guarda nódoas, aquelas nódoas que somente o sofrimento limpa.
Membros do mesmo Corpo
Como os fiéis da Igreja triunfante, os fiéis da Igreja militante e os fiéis da Igreja sofredora e paciente, são membros dum mesmo corpo - que é Jesus Cristo - e tanto uns como outros participam, interessam-se, condoem-se da glória, dos perigos, dos sofrimentos duns e doutros, tal qual os membros do corpo humano.
Vejamos um exemplo: o pé está em perigo de saúde ou sofre dores: todos os membros do corpo jazem em comoção. Os olhos olham-no, as mãos protegem-nos, a voz chama por socorro, para afastar o mal ou o perigo.
Uma vez afastado o mal, regozijam-se todos os membros. É o que acontece com o corpo vivo da Igreja universal.
Judas Macabeu
E vemos os heróis da Igreja militante, os ilustres Macabeus, assistidos pelos anjos e santos de Deus, especialmente pelo grande sacerdote Onias e pelo profeta Jeremias, rogar e oferecer sacrifícios por esses irmãos que estavam mortos pela causa de Deus, mas culpados desta ou daquela falta.
No dia seguinte, depois duma vitória, Judas Macabeu e os seus surgiram para retirar os mortos e depositá-los no sepulcro dos antepassados e encontraram sobre as túnicas dos que estavam mortos coisas que haviam sido consagradas aos ídolos de Jamnia, que a lei proibia aos judeus tocar.
Foi, pois, manifesto a todos que era por isso que haviam sido mortos.
E todos louvaram o justo julgamento do Eterno, que descobre o que está escondido, e suplicaram-lhe que fosse esquecido o pecado cometido.
Judas exortou o povo a que se preservasse do pecado, tendo diante dos olhos o que viera pelo pecado dos que haviam sucumbido.
E, depois de ter feito uma coleta, enviou a Jerusalém duas mil dracmas de prata, para que fosse oferecido um sacrifício pelo pecado dos mortos, agindo muito bem, pensando que estava na ressurreição. Porque se não tivesse esperança de que os que vinham de sucumbir ressuscitassem um dia, seria supérfluo e tolo rogar pelos mortos.
Judas, porém, considerava que uma grande misericórdia estava reservada aos que estão adormecidos na piedade.
Santo e piedoso pensamento!
Foi por isso que ofereceu um sacrifício de expiação pelos defuntos, para que fossem livres dos pecados. Tais são as palavras e reflexões da Escritura santa, segundo o texto grego, e as mesmas, mais ou menos, no latino.
Palavras do Senhor nos Santos Evangelhos
Nosso Senhor adverte, bastante claramente, que há um purgatório, quando nos recomenda em São Mateus e São Lucas:
"Conciliai-Vos com vossos inimigos (a lei de Deus e a consciência) enquanto estais em caminho para irdes ao príncipe, não seja que este inimigo vos entregue ao juiz, o juiz ao executor, e que sejais metido numa prisão. Em verdade vos digo, dela não saireis, enquanto não pagardes o último óbolo."
Segundo essas palavras, está bem claro que há uma prisão de Deus, onde se é arrojado por dívidas para a com sua justiça, e donde não se sai - senão quando tudo estiver pago.
Ouçamos Nosso Senhor em São Mateus
Nosso Senhor, em São Mateus, disse-nos ainda:
"Todo pecado e blasfêmia será perdoado aos homens, porém, a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, nem neste século nem no futuro".
Aqui se vê que os outros pecados podem ser perdoados neste século e no futuro, como o livro dos Macabeus diz expressamente dos pecados daqueles que estavam mortos pela causa de Deus.
No Sacrifício da Missa
Do mesmo modo, no sacrifício da missa, a santa Igreja de Deus lembra os santos que com Ele reinam no céu, a fim de lhes agradecer pela glória e nos recomendar à sua intercessão.
De outro lado, suplica a Deus que se lembre dos servidores e servidoras que nos precederam no outro mundo com a chancela da fé, dignando-se conceder-lhes a estadia no refrigério na luz e na paz.
Purgatório e Doutores da Igreja
A crença do purgatório e a oração pelos mortos acham-se em todos os doutores da Igreja, bem como nos atos dos mártires, notadamente nos atos de São Perpétuo, escritos por ele mesmo.
Todos os santos rogaram pelos mortos.
Santo Odilon, abade de Cluny, no século XI, tinha um zelo particular pelo que dizia respeito ao refrigério das almas do purgatório. 
Foi movido pela compaixão, pensando no sofrimento das almas do purgatório que, adiantando-se à Igreja, ordenou que se rogasse pelas almas, tendo, destinado para isso um dia especial.
Eis como Santo Odilon animou tal instituição, começando pelas terras que lhes estavam afetas ao sacerdócio. (...)
As orações, os sufrágios e as esmolas feitos caridosamente pelas almas que já estão na glória, e que já não necessitam, revertem às almas ainda necessitadas, aproveitando a nós também.
E os sufrágios que se fazem às almas que jazem no inferno? Não os aproveita nem uma nem outra - nem as do inferno, nem as do purgatório, mas unicamente a quem os faz.
Uma Oração
Nós, pois, vos saudamos, ó almas que vos purificais nas chamas do purgatório.
Compartilhamos as vossas dores, os sofrimentos, principalmente daquela dor imensa e torturante de não poderdes ver a Deus.
Ai de nós! Sem dúvida que há entre vós parentes nossos e amigos: sofrerão, talvez por nossa culpa.
Quem dirá que não lhes demos, nesta ou naquela ocasião, motivos de pecar?
Falta-lhes pouco tempo para que se tornem inteiramente puras. Que nos acontecerá, a nós que tão pouco velamos por nós mesmos?
Almas santas e sofredoras, que Deus nos livre de vos esquecer jamais!
Todos os dias, à missa e às orações, lembramo-nos de vós todas.
Lembrai-vos, pois, também de nós. Lembrai-vos, principalmente, quando estiverdes no céu.
Como lá vos desejamos ver! Como no céu desejamos ver-nos convosco! Assim seja.

(ARM)

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS: FELIZES OS SANTOS!

A PALAVRA DO PASTOR
+ Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Celebramos, neste domingo, a solenidade de Todos os Santos, transferida do dia 1º de novembro, para que todos possam participar da Eucaristia. Os santos são nossos intercessores e modelos de vida cristã. Pela intercessão e méritos dos santos, nossas preces chegam a Jesus Cristo e por meio dos seus exemplos, somos motivados a segui-lo fielmente. A Liturgia da Palavra nos mostra quem são os santos e o que devemos fazer para viver na santidade.
O livro do Apocalipse se refere a uma “multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, que ninguém podia contar”, pois a salvação em Cristo e a santidade são para todos. Eles “estavam de pé” diante do Cordeiro, “trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão” (Ap 7,9).  Nas imagens dos santos mártires, encontramos sempre uma palma na mão, recordando a palma do martírio, do testemunho, da fidelidade até a morte, palma da vitória conquistada por Cristo. Os santos são testemunhas e exemplos de fidelidade a Cristo na vida cotidiana e nas grandes ocasiões. Acima de tudo, “vieram da grande tribulação” e permaneceram fiéis. Contudo, não são santos por conta própria. Eles são santos porque foram redimidos por Cristo: “lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14). A santidade é sempre dom de Deus e, por isso, é sempre vivida pela graça de Deus.
O Evangelho nos apresenta a belíssima passagem das Bem-aventuranças, recordando-nos, hoje, que os santos são “bem-aventurados”, isto é, “felizes” (Mt 5,1-12). Eles não foram pessoas tristes ou infelizes, embora tenham passado por provações, abraçando a cruz de cada dia. São santos e felizes os que vivem as bem-aventuranças: os pobres em espírito, os mansos, os misericordiosos, os puros de coração, os aflitos consolados por Deus, os que têm fome e sede de justiça, os perseguidos por causa da justiça. Este é o caminho da santidade proposto por Jesus. Somos todos chamados a ser santos, trilhando o caminho das bem-aventuranças e, deste modo, experimentando a felicidade verdadeira e duradoura que vem de Deus.
Com a primeira carta de S. João, reconhecemos que o Pai nos deu um “grande presente”: “sermos chamados filhos de Deus!” (1Jo 3,1). Os santos, purificados por Cristo, se comportam como verdadeiros filhos de Deus e, por isso, como irmãos.
A santidade a ser vivida e testemunhada por cada um na vida cotidiana leva a amar a Igreja e dela participar. As pessoas santas evangelizam pelo seu testemunho de vida, incluindo a participação na Igreja, nas missas e atividades pastorais.
Sejamos santos, participando ativamente da comunidade!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

São Martinho de Lima, o santo da vassoura

REDAÇÃO CENTRAL, 03 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- “Eu te medico, Deus te cura”, costumava dizer São Martinho de Lima (ou São Martinho de Porres), o santo da vassoura e padroeiro dos barbeiros, dos grandes senhores e homens simples que acodem a ele em busca de sua ajuda. Sua festa é celebrada neste dia 3 de novembro.

São Martinho nasceu em Lima, em 1579. Desde a infância, sentiu a predileção pelos enfermos e os pobres. Aprendeu o ofício de barbeiro e algo sobre medicina. Aos 15 anos, pediu para ser admitido como terciário no convento dos Dominicanos.
Em seu serviço como enfermeiro, não fazia diferença entre pobres e aqueles que tinham mais, embora tivesse que passar por experiências de incompreensão e inveja. Em 1603, fez a profissão religiosa.
Com a ajuda de Deus, realizava alguns milagres de curas instantâneas ou, em algumas ocasiões, bastava a sua presença para que os doentes terminais começassem a se recuperar. Alguns o viram entrar e sair de recintos com as portas fechadas, enquanto outros asseguram tê-lo visto em dois lugares diferentes ao mesmo tempo.
Era tão grande o carinho e a admiração que tinham pelo humilde Frei Martinho, que até o vice-rei daquela época foi visitá-lo no seu leito de morte para beijar sua mão. Partiu para a Casa do Pai em 3 de novembro de 1639, beijando o crucifixo com grande alegria.
São Martinho é recordado com a vassoura, que é o símbolo de seu humilde serviço. Por isso, São João XXIII, ao canonizá-lo em 1962, disse: “Que o exemplo de Martinho ensine a muitos como é feliz e maravilhoso seguir os passos e obedecer aos mandamentos divinos de Cristo!”.
ACI Digital

sábado, 2 de novembro de 2019

A oração e os Santos

Written by Veritatis Splendor


·         Autor: Anônimo
·         Fonte: Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg/)
·         Tradução: Carlos Martins Nabeto

Uma das principais objeções levantadas por não-católicos é: por que os católicos oram a Maria e aos Santos se a Sagrada Escritura afirma que há somente um mediador entre Deus e o homem?
Há uma resposta muito simples para isso, uma vez que concordamos com alguns princípios básicos. Antes de mais nada, os católicos reconhecem e sempre reconheceram que Cristo é o único mediador entre Deus e o homem. Segundo, a oração aos Santos não ignora a Cristo, mas é na verdade um pedido aos Santos para que intercedam por nós diante do trono de Cristo no Céu.
É muito semelhante a você pedir para um amigo orar por você. Ora, se você realmente crê que há apenas um único mediador entre Deus e o homem, por que você pediria a alguém para que orasse por você?
Parece então que esse problema fica agora reduzido à questão: podem os Santos ouvir os nossos pedidos e podem eles orar por nós? As Escrituras nos ensinam que os Anjos e Santos colocam as orações dos santos na terra diante do trono de Deus (Tobias 12,12; Apocalipse 5,8; 8,3-4). Portanto, se cremos nas Escrituras, podemos concordar que os Santos estão intercedendo por nós diante de Deus. Com efeito, os católicos estão simplesmente pedindo a Maria e aos Santos, assim como aos seus amigos na terra, que orem por eles.
Uma última questão a considerar a esse respeito seria esta: as orações dos pecadores na terra são mais ou menos eficazes do que as orações dos Santos no Céu, que já estão na presença da visão beatífica? Neste caso, quem você preferiria que orasse por você?

Veritais Splendor

Hoje a Igreja recorda os Fiéis Defuntos

REDAÇÃO CENTRAL, 02 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Após comemorar a Solenidade de Todos os Santos, os católicos celebram neste 2 de novembro os Fiéis Defuntos, recordando todos aqueles que já deixaram este mundo.

A celebração dos Fiéis Defuntos é oferecida, em particular, pelas almas do purgatório, onde estão para expiar os pecados veniais ou para satisfazer a pena temporal devida aos seus pecados.
Catecismo da Igreja Católica recorda que os que morrem em graça e amizade de Deus, mas não perfeitamente purificados, passam depois de sua morte por um processo de purificação, para obter a completa formosura de sua alma.
A Igreja chama de Purgatório essa purificação e, para falar que será como um fogo purificador, apoia-se na frase de São Paulo: “A obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstra-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um”. (1Cor 3, 13).
Por isso, os fiéis na terra podem ajudar as almas do purgatório pelas orações, esmolas e especialmente pelo sacrifício da Missa, para que possam ir para o céu em breve.
A prática de rezar pelos defuntos é extremamente antiga. O segundo livro dos Macabeus no Antigo Testamento diz: “Eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas” (2Mac 12, 46).
Seguindo esta tradição, a Igreja desde os primeiros séculos, tem o costume de rezar pelos defuntos.
São Gregório Magno afirma: “Se Jesus Cristo disse que há faltas que não serão perdoadas nem neste mundo nem no outro, é sinal de que há faltas que sim são perdoadas no outro mundo. Para que Deus perdoe os defuntos das faltas veniais que tinham sem perdoar no momento de sua morte, para isso oferecemos missas, orações e esmolas por seu eterno descanso”.
Sobre a oração pelos defuntos, também São Francisco de Sales dizia: “Vós que chorais inconsoláveis a perda de vossos entes queridos, eu não vos proíbo de chorar, não. Mas, procurai adoçar vossas lágrimas com o suave bálsamo da oração, que pode concorrer para as aliviar”.
O próprio Jesus, certa vez, dirigiu a Santa Gertrudes as seguintes palavras: “Muitíssimo grata me é a oração pelas almas do purgatório, porque por ela tenho ocasião de libertá-las das suas penas e introduzi-las na glória eterna”.
O Senhor prometeu à santa que seriam libertas mil almas do Purgatório cada vez que esta oração fosse rezada com fervor:
“Eterno Pai, ofereço o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as missas que hoje são celebradas em todo o Mundo, por todas as santas Almas do Purgatório, pelos pecadores, em todos os lugares, pelos pecadores, na Igreja Universal, pelos da minha casa e meus vizinhos. Amém”.
ACI Digital

Padre Fortea: Para evangelizar a Amazônia, não é necessário romper tratados dogmáticos

Amazônia. Crédito: Eduardo Berdejo / ACI Prensa
REDAÇÃO CENTRAL, 01 Nov. 19 / 01:30 pm (ACI).- O famoso teólogo espanhol José Antonio Fortea fez uma profunda reflexão sobre o recém-concluído Sínodo da Amazônia e garantiu que, para evangelizar esta região, não é necessário uma “ruptura” com a “escolástica medieval nem com os grandes tratados dogmáticos de meados do século XX".
Em um artigo intitulado "Minha reflexão pessoal pós-sinodal", Padre Fortea questionou se, por acaso, "nos anos 70 e 80 não se favoreceu uma certa ruptura? Os grupos eclesiais que não se submeteram a uma evangelização mais humana não foram perseguidos? Claro que sim”.
“E os resultados agora estão à vista de todos. Onde a ruptura foi maior, maiores foram os frutos desta ruptura. Eu o vi com meus próprios olhos nessas terras”, disse.
O sacerdote espanhol destacou que "não estou dizendo: ‘Exaltemos os tradicionalistas’. De maneira nenhuma. Mas se escutássemos a opinião externa dos veneráveis patriarcas ortodoxos, tiraríamos muita luz de como eles veem esta situação”.
Em seguida, Padre Fortea indicou que “os evangélicos fizeram a pesca mais impressionante que podemos imaginar nessas terras amazônicas. Também de suas pregações, tiraríamos muita luz para entender por que as almas preferiram aqueles que pregavam a Palavra àqueles que ficavam mais no humano”.
Em seu artigo, o sacerdote também apontou que “é falsa” a visão de que o Sínodo da Amazônia seja “uma reunião maligna dos que querem destruir a Igreja”.
“Eu sei que os bispos da Amazônia são indivíduos simples que amam os outros e defendem a fé católica; ninguém é herege, até que se prove o contrário”, acrescentou.
No entanto, disse, o clamor de vozes contrárias ao Sínodo "de nenhuma maneira pode ser desprezado", por isso perguntou: "O que aconteceu para que o Sínodo seja visto como uma traição à Igreja?".
Para o sacerdote, “é ridículo pensar que todos os bispos da Amazônia são ultraprogressistas. Mas, dado que esta reação hostil tem sua origem na maneira como se percebe o esquema mental dos bispos progressistas – que certamente os há – é necessário que seja alguém de fora, alguém de fora desse esquema, que explique aos criticados por que eles são criticados".
“Os criticados demonstraram bem claramente sua incapacidade de construir pontes para essa massa de fiéis que passaram da rejeição à amarga hostilidade. A crítica não é unidirecional, mas agora tenho que me concentrar na recepção da crítica por parte dos bispos amazônicos. Ou melhor, por parte de certa tendência presente em não poucos bispos amazônicos”.
O sacerdote espanhol indicou que “aqui nos colocamos a defender a ecologia e o vejo muito bem. Mas é verdade que havia uma grande luta de fundo, uma imensa disputa entre mentalidades eclesiásticas, sobre como focar a evangelização em sua totalidade, lá e em qualquer lugar do mundo”.
"E deve-se notar que, dependendo de como seria o enfoque do Sínodo, segundo uma mentalidade ou outra, os resultados iam ser muito diferentes”, disse.
“Recordemos que a Cúria Romana tinha todos os esquemas preparados para o começo do Vaticano II. Uma mudança nos instrumentos de trabalho de cada documento e na organização dos grupos significou uma mudança radical nas conclusões”, afirmou.
“O que aconteceu para que um sínodo se torne um motor de tensões? Não é que houvesse tensões e o sínodo as evidenciou. O próprio sínodo se tornou motor e gerador de divisão!”.
“No passado, existiam tensões e um sínodo ou um concílio era um instrumento para superá-las. O sínodo sempre foi visto como um símbolo de unidade e instrumento para ela. Mas, neste caso, a Igreja, toda a Igreja, sai muito mais dividida em seus sentimentos do que era antes”, lamentou.
Padre Fortea destacou que "minhas palavras não significam: 'Precisamos ouvir os conservadores e abominar os progressistas'. Não é isso. Conheço bispos da Amazônia abertos a tudo que é nobre, a tudo que é bom. Mas a tudo que é bom inscrevendo-se na corrente dos santos padres”.
O teólogo espanhol alertou que, “globalmente, os fiéis da Igreja estão agora muito divididos em seus sentimentos. Reuni-los apresenta-se como a mais urgente das tarefas”.
ACI Digital

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Solenidade de Todos os Santos

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 1° de novembro, a Igreja Católica se enche de alegria ao celebrar a Solenidade de Todos os Santos, os que foram e os que não foram canonizados, mas que, com sua vida, são exemplo de que a santidade é possível.

Diz o Catecismo da Igreja Católica: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5,48)”.
Cada cristão carrega dentro de si o dom da santidade dado por Deus, como diz a Carta de São Paulo aos Efésios: “Deus nos escolheu em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos” (Ef 1,4).
O culto aos santos por parte dos cristãos remonta aos primeiros séculos, começando pelos mártires. Ao viver essa tradição, a Igreja convida cada um a contemplar essas pessoas, exemplos de fé, esperança e caridade, e lançar o olhar ao Alto.
“Hoje estamos imersos com o nosso espírito entre esta grande multidão de santos, de salvos, os quais, a partir do ‘justo Abel’, até a quem neste momento talvez esteja a morrer em qualquer parte do mundo, nos fazem coroa, nos dão coragem, e cantam todos juntos um poderoso coro de glória Aquele a quem os Salmistas chamam justamente ‘o Deus meu Salvador’ e ‘o Deus que é a minha alegria e o meu júbilo’”, afirmou São João Paulo II em uma data como esta de 1980.
A Solenidade de Todos os Santos foi instaurada como consequência da Grande Perseguição do Imperador Diocleciano, no princípio do século IV, pela grande quantidade de mártires causados pelo poder romano.
O Papa Gregório III a fixou para 1º de novembro no século VIII, como resposta à celebração pagã do “Samhain” ou ano novo celta, celebrada na noite de 31 de outubro. Mais tarde, Gregório IV estenderia esta festividade a toda a Igreja.
A Solenidade de Todos os Santos antecede o Dia de Finados, 2 de novembro, data que recorda aqueles que já estão salvos, mas que ainda precisam ser purificados.
Ao celebrar esta data em 2014, o Papa Francisco indicou como devem ser vividos esses dois dias: com esperança, seguindo os exemplos dos santos.
“Esta é a esperança que não cria desilusão. Hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma. Mas também existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança, a alma vai adiante. Olha o que te espera”, disse.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF