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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

São Nicolau, padroeiro das crianças

REDAÇÃO CENTRAL, 06 Dez. 19 / 05:00 am (ACI).- “Seria um pecado não repartir muito, sendo que Deus nos dá tanto”, costumava dizer São Nicolau, padroeiro das crianças, das moças solteiras, dos marinheiros, dos viajantes e da Rússia, Grécia e Turquia. Um azeite milagroso brota de seus restos, que serviu para a cura dos doentes. Sua festa se celebra neste dia 6 de dezembro.

Por se tratar de um santo dos primeiros séculos, pouco se sabe com exatidão a respeito dele, salvo que nasceu na Licia (atual a Turquia), em uma família muito rica. Tinha um tio Bispo que o ordenou sacerdote.
Seus pais morreram ajudando os doentes de uma epidemia e deixaram uma fortuna para Nicolau. Entretanto, o jovem decidiu reparti-la entre os pobres e tornar-se monge. Mais tarde, peregrinou ao Egito e à Palestina, onde conheceu a Terra Santa.
Ao retornar, chegou à cidade de Mira, na Turquia, onde os bispos e sacerdotes discutiam no templo sobre quem devia ser eleito novo Bispo da cidade. Ao final, decidiram que seria o próximo sacerdote que ingressasse no recinto. Nesse momento, São Nicolau entrou e foi eleito Prelado por aclamação de todos.
Mas, teve início uma perseguição promovida pelo imperador Diocleciano contra os cristãos e ele foi preso, sendo libertado apenas quando o imperador Constantino subiu ao trono.
“Graças aos ensinamentos de Nicolau, a metrópole de Mira foi a única que não se contaminou com a heresia ariana, a qual rechaçou firmemente, como se fosse um veneno mortal”, dizia São Metódio. O arianismo negava a divindade de Jesus Cristo. Dessa forma, São Nicolau combateu incansavelmente o paganismo.
Defensor da justiça, salvou três jovens de ser executados, vítimas de um suborno do governador Eustácio, que logo se arrependeu ao ser repreendido por São Nicolau.
Três oficiais foram testemunhas destes fatos e, posteriormente, quando estavam em perigo de morte, rezaram a São Nicolau. O santo apareceu em sonhos a Constantino e lhe ordenou que os libertasse porque eram inocentes.
Após os soldados dizerem ao imperador que tinham invocado São Nicolau, ele os libertou, com uma carta ao Bispo, em que lhe pedia que rezasse pela paz no mundo.
O santo é patrono dos marinheiros porque, em meio a uma tempestade, alguns marinheiros começaram a clamar: “Oh Deus, pelas orações de nosso bom Bispo Nicolau, nos salve”. Nesse momento, conta-se, apareceu São Nicolau sobre o navio, abençoou o mar e este se acalmou. Em seguida, o Bispo desapareceu.
Segundo o costume do Oriente, os marinheiros do mar Egeu e do Jônico têm uma “estrela de São Nicolau” e desejam boa viagem dizendo: “Que São Nicolau leve seu leme”.
Narra-se também que três meninos foram assassinados e jogados em um barril de sal. Mas, pela oração de São Nicolau, os infantes voltaram para a vida. Por isso, é padroeiro das crianças e costuma ser representado com três pequenos ao seu lado.
Outra lenda narra que na Diocese de Mira havia um vizinho em extrema pobreza que decidiu expor suas três filhas virgens à prostituição para que todos eles pudessem sobreviver.
São Nicolau, procurando evitar que isto acontecesse e na escuridão da noite, jogou pela chaminé da casa daquele homem uma bolsa com moedas de ouro. Com o dinheiro, a filha mais velha se casou.
Quis o santo fazer o mesmo em benefício das outras duas, mas na segunda ocasião, depois de atirar a bolsa sobre a parede do pátio da casa, acabou sendo descoberto pelo pai das jovens, que lhe agradeceu por sua caridade.
São Nicolau partiu para a Casa do Pai em 6 de dezembro, mas não sabe com exatidão se foi no ano 345 ou 352. Mais tarde, sua devoção aumentou e foram reportados inúmeros milagres.
No século VI, o imperador Justiniano construiu uma Igreja em Constantinopla (hoje Istambul) em sua honra e o santo se tornou popular em todo o mundo.
São Nicolau é patrono da Rússia, Grécia e Turquia. Além disso, é honrado em cidades da Itália, Holanda, Suíça, Alemanha, Áustria e Bélgica.
Em 1087 seus ossos foram resgatados de Mira, que já estava sob domínio dos muçulmanos, e levados para Bari, na costa da Itália. Por isso, é chamado São Nicolau de Mira ou São Nicolau de Bari. Suas relíquias repousam na Igreja de “San Nicola de Bari”, na Itália.
De seus restos mortais brota um azeite conhecido como o “Manna di S. Nicola”. Em Mira, dizia-se que “o venerável corpo do bispo, embalsamado no azeite da virtude, suava uma suave mirra que lhe preservava da corrupção e curava os doentes, para glória daquele que tinha glorificado Jesus Cristo, nosso verdadeiro Deus”.
Sua figura bondosa e caridosa passou a ser associada em muitos lugares a figura do Papai Noel nos países latinos, que traz presentes para as crianças na Noite de Natal. Na Alemanha, é Nikolaus, e nos países anglo-saxões, Santa Claus. Neste período, este simbolismo deve remeter a São Nicolau e, assim, recordar a todos do amor e caridade para com as crianças e os mais pobres, além da alegria de servir a Deus.
ACI Digital

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Thor, São Bonifácio e a origem da árvore de Natal

Foto: Thor. São Bonifácio e árvore de natal /
Crédito: (Wikipédia Domínio Público) -
 (Wikipédia Domínio Público) -
Wikipédia (CC-BY-SA-3.0-ES)
REDAÇÃO CENTRAL, 05 Dez. 19 / 07:30 am (ACI).- Quando pensamos em um santo, talvez em um primeiro momento não consideramos que essa pessoa seja ousada, empunhe um machado, um martelo ou que derrube árvores como os carvalhos. Entretanto, existe um santo assim, conhecido como São Bonifácio.
Este santo nasceu na Inglaterra por volta do ano 680. Bonifácio ingressou em um mosteiro beneditino antes de ser enviado pelo Papa para evangelizar os territórios que pertencem a atual a Alemanha. Primeiro foi como um sacerdote e depois eventualmente como bispo.
Sob a proteção do grande Charles Martel (conhecido como Carlos Magno), Bonifácio viajou por toda a Alemanha fortalecendo as regiões que já tinham abraçado o cristianismo e levou a luz de Cristo àqueles que ainda não o conheciam.
A respeito deste santo, o Papa Bento XVI disse no ano 2009 que “seu incansável trabalho, seu dom para a organização e seu caráter flexível, amigável e forte” foram fundamentais para o sucesso das suas viagens.
O escritor Henry Van Dyke o descreveu assim, em 1897, em seu livro The First Christmas Tree, (A primeira árvore de natal): “Que pessoa tão boa! Que boa pessoa! Era branco e magro, mas reto como uma lança e forte como um cajado de carvalho. Seu rosto ainda era jovem; sua pele suave estava bronzeada pelo sol e pelo o vento. Seus olhos cinzas, limpos e amáveis, brilhavam como o fogo quando falava das suas aventuras e das más ações dos falsos sacerdotes aos quais enfrentou”.
Aproximadamente no ano 723, Bonifácio viajou com um pequeno grupo de pessoas na região da Baixa Saxônia. Ele conhecia uma comunidade de pagãos perto de Geismar que, no meio do inverno, realizavam um sacrifício humano (onde a vítima normalmente era uma criança) a Thor, o deus do trovão, na base de um carvalho o qual consideravam sagrado e que era conhecido como “O Carvalho do Trovão”.
Bonifácio, acatando o conselho de um irmão bispo, quis destruir o Carvalho do Trovão não somente a fim de salvar a vítima, mas também para mostrar àqueles pagãos que ele não seria derrubado por um raio lançado por Thor.
O Santo e seus companheiros chegaram à aldeia na véspera de Natal, bem a tempo para interromper o sacrifício. Com seu báculo de bispo na mão, Bonifácio se aproximou dos pagãos que estavam reunidos na base do Carvalho do Trovão e lhes disse: “Aqui está o Carvalho do Trovão e aqui a cruz de Cristo que romperá o martelo do Thor, o deus falso”.
O verdugo levantou um martelo para matar o pequeno menino que tinha sido entregue para o sacrifício. Mas, o Bispo estendeu seu báculo para impedir o golpe e milagrosamente quebrou o grande martelo de pedra e salvou a vida deste menino.
Logo, dizem que Bonifácio disse ao povo: “Escutai filhos do bosque! O sangue não fluirá esta noite, a não ser que piedade se derrame do peito de uma mãe. Porque esta é a noite em que nasceu Cristo, o Filho do Altíssimo, o Salvador da humanidade. Ele é mais justo que Baldur, maior que Odim, o Sábio, mais gentil do que Freya, o Bom. Desde sua vinda, o sacrifício terminou. A escuridão, Thor, a quem chamaram em vão, é a morte. No profundo das sombras de Niffelheim ele se perdeu para sempre. Desta forma, a partir de agora vocês começarão a viver. Esta árvore sangrenta nunca mais escurecerá sua terra. Em nome de Deus, vou destruí-la”.
Então, Bonifácio pegou um machado que estava perto dele e, segundo a tradição, quando o brandiu poderosamente ao carvalho, uma grande rajada de vento atingiu o bosque e derrubou a árvore, inclusive as suas raízes. A árvore caiu no chão, quebrou-se em quatro pedaços.
Depois deste acontecimento, o Santo construiu uma capela com a madeira do carvalho, mas esta história foi muito além das destruições da poderosa árvore.
O “Apóstolo da Alemanha” continuou pregando ao povo alemão que estava assombrado e não podia acreditar que o assassino do Carvalho de Thor não tivesse sido ferido por seu deus. Bonifácio olhou mais à frente onde jazia o carvalho e assinalou um pequeno abeto e disse: “Esta pequena árvore, este pequeno filho do bosque, será sua árvore santa esta noite. Esta é a madeira da paz…É o sinal de uma vida sem fim, porque suas folhas são sempre verdes. Olhem como as pontas estão dirigidas para o céu. Terá que chamá-lo a árvore do Menino Jesus; reúnam-se em torno dela, não no bosque selvagem, mas em seus lares; ali haverá refúgio e não haverá ações sangrentas, mas presentes amorosos e gestos de bondade”.
Desta forma, os alemães começaram uma nova tradição nessa noite, a qual foi estendida até os nossos dias. Ao trazer um abeto a seus lares, decorando-o com velas e ornamentos e ao celebrar o nascimento do Salvador, o Apóstolo da Alemanha e seu rebanho nos mostraram o que hoje conhecemos como a árvore de Natal.
ACI Digital

São João Damasceno, defensor da veneração de imagens

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Dez. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 4 de dezembro, a Igreja celebra a festa de São João Damasceno, Doutor da Igreja e defensor da veneração de imagens e relíquias dos santos. “Dado que agora Deus foi visto na carne e viveu entre os homens, eu represento o que é visível em Deus”.

São João nasceu em Damasco, capital da Síria, de onde provém seu gentilício Damasceno. Viveu entre os séculos VII e VIII e cresceu em uma família cristã rica. Insatisfeito com a vida da corte, ingressou no mosteiro de São Saba, perto de Jerusalém.
Foi ordenado sacerdote e, sem se afastar do mosteiro, dedicou-se à ascese, à atividade literária e pastoral.
Naquela época, o imperador de Constantinopla, Leão o Isáurio, proibiu o culta às imagens, seguindo os iconoclastas que acusavam os católicos de adorar imagens. Iconoclasta é uma heresia que afirma que é superstição o uso de uma imagem religiosa e pede que seja destruída. Por isso, os iconoclastas destruíam as imagens e perseguiam quem as venerava.
São João Damasceno defendeu esta veneração em seus três “Discursos contra quem calunia as imagens sagradas”. O santo escreveu: “Eu não venero a matéria, mas o Criador da matéria, que Se fez matéria por mim e dignou-Se a habitar na matéria e através da matéria realizar minha Salvação”.
“Não é matéria o lenho da Cruz três vezes bendita?... E a tinta e o santíssimo livro dos Evangelhos, não são matéria? O salvífico altar que nos dispensa o Pão da Vida não é matéria?... E antes que nada, não são matéria a Carne e o Sangue de Meu Senhor?”, acrescentou.
Sobre as relíquias dos santos, São João Damasceno sustentou que “antes de tudo (veneramos) aqueles entre quem Deus descansou, Ele, Único Santo que mora entre os santos, como a Santa Mãe de Deus e todos os Santos”.
“Estes são aqueles que, enquanto possível, tornaram-se semelhantes a Deus com Sua vontade e pela inabitação e a ajuda de Deus; são chamados realmente de deuses, não por natureza, mas por contingência, assim como o ferro incandescente é chamado de fogo, não por natureza, mas por contingência e por participação do fogo. Diz, de fato: ‘Sereis santos porque Eu sou santo’”, recordou.
São João Damasceno morreu em meados do século VIII. O Segundo Concílio de Niceia (787) respaldou o que o santo tanto defendeu, pois assinalou que as imagens podem ser expostas e veneradas legitimamente porque o respeito que lhes é demonstrado é dirigido à pessoa que representam. O Papa Leão XIII o proclamou Doutor da Igreja Universal em 1890.
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Santa Bárbara, virgem e mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Dez. 19 / 06:00 am (ACI).- Segundo uma antiga tradição, Santa Bárbara foi uma jovem que se converteu nos primeiros séculos, foi encarcerada por seu pai pagão em seu castelo para forçá-la à apostasia. Vendo que suas tentativas não surtiam efeito, permitiu que a martirizassem cortando-lhe a cabeça com uma espada e ele mesmo morreu fulminado por um raio.

Nasceu na Nicomédia, perto do mar de Mármara, no começo do século III.
Não existem referências a Santa Bárbara contidas nas primeiras autoridades da Igreja, nem no martirológio de São Jerônimo. Entretanto, a veneração a esta santa era comum desde o século VII.
Por volta desta data, existiram as lendárias atas de seu martírio, que foram incluídas na coleção de Simon Metaphraste, um dos mais renomados hagiógrafos bizantinos.
É representada com manto vermelho, cálice do sangue de Cristo, ramo de oliveira, coroa e espada, todos símbolos do martírio.
A lenda de que seu pai foi fulminado por um raio fez com que, provavelmente, fosse considerada pelas pessoas comuns como a santa padroeira em tempos de perigo pelas tempestades e o fogo e, em seguida, por analogia, como protetora dos artilheiros e dos mineiros.
Também é invocada como intercessora para assegurar o recebimento da confissão e da Eucaristia na hora da morte.
ACI Digital

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

São Francisco Xavier, o “São Paulo do Oriente”

REDAÇÃO CENTRAL, 03 Dez. 19 / 05:00 am (ACI).- Sacerdote jesuíta, padroeiro das missões, “São Paulo do Oriente”, assim é conhecido São Francisco Xavier, cuja memória litúrgica é celebrada neste 3 de dezembro. Cofundador da Companhia de Jesus, empreendeu um amplo trabalho evangelizar na Índia, no Japão e na China.

Francisco Xavier nasceu em Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506, filho de uma nobre família. Aos 18 anos, foi estudar na Universidade de Paris, tendo se formado em Filosofia. Lecionava na mesma Universidade, onde conheceu Santo Inácio de Loyola, o fundador dos jesuítas.
Vendo em Francisco um homem que poderia ajudá-lo no seu propósito de defesa e propagação do cristianismo, Loyola costumava lhe dizer: “De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?” (Mc 8, 36). Foi esta frase que tocou o seu coração, fazendo com que se decidisse a seguir Cristo.
Graças aos exercícios espirituais de Santo Ignácio, compreendeu o que seu amigo lhe dizia: “Um coração tão grande e uma alma tão nobre não podem se contentar com as efêmeras honras terrenas. Sua ambição deve ser a glória que dura eternamente”.
Consagrou-se ao serviço de Deus com os jesuítas em 1534. Anos depois foi ordenado sacerdote em Veneza. Mais adiante, estando em Roma, São Francisco Xavier ajudou Santo Ignácio na redação das Constituições da Companhia de Jesus.
Mais tarde, o rei de Portugal, Dom João III, solicitou a Inácio de Loyola que organizasse alguns sacerdotes para acompanhar suas expedições ao Oriente e evangelizar na Índia. Quando este grupo já estava formado, um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier tomou o seu lugar, partindo de Lisboa rumo ao Oriente.
Após uma longa viagem, São Francisco Xavier e seus companheiros chegaram a Goa, uma colônia portuguesa.
Neste local, o santo empreendeu um árduo trabalho de catequese. Atendia os doentes, celebrava Missa com os leprosos, ensinava os escravos e até adaptava as verdades do cristianismo à música popular. Pouco depois, suas canções eram cantadas nas ruas, casas, campos e locais de trabalho.
Mas, também foi testemunha dos abusos que os portugueses e pagãos cometiam contra os nativos, algo que ele mesmo descreveu como “um espinho que levo constantemente no coração”. Posteriormente, São Francisco Xavier escreveria ao rei de Portugal para denunciar os fatos.
Realizou sua missão evangelizadora um muitas cidades, povos e ilhas. Até que, em 1549, partiu para o Japão, onde, ao final de um ano, obteve cerca de cem conversões. As autoridades japonesas, então, proibiram-no de continuar o seu trabalho pastoral.
Realizou também incursões ao território chinês. Seguiu para a Malaca, de onde empreenderia a viagem à China, território inacessível para os estrangeiros. Partiu com uma expedição e chegou à ilha de Shang-Chawan, perto da costa e cem quilômetros ao sul de Hong Kong.  Ali, ficou doente e foi consumido por uma forte febre, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas 46 anos.
Seu caixão foi preenchido de barro para que posteriormente pudesse ser transladado. Depois de dez semanas, tiraram o barro e viram que seu corpo estava incorrupto e não tinha perdido a cor.
O corpo do santo foi levado a Malaca e finalmente foi transladado a Goa, onde os médicos comprovaram seu estado incorrupto. Ali, na Igreja do Bom Jesus, até hoje repousam parte de seus restos. Suas mãos, também incorruptas, estão em um relicário na igreja dos jesuítas em Roma.
São Francisco Xavier foi canonizado em 1622 junto com Santo Inácio de Loyola, Santa Teresa D’Ávila, São Felipe Neri e São Isidoro Lavrador.
O Papa Bento XIV lhe outorgou o título de Patrono da Propagação da Fé e Patrono Universal das Missões. Em 1925, o Papa Pio IX proclamou São Francisco Xavier, juntamente com Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeiro das Missões.
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Como fortalecer o matrimônio? Psiquiatra aconselha essas 12 virtudes

Imagem referencial. Crédito: Unsplash
REDAÇÃO CENTRAL, 02 Dez. 19 / 11:30 am (ACI).- O diretor do Institute for Marital Healing nos arredores da Filadélfia (Estados Unidos), Richard Fitzgibbons, destaca que, para manter e fortalecer o matrimônio, é necessário trabalhar em doze virtudes que ajudarão os casais a atravessarem as dificuldades que poderiam destruir a relação.
Em um artigo publicado em 25 de novembro por National Catholic Register, Dr. Fitzgibbons relata o trabalho feito com centenas de casais católicos nos últimos 40 anos.
Em seu novo livro, “Hábitos para um matrimônio saudável: Um manual para casais católicos”, o psiquiatra compartilha doze virtudes para fortalecer os casais:
1. Perdão
No livro, Fitzgibbons comenta que perdoar "reduz a raiva" e é um trabalho exigente para "dominar a irritabilidade", porque há um esforço em tentar "compreender-se a si mesmo e a seu cônjuge”.
2. Generosidade
"Conquistar o egoísmo através do crescimento na entrega", assinala o psiquiatra. É necessário pensar "muitas vezes ao dia, ‘nós, não eu’".
3. Respeito
Esta virtude ajuda a superar a necessidade de controlar os outros e ajuda a "pensar na dignidade do cônjuge e dos filhos", assinala.
4. Responsabilidade
Fitzgibbons afirma que a responsabilidade reduz a "distância emocional ao comprometer-se a proteger o cônjuge da solidão, da ansiedade, da insegurança e do egoísmo”.
5. Confiança
"Acalma a ansiedade através da fé na bondade e proteção de Deus e do cônjuge", afirma.
6. Esperança
O psiquiatra ressalta que a esperança "reduz a tristeza ao confiar em um resultado positivo para os acontecimentos e circunstâncias da vida, especialmente na luta contra a solidão".
7. Gratidão
Essa virtude cria confiança "através da apreciação dos dons que Deus nos deu" e deu ao cônjuge.
8. Prudência
Dr. Fitzgibbons assinala que essa virtude "melhora a comunicação" ao ajudar a reconhecer o que dizer ou fazer em cada situação e como fazê-lo.
9. Temperança
"Restringe as compulsões e a infidelidade ao moderar a atração dos prazeres ao dominar os instintos e desejos para que permaneçam leais ao cônjuge", assinala o psiquiatra.
10. Justiça
"Evita o divórcio ao fortalecer os cônjuges para que deem o que se deve a Deus, ao seu cônjuge e aos seus filhos”, comenta. “É trabalhar para enfrentar e resolver honestamente sua personalidade e fraquezas espirituais”.
11. Lealdade
"É um desejo inabalável pelo melhor para os demais", assinala. Ajuda a "reconhecer que o único lugar onde se realiza o autêntico amor humano e a sexualidade é no matrimônio".
12. Humildade
Fitzgibbons comenta que a humildade ajuda o autoconhecimento, "o processo de abordar as fraquezas e erros adquiridos dos pais que interferem no amor e na felicidade conjugal".
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Relíquia da manjedoura de Jesus regressou à Terra Santa depois de 1.400 anos

Jerusalém
JERUSALÉM, 02 Dez. 19 / 03:30 pm (ACI).- Os católicos em Jerusalém celebraram na sexta-feira, 29 de novembro, o retorno à Terra Santa de uma relíquia de madeira que, segundo a tradição, pertence à manjedoura de Jesus, e que esteve quase 1.400 anos em Roma como um presente para o Papa Teodoro I.
Por volta do ano 640, o Patriarca de Jerusalém, São Sofronio, enviou a manjedoura ao Papa Teodoro I quando os muçulmanos conquistaram a Terra Santa, e atualmente se conserva na Basílica de Santa Maria Maior, segundo assinala a imprensa internacional.
A relíquia é do tamanho de um polegar e foi apresentada aos fiéis na igreja de Notre Dame, em Jerusalém, para um dia de celebrações e orações.
O Vaticano assinalou que o Papa Francisco devolveu a relíquia aos católicos na Terra Santa como um presente à Custódia da Terra Santa.
Várias atividades foram realizadas na sexta-feira por ocasião chegada da relíquia, segundo o site da Custódia na Terra Santa. O Núncio Apostólico em Israel e Chipre, Dom Leopoldo Girelli, presidiu "a celebração da Santa Missa prevista para as 9h na capela dedicada a Nossa Senhora da Paz, dentro do complexo de Notre Dame".
Depois disso, os fiéis começaram a rezar diante da relíquia. Louisa Fleckenstein, moradora de Jerusalém, assinalou em uma entrevista à AP que, por causa do silêncio e da oração que havia pela adoração à relíquia, sentia-se como se fosse Natal, como o “verdadeiro Natal”.
A Custódia acrescentou que, em 30 de novembro, pela manhã, a relíquia foi "transferida para Belém, coincidindo com o início das celebrações do tempo do Advento". O objetivo é que “os fiéis e os peregrinos possam venerar o berço que acolheu o começo da nossa redenção na igreja franciscana de Santa Catarina”, localizada ao lado da Igreja da Natividade, em Belém (Cisjordânia), construída onde a tradição indica que Jesus nasceu.
ACI Digital

domingo, 1 de dezembro de 2019

I DOMINGO DO ADVENTO - ANO A: FICAI PREPARADOS!

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Estamos iniciando o Tempo do Advento que “possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para a solenidade do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (Normas sobre o Ano Litúrgico, n.39). A cor litúrgica roxa, utilizada neste tempo litúrgico, nos convida à penitência e à conversão, em vista do advento de Cristo. O modo como iremos celebrar e viver o Natal dependerá muito de como nos dispomos a viver este tempo litúrgico.
A Liturgia da Palavra motiva e orienta a nossa vivência do Advento. O Evangelho proclamado nos transmite a certeza de que o Senhor vem, mostrando-nos o que fazer. Afirma Jesus: “Ficai atentos porque não sabeis em que dia virá o Senhor” (Mt 24,42), repetindo, logo a seguir, “Ficai preparados, porque na hora em que menos pensais, o Filho do homem virá” (Mt 24,44). A atitude que ele espera de nós é a vigilância sobre a própria conduta e a prontidão para acolher o Senhor que vem, procurando cumprir fielmente sua Palavra.
A vigilância exige uma séria atitude de conversão. São Paulo, na Carta aos Romanos (Rm 13,11-14), nos alerta: “já era de despertar”, “a noite já vai adiantada, o dia vem chegando”.  É preciso deixar as “ações das trevas” para caminhar na luz da vida nova. O profeta Isaías convidava o povo a caminhar ao encontro do Senhor recorrendo também à imagem da luz, para anunciar um tempo de justiça e paz estabelecido por Deus. “Deixemo-nos guiar pela luz do Senhor” (Is 2,5) é a palavra que Deus dirige também a nós, através da Igreja, neste início de Advento.  Quem caminha para a casa do Senhor, quem a ele volta o coração, experimenta a alegria testemunhada pelo salmista, conforme rezamos hoje (Salmo 121).
Estamos vivenciando a Campanha para a Evangelização, em toda a Igreja no Brasil, motivando-nos a assumir com responsabilidade a missão evangelizadora da Igreja e a colaborar para a sua sustentação. Um gesto concreto, proposto a cada ano, é a Coleta para a Evangelização, realizada no 3º Domingo do Advento, como sinal de comunhão e partilha, para a manutenção da ação evangelizadora da Igreja. Neste Ano Jubilar da Arquidiocese de Brasília, nós somos chamados a renovar “o compromisso de caminhar unidos e de evangelizar a todos, com novo ardor missionário, no diversos espaços do Distrito Federal”. Ajude a sua comunidade a evangelizar, participando das atividades pastorais e dispondo-se a servir os irmãos.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Primeiro Domingo do Advento

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Dez. 19 / 05:00 am (ACI).- O primeiro domingo do Advento é o primeiro dia do novo Ano Litúrgico – a partir de agora Ano A – para a Igreja Católica e, nesta ocasião, no Evangelho (Mt 24,37-44), Jesus encoraja os fiéis a ficar “atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor”.

“Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”, diz o Senhor.
As leituras bíblicas desta primeira semana e pregação são um convite a estar vigilantes, atentos para quando o Senhor vier. Por isso, é importante que as famílias façam um propósito que lhes permita avançar no caminho para o Natal.
Em um momento propício ou talvez depois de acender a primeira vela da Coroa do Advento, os membros da família poderiam começar revisando as relações familiares e terminar pedindo perdão a quem tenham ofendido, assim como perdoando os outros.
Este deve ser o princípio de um ano renovado que buscará seguir crescendo em um ambiente de harmonia e amor familiar, o qual também deverá se estender aos demais grupos com os quais se relaciona cotidianamente, seja na escola, no trabalho, na vizinhança etc.
Por fim, é importante recordar que o Ano Litúrgico é o conjunto das celebrações com as quais a Igreja comemora anualmente o mistério de Cristo.
O tempo do Advento, que é o primeiro período do Ano Litúrgico, tem a duração de quatro semanas, começando neste domingo, 1º de dezembro, e se estende até o dia 24 de dezembro.
Evangelho: Mt 24,37-44
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 37 “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38 Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39 E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.
40 Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. 41 Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada.
42 Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor.
43 Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.
44 Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.
ACI Digital

5 conselhos para viver o Advento

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Dez. 19 / 07:00 am (ACI).- O Natal está próximo e com ele a compra de presentes, a preparação da ceia e a lista de convidados. Mas, o que verdadeiramente devemos preparar? A seguir, confira 5 conselhos que o ajudarão a viver este tempo de preparação para o Nascimento do Menino Jesus.

Em declarações ao Grupo ACI, o Diretor do Rádio Maria no Chile, Pe. Carlos Irarrázaval, deu 5 conselhos para viver este tempo litúrgico.  “Que não nos arrebatam o tesouro“, enfatizou o presbítero.
1. Viver o Advento em família;
2. Recordar o festejado;
3. Montar o presépio;
4. Contemplar o mistério e preparar o coração para receber o Senhor;
5. Ser missionários.
É importante recordar que o Advento é o período de preparação para celebrar o Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, é o começo Ano Litúrgico católico.
Neste ano, começa neste domingo, 1º de dezembro, e o último dia do Advento será em 24 de dezembro.
Nos templos e casas são colocadas as coras de Advento e a cada domingo é acesa uma vela. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote e as toalhas do altar são roxas, como símbolo de preparação e penitência.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF