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domingo, 30 de agosto de 2020

Correntes de oração com ameaças embutidas: muita calma nessa hora!

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por Pe. Henry Vargas Holguín

As ameaças e fórmulas mágicas para conseguir resultados são contrárias à verdadeira fé.

“Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus” (Mt 18, 19).

Jesus, nesta passagem do Evangelho, nos declara a importância de nos unirmos em oração para pedir a graça do Pai – mas não estabelece condições estritas e muito menos ameaças quanto ao modo de fazermos isto. Quem quiser unir-se a uma intenção de oração pode fazer a prece que preferir, na hora e no lugar que desejar, sozinho ou acompanhado.

Mas é importante distinguir o seguinte: uma coisa é unir-se em oração por uma intenção concreta e real, mesmo quando as pessoas participantes da oração não se conhecem; outra coisa bem diferente é aderir às chamadas “correntes de oração”, que hoje, graças à internet, não apenas se difundem profusamente como ainda “ameaçam” com certos castigos àqueles não as seguirem à risca.

A Igreja não admite que a oração seja instrumentalizada e reduzida a essa espécie de “chantagem psicológica”. É por isso que essas “correntes de oração” merecem clara censura.

Em primeiro lugar, porque elas “prometem desgraça” a quem não as fizer, ou a quem as interromper temporária ou definitivamente, ou a quem não as repassar. Além disto, procuram sustentar tais ameaças citando falsos exemplos ou testemunhos de pessoas que supostamente as romperam e sofreram punições. Quem promove essas correntes em nome de Deus é um falso profeta: ninguém pode ameaçar ninguém em nome de Deus.

Em segundo lugar, essas correntes enganam o próximo, já que obrigam as pessoas a fazerem mau uso da oração, desvirtuando-a ou banalizando-a. Este é, no fundo, o verdadeiro objetivo desse tipo de “cadeia de oração”.

Vincular desgraça ou prêmio a uma determinada corrente de oração é contrário aos ensinamentos da Igreja. Nem prêmio nem condenação decorrem de se participar ou deixar de participar de uma “corrente”. Trata-se de mera superstição: atribui-se à simples materialidade dessas supostas orações uma eficácia que elas não têm.

O catecismo nos lembra que atribuir eficácia à materialidade de orações ou de sinais sacramentais, prescindindo das disposições interiores exigidas, é cair em superstição (cf. núm. 2111). E toda superstição desvia de Deus a nossa confiança e a transfere para práticas ridículas, o que acaba se tornando uma ofensa contra Deus: são formas, no fim das contas, de se desconfiar d’Ele.

A superstição contraria o primeiro mandamento da lei de Deus e é um sinal claro de ausência de fé verdadeira. Por isso, não só comete falta quem envia e difunde essas correntes de oração, mas também quem acredita nelas.

Esse tipo de superstição envolve uma série considerável de erros:

  • As correntes se valem de uma suposta necessidade alheia para forçar os participantes a buscarem benefício pessoal.
  • Apresentam receitas ou fórmulas mágicas para se conseguir resultados em detrimento da fé.
  • Fazem ameaças a quem não realiza certas práticas, o que envolve uma atitude de medo de Deus e confiança em homens que pretendem falar em nome d’Ele.
  • Difundem preces e imagens com erros teológicos, o que é grave porque leva as pessoas de fé pouco sólida a cultivarem uma imagem cada vez mais equivocada de Deus.
  • Fomentam a frustração com Deus quando Ele não “cumpre” o que se esperava que cumprisse.
  • “Motivam” os outros a propagar uma suposta oração a fim de conseguir resultados fáceis, rápidos e interesseiros, sem levarem em conta a verdadeira vontade de Deus.

Outro problema, que não é de caráter religioso, mas nem por isso é irrelevante, é que essas correntes, quando encaminhadas por e-mail, ainda servem com frequência para captar informações pessoais ou espalhar vírus informáticos.

A verdadeira motivação da oração deve ser o amor. Ora-se de verdade quando se ora por autêntico amor a Deus e aos irmãos e irmãs; quando se ora sem esquecer que a oração deve acomodar-se à vontade de Deus e não “pressionar” Deus para se Ele se acomode àquilo que desejamos (ou exigimos). A oração é para nos colocarmos nas mãos de Deus, para confiarmos ao Seu Coração amoroso a nossa vida, “como bebês nos braços da mãe” (cf. Sal 131, 2).

Não podemos manipular Deus. Ele não se pauta pela vontade humana nem é um dispensador de milagres a nosso bel-prazer.

Confiar em Deus é reconhecê-lo como Pai e saber que o triunfo está garantido, mas não ao estilo dos homens ou segundo as lógicas humanas. Confiar em Deus é ter a certeza de que a cruz não é o fim do caminho. Confiar em Deus é saber que, mesmo quando as coisas não saem do jeito que gostaríamos, Ele nunca nos desampara, pois sabe o porquê de cada experiência que nos permite viver. Confiar em Deus é saber que somos amados por Ele. A autêntica oração, portanto, é um ato de confiança em Deus, pedindo-lhe como filhos, mas deixando que Ele decida como Pai.

As “correntes de oração” que fogem a essa relação filial com Deus merecem somente uma resposta: não! E ninguém deve sentir-se mal por ignorá-las tal como elas merecem.

Aleteia

 

Questões sobre o Batismo (Parte 6/12): Poderá o Batismo ser conferido em nome de Cristo?

Apologética
Veritatis Splendor
  • Autor: São Tomás de Aquino
  • Fonte: Suma Teológica, Parte III, Questão 66
  • Tradução: Dercio Antonio Paganini

Objeção 1: Parece que o Batismo pode ser conferido no nome de Cristo. Justificando, existe apenas “uma fé”, então, apenas “um Batismo” (Ef 4,5), mas também está escrito (At 8,12) que “em nome de Jesus Cristo eles foram batizados, tanto homens como mulheres”. Portanto, agora também o Batismo pode ser conferido em nome de Cristo.

Objeção 2: Mas, diz Ambrósio (De Spiritu Sanctu I): “Se você menciona Cristo, você designa tanto o Pai, pelo qual Ele foi enviado, o próprio Filho que foi enviado, como o Espírito Santo, com o qual Ele foi enviado”, então, o Batismo pode ser conferido em nome da Santíssima Trindade, como também pode ser conferido em nome de Cristo.

Objeção 3: O Papa Nicolau I, respondendo às questões feitas pelos Búlgaros, disse: “Aqueles que foram batizados em nome da Trindade, ou apenas no nome de Cristo, como nós vemos nos Atos dos Apóstolos (como é tudo igual, disse Ambrósio), não precisam ser rebatizados, Mas eles deverão ser batizados novamente se eles tão tiveram um batismo válido, de acordo com a fórmula: ‘Eu te batizo em nome de Cristo…'”.

Ao contrário, o Papa Pelagius II escreveu ao Bispo Gaudêncio: “Se qualquer pessoa que vive em seu episcopado, disser que foi batizado apenas em nome do Senhor, não tenha dúvida: batiza-o novamente em nome da Santíssima Trindade quando ele admitir a fé Católica”. Dídimo também disse (De Espiritu Sancto): “Se de fato existir deste mesmo modo, alguém com a pente tão estranha à fé que batize omitindo um dos nomes antes mencionados, (das três Pessoas), esses batizados são inválidos”.

Eu respondo que, como ficou estabelecido acima (perg. 64, art. 3), os Sacramentos obtém sua eficácia pela instituição de Cristo. Consequentemente, se qualquer coisa instituída por Cristo for omitida em relação ao Sacramento, esse Sacramento será inválido, salvo por especial dispensa d’Ele, que não ligou Seu poder aos Sacramentos. Então, como Cristo ordenou o Sacramento do Batismo para ser dado com invocação da Trindade, e consequentemente, é mais que necessária a completa invocação da Trindade, senão, a integridade do Batismo será destruída, assim, não é suficiente, para o Batismo, que no nome de uma única Pessoa, outra esteja implícita, como no nome do Filho está implícito o nome do Pai, ou no caso daquele que menciona o nome de uma só Pessoa e esteja se referindo às Três, pois, como o Sacramento precisa de uma matéria sensível, também precisa de uma fórmula sensível. Por esta razão, para a validade do Sacramento, não é o bastante pensar ou acreditar na Trindade, a menos que a Trindade seja expressada com palavras sensíveis. Por esta razão, no Batismo em Cristo, onde está a fonte da santificação de nosso Batismo, a Trindade está presente em símbolos sensíveis, ou seja, o Pai na Voz, o Filho na natureza humana, e o Espírito Santo na pomba.

Réplica à Objeção 1: Era por uma especial revelação de Cristo que na Igreja primitiva, os apóstolos batizavam em nome de Cristo, uma vez que o nome de Cristo era odioso tanto a judeus como gentios, e passou a ser um objeto de veneração, de modo que o Espirito Santo foi concedido no Batismo na invocação daquele nome.

Réplica à Objeção 2: Ambrósio aqui dá a razão porque a exceção poderia, sem inconsistência, ser atribuída à Igreja Primitiva, a saber, devido à Trindade total ser impelida no nome de Cristo e, todavia, conforme prescrito por Cristo no Evangelho, foi observada Sua integridade, apesar de estar implicita.

Réplica à Objeção 3: O Papa Nicolau confirma suas palavras citando as duas premissas formuladas nas objeções anteriores; portanto, a resposta a esta é clara e proveniente das duas soluções dadas antes.

Veritatis Splendor

9 dados que deve conhecer sobre os Padres da Igreja

São Jerônimo de Estridão, Santo Agostinho, São Gregório Magno,
Santo Ambrósio de Milão / Crédito: Michael Pacher:
Altarpiece of the Church Fathers - Domínio público

REDAÇÃO CENTRAL, 28 ago. 20 / 07:00 am (ACI).- Os Padres da Igreja são santos dos primeiros séculos que, com seus escritos doutrinários, configuraram a Igreja Católica como a conhecemos hoje.

Alguns dos principais Padres da Igreja Grega são Santo Atanásio de Alexandria, São Basílio Magno, São Gregório Nazianzeno e São João Crisóstomo; enquanto os quatro Padres mais importantes da Igreja latina são Santo Agostinho de Hipona, São Gregório Magno, Santo Ambrósio de Milão e São Jerônimo de Estridão.

A seguir, alguns dados importantes sobre eles.

1. Eram em sua maioria pastores, não acadêmicos

Os Padres viviam suas vidas cristãs em resposta à fé única, santa, católica e apostólica que experimentavam na Igreja e na cultura de seu tempo. Seus escritos não provinham de um catedrático titular, mas buscavam servir ao povo de Deus.

2. Santo Tomás de Aquino os citou centenas de vezes

Santo Tomás de Aquino, o Doutor Angélico, não é apenas um teólogo e filósofo, mas um brilhante comentarista da Bíblia e da Tradição. Para escrever a Suma Teológica, citou textos de Santo Agostinho 3.156 vezes. Citou São Gregório Magno 761 vezes, São Dionísio 607 vezes, São Jerônimo 377 vezes, São Damasceno 367 vezes, São João Crisóstomo 309 vezes, entre outras citações aos Padres da Igreja.

3. Amavam a Igreja

Exemplo disso é uma das passagens do corpus patrístico "sobre a unidade da Igreja", escrito por São Cipriano de Cartago em De Ecclesiae Catholicae Unitate: "Ninguém pode ter a Deus por Pai, se não tem a Igreja como Mãe".

4. Ensinavam sobre a natureza do homem

São Cipriano descreve a cultura pecaminosa na qual vivia antes de sua conversão e seu batismo: “Eu ainda estava deitado na escuridão e na noite sombria, vacilando de um lado para o outro, sacudido sobre a espuma desta idade jactanciosa, e incerta de meus passos errantes, sem saber nada da minha vida real, e distante da verdade e da luz... mas depois disso, com a ajuda da água do novo nascimento, a mancha dos anos anteriores foi lavada, e uma luz do alto, serena e pura, tinha sido infundida no meu coração reconciliado...”.

Da mesma forma o faz Santo Agostinho de Hipona em seu livro "Confissões", ensinando a matar o homem velho cheio de pecado e abraçar o novo homem em Cristo.

5. Buscavam a amizade com Deus e com os demais

Os Padres da Igreja buscavam imitar a vida de Cristo, que completamente homem e completamente Deus, foi capaz de fazer grandes amizades.

Assim, São Gregório Nazianzeno revela sobre seu querido amigo São Basílio: “Homens diferentes têm nomes diferentes, que devem a seus pais ou a si mesmos, isto é, às suas próprias buscas e realizações. Mas nossa grande busca, o grande nome que queríamos, era ser cristãos, sermos chamados cristãos”.

6. Eram corajosos e podiam dar a vida pelo Evangelho

Um exemplo é a vida de São Cipriano de Cartago, o primeiro bispo que na África atingiu a coroa do martírio. Durante as grandes perseguições dos cristãos sob o imperador Décio, escreveu cartas pastorais no exílio instruindo o povo de Deus em Cartago. Sob o imperador Valeriano, Cipriano foi condenado à morte e martirizado em 258 dC. Ao receber sua sentença, disse: "Deo gratias!" (Graças a Deus!).

São Máximo o Confessor foi outro corajoso Padre da Igreja que lutou contra o monotelismo, uma heresia que admitia em Cristo duas naturezas, a humana e a divina, e uma única vontade. O imperador Constante II mandou cortar a língua e a mão direita do santo para impedir seu ensinamento ortodoxo.

7. Defendiam a sã doutrina

No século IV, Santo Atanásio teve que enfrentar Ário, um sacerdote de Alexandria que difundiu a doutrina errada de que Cristo não era o verdadeiro Deus. Seu desejo incansável por uma doutrina clara conduziu o Concílio de Niceia à elaboração do Credo Niceno. Hoje, o Credo, como símbolo da fé, é usado de maneira simples e direta pelos cristãos de todo o mundo para professar a fé da Igreja Católica.

8. Amavam profundamente a Virgem Maria

Os Padres da igreja amam a Mãe de Deus. Havia um herege chamado Nestório que ensinava que Maria era apenas Christokos (portadora de Cristo) e não a Theotokos (portadora de Deus). Em outras palavras, Nossa Senhora não era a Mãe de Deus, já que só deu à luz à natureza humana de Jesus. São Cirilo de Alexandria lutou incansavelmente contra esse tremendo erro teológico. Em uma carta que corrige Nestório, Cirilo escreve: “Por nossa causa e para a nossa salvação, assumiu sua natureza humana na unidade de sua Pessoa e nasceu de uma mulher; por isso se diz que nasceu segundo a carne” (Cirilo de Alexandria, Carta II a Nestório).

9. Interpretaram a Bíblia com clareza

Os Padres ensinaram como interpretar a Sagrada Escritura. A maior parte da literatura que temos dos Padres Apostólicos e Pós-Apostólicos são suas homilias, que oferecem algumas das melhores exegeses bíblicas imagináveis. Um exemplo disso são os Tratados de Santo Agostinho sobre o Evangelho de João.

Para a compreensão da Bíblia, devem ser utilizados os sentidos literais, alegóricos, morais e analógicos (como assinala o Catecismo da Igreja Católica no numeral 118) e, por isso, os Padres da Igreja estão entre os melhores exegetas da história.

Publicado originalmente em National Catholic Register.

ACI Digital

 

Convenção Republicana: Abby Johnson descreve a "barbárie" do aborto

AbbyJohnson. Crédito: Facebook AbbyJohson

WASHINGTON DC, 28 ago. 20 / 04:00 pm (ACI).- A ativista pró-vida Abby Johnson, ex-funcionária da Planned Parenthood, descreveu a “barbárie” do aborto durante a sua participação na Convenção Republicana Nacional nos Estados Unidos.

Em sua participação na noite passada, Johnson rejeitou o legado racista e eugênico da fundadora da Planned Parenthood, Margaret Sanger, e explicou que 80% das clínicas de aborto desta organização estão localizadas em bairros habitados por minorias.

Johnson descreveu como é feito um aborto no terceiro trimestre, algo que presenciou quando trabalhava para a Planned Parenthood. Explicou que viu "um nascituro lutando, movendo-se desesperadamente para se livrar da sucção".

"A última coisa que vi foi sua espinha se torcendo no útero da mãe antes de sucumbir à força da sucção", acrescentou.

Ver aquele aborto, continuou, a fez renunciar ao seu emprego e deixar a indústria do aborto. “Para muitos que se consideram pró-vida, o aborto é algo abstrato. É uma barbárie inconcebível”, disse.

“Não sabem sobre os quartos para os 'produtos da concepção' nas clínicas de aborto, onde juntam os pedaços dos cadáveres de bebês para garantir que não ficou nada no ventre das mães, ou que brincamos e os chamamos de ‘quarto de pedaços de crianças’”.

“Para mim, o aborto é real. Eu sei como é. Eu sei como cheira o aborto. Sabiam que o aborto tem um cheiro?”, perguntou Johnson, que antes de sua conversão à causa pró-vida se submeteu a dois abortos.

Abby Johnson disse que "a vida é um tema essencial em relação a quem somos como norte-americanos" e que o presidente Donald Trump "fez mais pelos nascituros do que qualquer outro presidente", enquanto os candidatos democratas Joe Biden e Kamala Harris são "dois radicais, ativistas antivida."

A plataforma do Partido Democrata pediu pela primeira vez que o aborto fosse incluído na lei federal e reiterou seu apelo de 2016 para que a Emenda Hyde seja rejeitada, uma medida que proíbe o uso de fundos federais para o aborto.

A plataforma do Partido Republicano não mudou desde 2016, quando solicitou que o aborto fosse ilegal, mas publicou uma lista de 50 pontos com as prioridades para um segundo mandato de Trump. A política de aborto não é mencionada nesses pontos, embora Johnson disse que, em um segundo mandato, a administração Trump continuaria trabalhando para restringir as proteções legais para o aborto.

Outro tema destacado pelos palestrantes de 26 de agosto foi a liberdade religiosa. Cissie Graham Lynch, neta do líder evangélico Billy Graham, falou sobre a importância desse direito "em nossas escolas, em nossos empregos e sim, na esfera pública também".

“Nossos fundadores não tiveram a visão de uma fé silenciosa ou oculta: eles lutaram para garantir que as vozes da fé fossem sempre bem-vindas, não silenciadas nem atacadas”, disse Lynch; e lamentou que durante a administração Obama / Biden "essas liberdades estiveram sob ataque".

Entre esses ataques, a neta do líder evangélico referiu-se ao mandato anticoncepcional do governo Obama, à pressão sobre questões relacionadas à ideologia de gênero nas escolas, e lamentou que “a visão de Biden-Harris não deixa lugar para as pessoas de fé".

Um momento emocionante na sessão de ontem foi a participação de Jon Ponder, que estava preso por assaltar um banco. Na prisão, ele se juntou à organização Hope for Prisoners (Esperança para os prisioneiros) e fez amizade com o agente do FBI que o prendeu. O Hope for Prisoners auxilia os internos com capacitação, assistência financeira e desenvolvimento profissional para sua integração na sociedade.

"Minha esperança para Estados Unidos é que todas as pessoas, independentemente de raça, cor, classe ou origem, aproveitem o fato de que vivemos em uma nação de segundas oportunidades", disse.

Publicado orginalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

 

Santos Félix e Adauto

Santos Félix e Adauto, mártires « Paulus Editora
Editora Paulus

Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos, no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo nos narram que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano, no ano 303.

A mais conhecida diz que, Felix era um padre e tinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho se declarou espontaneamente cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Felix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.

Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isto, ele foi chamado somente de Adauto, que significa "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio". Ainda segundo estas narrativas eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da basílica de São Paulo fora dos muros. O Papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica.

O cemitério de Comodila e o túmulo de Felix e Adauto foram reencontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos e suas ruínas abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada descobrindo-se um dos mais antigos afrescos cristãos, no qual aparece São Pedro recebendo as chaves na presença dos Santos Paulo, Estevão, Félix e Adauto.  

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
A memória dos mártires cristãos continua a alimentar a vida e a espiritualidade da Igreja. Honrar os gestos de entrega dos homens e mulheres que deram sua vida em favor do Cristo nos faz verdadeiros cristãos, conscientes de que a nossa história foi construída com o sangue de muitas pessoas.
Oração
Concedei-nos, Ó Deus Onipotente, a graça de sermos sempre firmes na fé, e pela intercessão de S. Félix e de Santo Adauto, dai-nos, Senhor, a graça que vos pedimos. Por Cristo Nosso Senhor, amém.

 https://www.a12.com/

ABRAÇAR A CRUZ

No alto da Cruz, Jesus nos mostra Maria como nossa Mãe
Canção Nova

Logo no início de Sua vida pública, o Cristo afirmou aos Seus discípulos: “Se alguém quiser Me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e Me siga!”. (Mt 16,24).
Com esses ensinamentos, o nosso Redentor nos ensina que, para permanecermos na escola do Evangelho, nós precisamos abraçar a Cruz, que aos olhos do mundo parece uma derrota, um fracasso, uma perda de vida, sabendo que não a carregamos sozinhos, mas unidos a Jesus, partilhando o Seu caminho de entrega, de doação e de sacrifício.
Para nós, católicos, membros do Corpo Místico de Cristo, a Cruz que preside o Altar é a pedra fundamental da caminhada do Povo de Deus, é o sinal da nossa redenção, baluarte da esperança, símbolo da morte e da vida, da dor e da alegria; é o trono de Jesus, a partir do qual Ele reina atraindo a Si todas as coisas.
Percorrendo a história da Igreja, nós percebemos que a linguagem da Cruz nem sempre foi entendida pelos homens. Desde os primeiros séculos da era cristã, e ainda hoje, para muitas pessoas, a linguagem da Cruz é um escândalo, uma loucura, pois se limita à visão do sacrifício, da dor e da morte. Por outro lado, para todos nós, fiéis cristãos, a Cruz é parte integrante da mensagem salvífica de Cristo, é a máxima expressão do amor ilimitado de Deus e da entrega de nosso Redentor em prol de nossa salvação. Portanto, quando abraçamos a Cruz e aceitamos o seu verdadeiro sentido, nós percebemos que ela manifesta plenamente quem é Deus, ou seja, o Amor que precisa ser amado.
Quando encontramos a Cruz no caminho de nossas vidas, sentimos nossas debilidades e fraquezas. Mas é precisamente na Cruz que a nossa debilidade revela o poder de Cristo, ou seja, a generosidade do amor e a possibilidade de participarmos, de alguma forma, da obra redentora de Jesus e, por isso, nós seguimos e “proclamamos Cristo crucificado, poder de Deus e sabedoria de Deus”. (1 Cor 1, 23-24). Pelo dom da sabedoria, tocamos a Cruz e assim fecundamos os caminhos do nosso coração com a fé que nos redime. Deste modo, “ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz para sua própria vida”. (Discurso do Papa Francisco, na Via Sacra com os jovens, na Praia de Copacabana, em 26 de julho de 2013).
As marcas da Cruz de Cristo em nossa existência nos ajudam a vislumbrar o seu autêntico significado: Cristo morreu por nós e, por isso, nós somos convocados a empregar nossos dons e talentos, alegrias e tristezas, sucessos e dificuldades no serviço missionário da Igreja, para que possamos ser discípulos e missionários de Jesus que comunicam o amor gratuito e misericordioso de Deus.
Quando percorremos o caminho da santidade, quer queiramos ou não, podemos sofrer a tentação de julgar que o Cristianismo é um caminho fácil e cômodo onde só existem alegrias. No entanto, pertence à revelação de Jesus Cristo o anúncio de que as dificuldades, as perseguições, as noites escuras e as cruzes fazem parte da senda da fé, pois “misteriosamente, o próprio Cristo, para desenraizar do coração do homem o pecado de presunção e manifestar ao Pai uma obediência total e filial, aceitou morrer na Cruz”. (Papa Paulo VI, Gaudete in Domino).
Do alto do madeiro da Cruz, Cristo nos desafia a abraçar e a santificar as dificuldades cotidianas com a plena consciência de que, por meio da Cruz, reconhecemos e incentivamos a graça que mora em nós, a fim de superarmos o medo.
Abraçar a Cruz significa, desde os primeiros séculos e até o fim do mundo, encontrar a coragem necessária de enfrentarmos as pandemias, as chacotas e as contrariedades, abandonando a ânsia de ser bem visto ou compreendido. Significa também abrir caminhos e possibilidades onde todos só enxergam o fim da jornada, pois a cruz não é o fim, mas sim, o triunfo da vida.
Unidos ao Cristo, obtemos a revelação de que a Cruz não é uma loucura, um erro ou um insulto ao bom senso. A Cruz é, sim, uma das principais letras do alfabeto de Deus. Por conseguinte, a Cruz é parte integrante das nossas vidas, é um mistério que nos toca. Querer excluí-la da nossa existência é como desejar ignorar a nossa realidade de seres humanos. Sim, nós somos criados para a vida; no entanto, não podemos eliminar da nossa história pessoal o sofrimento, as dores, as limitações, as fraquezas e as dificuldades.
Pelos relatos do Evangelho, nós temos conhecimento de que, após o primeiro anúncio da Paixão, Simão Pedro tentou afastar a Cruz da missão de Jesus e, por isso, ele foi censurado com veemência. Quando imitamos a atitude de Pedro e tentamos afastar de nossas vidas a mensagem da Cruz, nós também somos censurados por Cristo. Após a censura, Ele nos faz sentir que somente na aceitação da Cruz estamos capacitados para percorrer o caminho da nossa fé com garbo e elegância. Em Cristo, professando os sinais da nossa esperança, podemos questionar os nossos coetâneos: “Que seria de um Evangelho, de um Cristianismo sem Cruz, sem dor, sem o sacrifício da dor? Seria um Evangelho, um Cristianismo sem Redenção, sem salvação, da qual – devemos reconhecê-lo com plena sinceridade – temos necessidade absoluta. O Senhor salvou-nos por meio da Cruz; com a Sua morte, devolveu-nos a esperança, o direito à vida”. (Papa Paulo VI, Alocução, em 24 de março de 1967).
A cruz é a Fonte de salvação e, por isso, hoje, amanhã e sempre, Jesus Cristo continua a associar a Si e à Sua missão seres humanos dispostos a abraçar a Cruz e a segui-Lo com renovada esperança. Portanto, para os fiéis cristãos levar a Cruz não é algo facultativo, mas é uma missão que se deve realizar por amor.
Nesses nossos dias, onde enfrentamos distanciamento social e somos cercados por sinais de morte e de medo, onde a busca para a cura da enfermidade que assola o mundo parece ser o grande ideal humano, nosso Senhor Jesus Cristo nos questiona: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida?”. (Mt 16, 26).
Na caminhada da vida, diante dos desafios dos nossos tempos, nós temos que olhar para a Cruz de Jesus, a fim de refletirmos sobre o seu alcance e, assim, podermos bradar: “A Cruz vitoriosa iluminou quem estava cego pela ignorância, libertou quem estava preso pelo pecado, trouxe à humanidade a redenção”. (São Cirilo de Jerusalém).
Quando abraçamos a Cruz, vislumbramos ao nosso lado a Virgem Santa Maria, que nos acompanha em todas as dificuldades, para nos encorajar com o Seu olhar maternal e nos ajudar a construir a civilização do amor. Ela nos ampara, fortalece-nos e nos faz ver que Cristo nos fala com a linguagem da Cruz, revelando-nos as inúmeras possibilidades de aprendizado da santidade.
Juntos da Virgem Mãe, aprendemos que, quando abraçamos a Cruz,
proclamamos o Evangelho da Salvação e incrementamos a certeza de que a Cruz de Cristo é a única esperança que nos guia, com determinação, para a alegria e a paz da ressurreição e da vida eterna. Supliquemos a intercessão da Virgem Santa Maria, a primeira que seguiu o Cristo pelo itinerário da Cruz até ao fim, para que Ela nos ajude a seguir o Senhor, com decisão e sabedoria, a fim de que possamos vivenciar desde já, mesmo nas provações, a glória da ressurreição.

Aloísio Parreiras
(Escritor e membro do Movimento de Emaús)

Arquidiocese de Brasília

 

XXII Domingo do Tempo Comum: Ano "A"

 

Dom José Aparecido
ADM. APOST. ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA

Quem não se lembra daquelas pessoas generosas que gastaram seu tempo fazendo ecoar a palavra de Deus em nossos corações? Como esquecer aquele ou aquela catequista que nos fez descobrir os fundamentos da vida cristã? É a vocação dos catequistas que a Igreja celebra neste último domingo do mês de agosto.

Na primeira leitura (Jr 20,7-9) vemos um paradigma de toda vocação. Deus que nos atrai, seduz e nos compele ao anúncio da Palavra. E às vezes, como aconteceu com Jeremias, o anúncio é acompanhado de sofrimento. No ambiente em que vivem, os catequistas não raro experimentam na própria pele estas queixas de Jeremias: “Tornei-me alvo de irrisão o dia inteiro, todos zombam de mim”.

Mas tudo isso se esquece quando se manifesta a força do chamamento de Deus: “Seduziste-me, Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder” (Jr 20,7). Quem experimentou alguma vez o serviço da catequese, sabe como o fogo do amor de Deus nos impele (cf. Jr 20,9).

O Apóstolo (Rm 12,1-2) vai além da lamentação. Ele convida os cristãos de Roma a ver a própria vida como um sacerdócio em que o oferente é inseparável da oblação: “Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o vosso culto espiritual” (Rm 12, 1). E diante da oposição do espírito mundano ele vê na cruz, não um castigo, mas a ocasião para distinguir a vontade de Deus: “Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito” (v. 2).

O episódio evangélico apresentado por Mateus se deu em Cesaréia de Filipe, logo após a confissão de Pedro e a entrega que Jesus lhe faz das chaves do reino. Ao começar a anunciar que o Messias devia sofrer e morrer para depois ressuscitar, Jesus se defronta com a amorosa mas insensata reação de Pedro: “Deus não permita tal coisa, Senhor”. Jesus reage duramente. Ninguém, nem mesmo o primeiro dos Apóstolos, pode separar a sua missão salvadora do caminho da Cruz. Pedro que tinha sido iluminado por Deus para confessar a fé em Cristo, agora se deixa seduzir pelo pensamento mundano, do príncipe deste mundo. E Jesus, repelindo-o como a Satanás, diz que Pedro aqui não pensa como Deus mas como os homens.

Jesus não admite que a sua missão redentora seja separada da Cruz. Mais ainda, convida os discípulos a abraçá-la: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mt 16,4). E proclama a cruz como passagem obrigatória no caminho para a Vida.

Nesse contexto se pode acolher o presente dado pela Igreja aos que se deixam seduzir pela belíssima missão de catequista. O Santo Padre mandou preparar para nós o novo Diretório para a Catequese, como instrumento para que os catequistas vivam a verdadeira “alegria do Evangelho”.

Folheto: "O Povo de Deus"/ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA


sábado, 29 de agosto de 2020

6 resoluções a tomar às vésperas do retorno dos filhos à escola

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Voltar às aulas é a oportunidade ideal para todos os pais tomarem boas decisões!

A volta às aulas nas escolas pode ser uma boa oportunidade de fazer algumas resoluções sobre a educação cristã de nossos filhos. Vamos citar algumas dessas boas decisões possíveis. Esta lista não é restritiva nem imperativa. É, na melhor das hipóteses, um tipo de programa ou ponto de partida para a reflexão.

1
VIVER O DOMINGO COMO O DIA DO SENHOR

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No domingo, vamos dar à missa o primeiro lugar de nossas prioridades, inclusive à custa da participação de algum de nossos filhos numa atividade que fosse no domingo de manhã. Obviamente, há a missa antecipada no sábado à tarde. Mas você tem que entender seu significado. Não vamos à missa no sábado para “livrar-nos de um compromisso” e nos libertar no domingo de manhã. Viver o domingo como o dia do Senhor é organizar o dia em torno da missa. É importante pensar nisso ao matricular as crianças numa ou outra atividade que podem fazer depois de sair da aula.

2
DEDICAR O FIM DE SEMANA PARA A FAMÍLIA

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Não é preciso ter muito dinheiro, visitar parques de diversões caros ou shoppings para viver fins de semana inesquecíveis. As crianças precisam, acima de tudo, sentir que seus pais estão mais disponíveis para elas do que durante a semana: gostam de rir com eles, brincar, fazer bagunça, inventar brincadeiras, preparar surpresas e refeições. Na medida do possível, é importante que as tarefas escolares sejam feitas no sábado para que o domingo seja, para todos, um dia de descanso e relaxamento.

3
REFORMULAR A ORAÇÃO FAMILIAR

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Se já temos o hábito de rezar junto com a família, o que podemos fazer para torná-lo ainda melhor do que no ano passado? Procuremos as fraquezas, as dificuldades, bem como os fatores de progresso, e tiremos algumas conclusões concretas. O canto de oração precisa ser recondicionado? Devemos escolher outro momento para rezar ou devemos deixar esse mesmo momento? As férias podem ter sido o motivo de descobertas e avanços nessa área: como devemos continuar sentindo essas descobertas e esses avanços ao longo do ano?

4
MELHORAR A ORGANIZAÇÃO FAMILIAR E PROFISSIONAL

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Às vezes, nos surpreendemos com os tempos intensos do Advento e da Quaresma ou com alguma festa litúrgica e, quando eles chegam, não temos tempo para prepará-los adequadamente. Vamos anotar a partir de hoje num calendário “de setembro a setembro” as datas que não devem ser esquecidas, os dias em que é conveniente começar a preparar a Quaresma ou qualquer grande festa católica. Também podemos anotar o dia do santo de cada um dos membros da família, bem como o aniversário de seu batismo. Junto com essas datas somam-se circunstancialmente as da história de nossa família, como o aniversário de um acontecimento feliz ou triste, por exemplo. Tudo isso deve ser anotado no início do ano letivo. Depois, os dias passam tão rápido que não temos tempo suficiente para pensar nisso. Este calendário memorando deve ser afixado para que todos possam ver, para que possa ser consultado mais facilmente do que se estivesse no fundo de uma gaveta.

5
REORGANIZAR A CASA

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A vida cristã não é apenas rezar, é também amar, viver como irmãos. Todos os pais sabem bem que essa harmonia fraterna nem sempre é algo fácil. Sem dúvida, depende da boa vontade de cada um, de sua vida interior, mas também de uma adaptação mínima das condições materiais. É verdade que as casas muito pequenas, a ausência de um jardim e o barulho das cidades são coisas que não favorecem uma vida pacífica. Não é possível trocar de casa com uma varinha mágica, mas talvez possamos modificar o arranjo dos móveis, a distribuição das crianças em seus quartos etc.. Obviamente, as crianças precisam aprender a se aceitar, a viver em boa harmonia, quaisquer que sejam as circunstâncias. Mas é conveniente fornecer essa aprendizagem a elas.

6
REFLETIR BEM SOBRE AS ATIVIDADES QUE AS CRIANÇAS FAZEM DEPOIS DE SAIR DA AULA

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Que atividades que as crianças fazem depois de sair da aula vamos propor, sugerir ou permitir aos nossos filhos este ano? A escolha destas atividades deve seguir vários critérios: possibilidade material, gostos e aptidões das crianças, qualidades educacionais. Este último critério é essencial: qualquer atividade deve ajudar os filhos a desenvolver-se e crescer. Não podemos colocar a educação da Fé entre parênteses, nem sequer quando se trata de escolher um esporte. O espírito geral da equipe é pelo menos tão importante quanto o desempenho no campo. Não há problema em ser campeão de futebol ou de atletismo, mas não a qualquer preço. É bom começar no mundo do teatro ou da dança, mas não em qualquer contexto.

Além disso, as crianças devem poder oferecer seu tempo a outras pessoas. É essencial que exista uma parte gratuita no uso do seu tempo. É verdade que não são os pais que devem decidir em vez de seus filhos ou filhas ser chefes escoteiros, mas os jovens não podem assumir esses compromissos se seus pais os proíbem ou não os encorajam pelo menos um pouco. E eles não terão nenhum incentivo para fazer isso se virem que estão preocupados apenas com a eficiência e o sucesso material. Por outro lado, eles podem perder o gosto pelo trabalho voluntário ao ver seus pais monopolizados por um número excessivo de compromissos. A dosagem não é fácil!

Neste início de ano letivo é conveniente tomar resoluções, decisões e compromissos, mas o mais importante é permanecer fiel à eles.

Christine Ponsard

Aleteia 

China: o mundo de amanhã?

Divulgação: Internet
Há quem diga que o futuro do mundo está na China. O mundo quer ordem, quer progresso, mas não sabe como possuí-los; será que a solução e a vitória sobre o caos estão numa República Universal fabricada no molde comunista?

Redação (28/08/2020 17:18Gaudium Press) A bandeira sempre foi o símbolo que buscou sintetizar, caracterizar, exprimir e representar em cores e formas o ideal e as convicções de uma determinada nação, povo ou instituição.

Dar importância, ou…?

Há certo tempo que tomei a resolução de adquirir três bandeiras para colocá-las no saguão de entrada do meu escritório. Fiz todo o necessário para que ficassem prontas para o dia 7 de setembro, independência do Brasil.

Sempre gostei muito de símbolos e, por isso mesmo, sou muito sensível a eles. Enquanto se fabricavam as bandeiras com os tecidos que escolhi, fui à compra dos suportes necessários para compor a panóplia. Ao chegar em casa, fui verificar a qualidade do material e limpá-lo. Já começava a desempacotar o último mastro quando, sentado numa cadeira de vime, parei por alguns segundos. Uma frase me havia chamado a atenção como nunca antes. Tenho certeza de ter visto aquela frase milhares de vezes na vida, porém, jamais ela tinha tomado tanto significado a meus olhos.

Pasme o leitor! A frase é tão comum que não me surpreenderia se um taxista dissesse tê-la visto mais vezes durante o dia do que placas de trânsito.

Sinceramente, por um momento fiquei hesitante. À primeira vista, não havia nada, era a simples inscrição “made in China”; mas na minha imaginação estava montada a panóplia com uma bandeira vermelha, um martelo e uma foice. Que arrepio!

Aquilo era um símbolo? Tratava-se de uma propaganda? Um anúncio? Um slogan? Uma mensagem? Infelizmente até agora – momento em que escrevo este artigo – não posso dar uma resposta afirmativa ou que descarte por completo essas hipóteses. Seria o caso de dar importância? Haveria algum símbolo em desfraldar a bandeira do Brasil sobre uma haste chinesa? Pensando mais um pouco e conferindo a proveniência de diversos materiais de minha casa, concluí: se continuarmos assim, dentro de pouco tempo, o mundo inteiro será um mundo “fabricado na China”.

Onde encontrar a ordem e o progresso?

Houve tempo em que o Brasil chamou-se Terra de Santa Cruz. Houve também uma época em que a inscrição da bandeira nacional era “In hoc signo vinces” (Por este sinal vencerás, em latim), fazendo menção à Cruz de Cristo, no entanto, em certo momento, optou-se pela “ordem” e pelo “progresso”. Graças a Deus, em nossa bandeira ainda se conserva uma constelação que ao menos faz lembrar uma cruz…

Ademais, nas últimas semanas, nada parece ser tão buscado em todo o mundo quanto isto que se propõe em nosso lábaro: “Ordem e Progresso”. Diante do caos gerado no mundo pelos mais diversos fatores – epidemias, enchentes, furacões, terremotos, corrupção, assassinatos, explosões inesperadas, escândalos políticos e eclesiásticos, desvios de dinheiro, atentados terroristas, profanações de igrejas etc, etc, etc. – dir-se-ia que os homens de todos os cantos do mundo como que se reuniriam debaixo de nossa bandeira para pedir a “ordem e o progresso”.

Por incrível que pareça, isso não aconteceu assim.

Certas vozes do mundo clamaram um novo regime internacional, baseado nos modelos de uma República Universal e – pasme novamente! – sob a bandeira da China.

Enfim, há quem aponte para o martelo e a foice da bandeira chinesa e diga com ares de promessa: “in hoc signo vinces”.

Ora, quanto tempo falta para que os católicos do mundo inteiro se deem conta disso e se reúnam debaixo da Cruz a fim de implantar o Reino de Cristo, verdadeira ordem e verdadeiro progresso? Se isso não acontecer em breve, preparemo-nos: o mundo inteiro será um mundo “fabricado” sob o molde comunista.

Por Cícero Leite

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O perigo cátaro

Apologética
Veritatis Splendor
  • Autor: Jean-Claude Dupuis[*]
  • Fonte: Lista “Tradição Católica”

O Catarismo se espalhou por toda a Europa entre os séculos XI e XIII. Desenvolveu-se principalmente em Languedoc, sul da França, de onde tomou o nome Albigenses, devido à cidade de Albi. A palavra “cátaro” vem do grego “Katharos” que significa “puro”. Pra dizer a verdade o Catarismo é erroneamente considerado uma heresia cristã, já que em tudo se assemelha a uma outra religião. Sua origem permanece obscura, mas sua doutrina se aproxima em muito das filosofias gnósticas e maniquéias que circularam na Idade Média durante o terceiro e quarto séculos.

Note que também a franco-maçonaria alega ter herdado os “mistérios de iniciação do Catarismo”, através da intermediação dos Templários. De acordo com os Cátaros, dois princípios eternos dividiram o universo. O bom criou o mundo dos espíritos e o mal criou o mundo material. O homem é a junção dos dois princípios. Ele é um anjo decaído aprisionado a um corpo material. Sua alma originou-se do bom princípio, mas seu corpo foi criado pelo mau princípio. O objetivo do homem seria pois então libertar-se do mundo material através de uma purificação espiritual, a qual necessitaria obviamente de uma série de reincarnações.

Como todos os heréticos, os Cátaros proclamavam que sua doutrina é que era o verdadeiro cristianismo. Eles mantinham a terminologia cristã ao mesmo tempo que distorciam a essência dos dogmas. Eles diziam que Cristo era o mais perfeito de todos os anjos e que o Espírito Santo era uma criatura inferior ao Filho. Eles se opunham ao Antigo Testamento, o qual era considerado obra do mau princípio. Eles negavam a Encarnação, a Paixão e a Ressurreição de Jesus. Eles alegavam que a Redenção floresceu muito mais da pregação evangélica do que da morte na cruz.

Os Cátaros diziam que a Igreja se corrompera desde os tempos de Constantino e rejeitavam todos os sacramentos. Definitivamente o Catarismo foi uma espécie de paganismo sob uma máscara de cristianismo, o qual se assemelha ao Budismo em muitos pontos.

Sendo o mundo material intrinsicamente mau, a ética cátara condenava todo o contacto com a matéria. Casamento e procriação eram proibidos porque uma pessoa não deveria colaborar com a obra de Satanás, o qual seria o responsável pelo aprisionamento das almas em seus corpos. Uma vez que a morte era considerada como a libertação do espírito, o suicídio era encorajado. Eles aplicavam a “endura”, ou seja essa “libertação do corpo material” aos doentes e `as vezes até mesmo as crianças, para acelerar o retorno dessas almas ao céu. Os Cátaros proibiam também juramentos sob o pretexto de que não deveriamos misturar Deus aos afazeres temporais e condenavam toda a espécie de riqueza.

Por fim, os cátaros desejavam atingir o estado de “desencarnação” similar àqueles dos “faquirs” (ascetas hindus). Além disso, os cátaros negavam o direito do Estado empreender guerras ou punir criminosos.

Obviamente tal programa não poderia atrair muitos adeptos e pra remediar a situação os cátaros estabeleceram duas classes de discípulos: os “perfeitos” e os “crentes simples”. Os primeiros, poucos em número, eram os iniciados que viviam em mosteiros e se conformavam inteiramente à filosofia moral do Catarismo. Os segundos, que constituiam a vasta maioria, estavam isentos de todas as obrigações morais não apenas em matéria sexual como em assuntos comerciais.

Os cátaros não se submetiam às regras cristãs que sempre proibiram a usura e que impunham o princípio do preço justo. Além disso, o “crente simples” tinha a garantia de ir para o céu se, antes de morrer, ele recebesse o “consolamentum” que era uma espécie de paródia do sacramento da Extrema-unção.

Promiscuidade, contracepção, aborto, eutanásia, suicídio, capitalismo selvagem, intenso materialismo e salvação para todos …é incrível como a moralidade cátara se assemelha ao liberalismo dos dias de hoje! Os cátaros então ensinavam a moralidade em dois degraus: asceticismo para a minoria e libertinagem para a maioria, somando-se salvação a baixo custo para todos. Agora podemos entender o que fez de sua doutrina um verdadeiro sucesso!

Apesar disso, a vasta maioria do povo permanecia fiel ao Catolicismo. Os cátaros foram recrutados basicamente entre os negociantes das cidades. Eles não eram numerosos, provavelmente constituiam apenas 5 ou 10% da população de Lnaguedoc, mas eram ricos e poderosos. Alguns deles praticavam a agiotagem ou usura. O Conde de Toulouse, o mais importante senhor de Languedoc aderiu à causa cátara.

Assim, como podemos ver, os cátaros não eram de forma alguma “pobres ovelhinhas” sem defesa, vítimas de uma fanática e cruel Inquisição. Muito pelo contrário, eles formavam uma poderosa e arrogante seita que propagava uma doutrina imoral, oprimindo os camponeses Católicos com a agiotagem e perseguindo sacerdotes. Eles conseguiram até mesmo assassinar o Grande Inquisidor São Pedro Mártir, também conhecido como São Pedro de Verona. A Igreja demonstrou grande paciência antes de tomar medidas para conter o perigo cátaro. As heresias dos Albigenses foram condenadas pelo Concílio Regional de Toulouse em 1119, mas até o ano 1179, Roma se satisfazia apenas em enviar pregadores a Languedoc. Diga-se de passagem, homens santos como São Bernardo e São Domingos. Esses missionários tiveram pouco sucesso. Em 1179, o Terceiro Concílio de Latrão pediu às autoridades civis para que interferissem. Os reis da França, Inglaterra e Alemanha já haviam começado, por sua própria iniciativa, a suprimir o Catarismo que estava ameaçando a ordem social com suas perversas doutrinas sobre a família e a questão dos juramentos.

É bom lembrarmos que o sistema feudal se fundamentava nos juramentos de um homem a outro. A palavra empenhada era o documento que circulava. A negação do valor do juramento era algo grave na sociedade medieval do mesmo modo como seria grave a negação da autoridade da lei na sociedade moderna. Pra piorar, os pregadores do Catarismo encorajavam a anarquia e comandavam bandos armados que recebiam diferentes nomes em diferentes países: “cotereaux”, “routiers”, “patarins”, etc. Esses bandos saqueavam igrejas, profanavam a Eucaristia e massacravam sacerdotes. Os cátaros eram tão violentos e sacrílegos quanto os protestantes do século 16 ou os revolucionários de 1793.

Em 1177, o rei da França, Filipe Augusto, se viu obrigado a mandar exterminar um bando de 7000 desses malucos e o Bispo de Limoges teve que marchar contra 2000 desses anarquistas.

Cena idêntica ocorreu na Alemanha e na Itália. Em 1145, Arnoldo de Brescia e seus “patarins” conseguiram avançar sobre Roma e expulsar o povo. Eles proclamaram uma república e permaneceram no poder por 10 anos até serem conquistados e condenados às chamas pelo imperador alemão Frederico Barbarossa. O Catarismo provocou desordens sociais em toda a europa e reinou em Languedoc.

Em 1208, os homens de Raimundo VI, Conde de Toulouse, assassinaram o legado papal, o Bem Aventurado Pedro de Castelnau. Finalmente, Inocêncio III decidiu pregar a Cruzada contra os Albigenses. Esta foi liderada por franceses do Norte sob o comando de Simão de Montfort.

Os cátaros resistiram por quatro anos (1200-1213) e tomaram as armas novamente em 1221. Isso serve pra comprovar o quão poderosos eles eram. A sua última fortaleza, Montségur, não caiu antes de 1244. Mas nem por isso o Catarismo desapareceu. Ele transformou-se numa espécie de sociedade secreta bem parecida com a franco-maçonaria.

Como em todas as guerras, também durante a Cruzada contra os Albigenses houveram excessos. A tomada de Béziers (1209) foi um verdadeiro massacre. Era impossível discernir os Cátaros entre a população Católica da cidade. Conta-se que o legado papal, Arnold de Citeaux , teria dito na época: “Matem a todos. Deus saberá reconhecer os seus”. Provavelmente tais palavras são apócrifas e são repetidas como jargões nos lugares mais comuns do anticlericalismo. De qualquer modo elas refletem um fato indubitável: os Cátaros, que há muito tempo vinham atraindo o ódio do povo por causa da sua imoralidade e agiotagem, corriam o risco de um linchamento geral. Foi a Inquisição que preveniu esse massacre ao fazer uma distinção entre os heréticos e os ortodoxos, entre os líderes e os seguidores e ao aplicar a punição proporcional aos diversos graus da heresia.

Finalmente a Inquisição acabou por ser um trabalho humanitário. Ao punir severamente os líderes, ela poupou as massas que haviam aderido ao Catarismo, as quais eram muito mais vítimas do que responsáveis pela heresia. Ao neutralizar os heréticos que se refugiaram na clandestinidade, a Inquisição livrou a sociedade cristã da possibilidade do renascimento do Catarismo e de todas as desordens sociais e morais que sua doutrina provocou.

Um célebre historiador, embora hostil à Inquisição, não hesitou em concluir que na Cruzada contra os Albigenses: “… A causa da ortodoxia Católica não era outra coisa senão a civilização e o progresso humano… Se essa crença, o Catarismo, tivesse conseguido recrutar a maioria dos fiéis, o resultado seria trazer a Europa de volta à mesma barbárie dos seus tempos primitivos…” (Léa, Henri-Charles, Historie de l’Inquisition au Moyen Age, Paris, Éd Jêrome Millon, 1986, 3 vols).

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NOTA
[*]Jean-Claude Dupuis é Historiador PHD da Universidade de Laval no Quebec-Canada.

Veritatis Splendor

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF