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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Santa Ingrid

A12.com

Ingrid nasceu na metade do século treze, na Suécia. Seus pais deram a ela e aos outros filhos, uma educação digna dos fidalgos, no rigoroso seguimento de Cristo. A menina desde os primeiros anos de vida se mostrou muito virtuosa, amável, caridosa, surpreendendo a todos com seu forte ideal religioso.

No início da adolescência, como era costume da época, teve de contrair um casamento. Mesmo contrariando sua vocação, ela aceitou tudo com humilde resignação, mas continuou serenamente a cuidar das obras de caridade que fundara para os pobres e doentes abandonados. Possuindo dons especiais de profecia e cura, gozava entre a população da fama de santidade.

Ingrid ficou viúva muito cedo e pode assim entregar-se ainda mais ao ideal de vida religiosa. Fez várias peregrinações, pela terra santa, por Roma e chegou a ir até Santiago de Compostela. Nessas andanças seu amor a Jesus só fez aumentar.

Só então Ingrid retornou para a Suécia. Logo depois, em 1281, seguindo seu confessor e orientador espiritual, ela fez seus votos perpétuos e fundou um Mosteiro sob as regras de São Domingos. Nele, junto com um grande número de jovens da corte, se dedicou totalmente às orações contemplativas e à vida de rigorosa austeridade.

 Morreu com fama de santidade, no dia 02 de setembro de 1282.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Para Santa Ingrid o importante sempre foi viver o amor de Cristo no momento presente. Ela vivia dizendo: “Quero hoje hospedar-me em sua casa!”. Esta perseverança diária a fez vencer os obstáculos e a entregar-se de coração ao projeto de redenção do Cristo.
Oração
Pai de bondade e de misericórdia, dignai-vos cumular-nos com todos os dons do céu e na companhia de santa Ingrid da Suécia, encontrar-vos com fidelidade evangélica. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

 https://www.a12.com/

terça-feira, 1 de setembro de 2020

O coração e a graça em Santo Agostinho. Distinção e correspondência (Parte I/IV)

A conferência “O coração e a graça”, que aconteceu no salão principal do Palazzo del Bo, em Pádua, em 27 de novembro de 2007;  da esquerda: Don Giacomo Tantardini, Cardeal Angelo Scola, Vincenzo Milanesi e Pietro Calogero
A conferência “O coração e a graça”
da esquerda: Don Giacomo Tantardini, Cardeal Angelo Scola,
Vincenzo Milanesi e Pietro Calogero
Pádua, em 27 de novembro de 2007
por Vincenzo Milanesi
Eminência,
Todas as autoridades, Senhoras e Senhores Deputados, estou particularmente feliz por vos dar as boas-vindas à nossa histórica aula magna, a sala onde Galileu ensinou há quatrocentos anos, para este extraordinário encontro durante os dez anos das conferências sobre a atualidade de Santo Agostinho. Chegar a uma década de atividade é uma meta incomum para uma iniciativa iniciada por alunos. No entanto, espero que você me perdoe se eu desistir dos tons comemorativos que o aniversário merece para tentar raciocinar com você sobre a natureza dessas lições que agora são tão familiares para nós. São quatro características originais nas quais gostaria de me concentrar rapidamente: a contribuição dos alunos, a abordagem interpretativa escolhida pelo palestrante, a participação dos professores e a presença dos cidadãos. As Conferências sobre a atualidade de Santo Agostinho são, antes de tudo, um testemunho do amadurecimento geral da componente estudantil de nossa universidade. Não é por acaso que desde 1998 os organizadores deste ciclo puderam associar outras siglas estudantis, faculdades, associações, instituições educacionais e culturais como o Instituto Filosófico Aloisianum, até editoras como Città Nuova ou diferentes realidades das universidades. no sentido próprio, como a pastoral universitária da cidade. Acredito que seja um sintoma positivo.
Em segundo lugar, uma das razões, talvez a maior, do sucesso destes cursos, deve-se à abordagem interpretativa escolhida por padre Giacomo Tantardini, a quem ainda saudamos afetuosamente pela sua presença aqui. Deixe-me explicar com uma citação talvez não muito acadêmica. Um dos grandes revolucionários da história da música do século XX, o jazzista Charlie Parker, costumava repetir que para tocar bem é preciso aprender tudo sobre música e seu instrumento e depois esquecer tudo para expressar algo verdadeiramente pessoal. Diziam isso com uma velha piada, segundo a qual cultura é o que você conhece quando pensa que esqueceu tudo. Da mesma forma, acho que essas lições seriam impensáveis ​​sem uma cultura sólida, a intimidade com o texto agostiniano e o amplo conhecimento da literatura secundária que padre Giacomo possui. No entanto, creio que padre Giacomo sentiu a necessidade, senão de esquecer, pelo menos em parte, de deixar de lado os insights específicos em favor de uma abordagem o mais direta possível da página nua de Agostinho, um cara a cara que nos devolve a voz viva de este grande clássico do pensamento, além de médico e pai da Igreja, que fala ao nosso tempo sem necessidade de novas mediações. É uma escolha que definimos várias vezes pelo menos em parte para deixar de lado os insights específicos em favor de uma abordagem o mais direta possível à página nua de Agostinho, um face a face que nos dá a voz viva deste grande clássico do pensamento, assim como um médico e pai da Igreja, que fala para o nosso tempo, sem a necessidade de mais mediações. É uma escolha que definimos várias vezes pelo menos em parte para deixar de lado os insights específicos em favor de uma abordagem o mais direta possível à página nua de Agostinho, um face a face que nos dá a voz viva deste grande clássico do pensamento, assim como um médico e pai da Igreja, que fala para o nosso tempo, sem a necessidade de mais mediações. É uma escolha que definimos várias vezeslectio , mais leitura do que aula, e que seria interessante repetir em outras ocasiões e com outros autores, porque enriquece e integra, sem substituí-la, a abordagem mais analítica das tradicionais aulas universitárias.
Quanto aos professores, o cardeal Scola provavelmente já sabe que nos últimos anos todas as conferências foram apresentadas por professores, escolhidos pelos organizadores - com uma intuição, na minha feliz opinião - entre os amantes das mais diversas disciplinas. Ouvimos representantes de todas as disciplinas confrontarem Agostinho: estatísticos, engenheiros, clínicos, cientistas políticos, juristas, psicanalistas, bem como historiadores e filósofos. Hoje estamos muito satisfeitos com o lançamento do livro de Don Tantardini Il cuore e la grazia, que reúne os textos de três anos letivos de Convegni. No entanto, seria interessante reconstituir de forma semelhante todas as intervenções dos professores de 1998 até hoje. Penso que seria um testemunho interessante de que muitos professores da nossa Universidade, a exemplo de padre Tantardini, se deixaram questionar pela personalidade de Agostino de forma direta, sincera e muitas vezes surpreendente, abrindo alguns vislumbres inesperados sobre as respectivas disciplinas.
O último aspecto para o qual gostaria de chamar a atenção é a participação da cidade neste momento que nasceu na Universidade para um público universitário. As Conferências começaram nos primeiros meses de 1998 como aulas extraordinárias ministradas pelo padre Giacomo Tantardini no curso de História da Igreja na Idade Moderna e Contemporânea ministrado pelo Professor Giuseppe Butturini, do Departamento de História. Aos poucos, porém, as aulas foram ganhando vida própria, por assim dizer, atraindo vários alunos de outras faculdades e também auditores externos, inclusive personalidades da vida civil: o exemplo mais significativo desse ponto de vista é o procurador Pietro Calogero, aqui sentado à mesa - saudamos com particular simpatia e carinho -, que tem revelado repetidamente os frutos de sua longa associação com o pensamento de Agostinho. Já são muitos os expoentes da vida civil e eclesial, empresários e pessoas da cultura, mas também simples entusiastas que assistem constantemente a estes encontros: é um momento importante de abertura da Universidade à cidade. Acredito que isso também dependa do fato de nossa Universidade receber de boa vontade, em nome depatavina libertas , o diálogo com o qual se tece a cultura contemporânea. E a voz de Agostinho, que padre Giacomo nos transmite, neste diálogo, nesta sinfonia, tem pleno direito de cidadania, como quer demonstrar a hospitalidade neste grande salão.
Eu gostaria que você me permitisse uma nota final. Não é comum assistir a uma conferência de cardeais no grande salão da Universidade de Pádua, mas estou feliz que isso esteja acontecendo. Definir o conceito de secularismo é difícil e não me aventuro nisso. Mas para mim secularismo certamente não significa secularismo, mas abertura ao diálogo, disponibilidade para ouvir, consciência da necessidade, para um homem que o deseja, de uma busca que é também uma questão contínua de sentido, que pode e talvez deva durar todos. vida e para a qual não se sabe até o fim qual será a resposta. Bem, se for esse o caso, então podemos realmente dizer a nós mesmos esta noite que a Universidade de Pádua é tão profundamente secular que não devemos temer, na verdade ser feliz, bem como honrada, por ouvir o Cardeal Scola.

 Revista 30Dias

Uma nova pandemia: a intolerância dos “tolerantes”

Guadium Press

Se eles me perseguiram, também vos perseguirão, disse Nosso Senhor Jesus Cristo aos seus discípulos.

Redação (31/08/2020 13:00, Gaudium Press) Os crimes de ódio anticristão, em várias partes do mundo, estão aumentando. O governo chinês continua eliminando qualquer símbolo cristão; nos últimos meses, mais de 500 cruzes foram removidas do exterior das igrejas, apenas na província de Anhui. É a continuação de uma ação que se radicalizou a partir de 2018, já que as cruzes violam as leis do país.

 

Atos de ódio anticristão, praticamente em todo o mundo

Na França -a terra da “liberdade, igualdade e fraternidade”- ocorreram, segundo a Conferência Episcopal, de janeiro a março de 2019, 228 atos de violência anticristã. É com profunda dor que testemunhamos o incêndio de Notre Dame, que ainda não foi esclarecido. Quase dois meses atrás, a Catedral de Nantes sofreu um incêndio semelhante e misterioso em seu antigo e majestoso órgão de 5.500 tubos. Dois deputados afirmaram, em uma entrevista, que houve três atos contra a Igreja por dia na França. E não é só na França, os ataques estão aumentando em toda a Europa; na Índia, aumentaram em 40% no primeiro semestre deste ano.

 

Outra particularidade do ódio anticristão estamos vendo nos protestos ocorridos em países como Chile, México, Argentina, ao grito da revolucionária frase do teórico anarquista russo Pyotr Kropotkin: “a única Igreja que ilumina é a que arde”; quebrando crucifixos, decapitando imagens de Nossa Senhora ou pintando o exterior das igrejas com slogans anti-religiosos.

Nos Estados Unidos, modelo de respeito democrático, alguns setores dentro dos manifestantes vandalizaram, na Missão de São Gabriel na Califórnia, fundada pelo missionário São Junípero Serra, frade franciscano protetor dos índios, sua imagem; foi ele quem batizou estas grandes cidades do lugar com o nome de Los Angeles, San Diego, San Francisco. Algumas igrejas também foram danificadas.

 

Mais recentemente, a imagem do Sangue de Cristo, da Catedral de Manágua, Nicarágua, com seus 382 anos de antiguidade, foi queimada por mãos de criminosos ainda não identificados. Fato -segundo o Cardeal Arcebispo Leopoldo Brenes- “planejado com muita calma”, “ato de terrorismo”, “um sacrilégio totalmente condenável”. Dias antes, no mesmo país, uma capela na cidade de Nindirí foi profanada. Roubaram a custódia do Santíssimo Sacramento e o cibório do tabernáculo, jogando as Hóstias no chão, pisoteando-as, destruindo imagens, bancos e outros móveis, refletindo uma hostilidade anticatólica especial.

Uma pandemia revolucionária anticristã

Extremismos ideológicos, motins anarquistas, exacerbações políticas, fanatismos religiosos, todo tipo de violência, em diferentes países e variadas situações, mas com a característica de que todos se congregam em um pólo de ódio contra a Santa Igreja Católica. Uma verdadeira “pandemia revolucionária anticristã” de perseguições, de atos de intolerância religiosa. A intolerância dos “tolerantes”.

 

Chama a atenção que ocorram, não apenas ataques contra seres mortais -já que também acontecem assassinatos de missionários, especialmente no continente africano-, mas também contra edifícios de igrejas ou imagens, que simbolizam tantas coisas celestiais. Investidas criminosas, atitudes contra quem? Contra Deus. Sim, contra Deus que está ali, patentemente representado.

Os tempos mudaram? Há uma mudança de atitude dos inimigos de Deus e de sua Igreja? Estamos testemunhando o que se afirmou na Mensagem de Fátima: virão “as perseguições à Igreja”? Presenciando o que foi anunciado por Nosso Senhor Jesus Cristo: “Se eles me perseguiram, também vos perseguirão” (Jo 15,20)?

A raça da Virgem e a raça da serpente

A Sagrada Escritura, já nos seus primórdios, nos relata a queda de nossos primeiros pais, Adão e Eva, e a promessa de vitória, ao dizer: “Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela; ela esmagará a tua cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”(Gn 3,15). Anuncia o nascimento de duas raças espirituais, a raça da Virgem, “agora sois filhos da luz” (Ef 5, 8-9) e a raça maligna da serpente, Satanás, aqueles que praticam “as obras das trevas” (Ef 5, 11). O confronto entre ambas só cessará, no fim do mundo. Mas, ao longo da História, a raça da serpente foi -segundo lhe era conveniente pelas circunstâncias- escondendo ou mostrando, suas “garras”.

 

Vemos, em nossos dias, os fiéis católicos testemunhando entristecidos, cheios de perplexidade e até com certo temor, estes sacrílegos acontecimentos. Diante dos perigos que isso significa, eles querem permanecer fiéis, pois têm a marca de Deus gravada em seus corações. Nas palavras de São Paulo: “com temor e tremor”, “como filhos de Deus sem mácula, no meio desta geração perversa e depravada, entre a qual brilhas como luz do mundo, mantendo firme a palavra da vida” (Fl 2, 12-15).

Vemos, em nossos dias, os fiéis católicos testemunhando entristecidos, cheios de perplexidade e até com certo temor, estes sacrílegos acontecimentos. Diante dos perigos que isso significa, eles querem permanecer fiéis, pois têm a marca de Deus gravada em seus corações. Nas palavras de São Paulo: “com temor e tremor”, “como filhos de Deus sem mácula, no meio desta geração perversa e depravada, entre a qual brilhas como luz do mundo, mantendo firme a palavra da vida” (Fl 2, 12-15).

 

O mundo de hoje vive “nas trevas” da Fé. O mal, no século XXI, com todos os meios materiais para destruir o Bem, teme a palavra dos bons. Sabe que o Bem é invencível e que a Igreja é imortal.

A causa profunda deste ódio, por trás do qual evidentemente está o diabo, é o reflexo nos filhos da Virgem, os fiéis católicos, de sua Pureza Imaculada. Encontramos aí a causa mais profunda do ódio de tantos ataques.

Apesar das aparentes desproporções diante do poder dos ímpios, devemos nos alegrar porque a vitória será sempre da Santíssima Virgem, «porque para Deus nada é impossível» (Lc 1,37).

A Virgem triunfará

A Santíssima Virgem é a Rainha que veio -através de suas diversas aparições ao longo dos últimos séculos- preparar a Humanidade para os ataques por excelência entre estas duas raças: os filhos da luz e os filhos das trevas. Dando fervor aos bons e confundindo os maus. A luta que nos relata o livro do Apocalipse foi um prenúncio: “Um grande sinal apareceu no Céu: uma mulher vestida de sol, com a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça”, “e apareceu outro sinal no céu: um dragão vermelho”, “e houve uma batalha no céu: São Miguel e os seus anjos lutaram contra o dragão”, “e não havia lugar para eles no céu” (Ap 12, 1-8).

 

Termino aqui este apaixonante tema com uma resposta aos que blasfemam, gritando em fúria como demônios, contra a Santa Igreja: “Deus não existe” ou “Igreja lixo”, com a frase do poeta francês Edmond Rostand: “Insultem o sol que ele brilhará da mesma forma”.

Por Padre Fernando Gioia, EP

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho

www.reflexionando.org

(Publicado originalmente em ‘La Prensa Gráfica’, El Salvador, 30 de agosto de 2020)

 https://gaudiumpress.org/

O batismo de crianças

Apologética
Veritatis Splendor
  • Autor: Antoine Valentim
  • Fonte: Site “The Bible Defends the Catholic Church!”
  • Tradução: Carlos Martins Nabeto

A Bíblia sugere o batismo de todos, o que inclui as crianças

  • Atos 2,38-39: “Disse-lhes Pedro: ‘Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe – a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar’.”
  • Atos 16,15: “Depois que foi batizada, ela e a sua casa, rogou-nos dizendo: ‘Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali’. E nos constrangeu a isso.”
  • Atos 16,33: “Tomando-os o carcereiro consigo naquela mesma noite, lavou-lhes os vergões; então logo foi batizado, ele e todos os seus.”
  • Atos 18,8: “Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor, com toda a sua casa; e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados.”
  • 1Coríntios 1,16: “Batizei também a família de Estéfanas; além destes, não sei se batizei algum outro”.

O Batismo é necessário a todos, inclusive às crianças

  • João 3,5“Jesus respondeu: ‘Em verdade, em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus’.”
  • Romanos 6,4: “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo ressurgiu dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.”

“Todos pecaram” em razão do pecado de Adão, inclusive as crianças

  • Romanos 3,23: “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”
  • Romanos 5,12.19: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Pois como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão feitos justos.”
  • Salmo 51[52],5: “Certamente em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe.”

A Circuncisão (em geral realizada em crianças, cf. Gênesis 17,12), foi substituída pelo Batismo

  • Colossences 2,11-12: “Nele também fostes circuncidados com a circuncisão não feita por mãos no despojar do corpo da carne, a saber, a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados com ele no batismo, nele também ressurgistes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.”

As crianças podem crer

  • Marcos 9,42“E quem escandalizar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado ao mar”
  • Lucas 1,41-44“Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre, e Isabel foi cheia do Espírito Santo. Exclamou ela em alta voz: ‘Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. De onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Ao chegar-me aos ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre.”
  • Salmo 22[23],9-10: “Contudo, tu me tiraste do ventre; tu me preservaste, estando eu ainda aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre da minha mãe.”
Veritatis Splendor

Católicos vietnamitas “felizes” pela construção de paróquia após 54 anos de espera

Imagem referencial. Crédito: Pixabay

HANOI, 31 ago. 20 / 10:00 am (ACI).- No dia 21 de agosto, as autoridades da província de Lai Chau (Vietnã) concederam oficialmente permissão à Diocese de Hung Hoa para estabelecer uma paróquia após 54 anos de espera.

Esta autorização permite comprar as terras e construir a paróquia que ficará situada na capital da província, concretamente no município de San Thang.

Pe. Joseph Nguyen Van Ninh será o pároco encarregado do cuidado pastoral dos 2.791 católicos da comunidade.

Mary Nguyen Phuong Quy, uma fiel católica de Lai Chau, declarou à UCA News: "Estamos felizes porque a partir de agora poderemos organizar publicamente nossas atividades que antes eram consideradas ilegais".

Pe. Peter Pham Thanh Binh, responsável do decanato Lao Cai Lai Chau, que ofereceu seu cuidado pastoral aos fiéis de 2006 a 2016, explicou à UCA News que os católicos daquela área aguardam a construção da paróquia provavelmente desde que começaram a se mudar para a província em 1966.

Durante os anos em que o Pe. Bihn esteve na zona, pediu insistentemente às autoridades permissão para realizar suas atividades de culto, apresentando até cinco petições desde 2007.

Segundo destacam, a província tem cerca de 20 comunidades católicas. Nas aldeias Hmong, não têm uma paróquia e, portanto, realizam suas reuniões nas casas dos fiéis.

Os sacerdotes que visitaram a comunidade tinham que pedir autorização ao governo e antes de trabalhar com os católicos locais deveriam apresentar uma lista das pessoas que encontrariam, além de manter um encontro com as autoridades, que acompanham de perto cada um dos seus movimentos.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

 

Ministério da Saúde revoga portaria que abria brechas para a prática do aborto

Imagem referencial / Crédito: Unsplash

BRASILIA, 31 ago. 20 / 01:48 pm (ACI).- O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial de sexta-feira, 28 de agosto, uma portaria que dispõe sobre o aborto no Sistema Único de Saúde (SUS), em casos não puníveis, e revoga trechos de uma anterior, de 2005, que abria brechas para esta prática no Brasil.

“Essa portaria é uma importante iniciativa pró-vida que acaba desfazendo aquilo que foi feito pelos governos do PT com aquelas normas técnicas”, as quais “favoreceram a extensão da prática do aborto na rede hospitalar pelo SUS, com dinheiro público, aproveitando-se dos casos de estupro para poder criar aquelas situações de comoção” e, assim, “alargar as condições para que a legislação flexibilizasse” as restrições ao aborto, explicou o coordenador do Movimento Legislação e Vida, Prof. Hermes Rodrigues Nery.

Vale ressaltar que a prática do aborto é ilegal no Brasil, sendo despenalizada apenas nos casos de gravidez decorrente de estupro, risco comprovado de vida para a mãe e, mais recentemente, no caso de bebês diagnosticados com anencefalia.

Com Portaria nº 2.282, que dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS, “o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello acatou a sugestão da Associação Guadalupe que, em 13 de fevereiro de 2020, havia feito o pedido à Defensoria Pública da União para a revogação da Norma Técnica 1508/2005”, explicou o especialista.

Esta Portaria determina a obrigatoriedade de “notificação à autoridade policial” em casos de estupro e que a gestante deve ser informada sobre a “possibilidade de visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia”.

Em seu artigo 1º, estabelece que “é obrigatória a notificação à autoridade policial pelo médico, demais profissionais de saúde ou responsáveis pelo estabelecimento de saúde que acolheram a paciente dos casos em que houver indícios ou confirmação” deste crime.

Nesse sentido, determina que sejam preservadas “possíveis evidências materiais do crime de estupro a serem entregues imediatamente à autoridade policial, tais como fragmentos de embrião ou feto com vistas à realização de confrontos genéticos que poderão levar à identificação do respectivo autor do crime”.

Em seguida, a portaria estabelece quatro fases que compõem o “Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei”, as quais “deverão ser registradas no formato de termos, arquivados anexos ao prontuário médico, garantida a confidencialidade desses termos”.

Nessas fases, a equipe médica deverá informar a mulher “acerca da possibilidade de visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia”, bem como sobre os “os desconfortos e riscos possíveis à sua saúde”.

Além disso, estabelece o Termo de Responsabilidade, que deverá ser assinado pela gestante ou responsável legal ou, se for incapaz, também de seu representante legal, com a advertência sobre previsão dos crimes de falsidade ideológica e de aborto, se a mulher não tiver sido vítima de estupro.

Para Prof. Nery, com essas medidas, esta nova portaria “reforça a penalização ao estuprador”. Além disso, ao permitir que “as mães possam ver o bebê na ultrassom” e fornecer a elas “informações sobre o risco do aborto”, permite que as mulheres possam “decidir se querem fazer ou não o aborto. E, é evidente que, elas tendo essas informações, elas acabam não abortando”, completou.

Histórico

Segundo Prof. Hermes, que é especialista em Bioética, a Portaria 2.282 é “uma importante iniciativa pró-vida do governo federal”, uma vez que “põe certo freio na extensão da prática do aborto na rede pública hospitalar, com dinheiro público”.

Essas medidas, explicou, buscam “ajustar as normas técnicas diante da legislação atual, além de garantir segurança jurídica aos profissionais de saúde”, isso tendo em vista “como as brechas abertas pela Portaria 1508/2005 permitiram a extensão da prática do aborto na rede hospitalar, com dinheiro público, prática esta intensificada desde 5 novembro de 1998 (em âmbito nacional), com a promulgação da Norma Técnica ‘Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes’, editada pelo então Ministro da Saúde José Serra”.

Prof. Hermes recordou que, “a prática do aborto em órgão público teve início em 1989, no Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro, em São Paulo, com a Portaria 692/89, na gestão da prefeita Luiz Erundina (PT/SP)”. Depois, expandiu-se por outras regiões.

O especialista citou uma explicação dada pelo sacerdote pró-vida, Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, ao analisar a norma técnica, segundo o qual, de acordo com esta norma, a mulher não precisava “provar que sofreu violência sexual para requerer o aborto”, pois os documentos comprobatórios eram apenas “recomendados”, precisando a vítima apresentar apenas o Boletim de Ocorrência Policial, o que permitiu que fossem abertas “portas para a falsificação de estupros e o aborto em série”.

Entretanto, assinalou Prof. Hermes, “a agenda do aborto avançou com mais força nos governos lulopetistas, com a edição de novas Normas Técnicas (nas gestões dos Ministros da Saúde Humberto Costa e Saraiva Felipe), dentre elas, esta que foi revogada agora”.

O especialista em Bioética explicou que “o ato administrativo que oficializou a prática do aborto na rede pública hospitalar do País foi a Portaria 1145 (Humberto Costa), de 8 de julho de 2005, de vigência curta, até a edição da Portaria 1508, de seu sucessor Saraiva Felipe, chamada ‘a portaria do aborto’”.

“Foi esta a portaria revogada agora pelo Ministro Eduardo Pazuello”, pontuou.

ACI Digital

 

Bartolomeu I: não há progresso com base na destruição da natureza

Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação
Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação  (AFP or licensors)

Em sua Mensagem para o Dia de Oração pelo Cuidado da Criação em 1º de setembro, o Patriarca Ecumênico Ortodoxo é claro: a biodiversidade destruída e o equilíbrio climático em colapso exigem uma ação conjunta de indivíduos e governos, "o desenvolvimento não pode continuar sendo um pesadelo para a ecologia".

Alessandro De Carolis – Vatican News

A pergunta que chega na metade da mensagem faz com que se pare e reflita: "Por quanto tempo ainda a natureza vai suportar discussões e consultas infrutíferas e inúmeros atrasos adicionais na tomada de medidas decisivas para sua proteção?". É uma questão que não pode ser contornada e sobre a qual o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, concentra sua mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação de 1º de setembro.

Um imperativo categórico

A questão é precedida por uma análise realista: "É uma convicção compartilhada - escreve Bartolomeu I - que, em nosso tempo, o ambiente natural está ameaçado como nunca antes na história da humanidade" e a extensão da ameaça é deixada clara, diz ele, pelo fato de que "o que está em jogo não é mais a qualidade, mas a preservação da vida em nosso planeta". Estamos testemunhando, "a destruição do ambiente natural, da biodiversidade, da flora e da fauna, a poluição dos recursos aquáticos e da atmosfera, o colapso progressivo do equilíbrio climático" e outros excessos. Um complexo de situações, observa Bartolomeu I, que mostra como "a integridade da natureza" é um "imperativo categórico" para a humanidade contemporânea. E, no entanto, não é compreendido em sua importância em todos os níveis.

A ilusão da natureza que se “auto-regenera”

Enquanto em nível pessoal, de grupos e organizações, vem à tona uma "grande sensibilidade e responsabilidade ecológica", o mesmo não acontece - observa o Patriarca de Constantinopla - se considerarmos os administradores de assuntos públicos. "Nações e agentes econômicos não são capazes - em nome das ambições geopolíticas e da "autonomia da economia" - de tomar as decisões corretas para a proteção da criação", é a observação do Patriarca ortodoxo, e de fato cultivam "a ilusão" de que "o ambiente natural tem o poder de se renovar".

Deixar de ser pesadelo

A crise da Covid, comenta o Patriarca, demonstrou o impacto da atividade humana na criação, com a queda da poluição registrada durante o lockdown. Portanto, Bartolomeu I é convicto de que, se a indústria de hoje, os transportes, o sistema econômico baseado na "maximização do lucro" tem um "impacto negativo sobre o equilíbrio ambiental", uma "mudança na direção de uma economia ecológica é uma necessidade que não se pode evitar". Não há um progresso verdadeiro baseado na destruição do ambiente natural". É inconcebível", continua ele, "que as decisões econômicas sejam tomadas sem levar em conta suas consequências ecológicas". O desenvolvimento econômico não pode continuar sendo um pesadelo para a ecologia”.

Igreja, “ecologia aplicada”

Na parte final da mensagem, Bartolomeu I recorda o grande compromisso do Patriarcado Ortodoxo com as questões ecológicas e a necessidade de colaborar a esse respeito. Afinal, ele conclui, "a própria vida da Igreja é uma ecologia aplicada. Os sacramentos da Igreja, toda sua vida de adoração, a ascese e vida comunitária, a vida diária de seus fiéis, expressam e geram o mais profundo respeito pela criação".

Vatican News

 

Hoje é celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

Imagem referencial / Crédito: Unsplash

REDAÇÃO CENTRAL, 01 set. 20 / 05:00 am (ACI).- A cada 1º de setembro, é celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, estabelecido pelo Papa Francisco em 2015, em consonância com o tema tratado em sua encíclica Laudato Si sobre o cuidado da casa comum.

Em uma carta enviada em 2015 para os presidentes do Pontifício Conselho Justiça e Paz e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o Papa sublinhou que “como cristãos, queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo”.

O Santo Padre afirmou naquela ocasião que este dia “oferecerá a cada crente e às comunidades uma valiosa oportunidade de renovar a adesão pessoal à própria vocação de protetores da criação, elevando a Deus uma ação de graças pela maravilhosa obra que Ele confiou a nosso cuidado, invocando sua ajuda para a proteção da criação e sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo no qual vivemos”.

O Papa pediu que as várias conferências episcopais de todo o mundo celebrem este dia com diversas iniciativas nas quais se envolvam sacerdotes, religiosos e leigos.

Do mesmo modo, incentivou que esta ocasião seja também um motivo para estreitar os laços ecumênicos com outros cristãos. Cabe ressaltar que esta atividade já vinha sendo celebrada na Igreja Ortodoxa há muito tempo.

O Papa Francisco, em sua encíclica Laudato Si, propôs duas orações pela criação:

Oração pela nossa terra

Deus Onipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais conosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz.

Oração cristã com a criação

Nós Vos louvamos, Pai,
com todas as vossas criaturas,
que saíram da vossa mão poderosa.
São vossas e estão repletas da vossa presença
e da vossa ternura.

Louvado sejais!
Filho de Deus, Jesus,
por Vós foram criadas todas as coisas.
Fostes formado no seio materno de Maria,
fizestes-Vos parte desta terra,
e contemplastes este mundo
com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura
com a vossa glória de ressuscitado.

Louvado sejais!
Espírito Santo, que, com a vossa luz,
guiais este mundo para o amor do Pai
e acompanhais o gemido da criação,
Vós viveis também nos nossos corações
a fim de nos impelir para o bem.

Louvado sejais!
Senhor Deus, Uno e Trino,
comunidade estupenda de amor infinito,
ensinai-nos a contemplar-Vos
na beleza do universo,
onde tudo nos fala de Vós.

Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão
por cada ser que criastes.
Dai-nos a graça de nos sentirmos
intimamente unidos
a tudo o que existe.

Deus de amor,
mostrai-nos o nosso lugar neste mundo
como instrumentos do vosso carinho
por todos os seres desta terra,
porque nem um deles sequer
é esquecido por Vós.

Iluminai os donos do poder e do dinheiro
para que não caiam no pecado da indiferença,
amem o bem comum, promovam os fracos,
e cuidem deste mundo que habitamos.

Os pobres e a terra estão bradando:
Senhor, tomai-nos
sob o vosso poder e a vossa luz,
para proteger cada vida,
para preparar um futuro melhor,
para que venha o vosso Reino
de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais!

Amém.

ACI Digital

 

S. EGÍDIO, ABADE

S. Egídio, Hans Memling (© St. Annen-Museum/Fotoarchiv der Hansestadt Lübeck)
S. Egídio, Hans Memling (© St. Annen-Museum/Fotoarchiv der Hansestadt Lübeck) 
(© St. Annen-
Museum/Fotoarchiv der Hansestadt Lübeck)

De eremita a abade

O túmulo de Santo Egídio, venerado em uma abadia, na região francesa de Nîmes, remonta, provavelmente, à época merovíngia, embora a sua inscrição não seja anterior ao século X, data em que foi composta a Vida do santo abade, permeada de prodígios.

Parte-se daqui, para se tentar reconstruir a vida de Egídio, cuja lenda mais popular indica que tenha vindo de Atenas, para viver como eremita, em um bosque junto à foz do rio Ródano, na França meridional, a fim de se entregar, com maior dedicação, ao serviço de Deus; transcorria o tempo em oração, vivendo com austeridade e jejuns; nutria-se de ervas, raízes e frutos selváticos; dormia na terra nua e seu travesseiro era uma rocha. Enternecido com por tantos sacrifícios, o Senhor teria mandado a Egídio uma cerva, para fornecer-lhe leite, todos os dias.

Entretanto, durante uma caça, o eremita foi descoberto por Flávio, rei dos Gotos, que se simpatizou por ele. De fato, por erro, o soberano lançou uma flecha contra a cerva, mas feriu o Santo, que se encontrava ao lado do animal que abrigava. Entre os dois nasceu uma amizade; o rei, que havia ficado comovido pelo ocorrido, decidiu oferecer a Egídio certa extensão de terra para construir uma abadia. Ali, o anacoreta, em troca da solidão, inevitavelmente perdida, teve a satisfação de ver crescer uma comunidade ativa de monges, da qual foi diretor espiritual até à sua morte, em 1° de setembro de 720. O mosteiro recebeu o nome de “Abadia de Saint-Gilles”.

Devoção e milagres

Junto com seus monges, Santo Egídio atuou uma grande obra de evangelização e civilização da região, atual Languedoc. Lavrou a terra, fertilizou os campos, até então incultos, abriu caminhos comerciais e, sobretudo, pregou o Evangelho, convertendo os pecadores e levando a fazer penitência.

Pelos seus muitos milagres, Egídio ficou conhecido em toda a França sob o nome de “santo taumaturgo”. Todavia, seu culto estendeu-se, segundo numerosos testemunhos, até à Bélgica, Holanda e Itália. Entre os lugares emblemáticos estão Tolfa, no Lácio, e Latronico, pequeno centro na região da Basilicata, onde, há quase três séculos, se renova o “milagre do maná”, atribuído ao Santo eremita. Na basílica dedicada ao santo Padroeiro, a partir de 1716, acontece em uma ou mais sextas-feiras de março, que, da pintura que representa Santo Egídio em penitência em um eremitério, “verte” um líquido incolor. O acontecimento, sobre o qual já falavam as crônicas, desde 1709, ocorreu de modo evidente, em 1716; narra-se que o povo, preocupado pelas muitas calamidades naturais, dirigia-se a Santo Egídio, para que as fizesse cessar. Suas orações foram atendidas e, provavelmente, aquele líquido recordava o “milagre” ocorrido.

No dia 22 de fevereiro de 1728, o Bispo local promulgou o decreto, segundo o qual o líquido podia ser recolhido, todas as vezes que se apresentasse. Desde então, o misterioso evento repete-se quase todos os anos e as pessoas o aguardam com ansiedade.

Vatican News

 

Santa Beatriz da Silva Menezes

A12.com

Beatriz nasceu no norte da África, numa colônia portuguesa. Ainda na infância, voltou com a família para Portugal. Ao completar vinte anos de idade, Beatriz foi para a corte da Espanha, pois sua tia Isabel, que se casara com o rei de Castela, convidou-a para ser sua primeira dama de honra.

Beatriz era uma jovem muito bela fisicamente, além de ser amável, culta, inteligente e educada nas virtudes cristãs. Logo que chegou despertou a admiração de todos. Isto provocou o ciúme e a inveja da rainha, que passou a maltratá-la. Beatriz tudo suportou sem falar nada para ninguém. No auge de seus sofrimentos, Beatriz entrega-se a Nossa Senhora e recebe a incumbência de fundar uma Ordem religiosa dedicada à Imaculada Conceição.

Imediatamente, deixou a corte e ingressou no mosteiro, onde cobriu seu rosto com um véu branco por toda a vida. Somente em 1479 Beatriz conseguiu realizar seu sonho e fundou uma nova congregação: a Ordem da Irmãs da Imaculada Conceição, conhecidas como concepcionistas.

Beatriz Menezes faleceu em 1490. Seu projeto de amor perpetuou e alcançou o mundo todo.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Santa Beatriz representa a força feminina da comunidade cristã. Sua perseverança diante dos sofrimentos revela sua fidelidade ao projeto de Cristo. Seu sonho de fazer os outros felizes transbordou seu coração e a fez iniciar um novo projeto de evangelização, fundando assim as irmãs concepcionistas. Que Deus nos inspire a lutar pelos mais fracos a exemplo de santa Beatriz.
Oração
Senhor, Pai de bondade, aprendemos com Santa Beatriz a aceitar os desafios da vida e nunca abandonar o projeto de Deus em favor da libertação da humanidade. Guia-nos pelos caminhos da sabedoria e do discernimento e ajudai-nos a Vos encontrar nos mais pequeninos e sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
 

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF