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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Francisco: com a gratidão, transmitimos esperança ao mundo

O Papa Francisco durante a Audiência Geral

Segundo o Papa, “para nós, cristãos, a ação de graças deu o nome ao Sacramento mais essencial que existe: a Eucaristia. Com efeito, a palavra grega significa exatamente isto: agradecimento”.

Vatican News

“A oração de ação de graças” foi o tema da catequese do Papa Francisco, realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico, nesta quarta-feira (30/12), na última Audiência Geral deste ano.

Para falar sobre o tema, o Pontífice inspirou-se na passagem do Evangelho de Lucas em que dez leprosos vão ao encontro de Jesus e o imploram a ter compaixão deles.

“Sabemos que para quantos sofrem de lepra, o sofrimento físico era acompanhado de marginalização social e religiosa. Eram marginalizados. Jesus não evita um encontro com eles”, mas “ouve o seu pedido, o seu grito de piedade, e os envia imediatamente aos sacerdotes”.

"Aqueles dez confiam n'Ele, partem imediatamente, e enquanto caminham, os dez são curados. Então, os sacerdotes poderiam ter verificado a sua cura e readmiti-los na vida normal. Mas aqui está o ponto mais importante: daquele grupo, apenas um, antes de ir ter com os sacerdotes, volta para agradecer a Jesus e louvar a Deus pela graça recebida. Somente um. Os outros nove continuam a sua estrada. Jesus observa que aquele homem era samaritano, uma espécie de “herege” para os judeus daquela época. Jesus comenta: «Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?» É comovente esta passagem", disse o Papa, acrescentando:

Agradecimento, motivo-guia dos nossos dias

Esta narração, por assim dizer, divide o mundo em dois: os que não agradecem e os que o fazem; os que tomam tudo como se lhes fosse devido, e os que aceitam tudo como dom, como graça. A oração de ação de graças começa sempre a partir do reconhecer-se precedido pela graça. Fomos pensados antes que aprendêssemos a pensar; fomos amados antes que aprendêssemos a amar; fomos desejados antes que brotasse um desejo no nosso coração. Se olharmos para a vida desta forma, então o “agradecimento” torna-se o motivo-guia dos nossos dias. Obrigado! Muitas vez nos esquecemos de dizer: obrigado!

Segundo Francisco, “para nós, cristãos, a ação de graças deu o nome ao Sacramento mais essencial que existe: a Eucaristia. Com efeito, a palavra grega significa exatamente isto: agradecimento”.

Como todos os fiéis os cristãos bendizem a Deus pelo dom da vida. Viver é, sobretudo, ter recebido. Receber a vida. Todos nós nascemos porque alguém desejou a vida para nós. Esta é apenas a primeira de uma longa série de dívidas que contraímos vivendo. Dívidas de gratidão.

“Na nossa existência, mais de uma pessoa fitou-nos com um olhar puro, gratuitamente. Muitas vezes são educadores, catequistas, pessoas que desempenharam o seu papel além da medida exigida pelo dever. E eles fizeram surgir em nós a gratidão. A amizade é também um dom pelo qual devemos estar sempre gratos.”

Ser portadores de gratidão

O Papa ressaltou que “este 'obrigado', que devemos dizer continuamente, este obrigado que o cristão partilha com todos, dilata-se no encontro com Jesus. Os Evangelhos atestam que a passagem de Jesus suscitava frequentemente alegria e louvor a Deus naqueles que o encontravam”.

As histórias de Natal são povoadas de pessoas orantes, cujos corações foram alargados pela vinda do Salvador. E também nós fomos chamados a participar deste imenso júbilo. Isto também é sugerido pelo episódio dos dez leprosos que foram curados. Naturalmente, todos eles ficaram felizes por ter recuperado a saúde, podendo assim sair daquela interminável quarentena forçada que os excluía da comunidade. Mas entre eles havia um que acrescentou alegria à alegria: além da cura, regozijou-se por ter encontrado Jesus. Não só está livre do mal, mas agora também tem a certeza de ser amado. Este é o centro: quando a pessoa agradece, dá graças, expressa a certeza de ser amado. Este é um grande passo. Ter a certeza de ser amado. É a descoberta do amor como a força que governa o mundo. Somos filhos do amor, somos irmão do amor, somos homens e mulheres de graça.

Francisco concluiu a sua catequese, convidando-nos “a estar na alegria do encontro com Jesus”, a cultivar a alegria e não deixar de agradecer. “Se formos portadores de gratidão, o mundo também se tornará melhor, talvez só um pouco, mas é suficiente para lhe transmitir um pouco de esperança. O mundo precisa de esperança e com a gratidão, com o comportamento de ação de graças, nós transmitimos um pouco de esperança. Tudo está unido e interligado, e cada um pode desempenhar a sua parte onde quer que esteja”. Não devemos “extinguir o Espírito que temos dentro e que nos leva à gratidão”. 

Vatican News

Orientações doutrinais para um discernimento pastoral

Presbíteros

Reflexão sobre a Amoris Laetitia do Prof. Mons. Ángel Rodríguez Luño, decano da faculdade de teologia da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma

A Exortação Apostólica Amoris laetitia oferece as bases para dar um novo e muito necessário impulso à pastoral familiar em todos os seus aspectos. O capítulo VIII se re­fere às delicadas situações em que a debilidade hu­mana mais se evidencia. A linha proposta pelo Papa Francisco pode resumir-se com as palavras que compõem o título do capítulo: “Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade”. Somos convidados a evitar os julgamentos sumários e as atitudes de rechaço e exclusão, e a assumir, em vez disso, a tarefa de discernir as diferentes situações, empreendendo com os interessados um diálogo sincero e cheio de misericórdia. “Trata-se de um itinerário de acompanhamento e discernimento que ‘orienta estes fiéis na tomada de consciência da sua situação diante de Deus. O diálogo com o sacerdote, no foro interno, concorre para a formação dum juízo correto sobre aquilo que dificulta a possibilidade duma participação mais plena na vida da Igreja e sobre os passos que a podem favorecer e fazer crescer. Uma vez que na própria lei não há gradualidade (cfr. Fa­miliaris consor­tio, 34), este discernimento não poderá jamais prescindir das exigências evangélicas de verdade e caridade propostas pela Igreja. ‘”[1]. Parece útil recordar alguns pontos que convém ter em conta para que o processo de discernimento seja conforme o ensinamento da Igreja[2], o que o Santo Padre pressupõe e de modo algum desejou alterar.

Pelo que concerne aos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, a Igreja ensinou sempre e em todo lugar que “quem tem consciência de estar em peca­do grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes de comungar”[3]. A estrutura fundamental do sacramento da Reconciliação “compreende dois elementos igualmente essenciais: de um lado, os atos do homem que se converte sob a ação do Espírito Santo, a saber, a contrição, a confissão e a satisfação; de outro lado, a ação de Deus por intermédio da Igreja.”[4]. Se faltasse completamente a contrição perfeita ou imperfeita (atrição), que inclui o propósito de mudar de vida e evitar o pecado, os pecados não poderiam ser perdoados, e não obstante fosse dada a absolvição, esta seria inválida[5].

O processo de discernimento deve ser coerente também com a doutrina católica sobre a indissolubilidade do matrimônio, cujo valor e atualidade o Papa Fran­cisco enfatiza fortemente. A ideia de que as relações sexuais no contexto de uma segun­da união civil são lícitas implica que essa segunda união fosse considerada um verdadeiro matrimônio, e nesse caso se entraria em contradição objetiva com a doutrina sobre a indissolubilidade, segundo a qual o matrimônio válido e consumado não pode ser dissolvido, nem sequer pelo poder vicarial do Romano Pontífice[6]; se, em vez disso, se reconhecesse que a segunda união não é verdadeiro matrimônio, porque o verdadeiro matrimônio é e continua sendo somente o primeiro, então se aceitaria um estado e uma condição de vida que “contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia”[7]. Se, ademais, a vida more uxorio na segunda união fosse considerada moral­mente aceitável, se negaria o princípio fundamental da moral cristã, segundo o qual as relações sexuais são lícitas somente dentro do matrimônio legítimo. Por essa razão, a Carta da Congregação para a Doutrina da Fé de 14 de setembro de 1994 dizia: “O fiel que convive habitualmente more uxorio com uma pessoa que não é a legítima esposa ou o legítimo marido, não pode receber a comunhão eucarística. Caso aquele o considerasse possível, os pastores e os confessores – dada a gravidade da matéria e as exigências do bem espiritual da pessoa e do bem comum da Igreja – têm o grave dever de adverti-lo que tal juízo de consciência está em evidente contraste com a doutrina da Igreja”[8].

O Papa Francisco recorda justamente que podem existir ações gravemente imorais sob o ponto de vista objetivo que, no plano subjetivo e formal, não sejam imputáveis ou não o sejam plenamente, devido à ignorância, ao medo ou a outros ate­nuantes que a Igreja sempre levou em conta.  À luz desta possibilidade, não se poderia afirmar que quem vive em uma situação matrimonial assim chamada “irregu­lar” objetivamente grave esteja necessariamente em estado de pecado mortal[9]. A questão é delicada e difícil, porque sempre se reconheceu que “de internis neque Ecclesia iudicat”, sobre o esta­do mais íntimo da consciência nem sequer a Igreja pode julgar. Por isso, a Declaração do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos acerca do cânon 915, citada pelo Papa Francisco[10], na qual se dizia que a proibição de receber a Eucaristia compreende também os fiéis divorciados que voltaram a casar, foi muito cuidadosa em preci­sar o que deve entender-se por pecado grave no contexto desse cânon. O texto da Declaração diz: “A fórmula ‘e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto’ é clara e deve ser compreendida de modo a não deformar o seu sentido, tornando a norma inaplicável. As três condições requeridas são: a) o pecado grave, entendido objetivamente, porque da imputabilidade subjetiva o ministro da Comunhão não poderia julgar; b) a perseverança obstinada, que significa a existência de uma situação objetiva de pecado que perdura no tempo e à qual a vontade do fiel não põe termo, não sendo necessários outros requisitos (atitude de desacato, admonição prévia, etc.) para que se verifique a situação na sua fundamental gravidade eclesial; c) o carácter manifesto da situação de pecado grave habitual.”[11].

A mesma Declaração esclarece que não se encontram nessa situação de pecado grave habitual os fiéis divorciados que voltaram a casar que, não podendo interromper a convivência por causas graves, se abstêm dos atos próprios dos cônjuges, permanecendo a obrigação de evitar o escândalo, posto que o fato de não viverem more uxorio é oculto[12]. Fora esse caso, em atenção pastoral a esses fiéis, será preciso considerar também que parece muito difícil que aqueles que vivem em uma segunda união tenham a certeza moral subjetiva do estado de graça, pois somente mediante a interpretação de sinais objetivos esse estado poderia ser conhecido pela própria consciência e pela do confessor. Ademais, seria preciso dis­tinguir entre uma verdadeira certeza moral subjetiva e um erro de consciência que o confessor tem a obrigação de corrigir, como se disse antes, já que na administração do sacramento o confessor é não somente pai e médico, mas também mestre e juiz, tarefas todas essas que certamente há de cumprir com a máxima misericórdia e delicadeza, e bus­cando antes de tudo o bem espiritual de quem busca a confissão.

Os aspectos doutrinais mencionados, que pertencem ao ensinamento multissecular de a Igreja, e muitos deles ao Magistério ordinário e universal, não devem im­pedir os sacerdotes de empenhar-se com espírito aberto e coração grande em um diálogo cordial de discernimento. Como escreveu o Papa Francisco, trata-se de “evitar o grave risco de mensagens equivocadas, como a ideia de que algum sacerdote pode conceder rapidamente ‘exceções’, ou de que há pessoas que podem obter privilégios sacramentais em troca de favores. Quando uma pessoa responsável e discreta, que não pretende colocar os seus desejos acima do bem comum da Igreja, se encontra com um pastor que sabe reconhecer a seriedade da questão que tem entre mãos, evita-se o risco de que um certo discernimento leve a pensar que a Igreja sustente uma moral dupla”[13]. Pelo contrário, sabendo que a variedade das circunstâncias particu­lares é muito grande, como muito grande é também sua complexidade, os princípios doutrinais antes mencionados deveriam ajudar a discernir o modo de ajudar às pesso­as interessadas em empreender um caminho de conversão que lhes conduza a uma maior integração na vida da Igreja e, quando seja possível, a recepção dos sacra­mentos da Penitência e da Eucaristia.

Mons. Angel Rodríguez Luño, Professor ordinário de teologia moral fondamental naPontificia Università della Santa Croce, em Roma.

Trad.: Viviane da Silva Varela.

[1] Francisco, Exortação Apostólica Pós-sinoidal Amoris laetitia, 19-III-2016, n. 300. A nota interna é do n. 86 da Relação final do Sínodo de 2015.

[2]  O Santo Padre assim o disse explicitamente em Amoris laetitia, n. 300.

[3]  Catecismo da Igreja Católica, n. 1385.

[4] Catecismo da Igreja Católica, n. 1448.

[5] Cfr. Catecismo da Igreja Católica, nn. 1451-1453; Concilio de Trento, Sess. XIV,Doutrina do sacramento da penitência, cap. 4 (Dz-Hü 1676-1678).

[6]  São João Paulo II, em seu discurso à Rota Romana, de 21-I-2000, n. 8, declarou que essa doutrina é definitiva.

[7]   São João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris consortio, 22-XI-1981, n. 84.

[8] Congregação para a Doctrina da Fé, Carta aos bispos da Igreja Católica acerca da recepção da Co­munhão eucarística por parte dos fiéis divorciados que voltaram a se casar, 14-IX-1994, n. 6.

[9] Cfr. Francisco, Amoris laetitia, n. 301.

[10] Cfr. Ibid., n. 302.

[11] Conselho Pontifício para os Textos Legislativos, Declaração acerca da admissibilidade à Sagrada Comunhão dos divorciados que voltaram a se casar, 24-VI-2000, n. 2.

[12] Cfr. ibidem. Não é demais ter em conta que não se pode exigir que os fiéis que vivem em uma se­gunda união civil garantam absolutamente que nunca mais terão relações. Basta que tenham o sin­cero e firme propósito de absterem-se. Às vezes somente um dos cônjuges pode ter esse propósito. Nesse caso, segundo as circunstâncias e a idade, pode ser suficiente para que possa receber os sacramentos, tratando sempre de evitar o escândalo.

[13]  Francisco, Amoris laetitia, n. 300.

Fonte: https://pt.zenit.org/articles/orientacoes-doutrinais-para-um-discernimento-pastoral/


Site: Presbíteros

Os mártires de 2020: os discípulos continuam a testemunhar Jesus Cristo

Enrique Vidal Flores/Unsplash | CC0
por John Burger

A perseguição aos cristãos leva ao sacrifício de mártires na Nigéria e na França.

Pode não ter atingido o nível de 2019, quando 29 missionários perderam a vida em todo o mundo, mas 2020 certamente teve sua cota de mártires.

Quase no início do ano, a esperança se transformou em tristeza quando um nigeriano de 19 anos – chamado Michael Ndadi – um dos quatro seminaristas que havia sido sequestrado em seu campus, foi encontrado morto.

“Com o coração muito pesado, desejo informar que nosso querido filho, Michael [Ndadi] foi assassinado pelos bandidos em uma data que não podemos confirmar”, disse o bispo Matthew Hassan Kukah de Sokoto, em um comunicado de 1º de fevereiro.

Quatro seminaristas foram sequestrados em 8 de janeiro, mas três deles foram libertados no final do mês. Os católicos nigerianos esperavam que o quarto fosse também liberado, mas então surgiram as más notícias.

Mártires de 2020 na Nigéria

A Nigéria continua a ser um país muito perigoso para os cristãos. Em meados de julho, cinco trabalhadores humanitários foram mortos pelo Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP), uma facção do Boko Haram no nordeste da Nigéria.

Em um vídeo, os combatentes disseram que as execuções foram um aviso a “todos aqueles que estão sendo usados ​​por infiéis para converter muçulmanos ao cristianismo”.

Europa

Também na Europa alguns cristãos perderam a vida em testemunho da fé. Em 29 de outubro, um suposto terrorista islâmico matou três pessoas que faziam adoração na Basílica de Notre Dame, em Nice, França.

Brahim Aoussaoui, 21, da Tunísia, que entrou na França depois de chegar em um barco de imigrantes à Itália em setembro, matou três pessoas aparentemente em resposta à defesa do presidente francês Emmanuel Macron de um professor exibindo charges do Profeta Muhammad. Esse professor já havia sido morto por outro jovem radical.

Em Nice, as três vítimas foram Simone Barreto Silva, 44, mãe de três filhos; uma senhora de 60 anos que foi à igreja para orar; e Vincent Loquès, o sacristão de 55 anos da igreja.

Nesta festa de Santo Estêvão, primeiro mártir de Cristo, rezamos para que estes novos mártires intercedam pela Igreja hoje.

Aleteia

20 Missionários Católicos foram assassinados em 2020

Guadium Press
De 2000 a 2020, foram assassinados 535 agentes pastorais em todo o mundo. Entre esses mortos encontram-se 5 Bispos.

Redação (30/12/2020, 14:35, Gaudium Press) De acordo com informações fornecidas pela Agência Fides, no ano de 2020 foram assassinados 20 missionários no mundo: 8 sacerdotes, 1 religioso, 3 religiosas, 2 seminaristas e 6 leigos.

Os assassinatos continente por continente

Fazendo uma análise por continente, separadamente, neste ano que se finda o número mais elevado de assassinatos foi registrado novamente na América. No Novo Mundo foram assassinados 5 padres e 3 leigos, perfazendo um total de 8 assassinatos.

No classificação do número de assassinatos vem em segundo lugar a África. No continente negro foram assassinados 1 sacerdote, 3 religiosos, 1 seminarista e 2 leigos, um total de 7 assassinatos.

O continente asiático viu serem assassinados 1 sacerdote, 1 seminarista e 1 leigo foram assassinados em 2020.

A Europa viu serem assassinados 1 sacerdote e 1 religioso.

 De 2000 a 2020, foram assassinados 535 agentes pastorais em todo o mundo. Entre esses mortos encontram-se 5 Bispos.
Guadium Press

Em 20 anos 535 missionários católicos foram mortos

Nos últimos 20 anos, de 2000 a 2020, foram assassinados 535 agentes pastorais  em todo o mundo. Entre esses mortos encontram-se 5 Bispos.

Em 2020, muitos agentes pastorais também foram assassinados durante tentativas de roubo, perpetrados com grande ferocidade, ou foram sequestrados ou se envolveram em tiroteios ou atos de violência em contextos em que atuavam marcados pela pobreza econômica e a degradação cultural, moral e ambiental, onde a violência e o desprezo pela vida e por todos os direitos humanos são quase normais. Nenhum deles realizou feitos ou ações marcantes, mas simplesmente compartilhou o mesmo cotidiano com a maioria da população, dando seu testemunho evangélico como um sinal de esperança cristã, informa a Fides. (JSG)

Guadium Press

Divulgadas as intenções de oração do Papa para 2021

Antoine Mekary | ALETEIA

A cada mês, Francisco rezará por um tema ligado à evangelização ou a assuntos universais.

O Vaticano divulgou as intenções de oração do Papa Francisco para 2021. A cada mês, como já é de costume, o pontífice dedica suas preces a uma intenção ligada à evangelização ou a uma questão universal.

O Papa confiou à Rede do Apostolado da Oração as intenções para os próximos 12 meses. O diretor do Apostolado, o sacerdote jesuíta Frédéric Fornos, comentou o tema da primeira intenção, ou seja, a fraternidade com os irmãos de outras religiões: “Esta urgente necessidade de irmandade não é nova, mas é uma chave de leitura das intenções de oração do Papa. Não acho que seja uma coincidência que as intenções para 2021 comecem assim. A fraternidade, que respeita e valoriza a diversidade, é o estilo do reino de Deus”.

Veja abaixo a íntegra do documento que divulga as intenções de oração do Papa para cada mês de 2021:

Janeiro

Pela evangelização ‐ A fraternidade humana

Rezemos para que o Senhor nos dê a graça de viver em plena fraternidade com os irmãos e irmãs de outras religiões, rezando uns pelos outros, abertos a todos.

Fevereiro

Universal ‐ A violência contra as mulheres

Rezemos pelas mulheres vítimas de violência, para que sejam protegidas pela sociedade e os seus sofrimentos sejam considerados e escutados.

Março

Pela evangelização ‐ O sacramento da reconciliação

Rezemos para que vivamos o sacramento da reconciliação com uma profundidade renovada, para saborear a infinita misericórdia de Deus.

Abril

Universal ‐ Os direitos fundamentais

Rezemos por aqueles que arriscam a vida lutando pelos direitos fundamentais nas ditaduras, nos regimes autoritários e também nas democracias em crise.

Maio

Universal ‐ O mundo das finanças

Rezemos para que os responsáveis das finanças colaborem com os governos para regulamentar a esfera financeira e proteger os cidadãos dos seus perigos.

Junho

Pela evangelização ‐ A beleza do matrimônio

Rezemos pelos jovens que se preparam para o matrimônio com o apoio de uma comunidade cristã, para que cresçam no amor, com generosidade, fidelidade e paciência.

Julho

Universal ‐ A amizade social

Rezemos para que, nas situações de conflitos sociais, econômicos e políticos, sejamos artífices corajosos e apaixonados do diálogo e da amizade.

Agosto

Pela evangelização ‐ A Igreja

Rezemos pela Igreja, para que receba do Espírito Santo a graça e a força de se reformar à luz do Evangelho.

Setembro

Universal ‐ Um estilo de vida eco sustentável

Rezemos para que todos façamos escolhas corajosas através de um estilo de vida sóbrio e ecossustentável, alegrando‐nos  pelos jovens  que  se empenham  resolutamente  por isso.

Outubro

Pela evangelização ‐ Discípulos missionários

Rezemos para que cada batizado seja envolvido na evangelização e disponível para a missão, através de um testemunho de vida que tenha o sabor do Evangelho.

Novembro

Universal ‐ As pessoas que sofrem de depressão

Rezemos para que as pessoas que sofrem de depressão ou de estresse encontrem nos outros um apoio e uma luz que as abra à vida.

Dezembro

Pela evangelização ‐ Os catequistas

Rezemos pelos catequistas, chamados a anunciar a Palavra de Deus, para  que  sejam testemunhas da Palavra com coragem e criatividade na força do Espírito Santo.

Aleteia

SOB O OLHAR DA MÃE MARIA INICIAMOS 2021!

Crédito: O Poeta
por Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

Mais um ano se inicia. Com o ano da graça de 2021 volvemos nossos corações para a Solenidade de Santa Mãe de Deus, Maria. Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes. Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador. Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa São Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo. Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.

As leituras que hoje nos são propostas exploram, portanto, estas diversas coordenadas. Elas evocam esta multiplicidade de temas e de celebrações.

Na primeira leitura(Nm 6,22-27), sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-se que a sua bênção nos proporciona a vida em plenitude.

Na segunda leitura(Gl 4,4-7), a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-lhe “abbá” (“papá”).

O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus (que se tornou realidade plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens. Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é sensível aos projetos de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização do projeto divino de salvação para o mundo.

Elevemos a Deus nosso canto de bênção, pedindo a paz e a alegria sobre todos os homens de boa vontade. Bênção, paz e alegria três verdades bíblicas quer inspiram-nos a celebrar esta Solenidade com maior ardor. A bênção de Deus sobre o seu povo é derramada com largueza, guardando-o e dando-lhe a paz. Assim, a terra exulta de alegria e, por isso, Deus é louvado nações(Sl 66). O exemplo mais belo, que reúne em si todas estas dádivas, é, sem dúvida, a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe. Em Santa Maria, o Senhor vem visitar-nos, quando “na plenitude dos tempos” envia seu Filho que faz de todos nós herdeiros do seu amor(Gl 4,4.7).

Unidos aos pastores, corramos pressurosos a fim de aprendermos a meditar nos corações os mistérios que nos foram revelados. Com Maria, entramos em um novo santuário. Um santuário preparado por Deus para que tenhamos a coragem de trilhar um ano de 2021 sob o seu olhar e a sua proteção. Senhora, invocada por tantos nomes, encoraja-nos desde a simplicidade de Belém, a fim de que nos alegremos com as maravilhas que nos são contadas.

Sob o olhar da Mãe Maria iniciamos 2021! Por isso, com Maria Santíssima, que nos dá a sua presença apontando para o seu Filho Jesus, possamos rezar: “Ao Rei dos séculos imortal e invisível honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém”.

CNBB

ONU e Fundação Soros celebram aborto legal na Argentina

Imagem referencial. Crédito: Fé Ngô / Unsplash.

Buenos Aires, 31 dez. 20 / 08:40 am (ACI).- A ONU Mulheres e a Open Society Foundations de George Soros celebraram e parabenizaram as feministas e o governo de Alberto Fernández pela legalização do aborto em 30 de dezembro.

Em publicação na rede social Twitter, a ONU Mulheres Argentina celebrou que o aborto "é lei" naquele país, por isso parabenizou "o movimento feminista e o Estado argentino por esta importante conquista".

https://twitter.com/ONUMujeresArg?

A celebração contou com a presença de outras sedes da ONU Mulheres, como a do México, a conta principal em espanhol da ONU Mulheres, assim como do escritório no México do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Por sua vez, Kavita Nandini Ramdas, diretora do Programa de Direitos Humanos da fundação Soros, expressou no Twittwer sua felicitação às feministas da Argentina e destacou que a legalização do aborto neste país é “um lembrete de que as eleições reais para as mulheres, incluem o aborto legal, seguro”.

Ramdas também disse que esta é “uma conquista notável de um movimento liderado por mulheres para o cuidado, a liberdade e a justiça social e econômica. Bravo Argentina! Nós celebramos!”.

Em 30 de dezembro, após 12 horas de debate, o Senado da Argentina aprovou, com 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção, o projeto de legalização do aborto promovido por Alberto Fernández, presidente do país.

O projeto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em 11 de dezembro.

A nova lei do aborto na Argentina permitirá livremente esta prática até 14 semanas de gestação, e durante os nove meses de gravidez com a justificativa de estupro ou "perigo à vida ou à saúde integral" da mãe.

Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o cientista político pró-vida argentino Agustín Laje disse que “é lógico que essas pessoas saiam para comemorar porque a legalização do aborto é promovida por agências internacionais, organismos internacionais e ONGs internacionais”.

“O aborto nunca foi uma demanda popular na Argentina”, enfatizou.

Citando pesquisas realizadas no país, Laje destacou que cerca de 75% dos argentinos rejeitam a legalização do aborto.

“Porém, quando se consomem os meios de comunicação, criam uma 'realidade' de que todo o país seria praticamente a favor do aborto”, alertou.

Laje destacou que "isso foi obviamente muito bem financiado pelas organizações que agora o celebram: ONU Mulheres, Open Society Foundations, IPPF (International Planned Parenthood Federation) e todas as outras siglas que já conhecemos muito bem".

"Não estou impressionado com o fato de que estão celebrando publicamente porque esta foi uma lei aprovada para eles, não para o povo argentino", disse.

O aborto, continuou, foi legalizado na Argentina "para apoiar os compromissos internacionais que tanto este governo como o anterior contraíram com órgãos muito importantes do poder globalista".

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

S. SILVESTRE I, PAPA

s. Silvestre I, papa  (© Musei Vaticani)

Papa “na liberdade de culto”

São Silvestre foi o primeiro Papa de uma Igreja que não devia mais se esconder nas catacumbas, por causa das perseguições dos primeiros séculos. No ano 313, durante seu Papado, o africano Milzíades e os imperadores Constantino e Licínio deram plena liberdade de culto aos cristãos. No ano seguinte, foi precisamente Silvestre a ocupar o sólio de Pedro.

Silvestre, sacerdote romano, cuja data de nascimento se ignora, - segundo o Liber Pontificalis – era filho de certo Rufino Romano. Ele foi artífice da passagem da Roma pagã para a Roma cristã e aquele que presenciou à construção das grandes Basílicas, por obra de Constantino.

Ainda segundo o Liber Pontificalis, por sugestão do Papa, Constantino fundou a Basílica de São Pedro, na Colina Vaticana, sobre um templo preexistente, dedicado a Apolo, onde sepultou o corpo do apóstolo Pedro. Graças às boas relações entre Silvestre e Constantino, surgiram a Basílica e o Batistério de São João em Latrão, perto do ex-palácio imperial, onde o Pontífice começou a morar; a Basílica do Sessorium (Basílica de Santa Cruz em Jerusalém) e a Basílica de São Paulo extra Muros.

No entanto, a memória de Silvestre é ligada, principalmente, à igreja in titulus Equitii, que recebe o nome de um presbítero romano, que, se diz, tenha construído esta igreja sobre sua propriedade. Ela ainda existe nas proximidades das Termas de Trajano, ao lado da Domus Aurea.

Papa “confessor da fé”

Ao invés, não se sabe se Silvestre participou das negociações sobre os Donatistas de Arles e o Arianismo, no primeiro Concílio Ecumênico da história, ocorrido em Niceia, no ano 325. Segundo alguns, ele nem teve a possibilidade de intervir. Entretanto, ele deve ter gozado de grande impacto entre seus contemporâneos, tanto que, ao morrer foi honrado, publicamente, com o título de “Confessor”. Aliás, ele foi um dos primeiros a receber este título, atribuído, a partir do século IV, a quem tivesse transcorrido uma vida sacrificada por Cristo, mesmo sem martírio.

Além do mais, este Papa, sem dúvida, contribuiu para a evolução da Liturgia. Durante o seu Pontificado, provavelmente, foi escrito o primeiro Martirológio Romano. O nome de Silvestre é ligado também à criação da Escola romana de Canto.

A Milícia Dourada

O Papa São Silvestre é o Padroeiro da Ordem cavalheiresca chamada Milícia Dourada ou também “Espora de Ouro”, que, segundo a tradição, foi fundada pessoalmente pelo imperador Constantino I. Após vários acontecimentos, ao longo dos séculos, o Papa Gregório XVI, em 1841, no âmbito de uma ampla reforma das Ordens equestres, separou a Milícia Dourada da Ordem do Papa São Silvestre, assegurando-lhe dignidade e estatutos próprios. Em 1905, Papa Pio X acrescentou outras modificações, que vigoram ainda hoje.

A Ordem prevê quatro classes: Cavaleiro, Comendador, Oficial (Grande-Oficial), Cavaleiro Grã-Cruz. Das três Ordens equestres, disciplinadas pela Santa Sé, a menor é a de São Silvestre; a classe mais alta pertence à Ordem Planária, seguida por aquela de São Gregório Magno.

Vatican News

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

PAPA CELEBRA AS VÉSPERAS DE ANO NOVO NESTA QUINTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO, NA BASÍLICA DE SÃO PEDRO, ÀS 13H, NO HORÁRIO DE BRASÍLIA

Vatican News
Nesta quinta-feira, 31 de dezembro, o Papa Francisco preside na Basílica Vaticana, às 13h – horário de Brasília, às Vésperas e o canto do Te Deum em Ação de Graças pelo ano de 2020, que foi marcado pela pandemia da Covid-19 que paralisou o mundo e matou milhares de pessoas.

Já na sexta-feira, dia 1° de janeiro, Francisco preside às 6h – horário de Brasília, a solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus e 54º Dia Mundial da Paz 2021, que traz como tema: “A cultura do cuidado como percurso de paz”. Todas as missas serão transmitidas pelo Vatican News, com comentários em português.

O texto que faz referência a pandemia e pontua que a Covid-19 agravou outras crises, como a climática, a alimentar, a econômica e a da migração.

“O ano de 2020 ficou marcado pela grande crise sanitária da covid-19, que se transformou num fenômeno plurissetorial e global, agravando fortemente outras crises interrelacionadas como a climática, alimentar, econômica e migratória, e provocando grandes sofrimentos e incómodos”, escreve o papa na mensagem.

Francisco lembrou ainda no texto das pessoas que perderam familiares ou entes queridos, os que ficaram sem trabalho, fez um agradecimento especial aos que trabalham em hospitais e centros de saúde e fez um apelo às autoridades para que as vacinas sejam acessíveis a todos.

Toda a mensagem do Pontífice, enfim, é estruturada para afirmar o princípio de que não há paz sem a cultura do cuidado.

“Neste tempo, em que a barca da humanidade, sacudida pela tempestade da crise, avança com dificuldade à procura dum horizonte mais calmo e sereno, o leme da dignidade da pessoa humana e a «bússola» dos princípios sociais fundamentais podem consentir-nos de navegar com um rumo seguro e comum. Como cristãos, mantemos o olhar fixo na Virgem Maria, Estrela do Mar e Mãe da Esperança”, destaca o texto.

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.

Ano Novo

  • Dia 31 de dezembro: vésperas e o Te Deum de Ação de Graças pelo ano que passou será às 13h, na Basílica de São Pedro – horário de Brasília
  • Dia 1° de janeiro: solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus e 54º Dia Mundial da Paz, a missa será às 6h na Basílica vaticana – horário de Brasília
  • Dia 6 de janeiro: solenidade da Epifania, a missa será às 6h, novamente na Basílica de São Pedro – horário de Brasília

Todos os horários desta matéria já foram ajustados para o horário de Brasília que é 4 horas a menos em relação à Roma. As celebrações poderão ser acompanhadas na página do Vatican News que terá comentários em português

Origem do “Te Deum”

O Te Deum é um hino litúrgico tradicional. Seu texto foi musicado por vários compositores, entre os quais Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Joseph Haydn, Hector Berlioz, Anton Bruckner, Antonín Dvorák, e até o imperador do Brasil, Dom Pedro I.

O Te Deum “é um hino muito antigo, alguns atribuem até a Santo Ambrósio e Santo Agostinho, mas já no século VI, São Bento fez menção a este hino. Trata-se de um hino de louvor a Deus, de ação de graças.

Este hino, que inicia com as palavras “Te Deum laudamos” (“a vós, ó Deus, louvamos”), tem um sentido trinitário porque menciona três pessoas, fazendo com que nós nos unamos aos anjos quando dizem: “A Ti aclamam todos os Anjos, os céus, todas as potestades, os querubins e os serafins”.

Assim, nós nos unimos a esta aclamação dos anjos a Deus, dizendo “Santo, Santo, Santo”, como na Missa. Com este canto, também pedimos a Deus que venha em socorro dos seus servos.

Este hino é cantado na tarde do último dia do ano (31), no final das Primeiras Vésperas da Solenidade da Santa Mãe de Deus. Antigamente esta celebração era comum.

Na história do Brasil, sabemos que quando Dom João VI chegou em terras brasileiras, ao desembarcar foi à Catedral para participar do canto do Te Deum. Quando Dom Pedro I e Dom Pedro II visitavam as cidades eram recebidos com este canto de agradecimento. Não eram celebradas Missas, mas o Te Deum.

A celebração das Vésperas, que contava com uma homilia, algum canto, uma celebração litúrgica, se perdeu um pouco no século XIX. Hoje em dia, é prescrita para o Ofício Divino, aos domingos, festas e solenidades, equivalente ao Glória da Missa.

Anos atrás, Paulo VI e João Paulo II iam à igreja dos jesuítas, Igreja do Jesus, em Roma, no último dia do ano e presidiam ao hino do Te Deum. Muitas vezes, este canto se faz durante a exposição do Santíssimo Sacramento. (MT)

Veja aqui a íntegra da mensagem do 54º Dia Mundial da Paz

Com informações e foto de capa: Vatican News

CNBB

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF