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sexta-feira, 2 de julho de 2021

Cardeal Tolentino: “Igreja em África é uma força de esperança para a Igreja universal”

Dom José Cardeal José Tolentino de Mendonça,
em Benguela (Angola) 

Em conversa com os jornalistas no final da sua visita a Angola, e mais concretamente às Dioceses de Benguela e Luanda, D. José Cardeal Tolentino de Mendonça, Arquivista e Bibliotecário da Biblioteca Apostólica do Vaticano, afirmou que a Igreja em África é hoje uma força de esperança para a Igreja universal, e apontou pilares para a caminhada das missões do Evangelho.

Anastácio Sasembele – Luanda, Angola

“O que vi é a vitalidade do povo de Deus destas Igrejas do grande Continente africano e o contributo que dão, porque a Igreja nutre-se do testemunho da fé, do empenho do compromisso dos cristãos”, ressaltou o Cardeal responsável pelo Arquivo da Biblioteca Apostólica do Vaticano.

Angola tem uma caminhada de mais de 500 anos de evangelização. Questionado sobre o que o Arquivo e a Biblioteca do Vaticano conservam sobre a história de evangelização em Angola, D. José Cardeal Tolentino de Mendonça disse que estas instituições são lugares de memória da Igreja universal, pelo que não há nação nenhuma, cultura ou língua que não entra ali e não se encontra representada por um documento da sua igreja ou história.

E sobre as religiões não cristãs no Continente africano, D. José Cardeal Tolentino de Mendonça afirmou ser uma realidade da história humana, e é belo ver esse desejo de uma relação com o espiritual que habita o coração da pessoa humana e este aspecto, esta presente no homem e na mulher do Continente berço da humanidade.

E ao responder a questão sobre a criação de novas dioceses em Angola D. Tolentino realçou que são os Bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) que têm o conhecimento da realidade que em união e discernimento com a Igreja universal e a Santa Sé vão amadurecendo as melhores decisões para um crescimento e serviço segundo as necessidades da Igreja em Angola.

D. José Cardeal Tolentino de Mendonça esteve em Angola de 17 a 23 de Junho e participou das festividades do encerramento do jubileu dos 50 anos da diocese de Benguela.

D. José Cardeal Tolentino de Mendonça é português, mas nasceu na cidade do Lobito (Angola) e baptizado na paróquia de São Pedro do Liro.

Atualmente dirige a biblioteca da Santa Sé, uma das mais antigas e históricas instituições bibliotecárias do mundo.

Fonte: Vatican News

Assassino que encontrou a misericórdia de Deus na prisão segue rumo à beatificação

Jacques Fesch / Crédito: Divulgação

REDAÇÃO CENTRAL, 30 jun. 21 / 04:19 pm (ACI).- Jacques Fesch foi um francês condenado à morte por homicídio. Na prisão, encontrou-se com a misericórdia divina, converteu-se e se entregou nas mãos de Deus. Foi guilhotinado em 1957 e, agora, está a caminho de ser beatificado.

“Declarar santo a alguém não significa para a Igreja admirar os méritos dessa pessoa, mas propor um exemplo da conversão de alguém que, independentemente de sua caminhada humana, foi capaz de ouvir a voz de Deus e se arrepender. Não há pecado tão grave que impeça o homem de chegar a Deus, que lhe propõe a salvação”, disse o então arcebispo de Paris, cardeal Jean Marie Lustiger, quando abriu formalmente a causa de beatificação de Fesch em 1993.

Jacques Fesch nasceu em 6 de abril de 1930, em Saint-Germain-en-Laye, França. Era filho de um banqueiro de origem belga, ateu, que viveu distante dos filhos e se divorciou da esposa. Fesch foi educado na religião católica por sua mãe, mas abandonou a fé aos 17 anos.

Após ter sido enviado para combater pelo exército francês na Alemanha, voltou para França e se casou com Pierrette Polack, que estava grávida dele. Eles tiveram uma filha. Fesch frequentava outras mulheres e teve outro filho, que foi entregue a um orfanato.

Depois de trabalhar por um tempo em um banco, Fesch decidiu abandonar tudo, inclusive a família e comprar um barco para viajar pelo mundo. Sem dinheiro para a empreitada, decidiu assaltar uma casa de câmbio em 25 de fevereiro de 1954. Como o cambista reagiu, o jovem o atingiu com duas coronhadas na cabeça.

Ao fugir, deparou-se com o policial Jean Vergne, de 35 anos, viúvo e pai de uma menina. Fesch matou o policial com três tiro, foi preso e, em 1957, condenado à morte.

Na prisão de La Santé, foi levado ao capelão, mas se mostrava indiferente e dizia que não era um homem de fé.

Na noite de 28 de fevereiro de 1955, Fesch teve sua conversão. “Estava deitado, olhos abertos, realmente sofrendo pela primeira vez na vida. Repentinamente, um grito saiu de meu peito, uma súplica por ajuda – Meu Deus – e, como um vento impetuoso que passa sem que soubesse de onde vem, o Espírito do Senhor me agarrou pela garganta. Tive a impressão de um infinito poder e de uma infinita bondade que, daquele momento me fez crer com convicção que nunca estive abandonado”, contou no livro que ele próprio escreveu.

Jacques Fesch se encantou pelas figuras de São Francisco de Assis, Santa Teresa D’Ávila e Santa Teresinha do Menino Jesus, a quem chamava “minha pequena Teresa”. Na prisão, dizia que havia duas formas de se viver, rebelar-se contra a própria situação ou adotar um estilo de vida monástico. Ele optou pela segunda. De sua cela, transmitia sua fé a muitos por meio de cartas.

Em uma de suas cartas a um amigo, contou: “Acabo de receber a comunhão, é uma grande alegria! ‘Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim’”. E em outro trecho disse que passou a ter “realmente a certeza de começar a viver pela primeira vez. Tenho a paz e um sentido na vida, ao passo que antes não passava de um morto-vivo”.

Quando a data de sua decapitação foi marcada, Fesch decidiu aguardar por este momento em paz e oração, enxergando-a como uma forma de santificação. “Que cada gota do meu sangue apague um pecado mortal”, escreveu em seu diário.

Na véspera da execução, escreveu: “Último dia de luta. Amanhã, nesta hora, estarei no Paraíso. Que eu morra, se essa for a vontade do bom Deus. A noite avança e eu fico cada vez mais apreensivo. Meditarei na agonia do Senhor no Horto das Oliveiras. Oh, bom Jesus, ajudai-me, não me abandoneis. Mais cinco horas, e estarei na verdadeira Vida. Mais cinco horas, e eu verei Jesus!”.

No dia 1º de outubro de 1957, Jacques Fesch morreu guilhotinado. Quando os guardas chegaram à sua cela para buscá-lo, encontraram-no de joelhos, em oração, ao lado da cama arrumada. Suas últimas palavras foram: “Senhor, não me abandone, eu confio em Ti”.

A história de Jacques Fesch é relatada em seu diário de prisão. A Editora Santo Thomas More está realizando uma campanha de financiamento para publicar este livro no Brasil. Segundo a editora, parte dos livros será doada para “pessoas que estão em situações mais vulneráveis em nossa sociedade”, como presidiários, jovens infratores, moradores de rua.

Fonte: ACI Digital

São Bernardino Realino

S. Bernardino Realino | ArquiSP
02 de julho

São Bernardino Realino

Bernardino nasceu no dia 1o de dezembro de 1530, na rica e nobre família dos Realino, na ilha de Capri, em Nápoles. O jovem Bernardino aprofundou-se nas ciências humanísticas, estudando na academia de Modena e depois na Universidade de Bolonha, formando-se em filosofia, medicina, direito civil e eclesiástico.

Com vinte e cinco anos de idade, enveredou por uma carreira administrativa sob a proteção do governador de Milão, um cardeal amigo pessoal de seu pai. Bernardino ocupou cargos importantes, social e politicamente. Foi prefeito de Felizzano de Monferrato, advogado fiscal em Alexandria, depois prefeito de Cassine, prefeito de Castel Leone e, finalmente, auditor e lugar-tenente de Nápoles.

Todavia abandonou tudo, pois, quando doente, recebeu a aparição de Nossa Senhora carregando o Menino Jesus nos braços. Era o ano de 1564. Desde então, com a ajuda de um padre jesuíta que se tornou seu orientador espiritual, Bernardino assumiu definitivamente a vida religiosa. Aos trinta e cinco anos de idade, ele foi ordenado padre jesuíta. Além de continuar o trabalho social em favor dos pobres, que sempre realizara, tornou-se um perfeito pastor de almas: evangelizador e confessor.

Possuindo o dom da cura e do conselho, era procurado por bispos e príncipes que desejavam sua iluminada orientação. O próprio papa Paulo V, assim como diversos soberanos, lhe escrevia, pedindo orações.

Em 1574, foi enviado a Lecce para fundar um colégio jesuíta, onde exerceu o apostolado durante quarenta e dois anos. A sua atuação na comunidade foi tão vital para todos, que, quando estava no seu leito de morte, ele se viu cercado pelo Conselho Municipal, que pedia sua proteção eterna para a cidade.

Equivale a dizer que estavam lhe pedindo ainda em vida que aceitasse ser o padroeiro daquela diocese, tal a sólida fama de sua santidade. Talvez um fato único já registrado pelos católicos. Isso porque santo protetor toda cidade escolhe um. Eleger um santo patrono antes mesmo de este ser canonizado também não é uma situação nova na história das comunidades cristãs. Mas pedir permissão pessoalmente a um homem para que aceite de viva voz ser o padroeiro de uma cidade, realmente, é um raro acontecimento na Igreja.

Ele morreu aos oitenta e seis anos de idade, no dia 2 de julho de 1616, em Lecce. Cultuado em vida como santo, foi beatificado, em 1895, pelo papa Leão XIII e canonizado pelo papa Pio XII em 1947. São Bernardino Realino é o padroeiro das cidades de Lecce e Capri.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quinta-feira, 1 de julho de 2021

JMJ 2023: símbolos já têm calendário de peregrinação

Passagem dos simbolos da JMJ 2023, em Roma 

A Cruz peregrina e o Ícone mariano vão peregrinar a partir de novembro nas dioceses de Portugal. De 8 de julho até 15 de agosto de 2021 os símbolos da JMJ vão estar em Angola. Espanha e Polónia também vão receber os símbolos nos próximos meses.

Rui Saraiva – Portugal

Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 já têm calendário para peregrinarem em Portugal. Segundo divulga a organização do evento nesta quinta-feira dia 1 de julho, a Cruz peregrina e o Ícone mariano “Salus Populi Romani” vão percorrer as 21 dioceses do país entre novembro de 2021 e julho de 2023, permanecendo um mês em cada uma delas.

A peregrinação seguirá o seguinte itinerário de dioceses: Algarve, Beja, Évora, Portalegre- Castelo Branco, Guarda, Viseu, Funchal na Madeira, Angra do Heroísmo nos Açores, Lamego, Bragança-Miranda, Vila Real, Porto, Setúbal, Forças Armadas e de Segurança, Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria-Fátima, Santarém e finalmente Lisboa em julho de 2023.

Novembro 2021: Diocese do Algarve

Dezembro de 2021: Diocese de Beja  

Janeiro 2022: Diocese de Évora  

Fevereiro 2022: Diocese de Portalegre- Castelo Branco

Março de 2022: Diocese da Guarda  

Abril de 2022: Diocese de Viseu  

Maio de 2022: Diocese de Funchal  

Junho de 2022: Diocese de Angra  

Julho de 2022: Diocese de Lamego

Agosto de 2022: Diocese de Bragança- Miranda

Setembro de 2022: Diocese de Vila Real

Outubro de 2022: Diocese do Porto

Novembro de 2022:  Diocese de Setúbal  

Dezembro de 2022: Diocese das Forças Armadas e Segurança

Janeiro de 2023: Diocese de Viana do Castelo

Fevereiro de 2023: Diocese de Braga  

Março de 2023: Diocese de Aveiro  

Abril de 2023: Diocese de Coimbra

Maio de 2023: Diocese de Leiria-Fátima  

Junho de 2023: Diocese de Santarém  

Julho de 2023: Diocese de Lisboa

Entretanto, antes da peregrinação em Portugal, os símbolos da JMJ vão peregrinar em Angola já no próximo dia 8 de julho e até 15 de agosto deste ano de 2021. Prevista também a peregrinação nos próximos meses em Espanha e na Polónia. Com “datas a anunciar brevemente” – refere a organização da JMJ Lisboa 2023 em comunicado.  

De destacar ainda que entre os dias 4 e 7 de agosto de 2022 a Cruz e o Ícone vão estar presentes na Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela.

Nos meses que antecedem cada JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens nas realidades em que vivem.

Fonte: Vatican News

Ex-mulher de Jeff Bezos doa milhões para grupo progressista anticatólico

Imagem ilustrativa / ElenaR/Shutterstock
Por Kevin Jones

WASHINGTON DC, 01 jul. 21 / 04:00 pm (ACI).- Mackenzie Scott, ex-mulher de Jeff Bezos, dono da Amazon, doou milhões de dólares à Faith in Public (Fé em público), uma organização multi-religiosa que combina uma visão política progressista com críticas a instituições católicas.

A reverenda Jennifer Butler, CEO da Faith in Public Life disse que a doação feita por Mckenzie foi “um significativo e multimilionário dom.” Butler é pastora presbiteriana e dirigiu o Conselho de Fé e Parcerias de Bairro de 2015 a 2016, durante o governo do então presidente Barack Obama. Segundo ela, a doação foi “transformadora”. A organização disse que nos últimos anos triplicou seu quadro de funcionários, quadruplicou seu orçamento e estabeleceu escritórios permanentes em “vários Estados que são campos de batalha” para “lutar contra o nacionalismo cristão e a direita religiosa”.

Scott trabalhou com Bezos na Amazon no início da operação da empresa. O casal se separou em 2019 e ela recebeu uma participação na empresa que, na época, valia US$ 38 bilhões. Com o crescimento da Amazon durante a pandemia de covid-19, a parte de Scott vale hoje US$ 66,4 bilhões. Segundo a Bloomberg, agência de informação e análise econômica, Scott é a mulher mais rica do mundo.

Embora os diretores e integrantes da organização sejam, em sua maioria, não-católicos, Faith in Public frequentemente se manifesta contra instituições católicas. Por causa do debate da conferência episcopal dos EUA sobre acesso à comunhão de políticos católicos que apóiam publicamente o aborto, como o presidente Joe Biden, a organização fez a campanha: “Diga a seu bispo: a Eucaristia não é uma arma.”

A organização também criticou a decisão da Suprema Corte americana Fulton x Cidade da Philadelphia. A corte decidiu que a Philadelphia não pode se recusar a contratar a Catholic Social Services (Serviços Sociais Católicos), de adoção e abrigo de crianças, porque a organização não aceita uniões homossexuais como pais adotivos.

Segundo Butler, a decisão “é um lembrete dos incontáveis modos pelos quais os americanos LGBTQ, pessoas de cor, mulheres, pessoas de minorias religiosas e outros ainda sofrem discriminação em nosso país.”

John Geringh, diretor do Programa Católico da Faith in Public Life, também criticou a decisão. Em 2012 Gehring fez campanha contra a oposição dos bispos americanos ao mandato do presidente Obama que obrigava empregadores a cobrir despesas de esterilização e contracepção de seus empregados, incluindo drogas abortivas. O mandato de Obama forçou as Irmãzinhas dos Pobres, que cuidam de idosos pobres há mais de um século, a entrar numa batalha jurídica para garantir isenção do mandato por causa de sua fé. Só em 2020 elas venceram.

A Bridgespan Group, consultoria de investimentos filantrópicos e sem fins lucrativos, assessora Mackenzie Scott em suas doações. Os clientes do grupo incluem Bill Gates, da Microsoft, o financista Michael Bloomberg e as fundações Ford e Rockfeller, segundo o jornal New York Times, Essas fundações são grandes doadoras para as causas de controle de natalidade, defesa do aborto ou ambas. As fundações Ford e Rockefeller também já financiaram o grupo pró-aborto Católicas pelo Direito de Decidir.

A CNA procurou o grupo Bridgespan, que não quis comentar, e da Faith in Public Life, que não respondeu até a publicação da matéria.

Fonte: ACI Digital

Intenção de oração do Papa em julho: contra a polarização e o confronto

RCC|Brasil

O Santo Padre, através do Vídeo Papa, destaca o diálogo como “forma de olhar a realidade de uma maneira nova, de viver com entusiasmo os desafios da construção do bem comum”. Ele pede o fim da polarização que divide a sociedade e reza para que “não haja mais espaços de inimizade e de guerra”.

https://youtu.be/nEwSfkNEFs0

Acaba de ser publicado O Vídeo Papa deste mês, que traz a intenção de oração que o Papa Francisco confia à Igreja Católica por meio da Rede Mundial de Oração do Papa. Em julho, o Santo Padre nos convida a ser “construtores do diálogo e da amizade” para assim resolver os conflitos e as causas das divisões que existem na sociedade e entre as pessoas. Só por meio do diálogo, diz o Papa, é possível escapar das constantes polarizações e inimizades sociais que destroem tantas relações.

Francisco pede que rezemos pela construção do bem comum através da ação de homens e mulheres que dialogam, e que também se mantêm ao lado dos mais pobres e vulneráveis.

O diálogo em um mundo polarizado

Embora em geral se possa dizer que, em todo o mundo, o número de mortes nas guerras vem caindo desde 1946, os conflitos e a violência no nível da sociedade ainda são recorrentes. E embora, às veces, os conflitos não se manifestem de forma física, pode-se observar uma polarização crescente que pode contaminar as relações sociais. O Papa já advertia em 2016: “Vemos, por exemplo, com que rapidez aquele que está ao nosso lado deixa de possuir apenas a condição de desconhecido ou imigrante ou refugiado, mas também se torna uma ameaça; tem o status de um inimigo. Desde então, tenho visto com preocupação como a polarização e a inimizade também são um ‘vírus’ que invadiu nossas formas de pensar, sentir e agir”.

No mundo de hoje, destaca Francisco, “uma parte da política, da sociedade e da mídia está determinada a criar inimigos para depois derrotá-lo em um jogo de poder”. Por isso, é necessário “construir a amizade social tão necessária a uma boa convivência”, amizade essa que pode servir de ponte para continuar a criar uma cultura do encontro, que nos aproxime, sobretudo, dos que estão nas periferias, os mais pobres e vulneráveis.

Dialogar para construir o bem comum

Em sua última encíclica, Fratelli tutti (2020), o Papa dedicou o sexto capítulo ao tema do “Diálogo e amizade social”: “O diálogo social autêntico pressupõe a capacidade de respeitar o ponto de vista do outro, aceitando a possibilidade de conter certas convicções ou interesses legítimos” (FT 203). Em sua intenção de julho, ele reforça essa ideia, afirmando que o diálogo é a grande oportunidade “de olhar a realidade de uma maneira nova, de viver com entusiasmo os desafios da construção do bem comum”

Dispor-se ao diálogo é romper com a lógica da polarização para dar lugar ao respeito, sem querer destruir o outro. Pode haver riqueza nas diferenças, mas se não houver diálogo podemos deixá-las se transformar em hostilidade, ameaça e violência. “Viemos de terras distantes, temos costumes, cor de pele, línguas e posição social diferentes; pensamos de forma diferente e até celebramos a fé com ritos diversos. E nada disso nos torna inimigos, pelo contrário, é uma de nossas maiores riquezas”, disse Francisco também há alguns anos.

Homens e mulheres construtores do diálogo e da amizade

padre Frédéric Fornos, SJ, Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, observou que esta intenção “ressalta a ênfase do Santo Padre em que “possamos fazer renascer, entre todos, um anseio mundial de fraternidade” (FT8) . O diálogo, o diálogo autêntico, que não cai em monólogos paralelos, deve ser a nossa primeira opção para resolver os conflitos sociais, econômicos e políticos. Todos os estudos acadêmicos internacionais mostram que a polarização cresceu muito nos últimos anos, mesmo nas democracias mais fortes. Por isso, ser arquitetos da amizade e da reconciliação – o que Francisco nos pede – é ainda mais urgente no mundo de hoje, onde – como recordou Bento XVI em sua encíclica Caritas in veritate – a sociedade cada vez mais globalizada nos aproxima, mas não nos faz irmãos. Isso não depende de nossa única força, por isso é necessário rezar por essa intenção. Peçamos a Jesus Cristo que nos ajude neste caminho, Ele é o caminho para uma verdadeira amizade social”. 

O Vídeo do Papa é possível graças à contribuição desinteressada de muitas pessoas. Neste link podem fazer-se donativos. Onde se pode ver o vídeo?

Sobre O Vídeo do Papa

O Vídeo do Papa é uma iniciativa oficial de alcance global que tem como objetivo difundir as intenções de oração mensais do Santo Padre. É desenvolvido pela Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração). Desde 2016, O Vídeo do Papa teve mais de 158 milhões de nas redes sociais do Vaticano, com seus parceiros, foi traduzido para mais de 20 idiomas e tem cobertura da imprensa em 114 países. Os vídeos são produzidos e realizados com o apoio da Agência La Machi e a equipa O Vídeo do Papa da Rede de Oração, coordenada por Andrea Sarubbi. O projeto conta com o apoio do Vatican Media. Mais informações em: ovideodopapa.org

Sobre a Rede Mundial de Oração do Papa

A Rede Mundial de Oração do Papa é uma obra pontifícia cuja missão é mobilizar os católicos, pela oração e pela ação, face aos desafios da humanidade e da missão da Igreja. Estes desafios apresentam-se como intenções de oração confiadas pelo Papa a toda a Igreja. A sua missão insere-se na dinâmica do Coração de Jesus, uma missão de compaixão pelo mundo. Foi fundada em 1844 como Apostolado da Oração. Está presente em 98 países e dela fazem parte mais de 35 milhões de católicos. Inclui uma seção juvenil, o MEJ – Movimento Eucarístico Jovem. Em março de 2018, o Papa constituiu este serviço eclesial como obra pontifícia e aprovou os seus novos estatutos. O seu Diretor Internacional é o P. Frédéric Fornos, SJ. Mais informação em: popesprayer.va

Fonte: Aleteia

A COMUNHÃO NO TEMPO

Apologética Católica

Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta (RS)

A COMUNHÃO NO TEMPO

            A celebração de São Pedro e São Paulo, apóstolos, nos ajuda a compreender o significado da comunhão e sinodalidade eclesiais. O Papa Bento XVI, assim disse: “A Tradição é o rio vivo que nos liga às origens, o rio vivo no qual as origens estão sempre presentes. O grande rio que nos conduz ao porto da eternidade” (26 de abril de 2006). A cada ano que celebramos estes dois grandes pilares, olhamos para nossa realidade e dizemos que somos portadores não de pontos mortos, mas de vida, da vida que recebemos de Deus, em Cristo, para vivermos hoje, no mundo esta vida, para a eternidade. Somos hoje, como sempre, enviados a sermos petrinos e paulinos. A comunhão dos homens com Deus Trindade e a consequente comunhão dos homens entre si, são sempre um grande dom, uma graça de Deus e fruto do Espírito Santo. A raiz da comunhão humana está na comunhão com Deus, pelo batismo, e se expressa no respeito e acolhida aos irmãos e irmãs entre si.

            Quem produz esta comunhão com as origens e hoje é o Espírito Santo. Santo Irineu disse: “Onde está a Igreja, ali também está o Espírito de Deus; e onde está o Espírito de Deus, ali está a Igreja e todas as graças; porque o Espírito Santo é verdade” (Adversus haereses, III, 24,1). No primeiro sumário da fé cristã, a comunhão nasce da fé suscitada pela pregação apostólica, alimenta-se no partir do pão e da oração e expressa-se na caridade fraterna. Deste modo, viveram os primeiros cristãos, pois “eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2,42).

            Nosso Papa Francisco nos ensina que nossa “história dá sinais de regressão”, com “conflitos anacrônicos que se consideravam superados”, bem como com o ressurgimento de “nacionalismos fechados, exacerbados, ressentidos e agressivos” (FT, n.11). Continua dizendo que “mesmo nos media católicos, é possível ultrapassar os limites, tolerando-se a difamação e a calúnia e parecendo excluir qualquer ética e respeito pela fama alheia” (FT, n. 46). Assim, lembremos que a Tradição não é simplesmente a transmissão de alguns pontos, sinais, doutrinas, mas é a transmissão de uma verdade que nos une a todos. Nela somos uma “única família”. “Ela não é a simples transmissão material de quanto foi doado no início aos Apóstolos, mas presença eficaz do Senhor Jesus, Crucificado e Ressuscitado, que acompanha e guia no Espírito a comunidade por ele reunida” (Bento XVI, 26 de abril de 2006).

            Sem dúvidas, a sucessão apostólica se dá pela comunhão eclesial com os apóstolos. Sempre a Igreja se reúne com os apóstolos. A apostolicidade desta vida se dá na comunhão com seu bispo local, da sua Diocese. É sempre este testemunho eclesial, de vida, que dá a garantia do caminho com toda a Igreja. “Mediante a sucessão apostólica é Cristo que nos alcança: na palavra dos Apóstolos e dos seus sucessores é Ele quem nos fala; mediante as suas mãos é Ele quem age nos sacramentos; no olhar deles é o seu olhar que nos envolve e nos faz sentir amados, acolhidos no coração de Deus” (Bento XVI, 10 de maio de 2006).

            A celebração de São Pedro e de São Paulo são motivos reais para vivermos a comunhão no tempo, no hoje. Hoje somos anunciadores do Cristo a todos e, ao mesmo tempo, propagadores de uma vida de unidade eclesial.

Fonte: CNBB

Cúpula internacional defende liberdade religiosa “para todos, em todo lugar, o tempo todo”

O ativista de direitos humanos Chen Guangcheng /
Crédito: Catholic University of America
Por Alejandro Bermúdez

WASHINGTON DC, 30 jun. 21 / 01:45 pm (ACI).- Às vésperas da Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa 2021 (IRF na sigla em inglês), os codiretores Samuel Brownback e Katrina Lantos Swett, junto com as mais de 70 organizações parceiras em todo o mundo, publicaram um Carta de Liberdade Religiosa conclamando à proteção do direito humano universal de religião e consciência “para todos, em todo lugar, o tempo todo”.

Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa juntará de 13 a 15 de julho em Washington uma ampla coalizão em favor da liberdade de religião para um evento de três dias com opção de participação virtual.

A Cúpula “vai conectar recursos e defensores interessados na liberdade religiosa e destacar os testemunhos de vítimas de perseguição religiosa e restrição à liberdade religiosa”, explicam os organizadores.

A carta declara que “a negação de liberdade religiosa a qualquer pessoa é negar o direito dele ou dela de viver uma vida integralmente humana e de florescer como ser humano” e que “a obtenção pelas nações da liberdade religiosa para todos os seus cidadãos e comunidades religiosas, protegidas pela lei e valorizadas pela cultura, aumentaria significativamente a justiça, a estabilidade e a paz internacionais.”

Ela também declara que “a defesa da liberdade religiosa transcende a disputa partidária e a política, e a proteção da consciência serve como marco fundamental para o florescimento de sociedades justas e livres.”

Por isso a Carta declara:

·         Que todo governo, toda comunidade religiosa, e toda organização política e da sociedade civil no mundo deve se esforçar em busca do objetivo de obter liberdade de religião e consciência para todos, em toda parte, protegida pela lei e valorizada pela cultura.

·         Que a liberdade religiosa deveria ser entendida como três niveis interconectados de direitos:

·         O direito de todo ser humano acreditar livremente em verdades religiosas, ou não acreditar, sem coerção de nenhuma autoridade humana, especialmente do estado, com seus poderes extraordinários.

·         O direito de se juntar a outros numa comunidade religiosa, que também tem liberdade religiosa e os direitos dos crentes e das comunidades religiosas de vivere e agir pacificamente, dentro da sociedade civil e política, de acordo com suas crenças religiosas.

·         Que todas as pessoas de boa vontade, inclusive os líderes de organizações internacionais, nações, religiões, instituições da sociedade civil, organizações de mídia, entidades políticas, devem começar agora a dar passos práticos em direção ao objetivo de obtenção de liberdade religiosa para todos, em todo lugar.

A direção honorária da Cúpula é compartilhada por senadores e deputados republicanos dos EUA e a lista de palestrantes inclui um amplo espectro de líderes religiosos, ativistas e funcionários de organizações governamentais e não-governamentais ligadas à liberdade religiosa.

Entre os palestrantes estão o cardeal Timothy Dolnam arcebispo católico de Nova York; o imã Mohamed Magid da Sociedade Muçulmana da Área de Dulles, na Virginia, EUA; Wai Wai Nu, fundadora da Rede da Paz de Mulheres; Nina Shea, diretora do Centro para Liberdade Religiosa dos EUA; Ewelina Ochab, cofundadora da Coalizão de Reação ao Genocídio; Tristan Azbej, secretário de Estado para Ajuda aos Cirstãos perseguidos, da Hungria; arcebispo Angaelos, arcebispo copta de Londres; Tursunay Ziyawudun, que fala pelas mulheres uigures da China; Ben Rogers, fundador do Observatório de Hong Kong; Bashar Warda, arcebispo caldeu de Erbil; Fawza al-Yusuf, codiretora do Partido de União Democrática do Nordeste da Síria; Nasrin Rasho, ativista dos direitos humanos da Rede de Sobreviventes Yazidi; Chen Guangcheng, ativista chinês de direitos humanos; Irene Weiss, sobrevivente do Holocausto; e Tracy Sabol, âncora principal do programa News Nightly da EWTN.

Espera-se uma saudação do Dalai Lama, líder tibetano, durante a sessão de abertura.

Fonte: ACI Digital

O Papa a empresários cristãos: “Seguir o caminho da economia social"

Economia social | Vatican News

Por ocasião do encontro de empresários cristãos na Argentina, o Papa Francisco enviou uma mensagem em vídeo na qual recorda a importância do trabalho para todos, da volta ao “concreto” e principalmente a “confiança social”, ou seja, agir com transparência e não trair a confiança.

Jane Nogara - Vatican News

O Papa Francisco enviou uma Mensagem em vídeo para a “Asociacion cristiana de dirigentes de empresa” – ACDE – com sede na Argentina, por ocasião da reunião anual com o tema “Hacia un capitalismo más humano”.  O Santo Padre iniciou sua mensagem recordando com satisfação a assinatura em 24 de abril deste ano, do decreto que confirma as virtudes heroicas de Enrique Shaw, um pai e empresário argentino que queria levar o mundo dos negócios a Jesus Cristo. Também, muito amado pela classe trabalhadora.

Economia social

“A visão cristã da economia e da sociedade”, disse o Papa, “que é diferente da visão pagã ou ideológica, é cristã e vem da mensagem de Jesus, das bem-aventuranças, de Mateus 25, dali nasce a visão”.

“E na construção de uma comunidade justa, econômica e socialmente para todos, todos devem participar: sindicalistas e empresários, trabalhadores e dirigentes. Devemos seguir o caminho da economia social”.

Retorno ao concreto

Depois de várias décadas de negócios mediáticos, nos quais acreditava-se em uma riqueza que na realidade não existe, é hora de “retornar à economia do concreto, para não perder o concreto. E o concreto é a produção, o trabalho de todos, que não falte emprego, as famílias, a pátria, a sociedade. O concreto. Em uma sociedade onde existe uma margem muito grande de pobreza, é preciso se perguntar como vai a economia, se é justa, se é social, ou se simplesmente busca interesses pessoais. A economia é social”.

Desafio de criar empregos

E o Pontífice destaca o trabalho do PIME, o Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras para a criação de empregos, porque a criatividade vem sempre de baixo. “Portanto – continuou - avançar em direção ao bem comum, com a criação de empregos. É um desafio, o encontro de vocês é um desafio à criatividade. A criação de empregos, em um momento de pandemia, nos levou a isso, onde [o emprego] está faltando.

Confiança social

“Investir no bem comum, não esconder dinheiro em paraísos fiscais. Investir. O investimento é dar vida, é criar, é criativo. Saber investir, não esconder”.

“As pessoas escondem algo quando não têm a consciência limpa ou quando estão com raiva. Quando escondemos algo é porque alguma coisa está funcionando mal. Clareza, transparência e produção. Investir. E construir gradualmente a confiança social. É muito difícil construir sem confiança social”. Por fim Francisco recorda que a confiança social significa não fazer acordos paralelos quando todos decidem juntos. E conclui com a frase “Com confiança e jamais trair a confiança”.

Mensagem aos empresários cristãos na Argentina:

https://youtu.be/lJBIEpJuLeg

Fonte: Vatican News

São Galo

São Galo | psaojose
01 de julho

São Galo

Filho de pais nobres e ricos, descendente de família tradicional da corte da França, Galo nasceu no ano 489, na cidade de Clermont, na diocese de Auvergne. Foi tio e professor de outro santo da Igreja, o bispo Gregório de Tours.

Na sua época era costume os pais combinarem os matrimônios dos filhos. Por isso ele estava predestinado a casar-se com uma jovem donzela de nobre estirpe.

Mas Galo, desde criança, já havia dedicado sua alma à vida espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de casa, refugiando-se no convento de Cournou, daquela mesma diocese.

Após intensas negociações, seu pai acabou permitindo que ele ingressasse na comunidade monástica. Foi assim que Galo iniciou uma carreira totalmente voltada para a fé e aos atos litúrgicos. Ele era tão dedicado às cerimônias da santa missa que se especializou nos cânticos. Contam os escritos que, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa, que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.

Mas suas virtudes cristãs não se limitavam às liturgias. Sua atuação religiosa logo lhe angariou prestígio e, em pouco tempo, foi designado para atuar na corte de Teodorico, rei da Austrásia, atualmente Bélgica. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o posto.

Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade, para atender às necessidades do seu rebanho Galo protagonizou vários prodígios ainda em vida. Um dos mais citados foi ter salvado a cidade de um pavoroso incêndio que ameaçava transformar em cinzas todas as construções locais. As orações de Galo teriam aplacado as chamas, que se apagavam na medida em que ele rezava. Outro muito conhecido foi o que livrou os habitantes de morrerem vítimas de uma peste que assolava a região. Diante da bênção de Galo, o fiel ficava curado da doença.

Ele morreu em 1o de julho de 554, causando forte comoção na população, que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor e necessidade, antes mesmo de sua canonização ter sido decretada. Com o passar dos séculos, são Galo, foi incluído no livro dos santos da Igreja de Roma, cuja festa litúrgica foi mantida no dia da sua morte, como quer a tradição cristã.

Fonte: http://www.psaojose.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF