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sexta-feira, 30 de julho de 2021

DIOCESES NO PAÍS QUE ENCONTRAM-SE VACANTES, À ESPERA DE UM NOVO PASTOR

CNBB

SAIBA QUANTAS CIRCUNSCRIÇÕES RELIGIOSAS TEM NO BRASIL E QUAIS AS DIOCESES NO PAÍS ENCONTRAM-SE VACANTES, À ESPERA DE UM NOVO PASTOR.

A Igreja no Brasil possui 278 circunscrições eclesiásticas, ou seja, territórios ou “Igrejas Particulares” confiada aos cuidados de um bispo. A circunscrição eclesiástica pode ser uma prelazia, uma diocese, arquidiocese, eparquia ou exarcado para fiéis de ritos específicos, e também circunscrições que não tem uma limitação territorial, como a administração apostólica pessoal.

De acordo com as informações sistematizadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as circunscrições eclesiásticas estão divididas assim: 217 são dioceses, 45 arquidioceses, 8 prelazias, 3 eparquias, 1 exarcado, 1 rito próprio, 1 ordinariado militar, 1 administração apostólica pessoal e 1 arquieparquia. Cada uma delas conta com um bispo eleito pelo Papa para administrar o governo pastoral.

Esse levantamento mostra também que, até esta quinta-feira, 29 de julho, nove dioceses brasileiras estão vacantes, ou seja, sem o bispo titular à frente do governo. Renúncia, transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu ocupante no governo pastoral.

Neste período, a Igreja Particular fica aos cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo papa.

Confira no quadro abaixo as 9 dioceses vacantes:

  1. Arquidiocese de Cascavel (PR): vacante desde 11 de março de 2021. Administrador diocesano: padre Reginei José Modolo
  2. Diocese de Crato (CE): vacante desde 02 de junho de 2021. Administrador diocesano: padre José Vicente Pinto de Alencar da Silva
  3. Diocese de Alagoinhas (BA): vacante desde 13 de janeiro de 2021. Administrador diocesano: padre Antônio Ederaldo de Santana
  4. Diocese de Colatina (ES): vacante desde 13 de janeiro de 2021. Administrador diocesano: padre Antônio Wilson Almança
  5. Diocese de Iguatu (CE): vacante desde 24 de fevereiro de 2021. Administrador diocesano: João Batista Moreira Gonçalves
  6. Prelazia de Tefé (AM):  vacante a partir de 22 de agosto de 2021. Administrador diocesano será escolhido dia 25 de agosto.
  7. Diocese de Penedo (AL): Vacante desde 16 de junho de 2020. Administrador diocesano: padre Daniel do Nascimento Santos.
  8. Diocese de Rondonopolis-Guiratinga (MT): vacante desde 28 de março de 2021. Administrador: padre José Eder Ribeiro Lima
  9. Diocese de São Carlos (SP): vacante desde 21 de outubro de 2020. Administrador diocesano: dom Eduardo Malaspina.

De acordo com o professor Fernando Altemeyer Junior, do Departamento de Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que realiza há mais de 20 anos um trabalho de atualização de estatísticas e nomes do episcopado brasileiro, das 278 circunscrições eclesiásticas, a mais nova é a diocese de Xingu-Altamira (PA), erigida em 2019. Já mais antiga é a arquidiocese de São Salvador da Bahia, erigida em 25 fevereiro 1551. A Sé Primacial da Igreja no Brasil completou, em 2021, 470 anos de criação.

Fonte: CNBB

A estratégia do diabo para atrapalhar nosso caminho de santidade

Federico Rizzarelli/Unsplash | CC0
Por Philip Kosloski

Ele é mesmo sorrateiro.

O diabo odeia nos ver progredir no caminho da virtude. Quando crescemos em santidade, o diabo dobra seus esforços e tenta nos voltar para o vício.

O padre italiano Lorenzo Scupoli escreve sobre a estratégia do diabo em seu clássico “O Combate Espiritual”, publicado em 1589. Ele explica como o demônio atua:

“Primeiro de tudo, o demônio tentará nos tentar com boas obras que estão além de nossa capacidade. Isso pode criar dentro de nós um sentimento de desapontamento, tentando-nos a retornar à nossa vida de pecado e desistir de nossa luta.”

Scupoli dá um exemplo:

“Uma pessoa doente está, talvez, levando sua doença com paciência. O astuto adversário (…) imediatamente coloca diante dele [do doente] todas as boas obras que, em uma condição diferente, ele poderia ser capaz de realizar, e tenta persuadi-lo de que, se ele estivesse bem, ele seria capaz de servir melhor a Deus e ser mais útil para si e para os outros.

Tendo uma vez despertado tais desejos, ele continua aumentando-os gradualmente, até que ele deixa o doente inquieto com a impossibilidade de levá-los a efeito; e quanto mais profundos e fortes esses desejos se tornam, mais essa inquietação aumenta.”

Como resistir

O segredo para resistir à astúcia de satanás é confiar em Deus, focando em nossa situação atual e estando satisfeitos com o que podemos fazer no momento presente. Em vez de ficar insatisfeito com o que “poderia ser”, é melhor permanecer enraizado no aqui e agora. Deus cuidará do resto.

Em segundo lugar, o diabo pode usar nossas virtudes como motivo de orgulho. Ele pode nos tentar a pensar que somos a única causa de nossa virtude, ou que somos melhores que os outros. Isso pode facilmente nos levar pelo caminho errado.

“Para preservar-se deste perigo, escolha para o seu campo de batalha o terreno seguro e nivelado de uma convicção verdadeira e profunda do seu próprio nada, de que você não é nada, de que nada sabe, de que nada pode fazer [sem Deus].”

Devemos sempre lembrar que, mesmo quando progredimos na vida espiritual, nada tem a ver conosco, mas tudo a ver com Deus.

Acima de tudo, esteja vigilante! Se você quer progredir em virtude, esteja ciente de que o diabo tentará te afastar de Deus.

Fonte: Aleteia

Catedral Primaz da Igreja no Brasil completa 470 anos de criação

Guadium Press
A Arquidiocese de São Salvador da Bahia foi a primeira do país, e por este motivo possui o título de Primaz do Brasil.

Redação (29/07/2021 12:24, Gaudium Press) O Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, presidirá, no dia 6 de agosto, a solenidade pelos 470 anos de criação da Sé Primacial da Igreja no Brasil.

Atualmente, a Arquidiocese de Salvador possui quatro basílicas, 101 paróquias e três diaconias. A celebração estava agendada para o dia 25 de fevereiro deste ano, entretanto a data precisou ser adiada por conta da pandemia de Covid-19.

Guadium Press

Tríduo preparatório

A festa será antecedida por um tríduo, que ocorrerá nos dias 3, 4 e 5 de agosto, sempre às 16h, também na Catedral Basílica. As celebrações serão presididas pelos bispos auxiliares e a cada dia serão convidados representantes da Vida Consagrada (1º dia), do Clero (2º dia) e do laicato (3º dia).

A Arquidiocese de São Salvador da Bahia foi a primeira do país, e por este motivo possui o título de Primaz do Brasil. Criada pela Bula “Super specula militantis ecclesiae”, do Papa Júlio III, a Arquidiocese soteropolitana possui uma importância religiosa e histórica imensurável.

Guadium Press

Galeria dos Bispos e Arcebispos de São Salvador da Bahia

O Palácio da Sé, localizado na Praça da Sé, em Salvador, inaugurará no próximo dia 6 de agosto, também como parte das comemorações pelos 470 anos de criação da Diocese Primacial, uma exposição intitulada “Galeria dos Bispos e Arcebispos de São Salvador da Bahia”.

Na mostra serão apresentadas, em ordem cronológica, imagens de todos os Bispos e Arcebispos que passaram por esta Igreja Particular, desde o primeiro, Dom Pedro Fernandes Sardinha (1551-1556), até o atual, Cardeal Dom Sergio da Rocha (2020), além de alguns paramentos utilizados pelos prelados. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Dia 1° de agosto Jornada de Oração e Missão pela Paz na Terra Santa

Oração pela Paz na Terra Santa | Vatican News

A próxima Jornada de Oração e Missão pela Paz, no dia 1° de agosto, será dedicada à Paz na Terra Santa. O convite é da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).

Vatican News

Em maio deste ano, o Papa Francisco expressou sua preocupação para uma região tão especial para os católicos e cristãos: a Terra Santa. Em sua mensagem, o Santo Padre chamou a atenção para os conflitos armados na Faixa de Gaza, em Israel, responsável por inúmeras mortes, inclusive, segundo ele, a morte inaceitável de crianças. Segundo o Papa, os conflitos geram uma onda de violência, numa espiral infinita dificultando a cura das feridas por meio do respeito e do diálogo.

Por isto, o próximo dia 1º de agosto será dedicado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), a rezar na Jornada de Oração e Missão pela Paz na Terra Santa.

Entenda os conflitos na região

Região localizada no Oriente Médio, a “Terra Santa” é também é a região onde Jesus viveu, pregou e morreu.  É importante lembrar que a cidade de Jerusalém é importante para as três principais religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo. Sendo assim, vários grupos diferentes vão reivindicar a cidade como sua, e isso gera conflitos.

Jerusalém foi destruída, invadida, e reconstruída dezenas de vezes ao longo da história. Na tradição do Antigo Testamento, o rei Davi conquistou a cidade e seu filho Salomão deu início à construção do primeiro templo. Em 1948, após o fim da Segunda Guerra Mundial, uma resolução da Organização das Nações Unidas determinou a criação de um Estado Judeu e um Estado Palestino. Porém, apenas o Estado de Israel foi criado, e a população palestina luta até hoje para que seu Estado seja criado.

Jornada de Oração pela Terra Santa

A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar por determinado país. Faça parte desta corrente de oração e nas redes sociais utilize a hashtag #rezepelaterrasanta.

(Fonte: CNBB)

Por Vatican News

São Pedro Crisólogo

S. Pedro Crisólogo | ArquiSP
30 de julho

SÃO PEDRO CRISÓLOGO, BISPO DE RAVENA E DOUTOR DA IGREJA

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu.

Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, freqüentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica.

Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III.

Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões.

Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia.

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento.

A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quinta-feira, 29 de julho de 2021

A visita de um Papa conciliador e os seus frutos

Papa Bento em Cuba na crônica escrita para 30Dias pelo cardeal arcebispo de San Cristóbal de La Habana


pelo cardeal Jaime Lucas Ortega y Alamino


O cardeal Jaime Lucas Ortega y Alamino recebe Bento XVI no
aeroporto internacional “José Martí” de Havana, em Cuba,
dia 27 de março de 2012 [© Osservatore Romano]

Avisita apostólica de Papa Bento XVI a Cuba realizou-se no contexto da celebração dos 400 anos da descoberta da imagem da Virgem da Caridade nas águas do mar próximo da costa setentrional na região oriental da ilha. A imagem foi levada às montanhas do sul da região onde estão as minas de cobre; por isso, a devoção popular à Virgem do Cobre.

A visita do Papa a Cuba foi precedida por uma peregrinação missionária de uma imagem da Virgem da Caridade muito venerada pelo nosso povo, que percorreu mais de 30 mil quilômetros atravessando campos, cidades, vilarejos e novos assentamentos. Centenas de milhares de pessoas participaram de verdadeiras manifestações de fé. O que mais impressionava não eram as multidões, mesmo sendo extraordinariamente numerosas, mas era contemplar os rostos, ver os gestos de piedade de homens e mulheres, jovens, adultos e crianças que se ajoelhavam, levantando os braços, faziam o sinal da cruz com lágrimas nos olhos, e gritavam: “Viva Nossa Senhora” quando passava a imagem. Foi uma grande missão nacional que nos permitiu evangelizar nas praças, nos jardins, pelas ruas com carros equipados com alto-falantes, distribuição de panfletos, etc. Constatamos, nesta missão, que a fé está presente em uma percentagem muito grande de cubanos.

No final da missão, em dezembro de 2011, foi anunciada a visita do Santo Padre a Cuba.

A notícia foi recebida com uma alegria extraordinária. A sua presença veio confirmar esta fé do nosso povo, e esclarecê-la com a sua palavra. A visita do Santo Padre ao santuário da Virgem da Caridade do Cobre foi muito significativa e altamente apreciada por todos.

O Papa, nas suas palavras, desde a sua chegada ao nosso país, fez questão de declarar que vinha como Peregrino da Caridade “para confirmar os meus irmãos na fé e encorajá-los na esperança”. Eram as palavras certas e foram ouvidas com emoção por todos os que tinham, como eu, a sorte de acolher o Sucessor de Pedro.

O Santo Padre quis sublinhar que a sua visita era uma continuidade da visita feita pelo beato João Paulo II. Aquela visita pastoral mudou a vida da Igreja em Cuba. A Igreja Católica teve então as suas primeiras manifestações públicas e as primeiras transmissões televisivas de cerimônias católicas. O mundo inteiro e os próprios cubanos compreenderam que a Igreja estava viva, que tinha estado presente em todos os anos de dificuldade e de silêncio. Depois daquele evento o Natal começou a ser celebrado como festa civil, houve participações radiofônicas de vários bispos em algumas datas importantes, e a cobertura feita pela imprensa da morte e do funeral de João Paulo II foi realmente impressionante.

A partir daquele momento começou a se tornar frequente a presença do Papa na televisão por ocasião do Natal, Páscoa e em outras ocasiões, como a Via-Sacra da Sexta-feira Santa; as publicações da Igreja difundiram-se e são muito apreciadas. Depois daquela visita, foi permitida a entrada no país do pessoal religioso, sacerdotes e mulheres e homens consagrados, e a Igreja teve a possibilidade de celebrar publicamente a fé com procissões e outras cerimônias. Foram abertas “casas de oração” em centenas de lugares, onde os fiéis se reúnem para a catequese, a celebração da santa missa e outras atividades.

A missa celebrada por Bento XVI na Praça da Revolução
em Havana, em 28 de março [© Osservatore Romano]
Agora a Igreja espera fazer com que se torne sistemática a sua presença na mídia, principalmente na rádio e na televisão.

Nestes últimos anos, a Igreja incrementou a sua atividade social através da Cáritas, que conta com um grande voluntariado nacional. Em caso de furacões, a ação da Cáritas é eficaz e rápida na distribuição de ajuda que chegam de países estrangeiros e de tudo o que a Igreja de Cuba faz nestas circunstâncias.

A Cáritas tem muitos refeitórios nas casas paroquiais e em outros locais para as pessoas da terceira idade. Também possui creches para crianças de um a cinco anos, pertencentes a famílias irregulares, em várias localidades do país. Essa atividade assistencial da Cáritas é muito apreciada pela população.

Dois anos atrás a Igreja, diante dos conflitos que surgiram com as esposas dos presidiários, que manifestavam para que seus maridos fossem libertados, dirigiu-se ao governo para exprimir a sua preocupação e foi convidada para mediar com as esposas, e pedir-lhes que exprimissem seus pedidos e objetivos. Entre outras coisas, elas propuseram ao cardeal que os maridos fossem mandados para um outro país porque “preferiam ficar separadas pelo mar e não pelas grades do cárcere”.

Estas propostas foram levadas ao conhecimento do governo que decidiu pela libertação de 53 detentos na primavera de 2003, fazendo com que saíssem do país indo para a Espanha, que os acolheu com seus familiares. Dos 53 libertados, doze permaneceram em Cuba por vontade própria e, logo depois, um deles foi para os Estados Unidos. Seguiram-se a libertação de mais 120 detentos por motivos políticos. Alguns destes estavam na prisão há vários anos. O arcebispado de Havana recebe o pedido por parte dos familiares dos detentos e, se for caso de prisão por motivos de consciência ou por motivos políticos, temos a possibilidade de apresentá-los às autoridades. Depois do desencarceramento dos prisioneiros citados acima não foram apresentados novos recursos deste gênero.

Temos que recordar que a pastoral carcerária, que se dedica a todos os tipos de prisioneiros, é bem organizada: trabalha-se com as famílias dos detentos, faz-se visitas regulares no cárcere, com catequese e celebração da Eucaristia.

O Papa Bento XVI tinha sido informado sobre o progresso da vida da Igreja depois da visita do beato João Paulo II. Por isso quis caminhar nas pegadas deixadas por aquela viagem pontifícia. Na sua homilia em Havana, o Papa tocou o tema da verdade, única sobre a qual – disse – é possível fundar uma ética que seja aceita por todos. Anunciou Jesus Cristo como a verdade e evidenciou, fiel ao espírito do seu pontificado, as perplexidades do homem diante da verdade, como Pilatos que “tinha a Verdade diante de si” e não a via em Cristo. O Papa insistiu sobre a racionalidade da fé diante dos que arbitrariamente opõem fé e razão. Todos estes esclarecimentos adquirem uma particular importância para nós.

Indicou na verdade o fundamento da liberdade e fez referência aos passos que foram dados em Cuba com relação à liberdade religiosa, desejando que se estendam cada vez mais as suas possibilidades.

A propósito disto, fez referências tanto à participação da Igreja no campo da educação quanto a dos cristãos na construção da sociedade. O Papa pediu – no momento da despedida – que ninguém se veja impedido de tomar parte nesta tarefa apaixonante “pela limitação das suas liberdades fundamentais, nem eximido dela por negligência ou carência de recursos materiais”.

Assim o Papa convidava todos os cubanos a participarem da construção de “uma sociedade de largos horizontes, renovada e reconciliada”, superando todas as dificuldades e obstáculos nesta tarefa.

A saudação do presidente do Conselho de Estado e
Conselho de Ministros de Cuba Raúl Modesto Castro Ruz,
no final da cerimônia [© Osservatore Romano]
Desejou que a luz do Senhor, que brilhou com fulgor nos dias da sua presença entre nós, não se apague e ajude a todos a reforçarem a concórdia e a “fazerem frutificar o melhor da alma cubana, os seus valores mais nobres sobres os quais é possível fundar uma sociedade renovada e reconciliada”. O Santo Padre salientou que a situação que Cuba vive “agrava-se pelas medidas econômicas restritivas impostas de fora ao País que pesam negativamente sobre a população”.

Resumindo, o Papa fez um apelo para eliminar, na convivência humana nacional e internacional, “posições inamovíveis e pontos de vista unilaterais”, propondo andar adiante no caminho do diálogo paciente e sincero que gera esperança.

Nas suas primeiras palavras sobre Cuba, no avião que o levava à América, o Papa fez referência às mudanças de modelo socioeconômico necessárias a Cuba e disse que nós cristãos devemos apoiar esta busca “com paciência e de modo construtivo, evitando traumas”. É uma sugestão correta, porque qualquer salto brusco ou violento produz traumas sociais que deixam marcas negativas nos povos.

O Santo Padre fiel ao seu programa fundamental como Sucessor de Pedro – o programa apresentado aos cardeais reunidos para o conclave quando explicou que tinha escolhido o nome de Bento porque o seu último antecessor que usara este nome tinha sido um Pontífice conciliador – veio a Cuba honrando verdadeiramente o seu projeto conciliador de seu pontificado, fez isso sem calar a verdade, com clareza e à altura programática do seu sumo ministério.

Já sentimos que as pegadas dos seus passos marcaram o povo cubano, profundamente impressionado pela sua simplicidade e pela bondade refletida nas palavras e nos gestos do Papa Bento XVI, que representam uma bênção especial para toda a nação cubana e para cada um de nós. Esta visita do Santo Padre no Ano Jubilar Mariano de Cuba, encoraja-nos e nos dá força na celebração do Ano da Fé que o Sucessor de Pedro propõe com tanta solicitude à Igreja universal. Será uma ocasião para aprofundar a fé que constatamos estar viva no coração dos nosso irmãos cubanos.

Portanto, permanece um profundo sentimento de gratidão e de esperança na nossa Igreja em Cuba em todo o nosso povo pela visita do Papa Bento XVI, e uma recordação comovida pela sua presença entre nós.


Fonte: Revista 30Dias (mar/abr-2012)

Pandemia: mais de 250 padres e bispos morreram no México

Foto: EFE | zenit

Por ZENIT

(Agência ZENIT de Notícias, 27.07.2021) .- O Centro Católico Multimídia publicou o 20º Relatório de mortes no contexto da pandemia e na esfera dos ministros do culto da Igreja Católica e religiosos no México atualizado para 20 de julho de 2021 ou seja, o período particular de relaxamento das medidas preventivas e a chamada terceira onda de infecções.

Entre abril e junho de 2021, o semáforo epidemiológico retornou vários estados do país ao amarelo e ao verde. Foi o período em que - curiosamente - a cobiça quase não existiu devido às campanhas políticas anteriores às eleições. Em particular, a Cidade do México, após seis meses entre semáforos laranja e amarelo, em 7 de junho voltou a uma cor verde efêmera que logo foi revertida pelo aumento acelerado de infecções e hospitalizações. Em 23 de julho, a capital do país estava na cor laranja.

Na semana de 5 a 18 de julho, 19 estados eram verdes, 8 eram amarelos, 5 eram laranja e nenhum era vermelho. Na Igreja Católica, esta diminuição do número de infecções deu origem a celebrações com capacidade limitada, mas que vão abrindo gradualmente.

Pelo que se sabe, nas dioceses onde os estados são em verde ou amarelo, os bispos locais não haviam se pronunciado sobre o fim da dispensa do preceito dominical; Porém, por meio das redes sociais, fizeram questão de convidar os fiéis a retornarem aos templos, além da formulação prévia de protocolos para o retorno seguro aos templos.

Em março de 2021, o governo da Cidade do México emitiu as “ Medidas de proteção à saúde que os serviços religiosos devem cumprir para retomar as atividades em direção a um retorno seguro ao novo normal na Cidade do México ”. O objetivo do documento era “expedir medidas de saúde para evitar o contágio e conter a propagação, tomando como referência as disposições que as autoridades sanitárias federais e locais têm emitido a esse respeito; da mesma forma, estabelecer medidas e recomendações adicionais para minimizar o risco de contágio no desenvolvimento das suas atividades, áreas de atuação e centros de congregação, considerando no mínimo as medidas previstas no Plano e demais regulamentos aplicáveis ​​”.

Medidas semelhantes foram as do Plano de Reativação Econômica do Governo de Jalisco de fevereiro de 2021 onde "foram estabelecidas medidas padronizadas de segurança e higiene que permitem a mitigação do risco de infecção pelo SARSCOV-2 que causa COVID-19 derivado das atividades que o desenvolvimento de atividades em Igrejas e centros de culto ou culto, a concretizar no âmbito da estratégia de Reativação Económica do Plano Jalisco 2021 ”.

No que diz respeito à vacinação do clero, como indica o relatório 19 do Centro Multimídia Católico, alguns bispos receberam imunização por pertencerem ao setor dos idosos. No entanto, o secretário-geral da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), o bispo auxiliar de Monterrey Alfonso G. Miranda Guardiola, admitiu na entrevista coletiva por ocasião da apresentação da Mensagem ao Povo de Deus na conclusão de a Assembleia do CX CEM, na quinta-feira, 15 de abril, que a organização estará no "início da contagem" do número de bispos vacinados dado que em novembro, antes da celebração da Assembleia do CXI, os cargos que requerem a presença de os prelados porque não há “validação do voto eletrônico”.

Naquela época, não havia relato oficial de bispos vacinados. O anterior incluiria também o pessoal, incluindo sacerdotes, religiosos e leigos, e pessoal de apoio para a realização da referida assembleia. Da mesma forma, este relatório alerta para a falta de um censo por diocese e arquidiocese que permita uma visão geral dos diáconos permanentes, padres, bispos auxiliares e titulares, bem como freiras vacinadas.

Isso representa um grande vazio devido à necessidade de verificar as garantias que permitem um retorno seguro aos templos, também daqueles que são responsáveis ​​por uma comunidade. Por outro lado, deve-se destacar o papel extraordinário do Observatório da Arquidiocese de Morelia, que tem acompanhado periodicamente o comportamento de covid-19 no território arquidiocesano. É um dos poucos observatórios arquidiocesanos e organizações eclesiais que forneceram informações oportunas sobre o comportamento da pandemia, além de manter atualizados os nomes dos padres falecidos.

Dados do 20º relatório

Com a atualização dos casos, os clérigos e freiras que morreram de covid-19 no período de 1º de maio a 20 de julho são 5 bispos, 238 sacerdotes, 12 diáconos permanentes e 9 religiosos, para um total de 264 mortes.

Fonte: https://es.zenit.org/

DIA DO AGRICULTOR É CELEBRADO EM 28 DE JULHO

Foto: Elias Shariff Fala Mardini/Pixabay | CNBB

DIA DO AGRICULTOR É CELEBRADO EM 28 DE JULHO; DOM ALOÍSIO AGRADECE AO POVO RURAL, QUE “ALIMENTA A POPULAÇÃO E PRESERVA A MÃE TERRA”

Dia do Agricultor é celebrado em 28 de julho, data criada em razão de ter sido nesse dia, em 1960, a fundação do Ministério da Agricultura, no mandato de Juscelino Kubitschek.

O agricultor possui uma ampla relevância na economia brasileira e também para a população mundial, pois é a sua atividade que propicia a maior parte da produção de alimentos, sobretudo aqueles que estão na mesa de todos os trabalhadores, tais como arroz e feijão.

“O povo das cidades espera dos agricultores alimentos sadios e abundantes. Por sua vez, a população urbana é chamada a reconhecer a dignidade dos trabalhadores rurais”, diz dom Aloísio Bohn, bispo emérito de Santa Cruz do Sul.

São João Paulo II resumiu assim a espiritualidade dos agricultores: “Vós sois chamados a prestar um serviço aos homens-irmãos, em contato com a natureza, colaborando diretamente com Deus, Criador e Pai, para que nosso planeta – a Terra – seja cada vez mais conforme aos seus desígnios, o ambiente desejado para todas as formas de vida: a vida das plantas, a vida dos animais e sobretudo, a vida dos homens’’.

“Obrigado, povo rural, que alimenta a população e preserva a nossa mãe terra. Deus o proteja, renove sua esperança e o abençoe. Desejo que nosso povo do campo seja feliz”, diz dom Aloísio Bohn.

Fonte: CNBB

Simone Biles deixa as Olimpíadas com uma lição importante para todos nós

Loic VENANCE | AFP
Por Cerith Gardiner

A mensagem da ginasta abordou um problema que todos os cristãos precisam enfrentar.

Quando a americana Simone Biles desistiu de disputar as finais individuais gerais da ginástica artística em Tóquio, o mundo do esporte entrou em comoção.

Considerada a maior ginasta de todos os tempos, Simone Biles passou os últimos anos encantando multidões com suas apresentações ousadas. Executava movimentos extremamente complexos e que desafiavam a morte, já que toda vez que ela se apresentava corria o risco de se machucar seriamente e colocar a própria vida em risco.

Ao tomar a decisão de desistir da competição por motivos de saúde mental, a católica devota de 24 anos de idade mostrou que, afinal, ela também é humana. E em sua mensagem aos repórteres, ela abordou sua surpreendente decisão:

“Eu tenho que colocar meu orgulho de lado. Tenho que fazer o que é certo para mim e focar na minha saúde mental e não colocar em risco minha saúde e bem-estar. É por isso que decidi dar um passo para trás.”

Simone Biles: “temos que proteger nossa mente e nosso corpo”

Por ter sido colocada no alto do pedestal da ginástica, sua decisão de parar deve ter sido tão difícil quanto alguns de seus belos e ousados movimentos. Mas, como diz o ditado, “o orgulho vem antes da queda”. No caso de Simone Biles, essa queda poderia ser mortal.

“No final do dia, também somos humanos. Temos que proteger nossa mente e nosso corpo, em vez de apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos.”

Uma decisão difícil, mas que certamente foi resultado de uma rotina de estresse e pressão pela perfeição, somada a um passado de abusos. Vale lembrar que Simone Biles sofreu abuso psicológico e sexual, como se provou no caso do médico Larry Nasser. Ele abusava também de dezenas de outras ginastas.

Mas sua habilidade de combater o orgulho é tão impressionante quanto suas habilidades atléticas. E, sem dúvida, a detentora de 25 medalhas em mundiais (seis em jogos olímpicos) seguirá confiando em sua fé enquanto ela continua a se concentrar em sua saúde mental.

Embora seus fãs possam ficar desapontados por não verem Simone Biles em Tóquio, ela demonstrou toda a sua vulnerabilidade e humildade. E isso a torna ainda mais campeã!

Fonte: Aleteia

Afrescos de Giotto em Pádua se tornam patrimônio mundial

Afrescos de Giotto em Pádua | Guadium Press
A Unesco considerou que eles marcaram “o início de uma evolução revolucionária na história da pintura mural”.

Itália – Pádua (28/07/2021 15:42, Gaudium Press) A Unesco incluiu alguns afrescos do mestre florentino pré-renascentista Giotto di Bondone (1266-1337) pintados em Pádua (Veneto, Itália) na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco. A instituição considerou que eles marcaram “o início de uma evolução revolucionária na história da pintura mural”.

Guadium Press

Dentre os afrescos agora pertencentes ao patrimônio mundial estabelecido pela Unesco estão: os da Capela gótica Scrovegni; os do Palácio da Razão de Pádua (Palazzo della Ragione); os da Basílica de Santo Antônio; e outros cinco outros edifícios, religiosos e seculares, que abrigam ciclos de afrescos pintados entre 1302 e 1397 por Giotto e outros artistas.

Capela Scrovegni: 53 afrescos em 855 dias

Considerada como a obra-prima de Giotto, os 53 afrescos da Capela Scrovegni foram encomendados pelo banqueiro paduano Enrico Scrovegni. No total, o pintor florentino levou 855 dias para cobrir os mil metros quadrados de espaço com os seus afrescos.

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Afresco é uma técnica de pintura assim chamada, pois normalmente esse tipo de obra é realizada em argamassa fresca para que a cor seja impregnada antes mesmo da secagem. Durante o ciclo de pinturas, Giotto utilizou tons de azul profundo, conhecido como ‘Giotto blue’, contrastando com o ouro.

Apesar de várias pinturas serem inspiradas em episódios do Novo e do Antigo Testamento, a que mais se destaca é a do Juízo Final, que cobre toda a fachada da capela, retratando Cristo juiz e rei entre os apóstolos.

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O reconhecimento como patrimônio é um prestígio para a cidade de Pádua

O Bispo de Pádua, Dom Claudio Cipolla, manifestou sua alegria pela entrada dos afrescos de Giotto no patrimônio da Unesco. “O fato de ser patrimônio indica não apenas a preciosidade da propriedade, mas também o seu caráter gerador de outros bens para hoje e para o futuro, algo a ser protegido, salvaguardado e transmitido. São bens que prestigiam a cidade, mas também dão crédito à sua história e à sua cultura, tão ricas em testemunhos de Fé”, destacou.

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O prelado ressalta que esses afrescos “contam a história de Pádua do século XIV, onde a vida e a Fé, o concreto e a espiritualidade, os contextos civil e religioso estão fortemente interligados. Se pensarmos no Batistério, com seu esplêndido ciclo de afrescos de Giusto de Menabuoi, nos confrontamos com toda a história da Salvação, joia artística que permanece aberta ao culto para viver em particular o sacramento do Batismo ”, concluiu. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF