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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Em um dia 29 de novembro como hoje teve início o conclave mais longo da história

Imagem ilustrativa / Capela Sistina pronta para um Conclave.
Crédito: Vatican Media
Por Martha Calderón

REDAÇÃO CENTRAL, 29 nov. 21 / 06:00 am (ACI).- Em 29 de novembro de 1268, teve início o conclave mais longo da história que terminou em 1º de setembro de 1271, quando Gregório X foi eleito após 34 meses.

A história deste conclave tem a ver com o seu nome, que vem dos termos latinos "cum" (com) e "clavis" (chave), palavra que foi utilizada desde o século XIII, depois que a Sé de Pedro ficou vacante por quase três anos, e o governador de Viterbo decidiu trancar os cardeais com chave.

Como narra a Enciclopédia Católica, “os cardeais reunidos em Viterbo estavam divididos em dois campos, os franceses e os italianos. Nenhum dos dois podia conseguir os dois terços da maioria dos votos nem queriam ceder aos outros para eleger um candidato ao papado”.

Foi no verão europeu de 1270 que foram trancados no palácio episcopal, inclusive, tiveram o fornecimento de comida cortado.

“Por fim, chegou-se a um compromisso, devido aos grandes esforços dos reis da Sicília e da França. O Sacro Colégio, que consistia então em 15 cardeais, escolheu seis deles para entrarem em acordo e emitirem um voto final. Os seis delegados se reuniram em 1º de setembro de 1271 e uniram os votos elegendo Teobaldo Visconti, arquidiácono de Liège, que não era cardeal, nem sequer sacerdote”.

Gregório X, nascido em Piacenza, “esteve um tempo a serviço do cardeal Jacobo de Palestrina, foi nomeado arquidiácono de Liège e acompanhou o cardeal Ottoboni em uma missão na Inglaterra e, no momento de sua eleição, estava em Ptolemaida (Acre) com o príncipe Eduardo da Inglaterra, em peregrinação à Terra Santa”.

Recebeu o chamado dos cardeais para retornar imediatamente, iniciou sua viagem de volta em 19 de novembro de 1271 e chegou a Viterbo em 12 de fevereiro de 1271. Aceitou a dignidade e adotou o nome de Gregório X.

Ao contrário deste conclave, houve o de 1503 que durou apenas algumas horas, no qual Júlio II foi eleito sucessor de Pedro.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Novena à Imaculada Conceição

Crédito: Opus Dei
Novena à Imaculada Conceição

A Novena da Imaculada Conceição é um costume que se foi enraizando na Igreja para preparar a grande Solenidade do dia 8 de Dezembro.

29/11/2020

Novena com textos de São Josemaria (autor: Pe. Francisco Faus)
Apresentamos textos de S. Josemaria selecionados em nove grupos, um para cada dia da novena. Os diferentes grupos terminam com uma breve oração composta pelo autor da novena, dirigida à nossa Mãe do Céu.

1˚ dia: Maria e a fé

2˚ dia: Maria e a esperança

3˚ dia: Maria e o amor de Deus

4˚ dia: Maria e o amor ao próximo

5˚ dia: Maria e a humildade

6˚ dia: Maria e a oração

7˚ dia: Maria e a cruz de cada dia

8˚ dia: Maria e a santa pureza

9˚ dia: Maria e o Santo Rosário

Download da novena da Imaculada Conceição (PDF completo)

Costume
A Novena da Imaculada Conceição é um costume que se foi enraizando na Igreja para preparar a grande Solenidade do dia 8 de Dezembro. S. Josemaria aconselhava aos seus filhos do Opus Dei que cada um a vivesse pessoalmente, do modo que considerasse mais oportuno; pondo mais empenho na conversação mais assídua com Nossa Senhora, com um delicado esmero na oração, na mortificação, no trabalho profissional; e procurando que os familiares, amigos e conhecidos – quantos mais melhor – se abeirassem de Jesus Cristo por intermédio da nossa Mãe. A Jesus sempre se vai e se "torna" a ir por Maria (São Josemaria, Caminho, 495).
Em 1954, quando o Papa Pio XII proclamou um ano mariano na Igreja universal para celebrar o centenário da definição dogmática da Imaculada Conceição, São Josemaria recordou-nos então que o Opus Dei nasceu e se desenvolveu sob o manto de Nossa Senhora. Por isso são tantos os costumes marianos que impregnam a vida diária dos filhos de Deus nesta Obra de Deus.

Crédito: Opus Dei

Mãe nossa, tu, que trouxeste à terra Jesus, por quem nos é revelado o amor do nosso Pai-Deus, ajuda-nos a reconhecê-lo no meio das ocupações de cada dia; remove a nossa inteligência e a nossa vontade, para que saibamos escutar a voz de Deus, o impulso da graça (É Cristo que passa, n. 174).

Crédito: Opus Dei

Porque Maria é Mãe, a sua devoção nos ensina a ser filhos: a amar deveras, sem medida; a ser simples...; a estar alegres, sabendo que nada pode destruir a nossa esperança (É Cristo que passa, n. 143).

Crédito: Opus Dei

Coração Dulcíssimo de Maria, dá força e segurança ao nosso caminho na terra: sê tu mesma o nosso caminho, porque tu conheces as vias e os atalhos certos que, por meio do teu amor, levam ao amor de Jesus Cristo (É Cristo que passa, n. 178).

Crérito: Opus Dei

Se caminhamos pela mão da Santíssima Virgem, Ela fará com que nos sintamos irmãos de todos os homens: porque somos todos filhos desse Deus de quem Ela é Filha, Esposa e Mãe. – Os problemas dos outros devem ser problemas nossos... –Maria, Mãe de Jesus nos ajudará a reconhecer Jesus que passa ao nosso lado, que se nos torna presente nas necessidades dos nossos irmãos, os homens (É Cristo que passa, n. 145).

Crédito: Opus Dei

Ser criança exige abandonar-se como se abandonam as crianças, crer, como creem as crianças, pedir como pedem as crianças. – São coisas que aprendemos no trato com Maria (É Cristo que passa, n. 143).

Crédito: Opus Dei

Os discípulos, cheios de fé pelo triunfo de Cristo ressuscitado, e ansiosos ante a promessa do Espírito Santo, querem sentir-se unidos, e vamos encontrá-los «com Maria, a Mãe de Jesus» (At 1,14). A oração dos discípulos acompanha a oração de Maria; era a oração de uma família unida (É Cristo que passa, n. 141).

Crédito: Opus Dei

Não há dúvida de que, durante a sua vida terrena, Maria não foi poupada nem à experiência da dor, nem ao cansaço do trabalho, nem ao claro-escuro da fé ... O seu fiat, “faça-se”, não se manifestou em ações aparatosas, mas no sacrifício escondido e silencioso de cada dia. – Ao meditarmos nestas verdades ..., percebemos que o valor sobrenatural da nossa vida não depende de que se tornem realidade as grandes façanhas que às vezes forjamos com a imaginação, mas da aceitação fiel da vontade divina, de uma disposição generosa em face dos pequenos sacrifícios diários (É Cristo que passa, n. 172).

Crédito: Opus Dei

[Façamos] a nossa oração ao nosso Pai, pedindo-lhe que nos conceda a graça de vivermos essa afirmação gozosa que é a virtude cristã da castidade. Pedimo-lo por intercessão de Santa Maria, que é a pureza imaculada (Amigos de Deus, n. 189).

Crédito: Opus Dei

O “princípio do caminho”, que tem por fim a completa loucura por Jesus, é um confiado amor a Maria Santíssima. – Queres amar a Virgem? – Pois então conversa com Ela! – Como? – Rezando “bem” o Rosário de Nossa Senhora (Santo Rosário, prólogo).

Fonte: https://opusdei.org/

Os símbolos do Advento

Coroa do Advento com primeira vela acesa | Vatican News

Teve início no domingo, 28 de novembro, o Advento, caminho de espera rumo ao Natal, cujo símbolo mais reconhecível é a coroa iluminada por quatro velas. Uma tradição que sugere um ambiente acolhedor e familiar. Por quatro semanas, acenderemos juntos uma vela "virtual" à descoberta de símbolos e significados.

Maria Milvia Morciano - Cidade do Vaticano

A coroa do Advento não é um costume antigo. Parece que tenha surgido pela primeira vez entre os luteranos alemães no século XVI, mas introduzida ainda mais tarde, em 1839, pelo pastor protestante Johann Hinrich Wichern, que foi um dos fundadores da Home Mission, um movimento pioneiro que na Alemanha se ocupava da pastoral urbana.

A primeira coroa era uma grande roda de madeira com muito mais velas, vinte pequenas para os dias de semana e quatro para os domingos. Mais tarde, essa tradição típica das igrejas protestantes alemãs também foi adotada pelas católicas. No início, era encontrada somente em locais eclesiásticos, mas com o tempo entrou em residências particulares de todo o mundo.

O Advento, as velas, os dias de espera

Conta-se que foram as crianças do orfanato a sugerir a ideia ao pastor Wichern. As crianças perguntavam continuamente a ele quantos dias faltavam para o Natal. E de fato, com as suas velas a serem acesas a cada domingo, a coroa do Advento marca o tempo, os dias que passam.

Uma canção infantil tradicional muito apreciada pelas crianças alemãs explica isso de uma forma muito simples e extremamente eficaz:

Advent, Advent,

ein Lichtlein brennt.

Erst eins, dann zwei,

dann drei, dann vier,

dann steht das Christkind vor der Tür.

Advento, Advento,

um pouco de luz queima.

Primeiro um, depois dois,

depois três, depois quatro,

e o Menino Jesus está às portas.

A forma circular

Os símbolos ajudam o homem a decifrar o mistério. A coroa do Advento ajuda a tornar visível o tempo de espera e de estar juntos. Sua forma circular se refere ao início e ao fim, alfa e ômega, compreendidos dentro a eternidade e a unidade. Um ciclo que sempre volta e que traz consigo a perfeição divina. É um símbolo do amor infinito do Senhor.

Os ramos de pinheiro e abeto

No auge do inverno, a natureza apaga as suas cores, mas brilha com suas plantas sempre verdes, que não murcham. Assim, a coroa é formada de ramos de pinheiro e abeto para recordar vitalidade e esperança.

As velas

Com a família reunida, cabe ao mais novo acender as velas. Hoje são em sua maioria vermelhas, uma cor típica do Natal, mas caso se quisesse seguir o tempo litúrgico, as duas primeiras deveriam ser roxas e a terceira rosa, como acontece nos paramentos dos sacerdotes. Branca a eventual e menos difundida quinta vela para o dia de Natal.

O roxo recorda o significado original e mais profundo do Advento, que originalmente era a preparação para o Natal mediante o jejum e a penitência, enquanto o rosa alude à alegria e o branco à pureza absoluta de Jesus, a luz do mundo.

O significado da primeira vela

No início da primeira semana do Advento acendemos a primeira vela, a da esperança, chamada "de Profeta", porque recorda as profecias sobre a vinda do Messias. É ainda uma luz pequena, mas já arde com "a menor das virtudes, mas a mais forte", como o Papa Francisco define a esperança (Angelus, 15 de novembro de 2015), que é escondida, mas tenaz e paciente. Dá-nos a certeza de que a escuridão desaparecerá com a luz.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Saturnino de Toulouse

Crédito: Fraterno 72
29 de novembro
São Saturnino de Toulouse

São Saturnino é venerado como missionário que foi o primeiro bispo de Toulouse e é uma das devoções mais populares na França e na Espanha. Segundo escritos conhecidos como a “Paixão de Saturnino”, ele pregou dos dois lados dos Pirineus, entre os anos 430 e 450.

Por onde andou, pregava com fervor, convertendo quase todos os habitantes que encontrava ao cristianismo. Consta que ele ordenou o futuro são Honesto e juntos foram para a Espanha, onde teria, também, batizado o agora São Firmino. Depois, regressou para Toulouse, mas antes consagrou o primeiro como bispo de Pamplona e o segundo para assumir a diocese de Amiens.

Embora houvesse um decreto do imperador proibindo e punindo com a morte quem participasse de missas ou mesmo de simples reuniões cristãs, Saturnino liderou os que o ignoravam. Continuou com o santo sacrifício da missa, a comunhão e a leitura do Evangelho.

O autor de sua “passio”, relata que ele costumava reunir fiéis numa pequena igreja de Toulouse, e que o principal templo pagão da cidade erguia-se entre a igreja e a residência do santo. Nesse templo pagão eram feitos oráculos, mas fazia tempo que os mesmos haviam silenciado, o que se atribuía à presença do bispo cristão. Dessa forma, os sacerdotes pagãos, certo dia, o agarraram quando estava passando por perto e o arrastaram para o interior do templo, declarando que deveria apaziguar os deuses ofendidos, oferecendo-lhes em sacrifício um touro a Júpiter, ou senão aplacar os deuses com o seu sangue. Saturnino respondeu: “Venero um só Deus e estou preparado para lhe oferecer um sacrifício de louvor. Vossos deuses são maus e se comprazem mais com o sacrifício de vossas almas do que as dos vossos novilhos. Como posso temer aqueles que, como vós mesmos reconheceis, tremem na presença dos cristãos?”

Enfurecidos com esta resposta foi amarrado pelos pés ao pescoço do animal, que o arrastou pela escadaria do templo. Morreu com os membros esfacelados.

O seu corpo foi recolhido e sepultado por duas cristãs. No local, um século mais tarde, são Hilário construiu uma capela de madeira, que logo foi destruída. Mas as suas relíquias foram encontradas, no século VI, por um duque francês, que mandou, então, erguer a belíssima igreja dedicada a ele, chamada, em francês, de Saint Sernin du Taur, que existe até hoje com o nome de Nossa Senhora de Taur. O culto ao mártir são Saturnino, bispo de Toulouse, foi confirmado e mantido pela Igreja em 29 de novembro.

Fonte: https://franciscanos.org.br/

domingo, 28 de novembro de 2021

PRÓXIMA JORNADA DE ORAÇÃO E MISSÃO PELA PAZ VOLTA O OLHAR PARA A ETIÓPIA

CNBB

PRÓXIMA JORNADA DE ORAÇÃO E MISSÃO PELA PAZ VOLTA O OLHAR PARA A ETIÓPIA, UM PAÍS MERGULHADO EM CONFLITOS

A próxima Jornada de Oração e Missão pela Paz, dia 1º de dezembro, volta o olhar e a solidariedade à Etiópia, país localizado no Corno de África na zona leste do continente. A jornada é realizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN).

De acordo com o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Daniel Rochetti, a Etiópia tem uma importante tradição bíblica e cristã e possui um valor cultural e étnico. “Contudo, o país e sua população vêm sofrendo a anos com conflitos internos e internacionais”, apontou.

A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar por determinado país. De acordo com a Comissão para Ação Missionária da CNBB as jornadas são um convite para contribuir, especialmente, com a oração que é uma das formas mais significativas de colaborar com o trabalho missionário.

Conheça um pouco do país

A República Democrática Federal da Etiópia é a segunda nação mais populosa do continente africano e a décima maior em área. A sua capital é Adis Abeba e a língua oficial é o amárico. O país, que faz fronteira com o Sudão e com o Sudão do Sul a oeste, Djibuti e Eritreia a norte, Somália ao leste, e Quénia ao sul, é formado por uma população de maioria cristã e quase um terço muçulmana.

Depois da queda da monarquia, a situação económica da Etiópia piorou, transformando-se num dos países mais pobres do mundo. A Etiópia aparece frequentemente nas piores posições dos relatórios mundiais sobre saúde, fome nutrição infantil e direitos humanos. Este país parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Africana (UA). A sua capital Adis Abeba também é a sede das instituições da União Africana (UA).

Há exatamente um ano rebentou o conflito armado pela região norte do país entre o exército governamental, sob o comando do Governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed, e as forças tigré, o braço armado da Frente de Libertação Popular de Tigray (TPLF). Ambos os lados viram as suas fileiras aumentar com combatentes voluntários. Outros problemas que vivem o povo da Etiópia: inflação, crescimento do crime organizado, tráfico de pessoas e de entorpecentes.

No vídeo, abaixo, saiba mais sobre a realidade do país:

https://youtu.be/wUwLq6qkey4

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

ESPIRITUALIDADE: Amor sem limites (Parte 6/19)

Capa: Fragmento de um ícone de meados de
século XVII atribuído a Emanuel Lombardos.

Um Monge da Igreja do Oriente

AMOR SEM LIMITES

Tradução para o português:
Pe. André Sperandio

Ecclesia

12. A porta da esperança

Amigo meu, na medida em que pronuncias estas palavras: "Amor sem limites", na medida em que dás à esta realidade suprema um lugar em teu coração, abres uma porta, a porta que faz entrar no reino da liberdade e da luz.

É a porta da esperança, o dintel (viga, madeiro) da extensão de teu ser.

Esperança: espera o que está por vir. Espera carregada de amor, fundada no amor. Pois não sei espera mais que o que se ama.

Não confunda tuas "esperanças" no plural com a tua "esperança" no singular. tuas esperanças, isto é, as coisas particulares, limitadas, que gostarias de ver realizadas e que freqüentemente não correspondem mais do que a uma vontade egoísta; tal sucesso, por exemplo, ou tal cura. Estas são esperanças, e não a Esperança.

A Esperança: um anseio, um desejo, uma espera que não leva apenas a um objeto particular, mas ao conjunto do teu destino. Não se trata apenas de uma certa porção de uma curva, mas da totalidade desta curva.

Se consideras apenas um fragmento da curva de tua vida, podes ter a impressão de um fracasso, de uma queda. Porém, olha toda a linha de tua vida com uma confiança inspirada pelo amor. O A própria morte, de tão grande importância, não é mais que um momento, um ponto na curva. O amor não morre. Nada que que é amor se perde.

A porta da esperança está aberta diante de ti e ninguém poderá fechá-la. Como se apresenta, de fato, esta porta? É a porta da ocasião que o amor te oferece a cada instante.

Pensa na série de ocasiões fracassadas no curso de tua vida. Às vezes, dizes a ti mesmo: "Se eu tivesse sabido! Se, em tal circunstância, tivesse agido de outra maneira! Se eu pudesse fazê-lo novamente!" Não é possível refazer o que foi feito. Sim, há ocasiões perdidas; não voltarão jamais. Porém, essas ocasiões perdidas não são nada comparadas às que existem agora, em comparação com as que eu te ofereço neste momento.

A porta da ocasião presente, que também é a porta da esperança, está bem diante de ti, bem à tua frente a cada minuto. Isso varia em cada homem. Não fiques sentado à porta esperando por alquém que venha abri-la e imaginando-a fechada. Não tens mais que empurrá-la ligeiramente, e ela se abrirá por completo.

No momento em que passares o umbral, o amor sem limites virá a ti. É Já, de minha parte, algo mais que amor prometido. É amor doado. Mas, neste mundo, enquanto estás nesta vida, podes quebrar este vínculo. Este vínculo ainda é imperfeito. Ainda estamos nos esponsais; há esperança mais do que a posse. Porém, comece a andar com a esperança que tens, com tua jovem, primaveril, tua verde esperança.

Espera em teu Senhor-amor, mesmo quando parecer que serás triturado. O cume da esperança é a espera contra toda esperança.

A esperança é sem limites porque procede do amor sem limites e se abre sobre ele. O Amor sem limites não pôs em teu dedo este anel de esponsal que é a esperança sem limites?

13. Houve uma tarde e uma manhã

Não menos que seis vezes, no primeiro capítulo do primeiro livro sagrado dos hebreus, Deus é apresentado criando os dias da semana e fixando a tarde como ponto de partida. A maneira de contar o tempo dos homens de hoje não é a tua, Senhor. Os homens, instintivamente, situam a manhã como o início do dia.

O dia começa com a claridade do amanhecer. Depois vem a alegria da aurora, a ascensão do sol, a glória do meio dia, o declínio e a sombra, a tristeza do crepúsculo e, finalmente, a tragédia física e o terror das trevas.

Contigo, Senhor, não é assim. Tu proclamas que primeiro houve uma tarde e só depois uma manhã.

O teu dia começa ao anoitecer, na escuridão noturna, e se move em direção à manhã, em direção à luz, em direção ao resplendor da sarça ardente e do sol do meio-dia.

Assim, nosso amor, sempre começando, sempre tão débil, incerto e ameaçado irá se abrindo em direção à claridade do amor sem limites.

Sem dúvida, a tarde voltará. Porém, um abismo separa a visão de um dia que declina para a noite e a de um dia que se eleva em direção à manhã.

O que importa, Senhor, é o sentido que tu dás ao movimento dos dias. Da ordem que seguem, fazes para nós um símbolo. Desde o princípio, orientaste a evolução do tempo em direção à sua plenitude luminosa. Tu nos orientas para a manhã.

Senhor, torna-me mais consciente do suceder dos meus dias. Apesar da obscuridade do momento, dá-me a intuição do crescimento do sol do amor. Abre-me todo ao chamado, e fortalece minha esperança na proximidade do dia sem crepusculo do teu Reino.

® NARCEA, S.A. EDIÇÕES
Dr. Federico Rubio e Galí, 9. 28039 - Madrid
® EDITIONS ET LIBRAIRIE DE CHEVETOGNE Bélgica
Título original: Amour sans limite
Tradução (para o espanhol): CARLOS CASTRO CUBELLS
Tradução para o português: Pe. André Sperandio
Capa: Fragmento de um ícone de meados de século XVII atribuída a Emanuel lombardos
ISBN: 84-277-0758-4
Depósito Legal: M-26455-1987
Impressão: Notigraf, S. A. San Dalmácio, 8. 28021 - Madrid

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

O sentido do sofrimento

BlurryMe | Shutterstock
Por Francisco Borba Ribeiro Neto

Como pode um Deus onipotente e amoroso não nos livrar do sofrimento?

“Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus estão mais altos do que a terra, assim estão os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55, 8-9). De tempos em tempos me dou conta do quanto essas palavras são válidas para nós, que vivemos numa cultura que abandonou em grande parte suas raízes cristãs, de modo tal que frequentemente usamos critérios “mundanos” acreditando estar seguindo a Jesus.

Quando contempladas numa perspectiva cristã, palavras como amor, felicidade e sofrimento têm um sentido radicalmente diferente daquele usado por nós cotidianamente – radical não tanto no sentido de diferente, mas no sentido de brotarem de uma outra origem e produzirem outros tipos de frutos. Ao me deter nesses temas, não tenho o interesse de escrever sobre mística e espiritualidade – coisa que outros em Aleteia fazem muito melhor do que eu – mas sim de chamar a atenção para as características da mentalidade cristã. Minha questão é não nos perdermos no caminho da fé, desorientados por uma falsa compreensão da experiência e dos valores cristãos.

Nossa visão sobre o sofrimento humano é um exemplo típico dessa divergência entre nosso olhar corrente e um olhar cristão. São João Paulo II desenvolve o tema em sua Carta Apostólica Salvifici Doloris, de 1984. Escrita poucos anos depois do Papa ter sofrido uma tentativa de assassinato, com uma dolorosa convalescença, o texto é não apenas uma reflexão teológica sobre o sofrimento, mas recolhe de certa forma a própria experiência humana de sofrimento do pontífice.

Verificar, antes de teorizar

Ninguém deseja sofrer. A busca do sofrimento por si mesmo é um ato masoquista que se choca com a natureza humana. Nada mais compreensível do que a nossa oração ser para que Deus “afaste de nós esse cálice”, como o próprio Cristo pediu (cf. Mt 26, 39). Contudo, a lógica de Deus parece ir em sentido contrário ao desejo humano…

Quando o Messias vem ao mundo, não vem livrar os seres humanos do sofrimento, mas sofrer como um deles. A inversão de expectativas chocou todo o mundo antigo, quando os cristãos passaram a pregar sua doutrina. Após séculos, nos acostumamos com essa perspectiva, contudo muitos em nossa sociedade deixam de aderir à fé por causa desse fato. Como pode um Deus onipotente e amoroso não nos livrar do sofrimento?

Os desígnios de Deus são misteriosos. Ele não seria Deus se nós – com nossos parcos recursos intelectuais – pudéssemos compreender a lógica com a qual orienta Sua criação ao longo de toda a eternidade. Mas, apesar disso, podemos nos aproximar dessa lógica se nos propomos a verificar a Sua promessa de amor a nós.

Curiosamente, trata-se de uma verificação muito semelhante ao método científico. O cientista não deduz como a natureza deve ser e a partir daí faz uma teoria. Ele, em primeiro lugar, observa o que acontece e, a partir da observação, procura entender a natureza. O que Deus pretende nos deixando sofrer? Por que deixou até mesmo seu Filho sofrer? A resposta a essas perguntas são misteriosas, mas estaremos ainda mais distantes de compreendê-las se não mergulharmos na experiência do sofrimento vivido à luz do amor de Deus.

O sentido é mais forte que a dor

O adulto sabe que existe uma experiência ainda mais terrível que sofrer: ver aqueles que muito amamos sofrerem. Objetivamente, a dor não é última palavra sobre a nossa vida. Um individualismo camuflado se introduz em nossa mentalidade quando imaginamos que a pior coisa que pode nos acontecer é sofrermos com algo que nos acontece. O pior é aquilo que faz a pessoa amada sofrer.

A dor vivida sem a perspectiva do amor se torna, de fato, o sofrimento maior. Mas não tanto pela dor em si, mas pela falta de um amor que lhe dê sentido. Os grandes amantes oferecem a própria dor pelo bem dos amados. Com isso, descobrem um sentido para o sofrimento – e esse sentido torna-se mais forte que a própria dor.

Deus quer que seus filhos muito amados descubram a força do amor, descubram que o amor é mais forte que o próprio sofrimento. Mas, só existe um modo de compreender esse fato: sofrendo com amor. O paradoxo do Deus amoroso que não tirou o sofrimento do mundo se revela como uma afirmação da força do amor.

Essa é uma das conclusões da Salvifici Doloris, que reputo como uma das obras mais essenciais do magistério da Igreja: sofrendo por nós, Cristo deu-nos a chance de nos tornarmos “coparticipantes” de sua obra salvífica, ao também nós sofrermos por amor a nossos irmãos. A grandeza do sofrimento é poder ser doado, como gesto de amor. O sofredor – ao doar sua própria dor pelo bem de outros – está mais próximo do coração de Deus e da justa compreensão do Seu amor por nós.

Uma caminhada necessária

No momento mais aflitivo, chega a ser ofensivo dizer essas coisas a alguém. No auge da dor, todo sofredor acredita que seu sofrimento é incomparável ao dos demais. Um dos efeitos da dor é justamente entorpecer nossa racionalidade e dificultar uma abordagem objetiva dos problemas.

Por isso, a compreensão do sentido do sofrimento é uma questão que temos de enfrentar quando não estamos sofrendo. quando chegar o momento da angústia, os termos têm que estar claros, para que possamos fazer uma justa verificação do “significado salvífico da dor”.

Ser capaz de olhar o sofrimento com um olhar cristão não nos livrará da dor, nem nos colocará num conformismo resignado, mas nos abrirá cada vez mais para os horizontes ilimitados do amor.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

I DOM ADVENTO - Ano C

Dom Paulo Cezar | Foto: Diocese de São Carlos (SP)

Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

A vossa libertação está próxima

O ser humano é um ser que espera, espera para esta vida, e possui a esperança para além desta vida, para a eternidade. Esta realidade faz parte da nossa constituição antropológica. Este tempo de preparação para o Natal do Senhor, o Advento, quer despertar esta realidade em nós. A Igreja, como uma mãe, quer gerar em nós a dinâmica da espera.

A liturgia deste primeiro domingo coloca, diante de nós, o texto de Lc 21, 25-28.34-36. Jesus fala da sua segunda vinda. A linguagem é a apocalíptica do Antigo Testamento: sinais no sol, na lua e nas estrelas. Sinais que aparentemente nos causam medo. Mas a vinda de Jesus Cristo, o Filho do Homem, será para a nossa libertação. É Aquele que nós amamos, testemunhamos e seguimos que virá, não é outro. Quem durante esta vida O testemunhou e seguiu receberá a sua recompensa; mas quem O rejeitou poderá ser rejeitado também por Ele.

O Evangelho fala das atitudes que o discípulo deve ter: “tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida…” (Lc 21, 34). O discípulo deve estar atento para não se tornar insensível. A falta de sensibilidade nos impede que perceber os sinais, de ter uma visão mais profunda da realidade, das coisas. Gula, embriaguez e preocupações da vida significam a vida cotidiana, e o texto bíblico nos alerta do perigo de se ficar com a consciência anestesiada por causa das preocupações.  A posição do discípulo de Jesus Cristo deve ser a de atenção nas pequenas e grandes coisas da vida do dia a dia para não cair na insensibilidade.  Neste caminho, a oração é apresentada como atitude que dispõe o homem a saber reconhecer os sinais de Deus. É a oração que nos faz ver os acontecimentos na dimensão de Deus.

“Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Este é o grande convite para nós neste tempo do Advento.  Levantar é a atitude do homem que se coloca com confiança diante do Senhor, pois sabe que não está diante de um juiz, mas Daquele que ele seguiu, amou e dedicou toda a vida. Erguer a cabeça significa a atitude de quem confia, espera, pois é Deus que veio e que vem para libertar o ser humano do fechamento em si mesmo, do pecado e da morte, abrindo a existência ao absoluto, pois o ser humano foi criado por Deus e para Deus.

O Advento quer suscitar em nós esta dinâmica de espera, quer nos livrar do perigo do anestesiamento com as preocupações e as diversões da vida que nos fazem esquecer que nossa realização última não está neste mundo.

Vivamos abertos à grande Esperança que sustenta a vida humana, que é Deus mesmo, que veio a nós naquela criança simples e humilde, e que acolhemos sempre que celebramos o Natal.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O Papa: Advento, esperar o Senhor com alegria mesmo em meio às tribulações

O Papa Francisco no Angelus  (AFP or licensors)

“Erguei-vos e levantai a cabeça porque é justamente nos momentos em que tudo parece estar acabado que o Senhor vem para nos salvar; esperá-lo com alegria mesmo em meio às tribulações, nas crises da vida e nos dramas da história”, exortou o Papa comentando a liturgia desde I Domingo do Advento, em preparação para o Natal do Senhor.

Raimundo de Lima - Vatican News

O Papa Francisco conduziu a oração do Angelus ao meio-dia deste domingo - o I Domingo do Advento - com os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro. Na alocução que precedeu a oração mariana, comentando o Evangelho da liturgia do dia ressaltou-nos que o mesmo nos fala da vinda do Senhor no final dos tempos.

“Jesus anuncia eventos desoladores e tribulações, mas justamente neste ponto nos convida a não ter medo. Por quê? Porque tudo vai correr bem? Não, mas porque Ele virá, disse Francisco destacando uma passagem do Evangelho:

Ele diz: "Erguei-vos e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação" (Lc 21,28). É bom ouvir esta palavra de encorajamento: erguei-vos e levantai a cabeça porque é justamente nos momentos em que tudo parece estar acabado que o Senhor vem para nos salvar; esperá-lo com alegria mesmo em meio às tribulações, nas crises da vida e nos dramas da história.

Jesus nos mostra o caminho

Mas como levantar a cabeça, como não nos deixarmos absorver por dificuldades, pelos sofrimentos, pelas derrotas? – perguntou o Santo Padre.

Jesus nos mostra o caminho com um forte apelo: "Cuidado para que vossos corações não fiquem pesados. Ficai acordados, portanto, orando em todo momento". "Ficai acordados": a vigilância. Detenhamo-nos sobre este importante aspecto da vida cristã, frisou o Pontífice.

Estar vigilantes

Pelas palavras de Cristo, vemos que a vigilância está ligada à atenção: cuidado, não se distraiam, ou seja, fiquem acordados! Vigilar significa isto: não permitir que o coração se torne preguiçoso e que a vida espiritual se enfraqueça na mediocridade. Ter cuidado porque se pode ser "cristãos adormecidos", sem impulso espiritual, sem ardor na oração, sem entusiasmo pela missão, sem paixão pelo Evangelho. E isto leva a "adormecer": a continuar com as coisas por inércia, a cair na apatia, indiferentes a tudo, exceto ao que nos convém.

Precisamos estar vigilantes para não arrastar nossos dias para o hábito, para não nos fazer ficar pesados - diz Jesus - pelas preocupações da vida. Hoje, então - prosseguiu -, é uma boa oportunidade para nos perguntarmos: o que pesa no meu espírito? O que me faz acomodar na poltrona da preguiça? Quais são as mediocridades que me paralisam, os vícios que me esmagam até o chão e me impedem de levantar a cabeça? E com relação aos fardos que pesam sobre os ombros dos irmãos, estou atento ou indiferente?

Estas perguntas nos fazem bem, porque ajudam a proteger o coração da preguiça, que é um grande inimigo da vida espiritual. Ela é aquela preguiça que nos mergulha na tristeza, que nos tira o gosto de viver e o desejo de fazer. É um espírito maligno que aprisiona a alma no torpor, roubando-lhe a alegria. O Livro dos Provérbios diz: "Guarda teu coração, porque dele brota a vida" (Pr 4,23). Custodiar o coração: isso significa vigilar!

O segredo para estar vigilante é a oração

E acrescentemos um ingrediente essencial: o segredo para estar vigilante é a oração. Pois Jesus diz: "Vigiai em todo momento orando" (Lc 21,36). É a oração que mantém acesa a lâmpada do coração. Especialmente quando sentimos que nosso entusiasmo esfriou, a oração reacende-o, porque nos traz de volta a Deus, ao centro das coisas. Ela desperta a alma do sono e a concentra no que importa, sobre o fim da existência. Mesmo nos dias mais movimentados, não negligenciamos a oração.

A oração do coração pode nos ajudar, repetindo frequentemente pequenas invocações. No Advento, acostumemo-nos a dizer, por exemplo: "Vem, Senhor Jesus". Repitamos esta oração ao longo do dia: a alma permanecerá vigilante!

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF