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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Papa defende vacina e diz que cuidar da saúde é obrigação moral

Photo by Tiziana FABI / AFP
Por Octavio Messias

Pontífice condena quem se deixa levar por informações sem fundamento e diz que pandemia exige "terapia de realidade".

Em um encontro anual que ocorreu no Vaticano nesta segunda-feira (10) com diplomatas de quase 200 países, Papa Francisco, que está completamente imunizado contra a Covid-19, condenou a recusa de vacinação, que atribuiu à proliferação de informações sem fundamento ou de fake news. Ele criticou a “desinformação ideológica sem base”, uma vez que muitos apoiadores e representantes de movimentos políticos em todo o mundo tentam associar posicionamentos à imunização. E disse que pandemia exige o que classificou como “terapia de realidade”. 

“Lamentavelmente, estamos vendo cada vez mais que vivemos em um mundo de divisões ideológicas fortes. Frequentemente, as pessoas se deixam influenciar pela ideologia do momento, muitas vezes alimentadas por informações sem base ou fatos mal documentados”, declarou o Pontífice, pedindo que nos apoiemos na verdade e na ciência e que acreditemos somente na realidade quando o assunto é a pandemia de coronavírus.

Números recordes

Atualmente, por conta da variante Ômicron, os números de novos casos de Covid-19 no mundo estão batendo recordes dia após dia. Na segunda-feira, foram registrados 3,281 milhões de novas infecções. Antes do surgimento da nova cepa, o recorde de contágio havia sido em 23 abril do ano passado, com 899 mil novos casos. 

Entretanto, a taxa de mortalidade, hoje, é menor do que em qualquer outro momento crítico da pandemia. Enquanto em 23 de abril de 2021 foram registradas 15.302 mortes no mundo, o mesmo índice no último dia 10 foi de quase um terço, com 6.460 óbitos, enquanto o número de infectados é mais do que três vezes maior. O que só comprova a eficácia da vacina, que embora não impeça o contágio do vírus, diminui muito as chances de mortes ou complicações.   

Solução mais razoável

“Já entendemos que, nos países em que uma campanha eficiente de vacinação aconteceu, o risco de repercussões graves da doença caiu”, afirmou o Papa, que disse que cuidar da saúde é obrigação moral. “Por isso é importante continuar a iniciativa de imunizar a população geral o quanto for possível.”           

“Vacinas não são uma forma milagrosa de cura, mas com certeza representam, ao lado de outros tratamentos que precisam ser desenvolvidos, a solução mais razoável para a prevenção da doença”, acrescentou o Pontífice.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Igreja, casa que acolhe a todos

Na Grécia, Papa visita o Centro de Refugiados de Mytilene 
(Vatican Media)

“A Igreja não é só dos puros, daqueles que são totalmente coerentes, e os outros devem ser afastados. A Igreja é santa, não rejeita os pecadores; não afasta nenhum de nós, porque chama e acolhe a todos, está aberta também aos distantes, chama todos a deixar-se abraçar pela misericórdia, pela ternura e pelo perdão do Pai, que oferece a todos a possibilidade de O encontrar, de caminhar rumo à santidade”. (Papa Francisco)

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

“A comunidade cristã é a casa daqueles que acreditam em Jesus como a fonte da fraternidade entre todos os homens. A Igreja caminha no meio dos povos, na história dos homens e das mulheres, dos pais e das mães, dos filhos e das filhas: esta é a história que conta para o Senhor”, disse o Papa Francisco na Audiência Geral de 9 de setembro de 2015.  

“Nos Evangelhos – observou - a assembleia de Jesus tem a forma de uma família, e de uma família hospitaleira, não de uma seita exclusiva, fechada: nela encontramos Pedro e João, mas também o faminto e o sedento, o estrangeiro e o perseguido, a pecadora e o publicano, os fariseus e as multidões. E Jesus não cessa de acolher e falar com todos, até com quantos já não esperam encontrar Deus na sua vida. É uma lição forte para a Igreja! Os próprios discípulos são eleitos para cuidar desta assembleia, desta família dos hóspedes de Deus.”

Dando sequência a sua série de reflexões sobre a Igreja, padre Gerson Schmidt* inspira-se no Papa Francisco para nos falar hoje sobre “Igreja, casa que acolhe a todos”:

"Já em alguns programas da Memória Histórica do Concílio, estamos aprofundando a imagem da Igreja como casa, baseada na Constituição Dogmática sobre a Igreja. A Lumen Gentium, no número 06, aponta a imagem da Igreja como uma casa e uma família. O Papa Francisco, em seu primeiro livro “A Igreja da Misericórdia”, apresenta alguns títulos utilizando-se dessa expressão da Igreja como casa. Apresenta nesse livro, que não é um documento oficial, outro título se referindo a Igreja como “Casa que acolhe a todos”. Neste ponto, nosso Papa reflete o acréscimo no Credo, além da Igreja Una, que viva a comunhão, o adjetivo da Igreja ser “santa”. Igreja Una e santa. É santa porque Jesus Cristo, o Santo de Deus, se une a ela de modo indissolúvel. Não é santa pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa. Nesse livro o Papa diz: “A Igreja não é só dos puros, daqueles que são totalmente coerentes, e os outros devem ser afastados. A Igreja é santa, não rejeita os pecadores; não afasta nenhum de nós, porque chama e acolhe a todos, está aberta também aos distantes, chama todos a deixar-se abraçar pela misericórdia, pela ternura e pelo perdão do Pai, que oferece a todos a possibilidade de O encontrar, de caminhar rumo à santidade” [1].

Por ser justamente santa, a Igreja é uma casa de misericórdia que acolhe os pecadores. Ser pecadora não é uma nota ou propriedade da Igreja. A nota da Igreja é ser santa. Pecadores são os membros da Igreja, como um acidente de percurso, pois todos somos chamados à santidade, embora não o sejamos no percurso que fazemos. O Papa continua assim no seu primeiro livro escrito antes de suas encíclicas: “Todos trazemos em nós os nossos pecados. (...) Na Igreja, o Deus que encontramos não é um juiz cruel, mas é como o pai da parábola evangélica. Podes ser como o filho que deixou a casa, que esteve mais distante de deus. Quanto tiver a força de dizer: quero voltar para casa, encontrará a porta aberta, Deus vem ao teu encontro porque te espera sempre; Deus te espera sempre, Deus te abraça, beija-te e faz festa. Assim é o Senhor, essa é a ternura do nosso Pai Celeste. O Senhor quer que façamos parte de uma Igreja que sabe abrir os braços para abraçar a todos, que não é a casa de poucos, mas de todos, onde todos possam ser renovados, transformados e santificados pelo amor: os mais fortes e os mais fracos, os pecadores, os indiferentes, os que se sentem desanimados e perdidos”.

Na Carta Encíclica Evangelii Gaudium, Papa Francisco escreve sobre a paróquia, como uma estrutura que não caducou, mas que sempre deve ser uma casa acolhedora. Diz assim o Papa: “A paróquia não é uma estrutura caduca; precisamente porque possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária do Pastor e da comunidade. Embora não seja certamente a única instituição evangelizadora, se for capaz de se reformar e adaptar constantemente, continuará a ser «a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas». Isto supõe que esteja realmente em contato com as famílias e com a vida do povo, e não se torne uma estrutura complicada, separada das pessoas, nem um grupo de eleitos que olham para si mesmos. A paróquia é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração. Através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes da evangelização. É comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar, e centro de constante envio missionário. Temos, porém, de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu suficientemente fruto, tornando-as ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-as completamente para a missão”. 

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

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[1] PAPA FANCISCO, a Igreja da Misericórdia – Minha visão para a Igreja, Editora Schwacz, SP, p. 31. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Antonio Maria Pucci

S. Antonio Maria Pucci | arquisp
12 de janeiro

Santo Antonio Maria Pucci

No batismo recebeu o nome de Eustáquio Pucci e nasceu em Pogiolo de Vernio, na região de Florença, Itália, no dia 16 de abril de 1819. De família católica praticante, teve seis irmãos e enfrentou a resistência destes para seguir a vida de religioso.

Entretanto, aos dezoito anos, ele ingressou no convento dos Servos de Maria da Santíssima Anunciação de Florença, apoiado por todos os familiares, onde mudou o nome para Antonio Maria. Em 1843 fez a profissão religiosa e depois de alguns meses foi ordenado sacerdote. Quatro anos depois foi enviado como vice-pároco para a nova paróquia de santo André, em Viarégio, confiada aos servitas e três anos depois se tornou o pároco, função que executou, durante quarenta e oito anos, até morrer.

Dedicou-se com zelo heróico à cura espiritual e material dos seus fiéis, que o chamavam afetuosamente de "o curador". Padre Antonio Maria enfrentou duas epidemias na cidade, tratando pessoalmente dos mais doente, pois tinha o dom da cura e do conselho. Os paroquianos respondiam com afeto a esta completa doação.

Ao mesmo tempo, durante vinte e quatro anos, foi o superior do seu convento em Viarégio, e por sete anos superior da Província toscana dos Servos de Maria. Antecipou a forma organizadora da Ação Católica, instituindo as Associações conforme a categoria dos seus paroquianos. Para os jovens: a Companhia de são Luiz e a congregação da Doutrina Cristã; para os homens, aperfeiçoou a já existente: Alma companhia da Santíssima Maria das Dores; para as mulheres: a congregação das Mães Cristãs.

Em 1853 fundou a congregação das Irmãs auxiliares Servas de Maria direcionadas para a educação dos adolescentes, e criou o primeiro orfanato mariano para as crianças doentes e pobres. Alem disto, introduziu outras Organizações já existentes, todas dedicadas às obras de caridade que atendiam os velhos, crianças, doentes e pobres.

Depois de socorrer um doente, numa noite fria e de tempestade, contraiu uma pneumonia fulminante, que o levou à morte em 12 de janeiro de 1892. Foi sepultado no cemitério da congregação, onde permaneceu até 1920, intercedendo e alcançando graças para seus devotos. As relíquias do "curador" padre Antonio Maria Pucci foram trasladadas, em 1920, para a igreja de Santo André, onde ele havia desenvolvido todo o seu ministério sacerdotal.

O papa João XXIII celebrou sua canonização em 1962, e elevou a igreja, que guarda a sua memória, a condição de basílica. Na cerimônia solene ele declarou Santo Antonio Maria
Pucci "um exemplo fúlgido de vida religiosa e aplicada à pastoral das almas".

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Chef dos papas revela pratos preferidos dos pontífices

Facebook | Sergio Dussin
Por Gelsomino Del Guercio

Sergio Dussin já cozinhou para os três últimos papas.

Sergio Dussin se tornou mundialmente conhecido por ser o chef de três papas. Nascido em Treviso, Itália, ele tem 65 anos e passou quase 20 anos no Vaticano, dentro das cozinhas da residência dos pontífices.

“O Papa João Paulo II adorava aspargos, o Papa Bento XVI não resiste a uma fatia de sacher [uma espécie de bolo de chocolate vienense]. E o Papa Francisco adora pão e um bom queijo ou uma pizza”, diz ele. 

A história do chef dos papas e a de sua família foram descritas por Nicoletta Masetto na publicação italiana Messenger of St. Anthony.

“Você está disponível?”

Sergio Dussin e sua esposa Manuela têm três filhos, dois dos quais estão envolvidos nos negócios da família. Ele é chamado para cozinhar no Vaticano “todo mês, ainda que a cada duas semanas”, diz o chef.

“Quando eles me ligam, a pergunta ritual é: ‘Você está disponível?’. E minha resposta igualmente ritual é ‘sim’. Para um chef, todas as vezes é uma emoção e um privilégio poder servir um pontífice. Normalmente são almoços privados, como o do Papa Francisco com sua equipe na [Casa] Santa Marta ”.

Facebook | Sergio Dussin

Os produtos que ele utiliza no Vaticano

O chef confessa não ter “segredos” para a sua cozinha a não ser pelo fato de, sempre que possível, utilizar produtos de origem local e, sobretudo, sazonais. Vêm diretamente das colinas de Vêneto para o Estado do Vaticano: radicchio de Treviso, aipo de Rubbio, brócolis de Bassano. E mais: batatas de Rotzo, cebolas e aspargos de Bassano, queijos da Grappa, Collina Veneta e Asiago…

O prato de Papa Francisco

Dussin revela algumas das comidas típicas apreciadas pelos três papas, cada um com seus gostos e preferências:

“Francisco é um foodie; ele come uma boa massa com feijão, pão e sopressa [um tipo de salame] ou polenta com queijo. Também preparo pizza para ele de vez em quando. Ele é imprevisível, ele é assim: se apega à cerimônia até ver alguém. Então, ele para abraçá-los ou para segurar uma criança nos braços. Dediquei a ele um prato do cardápio dos meus restaurantes: ‘Ravioli papa Francesco’, uma massa caseira com queijo Asiago, speck [presunto cru] Asiago e lascas de queijo Collina Veneta”.

Facebook | Sergio Dussin

João Paulo II e Bento XVI

Quanto aos outros dois papas, “conheci o Papa Wojtyla quando ele já estava doente e sofrendo, e ele comia pouco. No entanto, ele amava os aspargos preparados de todas as maneiras. Estou muito ligado ao Papa Bento XVI, um grande Papa, uma pessoa gentil. Ele, por exemplo, não bebe vinho, mas suco. Ele não come cogumelos, mas o que ele nunca recusa é uma fatia de bolo sacher”, revela o chef.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Polônia pretende incentivar casais a terem mais filhos

Guadium Press

A Polônia quer fazer face a diminuição da natalidade e para isso quer incentivar os casais jovens a terem mais filhos.

Redação (10/01/2022 8:00, Gaudium Press) O governo da Polônia pretende criar um programa de auxílio que incentive os casais a terem mais filhos.

País com uma das políticas abortivas mais restritivas da Europa, a Polônia mostra mais uma vez que luta pela vida e pretende aumentar o nível da taxa de natalidade.

Conforme informação de “Notes from Poland”, a ministra do Trabalho, da Família e da Política Social, Marlena Malag, declarou que o governo polonês desenvolve um programa que facilite melhores empregos, moradia e auxílio financeiro para as famílias com filhos.

Baseando-se em estatísticas recentes, a ministra afirmou que 95% dos casais poloneses desejam ter filhos mas, a principal dificuldade é a preocupação com a estabilidade financeira.

Por isso, planeja-se um programa que favoreça a família e os casais jovens, para que estes se sintam encorajados a terem mais filhos.

A Polônia, assim como grande parte da Europa, vê a taxa de natalidade diminuir pouco a pouco. Os números do Eurostat apontam que, em média, o número de filhos por família polonesa é de 1,44.

Com a taxa de natalidade tão reduzida, especialistas preveem que a população polonesa diminuirá em 4 milhões nos próximos 30 anos.

Economistas apontam que a diminuição da população na Europa terá consequências desastrosas para a economia. (FM)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

O Papa: a universidade católica deve ajudar os jovens a realizar seus sonhos e objetivos

Jornada Mundial da Juventude | Vatican News

Na mensagem ao arcebispo de Cracóvia pelos 625 anos da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade João Paulo II, Francisco deseja que esta Universidade "seja um lugar de formação para as novas gerações de cristãos, não somente através do estudo científico e da busca da verdade, mas também através do testemunho social de viver a fé. Que seja uma comunidade na qual a aquisição do conhecimento se conjuga com a promoção do respeito pelo ser humano".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta terça-feira (11/01), ao arcebispo de Cracóvia, dom Marek Jędraszewski, pelo aniversário de 625 anos da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade João Paulo II.

Em 11 de janeiro de 1397, a pedido da Rainha Santa Edwiges e de seu marido Ladislau, o Papa Bonifácio IX criou, com a Bula "Eximiae devotionis affectus", a Faculdade de Teologia até então Academia de Cracóvia, e mais tarde Universidade Jaguelônica. A sua continuação é a atual Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade João Paulo II.

Não esquecer a tradição e criar o futuro

"Passaram 625 anos deste importante acontecimento, que marca o início da história relativamente jovem desse ateneu. Junto com vocês, agradeço a Deus por esta tradição de mais de seis séculos, com todas as suas conquistas científicas e didáticas, bem como sua espiritualidade criada por seus santos fundadores, professores e estudantes", frisa o Papa na mensagem.

Segundo Francisco, "os tempos de hoje exigem de todos nós não esquecer a tradição, mas ao mesmo tempo olhar com esperança para o futuro e criar o futuro". O lema da universidade é o mandato de Jesus "Ide e fazei discípulos" e sua missão "consiste na reflexão científica sobre o conteúdo da Revelação, utilizando métodos de pesquisa clássicos e contemporâneos".

O Papa ressalta que "São João Paulo II salientou a necessidade de tal "ministério do pensamento", através do qual os círculos universitários se unam à missão da Igreja de difundir a mensagem de Cristo ao mundo. Portanto, fiéis a séculos de tradição, leiam os sinais dos tempos, aceitem com coragem os novos desafios para levar a verdade do Evangelho ao homem contemporâneo e ao mundo".

Lugar de formação das novas gerações de cristãos

Francisco deseja que esta Universidade "seja um lugar de formação para as novas gerações de cristãos, não somente através do estudo científico e da busca da verdade, mas também através do testemunho social de viver a fé. Que seja uma comunidade na qual a aquisição do conhecimento se conjuga com a promoção do respeito pelo ser humano".

"Os jovens têm seus próprios sonhos e objetivos, e uma universidade católica deve ajudá-los a realizá-los com base na verdade, no bem e na beleza que têm sua fonte em Deus. O seu ministério de pensamento e busca da verdade é necessário para a Igreja na Polônia e no mundo de hoje. Realize-o com responsabilidade para ser fiel à sua missão: Ide e fazei discípulos", conclui o Papa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Teodósio

S. Teodósio | arquisp
11 de janeiro

São Teodósio

Teodósio, cujo nome significa "um presente de Deus", nasceu na Capadócia, atual Turquia, em 423, de pais ricos, nobres cristãos. Recebeu uma boa e sólida formação desde a infância sendo educado dentro dos preceitos da fé católica. Quando ainda muito jovem, era ele quem fazia as leituras nas assembléias litúrgicas de sua cidade. Um dia, lendo a história de Abraão, identificou-se com ele e descobriu que seu caminho era o mesmo do patriarca, que deixara sua terra para se encaminhar aonde Deus lhe apontava. Teodósio decidiu fazer o mesmo, seguindo inicialmente em peregrinação à Terra Santa, para conhecer os caminhos trilhados por Jesus.

Dotado de dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, sentiu a confirmação do seu chamado por Deus, ao se encontrar com Simeão, o estilista, outro Santo que havia optado por viver acorrentado e numa torre alta construída por ele mesmo. Simeão que nunca o tinha visto ou conhecido, o chamou pelo próprio nome e o avisou de que Deus o havia escolhido para converter e salvar muita gente. Teodósio entrou então para um convento próximo à Torre de Davi, onde rapidamente foi escolhido para a provedoria de uma igreja consagrada a Nossa Senhora. Mas sentia que aquela não era a sua obra, preferia a vida solitária da comunidade monástica do deserto, como era usual naquela época.

Depois, seguindo a orientação de São Longuinho, que o aconselhava em sonhos, foi habitar numa caverna, que segundo dizem fora ocupada pelos Reis Magos ao regressarem de Belém. Alí se entregou às duras penitencias e orações, passando a pregar com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam. Logo começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade religiosa cenobítica, isto é,
viviam uma vida retirada mas em comunicação servindo a comunidade movidos pelos mesmos interesses, princípios e prerrogativas cristãs.

Numerosos discípulos, de diversas nacionalidades, foram atraídos e reunidos por ele. Edificou três conventos, um para os que falavam grego, outro para os eslavos e o terceiro para os de idiomas orientais como hebreu, árabe e persa. Todos nos arredores de Belém. Construiu também três hospitais, um para anciãos, outro para atender todos os tipos de doenças e o terceiro para os que tinham enfermidades mentais. Aliás uma idéia muito nova para essa época e pouco freqüente no mundo inteiro. Além disso ergueu quatro igrejas.

Sua fama o levou ao posto de arquimandrita da Palestina, isto é, superior geral de todos os monges. Mas sua atuação contra os hereges acabou por condená-lo ao exílio, por confrontar-se com o Imperador Anastácio. Só quando o imperador morreu é que ele pôde voltar à Palestina reconquistando seu posto de liderança entre os monges.

Quando Teodósio morreu, com cento e cinco anos, em 529, seu corpo foi depositado na cova feita por ele mesmo, há muitos anos, naquela gruta onde os Reis Magos dormiram, entre Jerusalém e Belém. Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e muitos cristãos da Cidade Santa assistiram ao seu funeral onde aconteceram
inúmeras graças e prodígios, que ainda sucedem no local de sua sepultura, embora tenha sido profanada e saqueada pelos árabes sarracenos. Seu culto se difundiu rapidamente pelo mundo cristão e se mantém ainda hoje muito forte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Da Carta aos Coríntios, de São Clemente I, papa

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Da Carta aos Coríntios, de São Clemente I, papa

(Nn.59.2-60,4; 61,3: Funk 1, 135-141)                 (Séc.I)

Fonte da sabedoria, a Palavra de Deus nas alturas

Com orações e súplicas incessantes, pedimos ao Criador de todas as coisas que conserve íntegro o número de seus eleitos em todo o mundo, por meio de seu amado Filho, Jesus Cristo. Por ele, fomos chamados das trevas para a luz, da ignorância para o conhecimento de seu nome glorioso. Concedei-nos, Senhor, a graça de esperar em vosso nome, princípio de toda criatura. Abertos os olhos de nosso coração, conheçamos a vós somente, altíssimo entre os altíssimos, santo a repousar entre os santos. Vós humilhais a arrogância dos soberbos. Arrasais os planos dos pagãos. Elevais os humildes e humilhais os poderosos, fazeis os ricos e os pobres. Levais à morte, salvais e vivificais, único benfeitor dos espíritos e Deus de toda a carne. Vós contemplais os abismos e observais as obras dos homens. Sois o auxílio dos que estão em perigo, salvador dos desesperados, criador e guarda de todas as almas. Multiplicais os povos pela terra e, entre todos, escolheis aqueles que vos amam, por Jesus Cristo, vosso Filho amado, por quem nos renovais, santificais e cobris de honra.

Nós vos rogamos, Senhor, que sejais o nosso “sustentáculo e auxílio”. Libertai os nossos que estão atribulados. Compadecei-vos dos pequeninos. Levantai os caídos. Sustentai os indigentes. Sarai os doentes. Fazei voltar os que se desgarram de vosso povo. Dai de comer aos famintos. Tirai da prisão nossos cativos. Erguei os fracos, confortai os medrosos. Todas as nações vos conheçam, porque só vós sois Deus, e conheçam igualmente a Jesus Cristo, vosso Filho, e com elas também nós, o vosso povo e as ovelhas do vosso rebanho.
Por vossas obras manifestastes a perene constituição do mundo. Vós, Senhor, criastes o globo terrestre. Sois fiel para com todas as gerações, justo nos julgamentos, admirável de força e de magnificência. Sois cheio de sabedoria ao criar e prudente em firmar as coisas criadas. Sois bom em tudo quanto é visível, fiel para com aqueles que em vós confiam, benigno e misericordioso. Perdoai nossas infidelidades e injustiças, nossos pecados e delitos.
Não acuseis de pecado vossos servos e vossas servas, mas purificai-nos em vossa verdade e conduzi nossos passos para caminharmos com piedade, justiça e simplicidade de coração, fazendo tudo o que é bom e agradável a vossos olhos e diante de nossos pastores. Sobretudo, Senhor, mostrai-nos vossa face e possamos nós gozar dos bens na paz à sombra de vossa mão poderosa; por vosso braço estendido sejamos livres de todo pecado; guardai-nos daqueles que nos odeiam sem motivo.
Dai-nos concórdia e paz, a nós e a todos os habitantes da terra, como as destes a nossos antepassados, que piedosamente vos invocavam na fé e na verdade. Unicamente vós podeis agir assim e ainda maiores benefícios realizar em nosso favor. Nós vos louvamos pelo pontífice e protetor de nossas vidas, Jesus Cristo. Por ele glória e majestade a vós agora, por todas as gerações e por todos os tempos. Amém.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Entrevista de María Ascensión Romero em Trece TV

Misyjne

MADRID (ESPANHA) 14/11/2021


Os Batismos na Capela Sistina, o rito onde o "sermão" é das crianças

Na Festa do Batismo do Senhor, Papa Francisco batiza na Capela Sistina 
algumas crianças 

No domingo 9 de janeiro, por ocasião da Festa do Batismo do Senhor, o Papa preside à celebração da Missa com o Batismo de 16 recém-nascidos.

Amedeo Lomonaco – Vatican News

Na Capela Sistina, as pinturas, como imagens de um livro, tornam as verdades expressas nas Sagradas Escrituras mais compreensíveis. Neste local, inaugurado pelo Papa Júlio II em 1512, realiza-se o Conclave e o Papa é eleito. Neste extraordinário cenário renascentista, mais de cinco milhões de pessoas admiram todos os anos - com exceção deste período pandêmico - obras-primas artísticas que se baseiam na Bíblia. Em particular, os nove painéis centrais retratam histórias do livro do Gênesis, incluindo o Dilúvio e o subsequente renascimento da humanidade com a família de Noé. Esta cena está provavelmente interligada com a primeira carta de Pedro, onde a água do Batismo é vista como um sinal profético da água do Batismo, da qual emerge uma nova humanidade.

Neste cenário extraordinário, sob a abóboda da Capela Sistina, onde o olhar é capturado pelo afresco do Juízo Final de Michelangelo, neste ano serão batizadas 16 crianças, filhos de funcionários do Vaticano ou da Santa Sé. No ano passado, o Pontífice não batizou nenhuma criança por causa da pandemia. O costume de batizar filhos de funcionários da Santa Sé foi instituído por S. João Paulo II em 11 de janeiro de 1981 com uma missa presidida na Capela Paulina do Palácio Apostólico. Em 1983, o Papa Wojtyła presidiu pela primeira vez à Missa com o rito do batismo a algumas crianças dentro da Capela Sistina.

Batismo Capela Sistina | Vatican News

Desenvolvimento da celebração

A Santa Missa com o rito do batismo tem início no domingo, 9 de janeiro, com a procissão em direção ao altar. Após a saudação inicial, começa o diálogo com os pais, padrinhos e madrinhas. Depois tem início o rito do "Sinal da Cruz na testa das crianças" e, após a introdução do Santo Padre, a música com o órgão. Os pais com os seus filhos aproximam-se do Papa que, de pé com a sua mitra, marca cada criança com o Sinal da Cruz. O gesto do Papa é seguido, com o mesmo gesto, por parte dos dois pais, primeiro a mãe e depois o pai. As leituras são então proclamadas por alguns dos fiéis e uma vez terminada a homilia, a Capela Sistina é o cenário para a oração dos fiéis.

O rito do Batismo

Após a invocação dos Santos, começa a "oração de exorcismo e unção pré-batismal". Soa o órgão até o Papa chegar perto da pia batismal. Entretanto, os dois bispos concelebrantes aproximam-se das crianças para as ungir com óleo. Após a "Renúncia a Satanás" e a "Profissão de Fé", o Pontífice remove o báculo, enquanto os pais, juntamente com as crianças, se aproximam da fonte para o Batismo. O som do órgão acompanha o rito do Batismo com o qual são colocados os fundamentos de novas vidas cristãs.

Batismo Capela Sistina | Vatican News

Ungir com o Crisma

Depois do Batismo, os dois bispos concelebrantes, juntamente com os dois diáconos, ungem as crianças com o Crisma. O Santo Padre introduz então o rito de "Entrega da veste branca e da vela acesa". Os pais das crianças batizadas são então acompanhados até o círio Pascal para acender a vela. O órgão soa até que a última vela seja acesa. Após o "Rito da Éfeta", a Santa Missa continua "como habitual". Durante a "Agnus Dei", os sacerdotes que distribuem a Sagrada Comunhão tiram as patenas do altar e são acompanhados pelo mestre de cerimônias para os lugares indicados.

Deixem as crianças chorar

Na Capela Sistina, por ocasião dos Batismos, as obras excepcionais aí conservadas envolvem o extraordinário dom da vida. Em 12 de janeiro de 2020, na Festa do Batismo do Senhor, o Papa Francisco disse aos pais para "deixarem as crianças chorar e gritar".

Não se assustem, deixem os bebês chorar e gritar. Mas, se o seu bebê chorar e gritar, talvez seja porque está muito quente: tire alguma coisa; ou porque tem fome: alimente-o, aqui, sim, sempre em paz. Uma coisa que também disse no ano passado: elas têm uma dimensão "coral": basta que uma dê o "Lá" e todas começam, e o concerto tem lugar. Não se assustem. É um belo sermão quando uma criança chora na igreja. Faça que se sinta bem e siga em frente.

Este choro provavelmente será repetido neste domingo. Como os primeiros vagidos, acompanhará os primeiros momentos de uma nova vida e ecoará entre os tesouros da Capela Sistina.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF