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sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Arcebispo dos ucranianos do Brasil pede oração pela paz na Ucrânia

Dom Volodemer Koubetch. Foto: CNBB Sul 2

Curitiba, 21 jan. 22 / 01:26 pm (ACI).- O arcebispo da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, dom Volodemer Koubetch, pediu que neste fim de semana os católicos no Brasil rezem pela paz no leste europeu, principalmente na Ucrânia. O arcebispo, que cuida dos católicos de rito ucraniano em grande parte do Brasil, afirmou que a Rússia está “ameaçando uma nova invasão do território soberano ucraniano” e por isso fez o apelo aos brasileiros.

Há movimentação militar russa na fronteira com a Ucrânia, o que representa uma ameaça de nova invasão da Rússia ao território ucraniano. Dom Koubetch recordou que a Ucrânia vive uma situação de conflito com a Rússia desde 2014, quando os russos anexaram a península da Crimeia. Segundo o arcebispo, esse conflito já deixou mais de 14 mil mortos, 30 mil feridos e 1,5 milhões de deslocados internos. Disse também que, “há vários meses, a Rússia está novamente ameaçando uma nova invasão do território soberano ucraniano para restabelecer seu antigo império de dominação, escravidão e morte”.

Por isso, “em solidariedade ao povo e nação ucraniana e à Igreja que sofre na Ucrânia”, dom Koubetch solicitou “a todas as Igrejas Católicas no Brasil – a latina e as orientais melquita, maronita, armena e a própria Igreja Católica Ucraniana – congregadas na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)”, que rezem pela paz no país do leste europeu.

O arcebispo disse que 22 de janeiro é o Dia da Unificação da Ucrânia. Por essa ocasião, solicitou que nas missas de 22 e 23 de janeiro seja colocada nas missas “a intenção de um fervoroso pedido de unidade, prosperidade e paz, em apoio à independência da Ucrânia e para impedir uma nova invasão russa”.

A Metropolia Católica Ucraniana São João Batista é uma circunscrição eclesiástica pessoal da Igreja Católica para os fiéis de rito ucraniano de tradição bizantina residentes no Brasil, com sede em Curitiba (PR). Em 1971, o papa Paulo VI erigiu a eparquia São João Batista para os ucranianos católicos no Brasil, que corresponderia na igreja latina a uma diocese. Em 2014, o papa Francisco elevou a eparquia ao status de arquieparquia ou metropolia e nomeou como primeiro arquieparca dom Volodemer Koubetch, brasileiro, nascido em 25 de março de 1953 em Mandaguaçu (PR). Ele foi nomeado bispo-coadjutor da eparquia de São João Batista em 10 de dezembro de 2003 e recebeu a ordenação episcopal em 21 de março de 2004. Em 13 de dezembro de 2006, tornou-se o eparca de São João Batista e, em 12 de maio de 2014, arquieparca.

O território da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista abrange os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, leste do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiânia, Bahia, Tocantins, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão.

Como a elevação da eparquia São João Batista à arquieparquia ou metropolia, o papa Francisco também criou uma nova eparquia no Brasil, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, sufragânea à primeira. Também nomeou como seu bispo dom Meron Mazur. A sede desta eparquia fica em Prudentópolis (PR) e seu território abrange o oeste do Paraná e os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá.

Segundo dom Koubetch, “a questão ucraniana é também um assunto do Brasil, como país e como Igreja”. Ele lembrou que “mais de meio milhão de brasileiros são descendentes de ucranianos e tem suas famílias na Ucrânia, sob a ameaça russa”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

A Idade Moderna – De Erasmo a Nietzsche (Parte 1/6)

Presbíteros

A Idade Moderna
De Erasmo a Nietzsche
ESTUDOS DE IDEIAS POLÍTICAS
por Eric Voegelin

Tradução e abreviação de M. C. Henriques, Lisboa, Ática, 1996

§ 1 O meio social. Imprensa e Audiência

A Reforma foi o primeiro grande movimento social a contar para a sua propagação com um novo meio técnico: a palavra escrita. Aproveitando as circunstâncias do extraordinário desenvolvimento da imprensa desde meados do século XV e que aumentou o número de obras em circulação de algumas dezenas de milhares de manuscritos para alguns milhões de livros e panfletos, Lutero chegou a atingir um quase monopólio das casas editoras alemãs ocupadas em imprimir os seus sermões, panfletos, as cartas e a tradução da Bíblia. Em segundo lugar, a Reforma é alimentada por um novo e grande público de professores e alunos. Entre 1385 (Heidelberg) e 1502 (Wittenberg) são fundadas na Alemanha 15 novas universidades. Em Wittenberg junta-se o trio formado por Lutero, Melanchton e Carlstadt. Ao serem nomeados professores, o primeiro tem menos de 30 anos, o segundo tem 21 anos (1518). No século XV, apenas em Espanha houve um surto paralelo de energia cultural, estando as 7 universidades então fundadas dependentes da Inquisição, fundada em 1478, da Coroa (Concordata de 1482) e da Ordem Dominicana. Estes novos meios de comunicação social criaram um mundo de escritores e leitores, de livros e debates literários com grande rapidez e coesão na disseminação das ideias. A mensagem e os problemas agitados não eram novos e o estado da Igreja não era mais grave que no cativeiro de Avinhão. Só que as instituições, as questões teóricas e os acontecimentos eram agora avaliados por um crivo mais apertado e numa situação cada vez mais explosiva. E o monge de Wittenberg será o epicentro da Reforma, esse vasto movimento da consciência europeia que começa com atos e não com doutrinas e cujo curso é em grande parte determinado pela interação entre a situação histórica a personalidade de um homem.

§ 2 O debate de Leipzig em 1519

Supõe-se correntemente que o cisma das Igrejas é consequência fatal da ação de Lutero. Na realidade, a sequência é inversa. O cisma das Igrejas é anterior e, inicialmente, ninguém pretendia agravá-lo. Desde 1054 que existia um cisma entre Roma e a Igreja Ortodoxa, um facto que o Concílio de Florença de 1439 não conseguira modificar. Esta questão dormente veio à tona no debate de Leipzig em 1519 entre os teólogos Lutero e Eck. Este, como adiante se verá, queria promover a sua carreira, Lutero não sabia calar-se e o Eleitor da Saxónia, que poderia ter proibido o debate, acreditava que da livre discussão nasceria a luz. Sustentava Eck que os cristãos Gregos estavam condenados ao inferno por não reconhecerem o pontificado de Roma enquanto Lutero defendia a possibilidade de salvação dos Gregos. Apesar de os Gregos jamais terem reconhecido o pontífice romano, os santos e padres da Igreja Grega não eram heréticos. Iria o Papa expulsar do céu S.Basílio e S.Gregório de Nazianzeno ? O debate conduziu à questão da natureza do papado. Segundo Eck, considerar o papado como instituição humana era característico dos Hussitas,de Wycliff e dos manifestos de York, posição condenada pelo Concílio de Constança. Pretenderia alguém saber mais que o Concílio? O que Lutero afirmava é que um cristão não podia ir para o inferno só porque nascera nos arredores de Constantinopla.

O que estava em jogo não era novo. Conquanto o tema raramente fosse referido, a concórdia cristã sempre estivera exposta a um risco de decisionismo. A unidade da Igreja sempre assentou na boa vontade para haver compromisso e cooperação de acordo com o espírito de Jesus Cristo. Se a liberdade de cooperação se atrofia a ponto de a unidade ter de assentar na decisão de uma autoridade parcial, cresce o perigo de cisma, como se verificara nas tentativas de reforma inglesa e boémia. O movimento conciliarista do século XV desprestigiara a acção dos Concílios no momento em que o consenso era mais necessário. E a literatura de controvérsia volveu-se em literatura sectária, estendendo-se posteriormente às divisões partidárias e nacionais. A verdade é que a cristandade como religião histórica se diferenciara de acordo com áreas de civilização, um problema que não podia ser arrumado com declarações mútuas de heresia.

BIBLIOGRAFIA:

Joseph Denifle, Luther und seine Entwicklung, 2 vols., 1904-6

Jacques Maritain, Trois Réformateurs, 1923

Fonte: https://www.presbiteros.org.br/

Relatório sobre abusos na arquidiocese de Munique tenta implicar Bento XVI

CPP / Polaris/East News
Por I. Media

“Bento XVI refuta qualquer comportamento ilícito”, reconheceu até mesmo um dos autores do relatório.

Um relatório independente sobre abusos cometidos na Arquidiocese de Munique-Freising entre 1945 e 2019, apresentado em uma coletiva de imprensa em 20 de janeiro de 2022, acusa Bento XVI de “má conduta” no tratamento de quatro casos de abusos sexuais cometidos por padres, quando Ratzinger foi arcebispo da diocese da Baviera (1977-1982). Seu sucessor, o cardeal Friedrich Wetter, estaria implicado em 21 casos, e o atual arcebispo, o cardeal Reinhard Marx, em dois casos.

“Bento XVI refuta qualquer comportamento ilícito”, explicou um dos autores do relatório, o advogado Martin Pusch, durante a apresentação. O Papa emérito, que colaborou com a investigação, apresentou à comissão uma declaração de 82 páginas que vem publicada, com seu consentimento, no relatório.

Um texto que dá, segundo Martin Pusch, uma “visão autêntica” sobre a atitude que um eminente representante da Igreja Católica pode ter diante dos abusos. O advogado citou um breve trecho do relatório em que o Papa emérito explica sua atitude em relação a um padre supostamente abusador. O Papa emérito explica que o padre revelou-se um exibicionista, mas não propriamente um abusador.

Advogados questionaram o testemunho do Papa emérito sobre um caso. Bento XVI afirma ter estado ausente durante um encontro no qual foi decidido pela Arquidiocese de Munique acolher um padre de outra diocese conhecido por ter cometido abusos. O padre teria recomeçado os abusos uma vez instalado na Baviera. Os advogados, baseando-se na ata da reunião, julgaram que o depoimento do Papa emérito seria “difícil de confirmar”.

Dois outros casos envolvem clérigos abusadores que foram autorizados a permanecer ativos no cuidado pastoral sem restrições em suas atividades.

Cardeal Marx

“O abuso sexual na Igreja Católica não é um fenômeno do passado”, disse Martin Pusch, questionando a maneira como o cardeal Marx lida com casos de abuso. O clérigo alemão apresentou sua renúncia em junho passado ao Papa Francisco – este último a recusou – ao reconhecer que havia falhado em seus deveres na gestão de casos de abusos sexuais.

O cardeal Marx ainda vai se pronunciar sobre relatório. Em uma carta publicada em julho passado, ele disse que não descarta apresentar sua renúncia pela segunda vez ao pontífice.

O relatório, encomendado pela Arquidiocese de Munique, tem 1.600 páginas. Foi produzido pelo escritório de advocacia Westphahl Spilker Wastl.

A empresa identificou 235 supostos abusadores, incluindo 173 padres, bem como 497 supostas vítimas. 60% dos abusos teriam sido cometidos em crianças entre 8 e 14 anos. A maioria dos crimes teria acontecido nas décadas de 1960 e 1970.

Reação da Santa Sé

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, disse aos jornalistas: “a Santa Sé considera que se deve dar a devida atenção ao documento, cujo conteúdo é atualmente desconhecido. Nos próximos dias, após sua publicação, ela tomará visão e poderá examinar oportunamente seus detalhes”.

“Ao reiterar o sentimento de vergonha e remorso pelo abuso de menores cometido por clérigos – lê-se a nota vaticana -, a Santa Sé assegura a proximidade a todas as vítimas e confirma o caminho tomado para proteger os mais pequeninos, garantindo-lhes ambientes seguros”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Afeganistão é o país mais perigoso para os cristãos hoje

Imagem ilustrativa / Unsplash

KABUL, 21 jan. 22 / 09:31 am (ACI).- A ONG Portas Abertas, que apoia cristãos perseguidos, publicou um relatório revelando quais são os 50 países do mundo onde aqueles que acreditam em Cristo são mais perseguidos por causa da fé em Jesus.

Depois da saída das tropas americanas, o Afeganistão se tornou o país mais perigoso do mundo para os cristãos, segundo o relatório World Watch List 2022 publicado ontem pela Portas Abertas. É a primeira vez em 20 anos que a Coreia do Norte não aparece em primeiro lugar na lista da organização não-governamental de apoio a cristãos perseguidos.

“As pessoas não devem interpretar isso como significando que a situação na Coreia do Norte agora é mais segura para as minorias religiosas. Na verdade, a situação é pior”, explica o presidente de Portas Abertas nos EUA, David Curry.

"Isso, de certa forma, diz tudo o que você precisa saber sobre como são más as condições para os cristãos no Afeganistão", adverte.

Segundo Portas Abertas, os cristãos no Afeganistão têm que fogir ou se esconder. Os talibãs, que voltaram ao poder depois da saída dos soldados americanos que ocupavam o país, veem os cristãos como traidores, inimigos do Estado e da comunidade.

“As condições para os cristãos nunca foram tão perigosas. Temos que adotar uma ação decisiva para evitar o genocídio religioso contra os cristãos no Afeganistão", disse Curry.

Segundo o relatório, um em cada sete cristãos no mundo sofre algum tipo de perseguição por causa da fé. São 360 ​​milhões de cristãos perseguidos. O relatório considera as mulheres cristãs o grupo “mais vulnerável do mundo hoje”. Em vários países islâmicos, como o Paquistão, elas são sequestradas, e submetidas a conversão e casamento forçado.

Sete dos dez países mais perigosos para os cristãos têm alguma forma de radicalização islâmica, como a Nigéria, que passou do 9º lugar em 2021 para o 7º em 2022 no relatório.

A China comunista, que volta a ocupar o 17º lugar, continua a ser um lugar onde os mais de 100 milhões de cristãos que ali vivem sofrem perseguição do governo. A organização Portas Abertas incentiva o boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, "em nome dos cristãos e muçulmanos perseguidos na China". Os muçulmanos também são perseguidos na China, especialmente os da etnia uigur.

Os países que constam da lista depois do Afeganistão e da Coreia do Norte são Somália, Líbia, Iêmen, Eritreia, Nigéria, Paquistão, Irã e Índia. Depois, estão Arábia Saudita, Mianmar, Sudão, Iraque e Síria. Com exceção da Índia, onde o problema é o nacionalismo hindu, e Mianmar, onde os cristãos são vistos como inimigos pelo regime militar, os demais países veem perseguição a cristãos por causa do Islã.

A Colômbia aparece no 30º lugar, devido ao "crime organizado e à corrupção", segundo o relatório. Cuba está no 37º lugar devido à ditadura comunista da ilha.

Para ver o relatório completo clique AQUI.

Fonte: https://www.acidigital.com/

As fotografias de Salgado para conhecer e defender a Amazônia

Visitando a Exposição de Salgado em Roma

A exposição do fotógrafo brasileiro, resultado de seis anos de trabalho numa parte da maior floresta tropical do mundo, está ainda aberta até 13 de fevereiro no MAXXI, em Roma. Nesta viagem, o encontro com uma natureza impressionante e com comunidades de povos indígenas preocupados com o destino de um patrimônio único que não dever ser destruído por cobiças predatórias sem escrúpulos.

Antonella Palermo – Vatican News

É a imersão de todos os sentidos numa parte do mundo que sempre nos deve preocupar. Resultado de seis anos de viagens à Amazônia brasileira, até mesmo onde nenhuma civilização ocidental jamais foi, a exposição fotográfica de Sebastião Salgado é encanto e solenidade, mistério e encontro. Acima de tudo, é um convite ao abandono de toda cobiça predatória e à escuta de homens e mulheres orgulhosos, guardiães de majestosa e frágil beleza. Abandonar-se aos sons autênticos da floresta, à plumagem dos animais que se torna um ornamento, à lama que se torna uma máscara.

O maior laboratório natural do mundo

Atravessar as trajetórias projetadas pelos painéis fotográficos pendurados no teto, e mover-se, descobrindo ambas as faces da superfície em preto e branco, e depois parar diante das imagens no perímetro da sala, e depois ainda entrar e sair das 'ocas', que reproduzem as habitações indígenas típicas no coração da selva, é verdadeiramente como acompanhar o autor da viagem, penetrando, com respeito e admiração, através de entradas difíceis e desconcertantes, onde se misturam a suspeita e a curiosidade, a permeabilidade e defesa. Tem-se a impressão de se poder tocar com as mãos os 'rios voadores', carregados de humidade, que influenciam os padrões climáticos de todo o planeta e sofrem os efeitos do aquecimento global.

Se desaparecessem à intercepção de olhares de cima, isso significaria que a floresta já não existiria mais. E o risco é constante, caminha inexoravelmente. Visitar Amazônia é também tocar os picos inesperados que se erguem das terras baixas, para se ligar às ilhas na corrente do Rio Negro, com os seus contornos sempre em mudança. É nadar entre vapores, chuvas tão intensas que assumem o aspecto de um cogumelo atômico. Névoas, árvores vertiginosas, barcos contra o sol, que riscam um mapa conhecido apenas pelos mais habilidosos.

Nas 'ocas' dos indígenas

E assim o que é uma terra inacessível e insondável já não é assim, aparentemente distante, mas extremamente próxima. Como em todos os trabalhos do mestre Salgado, que sempre esteve atento a fornecer-nos imagens de humanidade em movimento, ferida, silenciada, esta viagem também envolve esforços logísticos, técnicos e relacionais extraordinários. Por detrás das imagens de grupos familiares representados ou retratos individuais, há todo um tempo de espera a ser imaginado, toda a duração daqueles que entram sem invadir. Salgado visitou uma dúzia de tribos indígenas que existem em pequenas comunidades espalhadas pela maior floresta tropical do mundo, documentando a sua vida diária, os seus laços familiares calorosos, a sua caça e pesca, a forma como preparam e partilham as suas refeições, o seu maravilhoso talento para pintar os seus rostos e corpos, o significado dos seus pajés, as suas danças e rituais.

E assim aprendemos que durante as festas mais importantes, as comunidades do Xingu, que aguardam a visita de membros de outras aldeias, preparam bastante comida para oferecer aos seus convidados durante a sua estadia, certificando-se de que levem alguma durante o seu regresso a casa. Aprendemos que entre os Suruwaha, a conclusão do telhado de uma cabana, se feita por um só homem, pode demorar até três anos de trabalho. Depois encontramos os Marubo de Maronal, que vivem em casas comunitárias espaçosas, mas também têm pequenas cabanas localizadas ao redor da principal maloca onde armazenam ferramentas, máscaras rituais ou armas de fogo. Os Zo'é (que significa 'Eu sou eu') também estão presentes no Estado do Pará.

É provável que tenham usado esta expressão no momento do primeiro contato, como se dissessem "nós somos pessoas". Desta comunidade indígena, reconhecível pelo costume de enfiar um pedaço de madeira debaixo do queixo como um piercing, é a fotografia - esta não a de Salgado, claro - de um jovem carregando o seu pai sobre os ombros, caminhando pela floresta durante horas a fio numa tentativa de chegar ao local de vacinação para a vacina Covid-19. Ficou viral num instante. Um sinal do fascínio que ela exerce sobre o "distante". Uma espécie de Anchise e Enéas contemporâneos que falam de teimosia, obstinação, coragem, solidez das relações familiares. É um só com animais e plantas, os reflexos da vegetação sobre a água, os reflexos sobre pinturas corporais para as festas, ou para afastar a preguiça.

"A Amazônia deve continuar a viver"

Os sonhos expressos pelo Papa Francisco na Querida Amazonia para uma terra que luta pelos direitos dos mais pobres, dos povos originais, onde as suas vozes são ouvidas e a sua dignidade promovida, e que defende a riqueza cultural que a distingue, e guarda ciosamente a irresistível beleza natural que a adorna, podem ser todos vistos nesta exposição. "Queremos que esta terra não seja destruída", testemunham os líderes das comunidades indígenas encontradas por Salgado em vídeos realizados ao longo do caminho. No prefácio do catálogo Salgado escreve: "Para mim, é a última fronteira, um universo misterioso próprio, onde o imenso poder da natureza pode ser sentido como em nenhum outro lugar na terra. Aqui há uma floresta que se estende até ao infinito, contendo um décimo de todas as espécies vivas de plantas e animais, o maior laboratório natural do mundo. O meu desejo, com todo o meu coração, com toda a minha energia, com toda a paixão que possuo", espera Salgado, "é que daqui a 50 anos este livro não se assemelhe a um registro de um mundo perdido. A Amazônia deve continuar a viver".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Inês

Santa Inês | arquisp
21 de janeiro

Santa Inês

O nome "Agnes", para nós Inês, em grego significa pura e casta, enquanto em latim significa cordeiro. Para a Igreja, Santa Inês é o próprio símbolo da inocência e da castidade, que ela defendeu com a própria vida. A idéia da virgindade casta foi estabelecida na Igreja justamente para se contrapor à devassidão e aos costumes imorais dos pagãos. Inês levou às últimas conseqüências a escolha que fez à esses valores. É uma das Santas mais antigas do cristianismo. Sua existência transcorreu entre os séculos três e quatro, sendo martirizada durante a décima perseguição ordenada contra os cristãos, desta vez imposta pelo terrível imperador Diocleciano, em 304.

Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe possibilitou receber uma educação dentro dos mais exatos preceitos religiosos, o que a fez tomar a decisão precoce de se tornar "esposa de Cristo". Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã.

Dotada de uma beleza incomum, recebeu inúmeros pedidos de casamento, inclusive do filho do prefeito de Roma. Aliás, essa foi a causa que desencadeou seu suplício e uma violenta perseguição contra os cristãos. A narração que nos chegou conta que o rapaz, apesar das negativas da jovem, tentava corteja-la. Seu pai indignado com as constantes recusas que deixavam seu filho inconsolável, tentou forçar que Inês aceitasse seu filho como esposo, mas tudo em vão. Numa certa tarde de tempestade, o rapaz tentou toma-la nos braços, mas foi atingido por um raio e caiu morto aos seus pés. Quando o prefeito soube, procurou Inês com humildade e lhe implorou que pedisse a seu Deus pela vida de seu filho. Ela erguendo as mãos e voltando os olhos para o céu orou para que Nosso Senhor trouxesse o rapaz de volta à vida terrena, mostrando toda Sua misericórdia. O rapaz voltou e percebendo a santidade de Inês se converteu cristão. Porém, seu pai, o prefeito, viu aquela situação como um sinal de poder dos cristãos e resolveu aplicar a perseguição, decretada por Diocleciano, de modo implacável.

Inês, segundo ele, fora denunciada e por isso teria de ser enviada para a prisão. Mesmo assim, ela nunca tentou se livrar da pena em troca do casamento que fora proposto em nome do filho do prefeito e muito menos negou sua fé em Cristo. Preferiu sofrer as terríveis humilhações de seus carrascos, que estavam decididos a fazê-la mudar de idéia através da força. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações à Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo, saindo de lá na mesma condição de castidade que chegou.

Cada vez mais a situação ficava fora do controle das autoridades romanas e o povo estava se convertendo em massa. Para aplacar os ânimos Inês foi levada ao Circo e condenada à fogueira, mas o fogo prodigiosamente se abriu e não a queimou. Assim, o prefeito decretou que fosse morta por decapitação a fio de espada, naquele exato momento. Foi dessa maneira que a jovem Inês testemunhou sua fé em Cristo.

Seu enterro foi um verdadeiro triunfo da fé; seus pais, levaram o corpo de Inês, e o enterraram num prédio que possuíam na estrada que de Roma conduz a Nomento. Nesse local, por volta do ano de 354, uma Basílica foi erguida a pedido da filha do imperador Constantino, em honra à Santa. Trata-se de uma das mais antigas de Roma, na qual encontram-se suas relíquias e sepultura. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha, e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência.

Sua pureza martirizada faz parte, até hoje, dos rituais da Igreja. Todo ano, no dia de sua veneração, em 21 de janeiro, é realizada na Basílica de Santa Inês, fora dos muros do Vaticano, uma Missa solene onde dois cordeirinhos brancos, ornados de flores e fitas são levados para o celebrante os benzer. Depois os mesmos são apresentados ao Papa, que os entrega a religiosas encarregadas de os guardar até a época da tosquia. Com sua lã são tecidos os pálios que, na vigília de São Pedro e São Paulo, são colocados sobre o altar da Basílica de São Pedro. Posteriormente esses pálios são enviados à todos os arcebispos do mundo católico ocidental e eles os recebem em sinal da obediência que devem à Santa Sé, como centro da autoridade religiosa.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Cardeal Tempesta: São Sebastião

São Sebastião Mártir | Vatican News

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus.

Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

 No dia 20 de janeiro, temos a graça de celebrarmos o padroeiro de nossa querida Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. A Nossa Arquidiocese do Rio de Janeiro já iniciou os preparativos para a Trezena de São Sebastião, considerado o Padroeiro da cidade e dos fiéis cariocas.

São Sebastião é um dos santos mais famosos entre o povo brasileiro. Por causa de sua poderosa intercessão e incontáveis milagres obtidos, ele se tornou padroeiro de muitas cidades e outras tantas cidades e bairros por todo o Brasil receberam o nome de São Sebastião.

 Sebastião nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.

São Sebastião é um exemplo de coragem ante os obstáculos da vida e fidelidade mesmo diante das contrariedades e perseguições. É interessante notar o seu empenho em fazer o bem ocultamente, aproveitando todas as circunstâncias para semear alegria, consolo e ânimo para as pessoas próximas, mesmo sabendo que quando fosse descoberto poderia ter complicações. São Sebastião também pode ser reconhecido por sua prontidão em fazer a Vontade de Deus e enorme espírito de serviço, pois após recobrar a saúde ele se volta para os outros e quer continuar fazendo o bem, sem achar que já fez muito na vida e que agora precisa repousar.

A vida de São Sebastião nos mostra que tudo ele venceu com muito amor. O tema da nossa trezena e da nossa festa neste ano é: “São Sebastião, arauto da comunhão. Olhando para vida deste grande santo, percebemos que só foi possível ser corajoso devido ao seu grande amor pelo Evangelho e por Jesus. Ah, como temos que aprender com São Sebastião. Ter amor à Deus ao próximo e a vontade sempre de se doar. São Sebastião compreendeu que sua permanência em Milão seria insignificante. Era preciso dialogar com o que parecia hostil. A ação de São Sebastião não foi tanto aquela de buscar aos que estão fora, mas sim de levar o que carregava dentro: o amor gratuito de Deus por cada homem e mulher que vem a esse mundo. Ao dirigir-se à Roma, decidiu dedicar-se a esses.

Contudo, que o exemplo de São Sebastião nos ensina a ser um exemplo de cristão. Amando sempre a Deus e ao nosso próximo. Queremos pedir a intercessão do nosso padroeiro para que reine em nossa Arquidiocese o dom do serviço e de se colocar em favor do outro. Pedimos também a São Sebastião pelo fim da pandemia da COVID-19, em todas as suas cepas e variantes, bem como dos surtos da gripe, e por todos aqueles que se encontram em um leito de hospital. Glorioso Mártir São Sebastião nos livre e proteja da peste, da fome e da guerra, Amém!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa aos empresários: “Mais dignidade no trabalho, mais qualidade e beleza"

Encontro do Papa com os membros da Associação Nacional de Empresas da Construão Civil |
Vatican News

“Quanto mais cuidamos da dignidade no trabalho, mais certos estamos de que a qualidade e a beleza do trabalho realizado irão aumentar”. São palavras do Papa Francisco no encontro com os membros da Associação Nacional de Empresas da Construção Civil nesta quinta-feira (20) no Vaticano.

Jane Nogara - Vatican News

Na manhã desta quinta-feira (20/01) o Papa Francisco recebeu os membros da Associação Italiana de Empresas da Construção Civil. Francisco disse aos presentes que gostaria de compartilhar alguns ensinamentos do Evangelho para ajudá-los em seu trabalho. “É uma leitura cristã dos valores aos quais vocês se inspiram: competição e transparência; responsabilidade e sustentabilidade; ética, legalidade e segurança.

Construir pensando nas adversidades

E recordou que o Evangelho que testemunha Jesus na sua pregação, também usou metáforas das construções para transmitir suas mensagens, e recordando o Evangelho de Lucas disse: “Ele compara os charlatães com os que constroem casas em terreno arenoso sem fundações”, sem pensar nas adversidades. Porém sua parábola mostra também o outro lado da medalha: ‘Quem vem a mim e ouve minhas palavras e as põe em prática, [...] é como um homem que, construindo uma casa, escavou muito fundo e lançou uma fundação sobre a rocha’, recordou o Papa afirmando que “a imagem é ainda mais interessante se pensarmos que tal construtor não só fez a coisa certa no momento presente, mas também defendeu a casa de possíveis adversidades".

Para explicar Francisco disse:

“Na pregação de Jesus, o crente é aquele que não se limita a aparecer externamente cristão, mas age de fato como um cristão.”

"E é precisamente esta ‘coerência operacional’ - continuou - que lhe permite edificar-se a si mesmo não apenas nos tempos normais da vida, mas também nos momentos difíceis”. Concluindo: “Isto também significa que a fé não nos protege das intempéries, mas, acompanhada de boas obras, nos fortalece e nos permite resistir a ela".

Concorrência e transparência

Em seguida discorreu sobre a concorrência e a transparência no trabalho dos empresários: “A competição - disse o Papa - deve ser um incentivo para fazer melhor e bem, e não um desejo de dominação e exclusão”. “Isso permite evitar a concorrência desleal, o que nas esferas econômica e trabalhista muitas vezes significa perda de empregos, apoio ao trabalho informal ou mal remunerado. Isso favorece formas de corrupção que se alimentam do assassinato da ilegalidade e da injustiça. Concorreência e transparência: juntas".

Responsabilidade e sustentabilidade

Ao falar sobre responsabilidade e sustentabilidade o Papa disse que “a sustentabilidade tem a ver com a beleza dos lugares e a qualidade dos relacionamentos”. E recordou uma passagem da Laudato si’ na qual escreveu:

“Não basta buscar a beleza no projeto, pois é ainda mais valioso servir a outro tipo de beleza: a qualidade de vida das pessoas, sua harmonia com o meio ambiente, seu encontro e ajuda umas às outras.”

Desejando que o trabalho dos presentes possa ajudar “as comunidades a fortalecer os laços de solidariedade, cooperação e ajuda recíproca”.

Ética, legalidade e segurança

Referindo-se a Éticalegalidade e segurança, o Papa advertiu que os acidentes de trabalho são muitos, demais e para não esquecerem que os dados “não são números, mas são pessoas”.  “Infelizmente - continuou - se a segurança no local de trabalho é vista como um custo, parte-se da suposição errada. A verdadeira riqueza são as pessoas: sem elas não há comunidade de trabalho, não há empresa, não há economia”.

“Segurança no local de trabalho significa salvaguardar os recursos humanos, que tem um inestimável valor aos olhos de Deus e também aos olhos do verdadeiro empreendedor.”

“Por esta razão – concluiu o Papa - a legalidade deve ser vista como a proteção do patrimônio mais elevado, que são as pessoas. Trabalhar com segurança permite que todos possam expressar o melhor de si mesmos enquanto ganham seu pão de cada dia. Quanto mais cuidamos da dignidade no trabalho, mais certos estamos de que a qualidade e a beleza do trabalho realizado irão aumentar”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A Divindade de Jesus

Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

Os Evangelhos atestam a divindade de Jesus:

A Igreja, depois de examinar todas as coisas, com todo o rigor que lhe é peculiar, não tem dúvida de nos apresentar os Evangelhos como rigorosamente históricos. A Constituição apostólica Dei Verbum, do Vaticano II, diz:

“A santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, tem como sagrados e canônicos os livros completos tanto do Antigo como do Novo Testamento, com todas as suas partes, porque, escritos sob a inspiração do Espírito Santo, eles têm Deus como Autor e nesta sua qualidade foram confiados à Igreja” (DV, 11).

O Catecismo da Igreja afirma com toda a segurança:

“A Igreja defende firmemente que os quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens, realmente fez e ensinou para a eterna salvação deles, até ao dia que foi elevado” (§ 126).

Jesus impressionava as multidões por ser Deus, “ensinava como quem tinha autoridade e não como os escribas” (Mt 7,29).

Ele provou ser Deus, isto é, Senhor de tudo: onipotente, onisciente, onipresente; andou sobre as águas sem afundar (Mt 14,26), multiplicou os pães (Mt 15,36), curou leprosos (Mt 8,3), dominou a tempestade (Mt 8,26), expulsou os demônios (Mt 8,32), curou os paralíticos (Mt 8,6), ressuscitou a filha de Jairo (Mt 9,25), o filho da viúva de Naim, chamou Lázaro do túmulo, já em estado de putrefação (Jo 11, 43-44), transfigurou-se diante de Pedro, Tiago e João, no Monte Tabor (Mt 17,2) e ressuscitou triunfante dos mortos (Mt 28,6)

Os Evangelhos narram 37 grandes milagres de Jesus, sem contar os que não foram escritos. Provou que era Deus!

Só Deus pode fazer essas obras! É por isso que São Paulo disse: “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9).

“Ele é a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15).

São Pedro diz, como testemunha:

“Vimos a sua majestade com nossos próprios olhos” (2Pd 1,16).

Alguém poderia perguntar, mas quem pode provar a autenticidade dos Evangelhos?

Pois bem, a crítica Racionalista dos últimos séculos empreendeu com grande ardor o estudo crítico dos Evangelhos, com a sede maldosa de destruí-los. A que conclusão chegaram esses racionalistas materialistas que empreenderam, com o mais profundo rigor da Ciência, cujo deus era a Razão, a análise sobre a autenticidade histórica dos Evangelhos?

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

O dia em que meu filho de 3 anos me pediu uma reunião de família

Roman Samborskyi | Shutterstock
Por Cecília Pigg

Após a primeira reunião de família, nunca paramos - e aqui está o motivo.

“Ei, mãe, podemos ter uma reunião de família?” 

Meu filho de três anos me fez esse pedido todos os dias durante um mês. Então eu, meu marido e meu filho menor passamos a nos reunir regularmente, geralmente no sofá e aconchegados em alguns cobertores. Conversávamos sobre o que ia acontecer naquele dia ou no próximo fim de semana. Também planejávamos como enfrentar uma grande reforma em torno da casa que precisava ser feita.

Na época, imaginei que meu filho gostava do fato de estarmos todos conversando juntos enquanto estávamos aconchegados no sofá durante as noites frias de inverno. Ele também gostava de se sentir maduro, já que ele fazia parte da discussão. E ele gostava de saber o que esperar no que dizia respeito à nossa agenda. Uma reunião familiar regular nos proporcionava isso.

O que é reunião de família?

Bem, a reunião de família pode ser tão formal e bem definida quanto você quiser – ou tão casual quanto você desejar. Alguém pode se encarregar de registrar as atas e vocês sempre podem se encontrar aos domingos depois do jantar na mesa da sala de jantar. Ou você pode encaixar uma reunião mais informal aleatoriamente no carro sempre que estiverem todos juntos. Mas o principal objetivo de uma reunião de família é reunir todos em um lugar e ao mesmo tempo para comunicar informações importantes. 

O que discutir

As preocupações logísticas são as mais fáceis de resolver e, geralmente, são práticas e benéficas. Certifique-se de que todos saibam quais atividades e eventos estão acontecendo no futuro próximo, além de saber quem precisará estar onde, quando e como eles chegarão lá.

Além da logística, pode ser necessário resolver um conflito atual ou uma atitude geral da família que você gostaria de mudar. Se tiver que abordar algo difícil que afeta a todos, vá direto ao ponto, resolva o problema e siga em frente.

Por exemplo, pode ser que você tenha notado um sentimento de falta de gratidão prevalecendo em sua cultura familiar. Diga algo breve sobre como todos estarão trabalhando para agradecer mais na próxima semana. E então, talvez, anuncie um incentivo para motivar todos a agradecer.

Uma reunião de família também é uma boa maneira de edificar as pessoas – tente elogiar tudo de bom que você viu as pessoas fazerem recentemente. Reconheça as pessoas pelo nome, apreciando o que elas fizeram especificamente. 

Benefícios

Espera-se que a reunião de família não apenas coloque todos na mesma página, mas também que também traga alguns benefícios adicionais, como:

  1. modelar a boa comunicação: esta é uma habilidade que seus filhos vão usar para sempre e em situações diferentes;
  2. permitir que todos tenham voz: ajuda a encorajar aqueles que não se manifestam regularmente;
  3. promover a unidade familiar: ter todos na mesma sala focados em um objetivo comum pode fazer maravilhas;
  4. tornar os momentos em família mais agradáveis: se a reunião ajudar todos a se sentirem conectados, essa atmosfera se espalhará para os outros momentos em que todos estiverem juntos, tornando cada experiência melhor ainda.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF