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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Filme sobre o Sagrado Coração de Jesus terá pré-estreia dia 26 de fevereiro

Filme Coração Ardente | arqbrasilia

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é retratada no filme Coração Ardente, com pré-estreia no dia 26 de fevereiro em 10 cidades do Brasil.

Coração Ardente conta a história de Lupe Valdéz (Karyme Lozano), uma escritora de sucesso em busca de inspiração para seu novo livro. Nesse caminho, ela conhece a jornalista María (María Vallejo-Nájera), que lhe sugere investigar uma série de milagres que envolvem a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Empenhada nessa pesquisa, Lupe é levada a pensar sua fé, seus valores e a descobrir a importância do perdão.

Além deste drama, o filme leva o espectador a entender a profundidade dessa religiosidade popular e sua importância para a fé católica ao longo dos anos e até os dias de hoje.

Reunindo depoimentos emocionantes, Coração Ardente revela o alcance dessa devoção. Alicia Beauvisage, propagadora desta fé na América Latina, afirma ter vivido uma “experiência preciosa” que mudou muito sua vida: “Aquele que realmente encontra o Coração de Jesus nunca mais pode ser como antes”.

Coração Ardente foi ganhador do prêmio principal do Festival de Cinema Católico, na Polônia, em 2020. Na ocasião, o júri entendeu que o filme “revela ao mundo de hoje que o culto ao Sagrado Coração de Jesus não só pertence à história, mas que continua a ser uma grande esperança para o homem contemporâneo”.

Lembrando que o filme Coração Ardente conta com o apoio do Pe. Eliomar Ribeiro, diretor nacional do Apostolado da Oração e Movimento Eucarístico Jovem.

Pré-Estreia em 26 de Fevereiro

Coração Ardente terá lançamento oficial em março, mas a boa notícia é que haverá uma pré-estreia exclusiva no Cinemark Pier, em Brasília, e 9 cidades do Brasil com apoio do Apostolado da Oração e Movimento Eucarístico Jovem.

Saiba de todas as novidades do filme através dos seguintes canais:

Site: coracaoardenteofilme.com

Facebook: @coracaoardenteofilm

Instagram: @coracaoardenteofilme

Para informações sobre venda de ingressos para grupos e comunidades:

WhatsApp: 0800 403 0800

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Dom Vital: A luta pela paz diante da guerra

Luz | Vatican News

Como cristãos, seguidores de Jesus Cristo somos contra a guerra porque ela traz fome, destruição, fuga de pessoas de seus territórios, mortes de pessoas, sobretudo de inocentes. Jesus é a paz que traz a reconciliação entre os seres humanos.

Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA.

O mundo está presenciando de uma forma angustiante, uma guerra entre nações da Rússia com a Ucrânia. Este fato preocupa a toda a humanidade porque o desespero está presente na população que sofre com a guerra, devido as armas que matam muitas pessoas, jovens, mulheres, pais de famílias, crianças e idosos. No fundo é a prepotência de um povo que busca a dominação sobre o outro. Diante desta realidade de conflito e de guerra, nós pedimos a Deus Uno e Trino, graça da paz em nossa realidade e no mundo. Como cristãos, seguidores de Jesus Cristo somos contra a guerra porque ela traz fome, destruição, fuga de pessoas de seus territórios, mortes de pessoas, sobretudo de inocentes. Jesus é a paz que traz a reconciliação entre os seres humanos e nos leva até Deus (Jo 14,27). Supliquemos ao Deus Uno e Trino para que as autoridades russas, ucranianas e de outras nações do mundo possam se entender para a construção da paz universal, entre os povos e as nações.

O significado da palavra guerra

A guerra é um conflito aberto e declarado entre dois ou mais estados, países, com recursos às armas. É o complexo das noções pela direção das operações bélicas, nos setores da logística, estratégia e tática [1]. Nós vimos que as forças russas atacaram em diversas frentes a Ucrânia, pelo ar, terra e mar. A guerra é feita por muitos meios e por muitas direções, de modo que lutemos em favor da paz no Brasil e no mundo.

A mensagem de Cristo Jesus

A mensagem de Cristo Jesus requer o amor fraterno, também com os inimigos: “Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam” (Lc 6,27-28). Cristo pede aos seus seguidores atitudes contrárias à guerra, a eliminação de pessoas, mortes, palavras e atos que levem à conversão de vida entre os seres humanos e entre os povos, para que todos sejam irmãos e irmãs no Senhor.

Os Padres da Igreja

Os Padres da Igreja como homens e como cristãos provaram uma profunda aversão à guerra e desejavam a paz entre as pessoas e os povos. Eles viveram no período do Império romano. Eles afirmavam que a guerra tem a sua raiz no pecado. Eles disseram que Jesus Cristo não fez recurso nenhum às armas para instaurar o Reino de Deus. Eles disseram que o Senhor pediu a conversão de vida, o amor fraterno como condições para se ter a vida plena (Jo 10,10) [2].

Lealdade ao império romano e atitude crítica à guerra

Os padres da Igreja admiravam a ordem do serviço militar romano, professavam a lealdade para com o poder, no entanto eram críticos para com a guerra, porque ela eliminava pessoas e povos. “De fato, aquele que matou milhares de milhares, seja ladrão, seja príncipe ou tirano, não pode pagar com uma só morte o castigo de tantos” [3]. A guerra só trazia mortes e violência entre as pessoas e os povos, de modo que era preciso lutar pelo bem e pela paz.

Os primeiros cristãos

Os cristãos dos primeiros séculos queriam aplicar às suas vidas, o ideal evangélico da paz. Santo Ireneu de Lião, bispo nos séculos II e III dizia que a vinda do Senhor trouxe a paz e uma lei vivificante se difundiu em terra como disseram os profetas que se de Sião sairá a lei, de Jerusalém a palavra do Senhor, corrigindo a muitos povos de modo que suas espadas se quebrarão para fazer arados e suas lanças para fazer foices e não mais se aprenderá a fazer guerra (Is 2, 3-4; Mq 4,2-3). Santo Ireneu ainda dizia que esta profecia se realizou ao Enviado do Pai, Jesus Cristo, o Senhor, no qual se verificou a palavra na ação, aquele que transformou as armas em instrumentos utilizáveis para a vida, e trouxe a paz entre todos os povos [4].

Aliados pela paz

São Justino de Roma, padre e mártir, séculos II e III, afirmou que os cristãos eram os melhores aliados e ajudantes para a manutenção da paz no Império romano. Eles professavam a fé em Deus que deseja o bem de toda a humanidade. Eles lutavam contra a pobreza, o sofrimento entre as pessoas e a desonra paterna para que reine a paz [5]. Eles seguiam os mandamentos da lei de Deus, sobretudo o do amor fraterno.

Guerra, derramamento de sangue

Santo Agostinho, bispo de Hipona, séculos IV e V, reconhecia os benefícios do Império romano aos povos, mas este resultado, afirmava foi alcançado com muitas guerras e muito derramamento de sangue [6]. É impossível a legitimação da guerra se não se leva em conta a justiça [7]. Para Santo Agostinho, está no coração do ser humano, o desejo da paz, para que os povos lutem contra a guerra para assim chegar à paz, como dom de Deus a ser vivido na humanidade [8].

A história da humanidade registra tempos de paz e de guerras. Como seguidores e seguidoras do Senhor Jesus, somos chamados a viver na paz, como dom e como compromisso humano. A guerra não serve para a convivência humana porque ela viola o diálogo, o amor fraterno, além de trazer mortes, fugas de pessoas, como estamos vendo no Leste Europeu. Pedimos ao Senhor da paz, que cesse a guerra nos povos da Rússia e da Ucrânia, em nosso meios e em todo o mundo. Nossa Senhora leve os nossos pedidos ao seu Filho, Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo e o Pai.

[1] Cfr. Guèrra. In: Il vocabolario treccani, Il Conciso. Milano, Trento, 1998, pg. 699.

[2] Cfr. A. Hamman – M. Maritano. In: Nuovo Dizionario Patristico e di Antichità Cristianediretto da Angelo Di Berardino, F-0. Marietti, Genova - Milano, 2007, pg. 2481.

[3][3] Atenágoras de Atenas. Sobre a ressurreição dos mortos, 19. In: Padres Apologistas. São Paulo, Paulus, 1995, pg. 185.

[4] Cfr. Ireneu de Lião, IV, 34,4. São Paulo, Paulus, 1995, pgs. 483-484.

[5] Cfr. Justino de Roma. I Apologia, 12, 1-8. São Paulo, Paulus, 1995, pgs. 27-28.

[6][6] Cfr. Civitate Dei, 19,7. Cfr. A. Hamman – M. Maritano. In: Nuovo Dizionario Patristico..., Idem, pg. 2483.

[7] Cfr. Santo Agostinho. A Cidade de Deus, IV,4. São Paulo, Vozes, 1991, pg. 153.

[8] Cfr. Civitate Dei, 19, 10-20; 15,4;. Cfr. A. Hamman – M. Maritano. In: Nuovo Dizionario Patristico..., Idem, pg. 2483.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

BISPOS DO REGIONAL SUL 2 DIVULGAM NOTA DE SOLIDARIEDADE AO POVO UCRANIANO

CNBB

Os bispos do Paraná escreveram uma nota de solidariedade dirigida ao povo ucraniano e aos católicos ucranianos brasileiros. No Paraná está a sede da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, em Curitiba (PR), e da Eparquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Prudentópolis (PR) e os bispos dessas duas Igrejas particulares integram o episcopado paranaense.

“As consequências nefastas da guerra chocam, afligem e preocupam a todas as pessoas de boa vontade. Sabemos que para aqueles que nasceram no Brasil, mas que tem sangue ucraniano, essa aflição é ainda maior”, afirmam os bispos do Paraná.

O episcopado no Regional Sul 2 está unido ao apelo feito pelo Papa Francisco, em “combater a diabólica insensatez da violência com as armas de Deus: a oração e o jejum”. Assim, pedem aos católicos paranaenses que acolham o convite feito pelo Papa Francisco para, no próximo dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, dedicarem-se intensamente à oração e ao jejum.

Confira a nota:

NOTA DE SOLIDARIEDADE DOS BISPOS DO PARANÁ AO POVO UCRANIANO

“O Senhor dará força ao seu povo, o Senhor abençoa o seu povo com a paz” (Sl 29, 11)

Nós, bispos do Paraná, expressamos nossa solidariedade e profunda dor ao povo e a nação ucraniana, diante do cenário dessa guerra insana que se instaurou no país desde ontem, 24 de fevereiro. Expressamos nossa proximidade nas orações com o Arcebispo da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, Dom Volodemer Koubetch, com o Bispo da Eparquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, Dom Meron Mazur, e com todos os católicos e descendentes de ucranianos que vivem no Brasil, especialmente aqui no Paraná.

As consequências nefastas da guerra chocam, afligem e preocupam a todas as pessoas de boa vontade. Sabemos que para aqueles que nasceram no Brasil, mas que tem sangue ucraniano, essa aflição é ainda maior. Em nosso estado está a maior comunidade ucraniana do país. Na cidade de Prudentópolis (PR), 75% dos habitantes são descendentes ucranianos. Sendo assim, essa dor é ainda mais da nossa Igreja.

Como bispos católicos, nos unimos ao apelo feito pelo Papa Francisco, em “combater a diabólica insensatez da violência com as armas de Deus: a oração e o jejum”. Pedimos aos católicos paranaenses que acolham o convite feito pelo Papa Francisco para, no próximo dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, dedicarem-se intensamente à oração e ao jejum.

O Deus em quem acreditamos é o Deus da paz, que não compactua com nenhum tipo de violência. Essa guerra fere o Direito Internacional, os direitos humanos e traz o risco de se desdobrar num conflito militar mundial. Pedimos a Deus que ilumine a Federação Russa, a fim de que compreenda as trágicas consequências dessa guerra e abaixem as armas. Pedimos também que os líderes mundiais busquem uma solução pacífica, por meio do diálogo, a fim de que a vida e a dignidade humana sejam preservadas.

Confiantes na força da oração, rogamos sobre o mundo, especialmente sobre a nação ucraniana, a bênção e a paz de Deus.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina e Presidente da CNBB Sul 2

Dom José Antonio Peruzzo
Arcebispo de Curitiba e Vice-Presidente da CNBB Sul 2

Dom Amilton Manoel da Silva
Bispo de Guarapuava e Secretário da CNBB Sul 2

Padre Valdecir Badzinski
Secretário Executivo da CNBB Sul 2

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

A linha em forma de “M” que liga os lugares onde Maria apareceu

GOOLE MAPS
Por Gelsomiuno Del Guercio

É chamada de "Assinatura de Maria" e se estende de Fátima a Medjugorje

Há uma linha em forma de “M”, a chamada “assinatura de Maria”, que reúne os principais locais das aparições e milagres realizados por Nossa Senhora na Europa.

O “M” é composto pelos seguintes lugares marianos (com as datas, em ordem cronológica, em que ocorreram as aparições ou milagres): 1830 – Paris (na Rue du Bac); 1846 – La Salette (França); 1858 – Lourdes (França); 1871 – Pontmain (França); 1876 ​​- Pellevoisin (França); 1917 – Fátima (Portugal); 1932 – Beauraing (Bélgica); 1933 – Banneux (Bélgica); 1947 – Roma (Tre Fontane); 1953 – Siracusa (Itália); 1981 – Medjugorje (Bósnia-Herzegovina).

Nos casos de Pellevoison e Tre Fontane, ambos os lugares foram reconhecidos como “lugares de culto mariano”, mas o reconhecimento oficial da aparição pela Igreja ainda não ocorreu.

A aparição mariana da Rue la Bac em Paris (França)

A mística francesa Catherine Laborè (Fain-lès-Moutiers, 2 de maio de 1806 – Paris, 31 de dezembro de 1876), fundadora da devoção da Medalha Milagrosa, teve a primeira aparição de Nossa Senhora em 18 e 19 de julho de 1830, aparições em que a mística concebeu a Medalha.

Assim escreve a freira em seus diários: “Às 11h30 da noite, ouvi-me chamar pelo nome: ‘irmã, irmã’. Acordo, olho do lado de onde veio a voz, ou seja, do lado do corredor ao lado da cama. Eu vi uma criança de uns quatro ou cinco anos, vestida de branco, me dizendo “venha à Capela, a Santa Virgem está esperando por você (…)”. Eu o segui e ele irradiava uma grande luz por onde passava. A minha surpresa aumentou quando, chegando à porta da Capela, esta se abriu assim que a criança a tocou com a ponta de um dedo (…)”

“A criança me disse: ‘Aqui está a Santa Virgem, aqui está ela’. Ouvi o farfalhar de um manto de seda vindo do lado da tribuna, perto da imagem de São José. Uma Senhora veio sentar-se nos degraus do altar, ao lado do Evangelho, numa poltrona semelhante à de Sant’Anna, mas essa Senhora não era Sant’Anna. (….). Ergui os olhos para o rosto da Virgem e saltei para ela, ajoelhando-me e colocando as mãos sobre os joelhos da Santíssima Virgem. Esse foi o momento mais doce da minha vida.”

A aparição de La Salette (França)

19 de setembro de 1846, sudeste da França. Em uma região de Ródano-Alpes, na vila chamada La Salette, a Virgem aparece a duas crianças que estavam levando suas vacas para pastar. Eles se chamavam Maximin Giraud e Melanie Calvat, respectivamente com 11 e 14 anos.

A Senhora está em lágrimas, sentada sobre uma pedra. Ela está vestida como as mulheres daquela aldeia: um vestido que desce até os pés, um xale, um lenço na cabeça, um avental amarrado nos quadris. Depois de se levantar, ela dá uma mensagem aos pastorinhos com a tarefa de “dar a conhecer a todo o seu povo”. A Virgem adverte para os pecados que as pessoas cometem, anunciando o Inferno para os que perseveram nesses comportamentos e o perdão para os que se convertem.

As aparições de Lourdes (França)

OUR LADY OF LOURDES
DyziO | Shutterstock

Aos pés dos montes Pireneus, em Lourdes (França), Bernadette Soubirous, uma menina pobre de quatorze anos, foi agraciada com visões de Nossa Senhora. A primeira visão ocorreu no dia 11 de fevereiro de 1858. Nesse dia, numa gruta chamada massabielle, nas proximidades do rio Gave, Bernadette, que procurava lenha seca com algumas companheiras, viu uma “senhora” envolvida em luz. Essa “senhora” fez sinal para que Bernadette se aproximasse mais, mas ela não teve coragem. Em vez disso, teve a inspiração de tirar do bolso o terço que trazia consigo e começar a rezar.

Bernadette logo notou que a “senhora” havia começado a rezar junto com ela, e, ao final da oração, a aparição, que só Bernadette havia visto, desapareceu. Após alguns dias, Bernadette voltou à gruta e novamente viu a aparição e, mais uma vez, se colocou a rezar junto com a “senhora”. Assim ocorreu por mais outras vezes, até que numa delas, mais precisamente a aparição do dia 25 de março, dia da solenidade da Anunciação, a aparição revelou seu nome para Bernadette: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Após algum tempo, Bernadette confiou ao seu pároco, padre Dominique, o que a Virgem havia lhe falado. No mesmo instante, padre Dominique entendeu que só podia ser verdade o que a menina dizia, pois, sendo sem instrução e sem ter conhecimento sobre o significado desse título – Imaculada Conceição –, padre Dominique concluiu que Bernadette não poderia tê-lo inventado. Muitos viram nesse sinal, mais uma confirmação do dogma da Imaculada Conceição que o papa Pio IX havia proclamado apenas quatro anos antes, por meio da Constituição Apostólica Ineffabilis Deus, de 8 de dezembro de 1854.

Além de revelar seu nome para Bernadette, a Virgem Maria pediu-lhe para que ela conversasse com os padres, a fim deles construírem naquele local uma igreja em sua honra. Outro fato relevante, ligado ao local das aparições, foi a fonte de água que ali surgiu: a própria Nossa Senhora havia pedido à Bernardette que escavasse o chão, próximo à gruta; obedecendo prontamente à Nossa Senhora, Bernadette logo escavou com as mãos o local que for-lhe indicado: imediatamente aí brotou um filete de água. Até hoje, as águas que brotam no santuário que ali foi construído têm fama de ter curado inúmeros devotos. De fato, o santuário de Lourdes recebe todos os anos milhares de devotos que vem, em sua maioria, buscar lenitivo para suas dores e aflições, junto àquela Senhora que se revelara à pequena e humilde Bernadette.

A aparição de Pontmain (França)

OBJAWIENIA W PONTMAIN
Basilique Notre-Dame d'Espérance de Pontmain |
PHOTO12 / GILLES TARGAT / PHOTO12 VIA AFP

A “assinatura de Maria” também passa por Pontmain, na França. É 17 de janeiro de 1871. É noite e está frio. Um inverno glacial naquele ano; em 11 de janeiro houve também uma aurora boreal. E então a França está em guerra, Paris está sitiada. Em 12 de janeiro, os prussianos vencedores entraram na cidade de Mans. Agora estão às portas de Laval. Nada parece deter seu avanço para o oeste.

Há angústia em Pontmain: não há mais notícias dos trinta e oito jovens que partiram para a guerra. Os adultos ficam desanimados. Naquela noite, no celeiro, Eugène Barbedette, 12, e seu irmão Joseph, 10, ajudam o pai. Pouco antes das seis da tarde, Eugène sai para “ver o tempo”.

É então que ele vê, em frente ao celeiro, acima e atrás da casa de Augustin Guidecoq, uma bela dama de vestido azul cravejado de estrelas, que o olha sorrindo e estendendo as mãos. Ele usa uma coroa de ouro na cabeça, com uma borda vermelha no centro. Joseph sai por sua vez e ele também vê a bela dama.

A aparição de Pellevoison (França)

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A vidente de Pellevoison | Our Lady of Pellevoisin | Wikipedia

As aparições marianas de Pellevoison (1876) são diferentes de todas as outras, porque a Maria curou diretamente a vidente Estelle Faguette, então com 32 anos e enferma. A Igreja reconheceu o milagre em 1983, após uma profunda investigação diocesana conduzida pelo bispo de Bourges (a aldeia de Pellevoison faz parte da diocese de Bourges).

«Naquela noite, à meia-noite, recebi a primeira aparição da Santíssima Virgem. Meu pai me fez companhia com uma mulher local. Era meia-noite, começou no dia 15 de fevereiro (terça-feira). Foi nesta ocasião que a Santíssima Virgem me disse: “Ou você vai morrer ou você vai se curar” ».

As aparições de Nossa Senhora da Misericórdia, ocorridas entre 14 e 18 de fevereiro de 1876, ainda não foram oficialmente reconhecidas pela Igreja, que, no entanto, reconheceu o santuário de Pellevoison como local de culto mariano (21 de fevereiro de 2022).

As aparições de Nossa Senhora de Fátima (Portugal)

A “assinatura de Maria” tem Fátima como ponto extremo oeste.

Nossa Senhora aparece resplandecente aos pastorinhos pela primeira vez no dia 13 de maio de 1917.

Lúcia, Francisco e Jacinta estavam brincando num lugar chamado Cova da Iria. De repente, observaram dois clarões como de relâmpagos, e em seguida viram, sobre a copa de uma pequena árvore chamada azinheira, uma Senhora de beleza incomparável.

Era uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, irradiando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente.

Sua face, indescritivelmente bela, não era nem alegre e nem triste, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como rezando, apoiadas no peito, e voltadas para cima. Da sua mão direita pendia um rosário. As vestes pareciam feitas somente de luz. A túnica e o manto eram brancos com bordas douradas, que cobria a cabeça da Virgem Maria e lhe descia até os pés.

Lúcia jamais conseguiu descrever perfeitamente os traços dessa fisionomia tão brilhante. Com voz maternal e suave, Nossa Senhora tranquilizou as três crianças, dizendo: “Não tenhais medo. Eu não vos farei mal. Vim para pedir que venhais aqui seis meses seguidos, sempre no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Em seguida, voltarei aqui ainda uma sétima vez”.

Ao pronunciar estas palavras, Nossa Senhora abriu as mãos, e delas saía uma intensa luz. Os pastorinhos sentiram um impulso que os fez cair de joelhos, e rezaram em silêncio a oração que o Anjo havia lhes ensinado: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, pevo-Vos a conversão dos pobres pecadores”.

Passados uns momentos, Nossa Senhora acrescentou: “Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo, e o fim da guerra.”

As aparições de Nossa Senhora de Beauring (Bélgica)

Também conhecida como Nossa Senhora do Coração de Ouro, é a imagem que apareceu 33 vezes a algumas crianças belgas entre 1932 e 1933 na pequena aldeia de Beauraing. As aparições foram aprovadas pela Santa Sé em 1949.

Maria se apresenta com um “coração de ouro” rodeado de raios luminosos, como modelo a seguir para vencer o ódio e o ressentimento e como refúgio para os pecadores.

As aparições de Banneaux (Bélgica)

Notre-Dame de Banneux
Santuário de Banneux | Notre-Dame-de-Banneux © CapitaineCook CC

Apenas 12 dias após o fim das aparições de Beauraing, Nossa Senhora está novamente presente: desta vez em Banneux, cerca de 20 quilômetros a sudeste de Liège. É uma vila de gente pobre, com pouco mais de 300 habitantes, quase todos mineiros e madeireiros.

Aqui, porém, Maria se define como a “Virgem dos pobres” e indica a água de um riacho como sinal de purificação, mas também como símbolo dos “rios de água viva” que brotam daquele que acolhe o Evangelho. Aparece 8 vezes, de janeiro a março de 1933, para uma menina de 11 anos: Mariette Beco. Sua mensagem: “Venho trazer alívio ao sofrimento”.

As aparições de Tre Fontane em Roma (Itália)

A “assinatura de Maria” também faz escala na Itália, em Roma. Bruno Cornicchiola era um anticlerical que pretendia matar o papa, a quem considerava o chefe da ‘sinagoga de Satanás’. Posteriormente teve uma conversão-relâmpago ao catolicismo, após a extraordinária experiência de 12 de abril de 1947. Nesse dia, junto com seus três filhos, viu na colina de Tre Fontane em Roma uma menina de grande beleza, pele e cabelos escuros, com um manto verde e um livro nas mãos; e a partir desse momento ao longo de sua vida ele continuou a receber mensagens espirituais e anúncios proféticos dela até poucos meses antes de sua morte, que ocorreu em 22 de junho de 2001.

O vidente entregou os segredos recebidos de Nossa Senhora ao Vaticano, que nunca considerou oportuno publicá-los. São sonhos e visões que antecipavam de forma perturbadora alguns acontecimentos dramáticos do século passado.

As lágrimas de Nossa Senhora de Siracusa (Itália)

Nossa Senhora das L?grimas
© Alessandro Bonvini-CC

O milagre – reconhecido em poucos meses pela Igreja – ocorreu no final de agosto de 1953, em Siracusa, na casa de um jovem casal, Angelo Iannuso e Antonina Giusto, que esperava seu primeiro filho.

Nos dias 29-30-31 de agosto e 1º de setembro, “lágrimas humanas” brotaram de um quadro de gesso representando o coração imaculado de Maria, colocado na cabeceira do leito conjugal.

As aparições de Medjugorje (Bósnia-Herzegovina)

MEDJUGORJE
Peregrinos no Monte Podbrdo | Shutterstock-Hieronymus

A leste, a “assinatura de Maria” chega a um dos lugares mais famosos do mundo pelas aparições marianas: Medjugorje. A partir de 24 de junho de 1981, alguns meninos e meninas da pequena aldeia bósnia foram confrontados com acontecimentos extraordinários. Dizem que viram Maria, que lhes apareceu no Monte Podbrdo.

A Comissão Teológica Internacional, que estudou o caso até 2014, reconheceu as primeiras sete aparições de Nossa Senhora como sobrenaturais. Aqui está o que aconteceu no dia da primeira aparição.

Na tarde de 24 de junho de 1981, Mirjana Dragičević, de 16 anos, foi com Ivanka Ivanković, de 15 anos, passear no caminho na base do Monte Podbrdo. Por volta das 17h, as duas meninas voltavam para casa, quando Ivanka viu, a cerca de duzentos metros de distância, uma figura luminosa. Ela imediatamente exclamou: “Olha, a Gospa” (Maria, em croata).

Mais tarde, Mirjana explicaria: “Eu nunca tinha sentido a possibilidade de que Nossa Senhora pudesse vir à terra. Por isso não olhei. Fiquei nervosa, porque me ensinaram que com o nome de Deus e de Nossa Senhora não há brincadeira”. Mas depois elas voltaram à colina com outras pessoas da vila, e todos viram a mesma figura.

Invasão da Rússia ‘provavelmente exigirá martírio’

Arcebispo Borys Gudziak | Guadium Press

O Arcebispo Borys Gudziak, da Arquieparquia Católica Ucraniana da Filadélfia, concedeu ontem uma entrevista à CNA.

Redação (25/02/2022 16:16Gaudium Press) O líder da Igreja Católica Ucraniana nos Estados Unidos, em uma entrevista à CNA, afirmou que o “impensável é possível” para a Igreja na Ucrânia, chamando o presidente da Rússia Vladimir Putin de um “sociopata” que está “levando seu próprio país e vizinhos a um abismo”.

Com efeito, segundo Arcebispo Borys Gudziak, “a população sabe que o pânico é o que Putin quer criar para minar os sistemas sociais, os bancos, a economia, as lojas, as estruturas governamentais, serviços e ministérios. No entanto, a população está bem determinada a ajudar na defesa de seu país, de sua liberdade e de sua dignidade e, para isso, o governo está entregando armas aos cidadãos”.

A seguir,  um trecho da entrevista.

Como a Igreja na Ucrânia está sendo afetada? E como ela responde?

Toda vez que a Rússia, nos últimos 200 anos, ocupava o território ucraniano exterminava a Igreja Católica Ucraniana. Não era imediatamente, mas aos poucos, ela ia sendo estrangulada.  E isso aconteceu na década de 1820, em 1870, em 1945 e 1946, e aconteceu ao longo desses oito anos na Crimeia. […]

Por isso, a nossa Igreja vê que a ocupação russa, trará, sem dúvida, perseguição à Igreja Católica Ucraniana. Provavelmente exigirá o martírio. Os bispos e padres tentarão permanecer no local e ser totalmente solidários com o povo. Mas agora as questões estão sendo decididas com foguetes, canhões, armas e aviões de combate. A Igreja não pode responder nesse nível. Ela responde de uma maneira que é visível aos olhos da fé. Ela responde por meio da oração, da invocação da graça de Deus, dos sacramentos, da cura pela presença, da escuta curativa e do apoio moral às pessoas que estão sendo denegridas e violadas.

Qual é a razão para tal hostilidade para com os católicos?

Uma razão fundamental é que a Igreja Católica é a Igreja Universal. E um regime autoritário ou totalitário quer o controle total. E o controle total sobre uma comunidade que tem ligação com Roma e uma rede internacional de relacionamento, esse controle total não pode ser instituído. Assim, apenas a identidade universal da Igreja Católica é um incômodo para os ditadores. A Igreja Católica tem uma doutrina social muito bem desenvolvida. […] É difícil limitar o ensinamento da Igreja Católica apenas à esfera privada.

Assim, a Igreja Ortodoxa nos tempos soviéticos podia funcionar, mas não podia pregar. Não podia ensinar os jovens. Não podia catequizar. Mas você podia ir e rezar em particular na igreja, e podia haver um sermão que explicasse o Evangelho para sua vida privada, mas não para a sociedade; e não para sua cidade ou sua comunidade. A Igreja Católica é perigosa para a tirania e é por isso que os tiranos a atacam.[…]

Qual é a sua mensagem para todos os ucranianos?

Olhe nos olhos do Senhor antes de dormir hoje. Ele está com você. Ele conta cada fio de cabelo da sua cabeça. Ele é o Deus da história e sua verdade prevalecerá. Mantenha sua cabeça erguida. Tenha esperança. Aguente tudo o que puder. Faça uma contribuição para a liberdade e dignidade de seu povo.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Católicos da Ucrânia são poucos e muito perseguidos

Militar ucraniano reza com vela na mão / Cortesia ACN

REDAÇÃO CENTRAL, 25 fev. 22 / 05:00 pm (ACI).- Militares russos entraram na Ucrânia em vários pontos ontem precedidos por ataques de mísseis contra alvos militares e cidades.

Embora a maioria da população da Ucrânia seja ortodoxa oriental, os católicos estão entre os que sofrem com a invasão russa do país. Abaixo, algumas informações sobre a população católica da Ucrânia:

Igreja Greco-Católica Ucraniana

Cerca de 9% dos ucranianos são greco-católicos, o que significa que são católicos, mas usam o rito bizantino. A grande maioria deles faz parte da Igreja Greco-Católica Ucraniana, liderada pelo arcebispo-mor Sviatoslav Shevchuck da arquieparquia ucraniana de Kiev-Halych.

O rito bizantino celebra a liturgia na forma usada pelas Igrejas Ortodoxas Orientais, usando regularmente a Divina Liturgia de São João Crisóstomo.

Os greco-católicos ucranianos estão concentrados no ocidente do país, perto da fronteira com a Polônia, especialmente em Lviv. Existem, no entanto, 16 eparquias ou exarcados (equivalentes a dioceses ou vicariatos) da Igreja em todo o país, inclusive na Criméia, tomada pelos russos em 2014, Luhansk e Donetsk.

A Igreja Greco-Católica Ucraniana está enraizada na cristianização do século X da Rus' de Kiev, um Estado cuja herança a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia reivindicam. Esse evento também forma as raízes da Igreja Ortodoxa Russa, da Igreja Ortodoxa Ucraniana (Patriarcado de Moscou) e da Igreja Ortodoxa na Ucrânia.

Essa Igreja também tem uma presença considerável no Brasil, nos EUA, no Canadá e na Polônia, além comunidades menores em outros lugares da Europa, Argentina e Austrália.

Católicos de rito latino

Há também uma hierarquia de ritos latinos ou romanos na Ucrânia, à qual pertence cerca de 1% da população. Também concentrada no oeste do país, essa comunidade tem seis dioceses sufragâneas da arquidiocese de Lviv, e tem laços culturais com a Polônia e a Hungria.

Outras

A Ucrânia também abriga a Eparquia Católica Rutena de Mukachevo e a Arqueparquia Católica Armênia de Lviv.

A Igreja Católica Rutena também usa o rito bizantino, e se concentra na fronteira com quatro vizinhos ocidentais da Ucrânia. Há cerca de 320 mil católicos na eparquia de Mukachevo, que são servidos por cerca de 300 padres.

Há uma Arqueparquia Católica Armênia em Lviv, embora esteja vacante desde a Segunda Guerra Mundial. Os armênios católicos na Ucrânia são poucos e muitas vezes confiados aos cuidados pastorais de sacerdotes de outras Igrejas católicas.

Perseguição

As igrejas católicas foram severamente perseguidas na Ucrânia quando o país era parte da União Soviética.

A Igreja Greco-Católica Ucraniana foi proibida sob o domínio soviético, de 1946 a 1989, e a Igreja Católica Rutena foi suprimida em 1949.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia na década de 2010 trouxe novos temores de perseguição.

Em 2014, após a anexação russa da Crimeia e conflitos armados em outras regiões fronteiriças entre militares ucranianos, rebeldes pró-russos e soldados russos, o então núncio apostólico na Ucrânia alertou para um retorno da perseguição.

“O perigo de repressão da Igreja Greco-Católica existe em qualquer parte da Ucrânia que a Rússia possa estabelecer sua predominância ou continuar por meio de atos de terrorismo para avançar com sua agressão”, disse o arcebispo Thomas Gullickson em 23 de setembro de 2014.

Gullickson foi núncio na Ucrânia de 2011 a 2015 e se aposentou em 2020, aos 70 anos.

“Muitas declarações vindas do Kremlin nos últimos tempos deixam poucas dúvidas sobre a hostilidade e intolerância ortodoxa russa em relação aos greco-católicos ucranianos”, disse ele em setembro de 2014 aos diretores da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre.

“Não há razão para excluir a possibilidade de outra repressão generalizada à Igreja Greco-Católica Ucraniana, como ocorreu em 1946 com a cumplicidade dos irmãos ortodoxos e a bênção de Moscou”, afirmou.

Muitos clérigos católicos romanos e gregos foram forçados a deixar a Crimeia após sua anexação. Tanto os católicos romanos quanto os gregos enfrentaram dificuldades para registrar adequadamente a propriedade da propriedade da igreja e garantir a residência legal para seu clero.

Sob a União Soviética, 128 padres, bispos e freiras da Igreja Católica Rutena foram presos ou enviados para o exílio na Sibéria. A eparquia de Mukachevo teve 36 sacerdotes mortos durante a perseguição.

O beato Theodore Romzha foi bispo ruteno de Mukachevo por três anos antes de ser morto em 1947 pelo NKVD por ordem de Nikita Khrushchev, então chefe do Partido Comunista da Ucrânia.

O beato Romzha é um dos mais de 20 mártires ucranianos do século XX beatificados por são João Paulo II durante sua visita à Ucrânia em 2001.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF