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domingo, 15 de maio de 2022

V Domingo da Páscoa - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

V Domingo da Páscoa

Palavra do Pastor

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

Nisto conhecerão que sois meus discípulos

Hoje Jesus nos apresenta o imperativo do amor: “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13, 34). É o dever do amor que existe entre nós. Mais do que dever, é o imperativo do amor. Não há verdadeiro cristianismo sem amor. O grande perigo da nossa vida é irmos criando um cristianismo esquizofrênico, em que se odeia, mata, faz-se guerra e, no dia seguinte, está-se participando das celebrações litúrgicas como se nada tivesse acontecido. A grande denúncia dos profetas no Antigo Testamento e a grande discussão de Jesus com os fariseus, no fundo, está nesta esquizofrenia, neste pregar uma coisa e viver outra, ou seja, nesta dissociação entre fé e vida. A religião é um sentimentalismo desvinculado da vida, das atitudes concretas da vida do dia a dia. A verdadeira fé, ao contrário, ilumina as pequenas e grandes atitudes da vida.

O amor é uma realidade exigente na vida humana, principalmente numa sociedade marcada pela subjetividade acirrada onde é o ‘eu’ que se coloca em primeiro lugar, onde vai se perdendo a dimensão da doação da vida, de se sacrificar pelo outro, pela outra. “Chamo amor aquela experiência intensa, inesquecível e inconfundível que se pode fazer somente no encontro com outra pessoa” (Carlo Maria Martini, Dizionario Spirituale, 12). O amor supõe sempre uma outra pessoa e se atua num encontro concreto. O amor implica sempre a capacidade de sair de si em direção do outro, da outra pessoa, onde se encontram, trocam-se os dons (materiais e espirituais), que são parciais, mas que são símbolos do dom de uma pessoa a outra pessoa.

O amor que Jesus nos propõe é mais exigente, pois é o amor na sua gratuidade, o amor ágape: ama-se gratuitamente, sem esperar nada em troca. É claro que esta gratuidade do amor é precedida pela experiência de primeiro se ser encontrado pelo amor de Deus. Quem foi encontrado pelo amor de Deus fez a experiência de se sentir amado por Deus e se coloca na experiência do amor. O colocar-se na escola do amor é facilitado quando se cresce experimentando o amor na família, no convívio com os amigos, na escola, na Igreja etc., ou seja, no ambiente em que se cresce experimentando e vivenciando o amor. Mas a medida que Jesus coloca para o cristão é exigente: “(…) como eu vos amei”. Este ‘como’ só pode ser percebido quando se contempla a cruz de Jesus. Ali está o extremo do amor. “Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos” e Jesus nos amou a ponto de dar a vida por nós. Este é o extremo do amor, é a medida alta do amor cristão. É o amor que toma forma concreta na nossa capacidade de se fazer dom nas pequenas e grandes atitudes do dia a dia diante de pessoas que não conhecemos, mas que são encontradas, acolhidas e amadas por nós.

Esta realidade se faz presente na vida de nossas comunidades onde tanta gente se doa gratuitamente nas pastorais, nos movimentos, visitando os doentes, os encarcerados, ajudando os pobres e necessitados, sendo dom na cozinha em nossas festas, contribuindo com a manutenção da vida da comunidade através do dízimo etc. É o amor de vai construindo história na vida de nossas comunidades e da nossa sociedade.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

sábado, 14 de maio de 2022

EUA: senado não aprova lei abortista

Biden lamenta a decisão. Foto: Gage Skidmore no Flickr
A ‘culpa’ foi de um senador democrata que mudou de posição. Republicanos votaram em bloco contra a chamada Lei de Proteção à Saúde da Mulher.

Redação (12/05/2022 16:00Gaudium PressNa época da sentença Roe vs. Wade, na década de 70 do século passado, quando a Suprema Corte americana abriu as portas do país ao aborto, a divisão entre republicanos e democratas nessa questão não era tão definida quanto hoje. Havia muito republicano abortista, e muito democrata pró-vida. Isso já não é assim, há muito tempo.

Por causa de um único democrata que não seguiu a linha abortista do partido, ontem, no Senado dos EUA, as colunas de todo edifício abortista nos EUA estão rachando.

Foi votada a chamada Lei de Proteção à Saúde da Mulher, nome eufemístico que oculta a legitimação do aborto no âmbito legislativo, ante a perspectiva da possível queda da sentença Roe vs. Wade, que é uma eventualidade muito real após o vazamento da opinião majoritária agora na Suprema Corte coletada pelo juiz Samuel Alito.

A votação final dessa lei foi de 51 contra e 49 a favor, com o senador democrata da Virgínia Ocidental, Joe Manchin, votando contra. Esta é uma derrota que se acumula à sofrida em 28 de fevereiro, quando já se queria fazer avançar esta lei.

Mais do que Roe vs. Wade

Para outra democrata pró-vida, Kristen Day, diretora do Democrats for Life of America, se esse projeto tivesse sido aprovado, teria ido “além de Roe [vs. Wade]”, ou seja, era bem mais radical. Mas não aconteceu assim.

Os senadores republicanos em bloco votaram contra esse projeto, fato que despertou a antipatia do ‘católico’ presidente abortista Biden:

“Os republicanos no Congresso – nenhum deles votou neste projeto de lei – optaram por impedir os direitos dos americanos de tomar as decisões mais pessoais sobre seus próprios corpos, famílias e vidas”, afirmou Biden. Ele também garantiu que “não deixará de lutar para proteger o acesso” ao aborto.

No entanto, a provável decisão da Suprema Corte no caso Dobbs v. Jackson Women’s Health Organization, que reverteria a sentença Roe v. Wade, e que será anunciado em julho próximo, acabaria sendo o rompimento radical da barragem abortista. Essa decisão devolveria aos órgãos legislativos estaduais o poder de definir em matéria de aborto, e espera-se que pelo menos 20 dos 50 estados da União proíbam completamente o aborto, algo que teria repercussões em todo o mundo.

A decisão do Senado americano foi saudada por Mons. William Lori e pelo cardeal Timothy Dolan, presidentes dos comitês pró-vida e liberdade religiosa do episcopado, que declararam que esse projeto de lei teria acrescentado milhões de vidas sacrificadas às mais de 60 milhões de crianças que morreram por causa do aborto nos EUA.

Com informações ReligionEnLibertad.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Cássia Kis: “A vida católica é linda!”

Youtube / TV Globo
Por Ricardo Sanches

Em entrevista a um programa de TV, a atriz revelou que fez um aborto, mas hoje é defensora da vida. Cássia Kis também valorizou o catolicismo em rede nacional.

Recentemente, a atriz Cássia Kis, de 65 anos, participou do programa “Encontro com Fátima Bernardes” e falou sobre aborto, defesa da vida e fé católica.

A atriz revelou que interrompeu uma gravidez em 1985, mas hoje se tornou uma defensora da vida:

“Eu fiz um aborto, não foi um aborto espontâneo. Isso mudou muito da minha vida. Hoje eu sou uma madrinha que defende a vida, que protege a vida. As mulheres que querem fazer aborto, eu corro atrás para não fazer”.

Cássia Kis falou também sobre filhos: “eu tenho quatro filhos aqui na terra e dois estão lá em cima”.

Para a atriz, o despertar da maternidade aconteceu depois que ela participou de duas novelas: a primeira versão de Pantanal, na Manchete, e Barriga de Aluguel, na Globo.

https://youtu.be/qjtOZEajnko

Cássia Kis e o testemunho da fé católica

Durante a entrevista, Cássia Kis fez questão de valorizar sua experiência como católica. “A vida católica é linda”, disse a atriz. Ela também acrescentou:

“A fé só existe no catolicismo. Não é um encontro, é ver a verdade, é estar dentro da verdade”.

A atriz ainda contou que reza o Rosário todos os dias e que espera ansiosamente pela Missa:

“Eu fico me preparando para, no domingo, estar na Missa, encontrar os católicos, compreender por que uma família católica tem tantos filhos, diante de um mundo que faz tantos abortos.”

Nas redes sociais, as declarações de Cássia Kis geraram muitos comentários. “Cássia Kis, parabéns pela bravura, pela coragem”, escreveu uma fã. “Mulher vai na emissora mais progressista do país e lança uma dessas, foi máximo”, afirmou outra seguidora da atriz.

Getty Images via AFP
Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Papa aos jovens: conservar o patrimônio de santidade de Charles de Foucauld e Maria Rivier

Jovens franceses da Diocese de Viviers  (Vatican Media)

Francisco encorajou os jovens a basear sua vida cristã nos três “E”, palavras-chave da espiritualidade de Charles de Foucauld: Evangelho, Eucaristia e Evangelização, que são um verdadeiro programa de vida na escola de Jesus. A propósito da Beata Maria Rivier, o Papa fez votos de que haja outras mulheres desta estatura, humildes e corajosas em fazer conhecer o amor de Deus aos pequeninos, que apenas pedem para aprender.

Manoel Tavares - Vatican News

O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado (14/5), no Vaticano, numerosos jovens da diocese de Viviers, na França, por ocasião da Canonização de dois novos Santos daquela diocese: Charles de Foucauld e Maria Rivier, que serão elevados à gloria dos altares neste domingo (15/5).

Ao saudar a delegação e jovens da diocese francesa, o Papa recordou, inicialmente, outro Beato daquela diocese: Padre Gabriel Longueville, mártir, beatificado em 2019, que ele teve a oportunidade de conhecer, pessoalmente, na Argentina. Falando sobre as virtudes deste Beato, Francisco disse:

A sua abnegação e atenção com os mais pobres da paróquia onde trabalhava são um modelo para os sacerdotes da sua terra natal. Esta série de Beatos e futuros santos demonstra, claramente, a fecundidade da sua diocese. Espero que vocês possam conservar este patrimônio de santidade”.

Viver a fraternidade universal deste eremita do Saara

Depois, referindo à figura de Charles de Foucauld, o Papa fez votos de que os fiéis de Viviers possam fazer a sua mesma experiência de Deus, que o levou a evangelizar. Trata-se de uma forma de evangelização discreta, mas também muito exigente, porque requer o testemunho de uma vida coerente, ou seja, conforme às aspirações de todo homem amado por Deus e chamado a algo diferente do que o prazer passageiro ou de um resultado imediato e visível.

A este respeito, Francisco exortou os presentes a ser fermento na massa, como Charles de Jesus quis ser no Deserto, somente assim as novas gerações poderão colher seus frutos espirituais.

No entanto, o Santo Padre encorajou os jovens a basear sua vida cristã nos três “E”, palavras-chave da espiritualidade de Charles de Foucauld: Evangelho, Eucaristia e Evangelização, que são um verdadeiro programa de vida na escola de Jesus. Depois, sugeriu aos jovens aprender e meditar sempre sobre o magnífica oração de abandono de si mesmo a Deus, extraída de seus escritos:

"Meu Pai, eu me abandono em vós. Fazei de mim o que quiserdes. Tudo o que fizerdes em mim, vos agradeço. Obrigado. Estou pronto a tudo, aceito tudo, desde que a vossa vontade se cumpra em mim e em todas as suas criaturas. Nada mais quero, meu Deus...”. E o Papa os exortou:

Que esta oração se torne a de vocês nos momentos das suas escolhas e cruzes da vida. Somente assim poderão entrar na dinâmica evangélica da Igreja na sua diocese, uma diocese que expressa o desejo de viver a fraternidade universal deste eremita do Saara. Aqui, recordo, de modo particular, todos os grupos escoteiros, que se colocaram sob o patrocínio de Charles de Foucauld”.

Abrir as mentes dos pequeninos às coisas de Deus

A seguir, Francisco falou da Beata Maria Rivier, que, com Charles de Foucauld, será canonizada amanhã: “Seguindo o exemplo desta filha da sua terra, que dedicou a sua vida à educação das crianças, através da Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria, por ela fundada, espero que vocês abram as mentes dos pequeninos às coisas de Deus, à atenção ao próximo e à admiração da Criação.“

O Papa faz votos também de que haja muitas outras mulheres desta estatura, humildes e corajosas em fazer conhecer o amor de Deus aos pequeninos, que apenas pedem para aprender. Este é um desejo que está enraizado na Esperança, que não decepciona. Por isso, o Santo Padre as confia à Virgem Maria, Mãe desta Congregação, espalhada pelo mundo, que continua a se dedicar, sem cessar, às crianças, jovens e excluídos.

Enfim, o Papa confiou os presentes à especial intercessão dos "seus" futuros Santos, Madre Maria Rivier e Charles de Foucauld, a fim de que sejam sempre motivo de encorajamento e inspiração a todos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Miguel Garicoits

S. Miguel Garicoits | arquisp
14 de maio

São Miguel Garicoits

Miguel Garicoits nasceu em 15 de abril de 1797, em Ibarre, França. Seus pais, apesar de humildes, socorriam padres fugitivos do terror da Revolução Francesa.

O pároco da vizinhança se encarregou da educação de Miguel e depois o recomendou ao bispo de Baiona. Dedicado e inteligente, foi estudar no Seminário de Dax, ordenando-se sacerdote em 1823, e dois anos depois se tornou professor de Filosofia no Seminário Maior de Bétharram, nos Baixos Pirineus.

Miguel se tornou formador de novos padres. Preocupava-se com o clero, que se mostrava despreparado e desorientado. Para mudar tal quadro, teve a idéia de fundar um instituto de sacerdotes que atuariam como colaboradores nas paróquias, nos colégios e nos seminários, dando suporte intelectual.

O bispo não ficou muito animado com essa idéia, porém o autorizou a tentar. Assim, Miguel iniciou o seu projeto, procurando padres que estivessem dispostos à missão. Ele os educou e preparou, o que encorajou o novo bispo de Baiona a dar o seu apoio. Em 1841, o instituto, que passou a se chamar Padres do Sagrado Coração de Jesus, recebia a aprovação diocesana.

Porém uma doença seria o novo desafio que Miguel teria de enfrentar. Em 1853, adquiriu uma paralisia que o prenderia à cama. Foram nove anos de sofrimento. Padre Miguel morreu em 14 de maio de 1863.

Treze anos depois, teve inicio o seu processo de canonização, que terminou em 1947, quando foi proclamado santo pelo Papa Pio XII. Hoje, os Padres do Sagrado Coração de Jesus, ou Padres de Bétharram, como também eram chamados, estão presentes na Itália, Espanha, Inglaterra, Argentina, no Uruguai e Brasil.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

São Matias

S. Matias | arquisp
14 de maio

São Matias

No capítulo I dos Atos dos Apóstolos vem narrada a eleição desse apóstolo, chamado a recompor o número dos Doze, após a defecção de Judas Iscariotes. Pedro sugeriu o método já posto em prática no Antigo Testamento: tirar a sorte entre dois candidatos. Eram estes José, cognominado o Justo, e Matias. Ambos preenchiam os requisitos para a missão apostólica.
“É necessário, pois, que, destes homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu no meio de nós, a começar pelo batismo de João até o dia em que nos foi arrebatado, haja um que se torne conosco testemunha de sua ressurreição.” Antes de tirar a sorte, os apóstolos pediram: “Mostra, Senhor, qual foi que escolheste”.
A sorte recaiu em Matias.
É conveniente saber que, antes de fazer parte do reduzido grupo dos apóstolos, reunidos à espera de Pentecostes, o escolhido seguiu Jesus desde o começo de sua vida pública, em meio ao grupo dos discípulos cujo número aumentava, e dia após dia foi testemunha da ressurreição. Depois da descida do Espírito Santo, igualmente para o apóstolo Matias teve início a missão de pregar o Evangelho na Judéia. Mas desde esse momento não houve mais notícias a seu respeito.
A tradição faz chegar até nós a imagem de um ancião, que segura uma alabarda — símbolo de seu martírio. Mas não é certo que tenha morrido mártir, assim como não se pode comprovar que haja morrido em Jerusalém — ou que santa Helena tenha levado suas relíquias a Tréveris, sob a guarda da abadia que traz seu nome.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

sexta-feira, 13 de maio de 2022

ENFERMEIROS E ENFERMEIRAS, ÍCONES VIVOS DO CUIDADO E DA SOLICITUDE

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Dom Roberto Francisco Ferreria Paz 
Bispo de Campos (RJ)

No dia 12 de maio de 1820 nascia, em Florença, Itália, Florence Nightingale, a fundadora da primeira escola de enfermagem em um hospital inglês, em 1860, sendo a inspiradora e modelo dos enfermeiros/as. No Brasil, o presidente Getúlio Vargas, pelo Decreto n. 2956, de 10/08/1938, criou o Dia do Enfermeiro, celebrado no natalício de Florence, 12 de maio.  

O presidente Juscelino Kubitscheck acrescentará, pelo Decreto n. 48.202, de 12/05/1960, a Semana da Enfermagem, realizada de 12 a 20 de maio, de cada ano, pelos Conselhos Regionais de Enfermagem. A pandemia, que estamos deixando de modo lento, e com muitos sofrimentos e perdas, foi vencida devido, em grande parte, a estes profissionais da saúde, que estiveram nos primeiros postos de combate ao coronavirus, sendo amparo, resguardo e servidores de coração nas mãos, como dizia São Camilo, de milhares de doentes afetados pelo vírus.  

Centenas deram a vida, outros também contaminados e, as vezes, sem os equipamentos necessários, em hospitais de campanha improvisados e, em jornadas esgotantes, mostraram profissionalismo, compaixão e entrega, sem medidas. Como Bispo referencial nacional da Pastoral da Saúde, rezo sempre, com gratidão, diante de uma composição holográfica que apresenta num rosto de enfermeira, em forma de pontos, os rostos de todos os profissionais da saúde falecidos na pandemia (médicos, enfermeiros, maqueiros, pessoal auxiliar hospitalar).  

Esta contemplação, diária, me estimula e edifica a buscar e estar mais próximo, sendo presença e sinal do bom samaritano que olha e toca a carne do Cristo sofredor, em cada doente. Trata-se de uma belíssima vocação e missão que, no sorriso acolhedor, em gestos cordiais e sanadores, geram confiança e resgatam do isolamento e da dor os irmãos acamados e oprimidos pela situação angustiante e ameaçadora da vida.  

Que Cristo, o Médico divino e taumaturgo da bondade, e da misericórdia, cuide e acompanhe, com sua benção, a estes cuidadores incansáveis, para que nunca esmoreçam em seu entusiasmo e solicitude que tanto bem comunicam aos irmãos doentes e sofredores. Deus seja louvado! 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Festa de Corpus Christi volta à Esplanada dos Ministérios

Corpus Christi | arqbrasilia

Após 2 anos, Festa de Corpus Christi volta à Esplanada dos Ministérios dia 16 de junho

A tradicional Festa de Corpus Christi da Arquidiocese de Brasília retorna à Esplanada dos Ministérios após 2 anos de celebrações reduzidas por conta da pandemia. No dia 16/06 já é esperado pelos católicos de todo Distrito Federal para a grande manifestação de fé na Eucaristia.

Os festejos que acontecem em Brasília desde 1961 e, na Esplanada dos Ministérios desde 1978, estão sendo organizados, este ano, pela Comissão de Corpus Christi coordenada pelos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) da Arquidiocese que está preparando toda a estrutura e organização com bastante afinco.

No dia 16/06, pela manhã, a partir das 6h,  alguns grupos formados por jovens da Arquidiocese confeccionarão o tradicional tapete por onde passará o Santíssimo Sacramento na procissão. Durante a tarde, a partir das 15h,  padres atenderão confissões dos fiéis que desejarem, na tradicional tenda das confissões próxima ao palco.

Na parte da tarde, a partir das 16h se iniciará a animação preparatória para a Santa Missa. Às 16h45 a procissão de entrada da Missa com todo o clero de Brasília e o Arcebispo, Dom Paulo Cezar Costa, sairá da Catedral para que às 17h seja iniciada a Missa no Altar montado no gramado da Esplanada dos Ministérios, no quadrante próximo à Catedral.

Ao final da Santa Missa, se iniciará a procissão com o mar de velas para honrar o Santíssimo Sacramento que percorrerá a Esplanada no papamóvel utilizado na visita de São João Paulo II a Brasília. Na procissão, o Arcebispo dará três bençãos com o Santíssimo Sacramento: aos enfermos, aos governantes e às famílias.

Todos os fiéis da Arquidiocese são convidados a participar deste momento em que a fé em Jesus na Eucaristia é manifestada a todo o mundo. Organize sua comunidade, movimento, grupo, serviço, paróquia, família e participe do retorno da grande Festa de Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios.

Qual o significado do tapete de Corpus Christi?

Até a grande Festa de Corpus Christi traremos uma série de matérias sobre curiosidades e o significado desta grande manifestação de fé que retorna à Esplanada dos Ministérios depois de dois anos de interrupção por conta da pandemia. O primeiro tema é o tapete confeccionado para a Solenidade de Corpus Christi.

Acervo Mitra 2017

A confecção do tapete para a solenidade de Corpus Christi é uma tradição iniciada, segundo historiadores, em Portugal e difundida no Brasil por seus colonizadores. Consiste na elaboração de cenas e representações bíblicas e da fé católica com uso de materiais como serragem, sal, borra de café, areia e outros mais.

O significado do tapete

Seu sentido é de honrar a devoção à Santíssima Eucaristia, homenageando Nosso Senhor Jesus Cristo com a produção do caminho pelo qual ele passará, conduzido pelo bispo ou sacerdote no ostensório, fazendo memória, também, da multidão que estendia ramos e mantos para que Jesus passasse em sua entrada em Jerusalém na Semana Santa.

O primeiro a passar sobre o tapete é o bispo ou padre que porta Jesus Eucarístico e somente depois outras pessoas podem pisar. Tanto é que, na procissão de entrada da Missa, todos aqueles que a compõe, passam nas laterais do tapete, reservando-o para Jesus que passará na procissão ao final da Celebração.

Acervo Mitra 2017

Na Arquidiocese de Brasília o tapete é confeccionado no gramado central da Esplanada dos Ministérios e, este ano, terá entre 110 e 120 metros de comprimento. Serão produzidos entre 25 e 27 quadros representando diversas passagens bíblicas, temas eucarísticos, e da vida da Igreja como a Campanha da Fraternidade 2022 e o Encontro Mundial das Famílias.

Já há anos a montagem do tapete é realizada por diversas expressões juvenis da Arquidiocese de Brasília e algumas pastorais. Para este ano já estão confirmados 15 grupos que iniciarão os trabalhos as 7h da manhã com a oração de abertura e a bênção dos trabalhos com previsão de conclusão do tapete entre 12h e 14h.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

15 anos de Aparecida: um Documento que conserva toda sua validade

Celebração presidida por Bento XVI em Aparecida em maio de 2007

Dom Walmor: no Documento de Aparecida “nós encontramos um programa de sinodalidade da mais alta qualidade, da mais alta pertinência”.

Padre Modino - CELAM

Aparecida, um documento que permanece vivo nas ações do Papa Francisco, um documento atual, surgido de uma Conferência celebrada aos pés da Padroeira do Brasil de 13 a 31 de maio de 2007, com 266 participantes. Disso está sendo feito memória nos dias 12 e 13 de maio de 2022 no mesmo local, algo que tem começado coma inauguração de um Espaço Memorial e a reza do terço, lembrando o presidido pelo Papa Bento XVI 15 anos atrás.

O Espaço Memorial é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Santuário Nacional, que lembra as conferências realizadas pelo Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), com livros, fotos, paramentos e outros objetos. A inauguração esteve presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, que após a acolhida do reitor do Santuário Nacional, que insistiu em ver Aparecida como a Casa da Mãe, mostrou sua alegria diante deste importantíssimo evento.

Dom Walmor insistiu em que esse espaço memória não faz referência unicamente ao passado, e sim algo que mostra “a força espiritual e missionária da Conferência de Aparecida e o Documento de Aparecida”, destacando que mesmo sem aparecer o termo, no Documento de Aparecida “nós encontramos um programa de sinodalidade da mais alta qualidade, da mais alta pertinência”.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo | Vatican News

O rezo do Terço foi presidido pelo cardeal Odilo Scherer, contando com a presença de bispos, os mais de 500 presbíteros que estão participando do seu 18º Encontro Nacional, a Vida Religiosa e leigos e leigas. Juntos meditaram os mistérios do Santo Rosário, sendo rezados por diferentes pessoas, tudo intercalado com cantos, textos bíblicos e do Documento de Aparecida, e reflexões do Arcebispo de São Paulo que foi atualizando esta devoção secular à luz daquilo que hoje o mundo vive.

O cardeal Scherer afirmou que “a nós é pedido que nos renovemos no fervor missionário”, o que se concretiza no anuncio com alegria de uma Palavra que precisa ser testemunhada. O purpurado também fez um chamado à paz frente a uma violência que “acaba sendo uma grande injustiça para as pessoas”, que na guerra gera fome e sofrimento. Isso o fez mostrar a necessidade de “nós cuidar para que este mundo seja cada vez mais sadio, com menos sofrimentos”, chamado a ser testemunhas da caridade, da compaixão, da misericórdia de Deus.

No final da oração do terço, Dom Miguel Cabrejos fez uma leitura de uma mensagem onde ele descreveu os 15 anos desde Aparecida como um tempo de impulso missionário. O presidente do Celam disse ver o Documento de Aparecida, citando as palavras do Papa Francisco, como algo que "nasceu precisamente desta tecelagem entre o trabalho dos Pastores e a simples fé dos peregrinos, sob a proteção materna de Maria".

Dom Miguel Cabrejos | Vatican News

Aparecida foi "um autêntico Kairos que gerou um profundo impulso missionário", segundo o presidente do episcopado peruano, que destacou a dimensão missionária como um dos eixos norteadores de Aparecida, a partir do método de ver-julgar-atuar, e a opção preferencial pelos pobres e pelo cuidado da Criação. A partir daí ele afirmou que "a Igreja precisa de um choque forte que a impeça de se acomodar no conforto, estagnação e tibieza, às margens do sofrimento dos pobres do continente".

Em suas palavras, ele se referiu à conversão pastoral e outros aspectos da V Conferência Geral do Celam, tais como ser discípulos missionários e assumir a Missão Permanente como uma tarefa impagável. Juntamente com isto, ele o relacionou com o atual processo sinodal e a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, chamando a "reafirmar nossa identidade de discípulos missionários, a ser uma Igreja em saída, sinodal e misericordiosa", algo que leva a "fortalecer a missão, a comunhão eclesial, a colegialidade e a sinodalidade".

Hoje, Aparecida produz "uma grande esperança, um espírito de profecia, de grande compromisso, porque ainda há desafios a serem enfrentados e outros que se abrem", algo motivado pelo contexto histórico, segundo Dom Miguel Cabrejos. O prelado destacou que Aparecida promove o conceito do povo de Deus, que somos todos Igreja, assim como a interculturalidade, o cuidado com a casa comum e a ecologia integral. Neste sentido, ele disse não ter dúvidas de que Aparecida inspirou os quatro sonhos da Querida Amazônia: social, cultural, ecológico e eclesial.

Uma riqueza reunida em Aparecida, que, segundo Dom Miguel Cabrejos, nos abre para entender que "toda evangelização deve ser um processo, as obras pastorais devem ser um processo, não eventos que são organizados, terminados e pronto". Tudo isso olhando para o futuro, para o evento de Guadalupano de 2031 e para o ano da Redenção em 2033, caminhando sinodalmente, algo já presente na vida das primeiras comunidades cristãs.

Aparecida se entende a partir da decisão pessoal do Papa Bento XVI na escolha do lugar, segundo Dom Jaime Spengler, que vê no Santuário Nacional “um lugar todo especial na história também do nosso povo. Aparecida é a referência para muitos de nosso povo, a casa da mãe”. Segundo o vice-presidente primeiro da CNBB, “na casa da mãe, a gente fala livremente, na casa da mãe, nós verdadeiramente nos sentimos em casa”, algo experimentado pelos bispos participantes da V Conferência do Celam.

Dom Jaime Spengler | Vatican News

O arcebispo de Porto Alegre insistiu em que “foi esse sentir-se em casa, na casa da mãe, com os irmãos e irmãs que frequentam o santuário que, por assim dizer forjou a beleza, a grandeza desse documento que marca, não só a história da Igreja latino-americana, mas que também de alguma forma delineou o próprio pontificado do Papa Francisco”.

Aparecida mantem a sua atualidade, segundo o cardeal Odilo Scherer, “embora depois de Aparecida até nossos dias já tem surgido muitas outras questões que não estão contempladas suficientemente no Documento de Aparecida e necessitam de novas declarações, novas posturas, enfim nova reflexão da Igreja”.

Cardeal Odilo Scherer | Vatican News

Ele destaca que “as questões essenciais do Documento de Aparecida conservam toda sua validade”. O vice-presidente primeiro do Celam vê como questão de fundo, “o renovado encontro com Jesus Cristo para uma fé viva, profunda e verdadeira”. Junto com isso, “a necessidade de renovar a Igreja a partir de uma renovação missionária, a Igreja precisa se renovar na missão”, algo sempre atual, com toda sua validade, assim como “aquela atenção que Aparecida pediu aos pobres, pediu para a juventude, se mostra totalmente atual”.

O purpurado destacou também a atualidade da “presença da Igreja no meio dos nossos povos, que é histórica”, uma presença que “precisa ser aprofundada, precisa ser renovada e cultivada, de maneira que através sobretudo de uma renovada presença laical no meio da sociedade, a Igreja, o evangelho, possa chegar a todos os âmbitos da vida social, da vida cultural, da vida pública, da vida política, econômica e assim por diante”, para que esses povos possam ter “vida abundante em Jesus Cristo”.

A Rádio Vaticano - Vatican News ouviu o presidente da CNBB dom Walmor de Azevedo que falou sobre a importância da  V Conferência de Aparecida:

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Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DE NOSSA SENHORA FÁTIMA

Nossa Senhora de Fátima | Folha da Região
Significado e simbolismo de Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora apareceu no lugarejo de Fátima, em Portugal, como Nossa Senhora do Rosário. Tanto que ele também é conhecida como Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Vamos compreender sua imagem.

Túnica branca

A Túnica branca de Nossa Senhora de Fátima representa sua pureza e a santidade. Segundo as palavras do Anjo Gabriel, Maria é "Cheia de graça" (Lucas 1, 28). Cheia de graça quer dizer "cheia da graça de Deus, cheia de Deus". Tanto que, logo em seguida à saudação, o Anjo Gabriel diz: "O Senhor está contigo" (Lc 1, 28). Assim, a túnica branca tem todo esse significado de pureza e santidade.

O manto branco com bordados amarelos

O manto que a Virgem Maria veste sobre a cabeça, a túnica e todo o corpo, além de pureza e santidade, representa a Igreja. Branco e amarelo são as cores da bandeira da Igreja Católica. Com isso, compreendemos que Nossa Senhora é Mãe da Igreja. Esse, aliás, é um dos títulos da Virgem Maria.

Doze estrelas amarelas em volta de sua cabeça

Sim. Em volta da cabeça da Virgem de Fátima tem doze estrelas. Elas representam a Doutrina dos Apóstolos de Cristo, que foram doze. As doze estrelas amarelas representam também a totalidade da Igreja, toda a Igreja, que está na mente (em volta da cabeça) e no coração da Mãe de Deus e dos homens.

Os raios que saem das estrelas

Os raios que saem das estrelas e da aura de Nossa senhora representam as graças que podem ser alcançadas através da participação assídua na Igreja e da intercessão de Nossa Senhora. São graças infinitas que estão à disposição de todos aqueles que as procuram com sinceridade.

O terço nas mãos de Maria

O terço nas mãos de Maria representa a oração que Nossa Senhora pediu com tanta insistência nas aparições de Fátima. Cada Ave-Maria é uma rosa que oferecemos a ela. Daí o nome de "Rosário" dado aos quatro terços que compõem esta maravilhosa oração. O terço é uma oração simples e acessível a todos. E, ao contrário do que se imagina quando não se conhece, o terço é uma oração "Cristocêntrica", isto é, o foco da oração está em Jesus Cristo.

Os três pastorzinhos

Em Fátima, Nossa Senhora apareceu a três crianças: Lucia, 10 anos, Francisco, 9 anos e Jacinta, 7 anos. Os três eram analfabetos e oriundos de famílias pobres. Mas, através deles, Nossa senhora abalou o mundo.

A nuvem

A nuvem representa o céu. Nossa Senhora veio à terra, mas não saiu do céu. Significa que as visões que os pequeninos de Fátima tiveram foram visões celestiais. A nuvem aos pés de Nossa Senhora nos lembra que nosso destino é o céu e que este mundo é passageiro.

A azinheira

A azinheira é a árvore sobre a qual a nuvem e nossa Senhora apareceram. Trata-se de uma árvore da família dos carvalhos, que é muito comum na região de Fátima, em Portugal. A aparição sobre a azinheira nos lembra que a aparição celeste aconteceu sobre um ser vivo, uma árvore. Os enfeites de flores e vegetais sobre os altares devem ser sempre feitos com plantas vivas, pois elas nos lembram a vida que vem do Criador.

Os cordeiros

Os cordeiros representam o trabalho dos pastorzinhos, mas representa também Jesus Cristo, o "Cordeiro de Deus" que tira o pecado do mundo (Jo 1, 29)Oração a Nossa Senhora de Fátima"Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graça contidos na prática de vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço em que devemos ter com essa devoção, para Vós tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da Vossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de vossos preciosos frutos e alcancemos a graça, que vos pedimos nesta oração, se for para maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Amém. Rainha do Santíssimo Rosário, rogai por nós.".

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF