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quarta-feira, 29 de junho de 2022

On-line as traduções da Praedicate evangelium: inglês, espanhol, português e árabe

Papa Francisco com membros da Cúria Romana - votos de
Feliz Natal (Vatican Media)

Nas próximas semanas, os textos oficiais da nova Constituição Apostólica sobre a Cúria estarão também prontos em francês, alemão e polonês.

Vatican News

A partir de hoje são cinco as línguas em que o texto oficial da nova Constituição Apostólica Praedicate evangelium sobre a Cúria Romana e o seu serviço à Igreja e ao mundo. Além do italiano, existem agora no vatican.va também traduções em inglêsespanholportuguês e árabe. Os textos em francês, alemão e polonês estarão disponíveis nas próximas semanas.

Com os seus 250 artigos, resultado de um longo processo de escuta que teve início com as Congregações Gerais antes do Conclave de 2013 e que  continuou sob a orientação do Papa no Conselho de Cardeais, com várias contribuições de Igrejas de todo o mundo, a nova Constituição foi promulgada em 19 de março, Solenidade de São José, e entrou em vigor na Solenidade de Pentecostes, em 5 de junho.

O documento, que substitui a "Pastor bônus" de João Paulo II de 1988, sistematiza um processo de reformas da Cúria Romana que já foi quase totalmente concluído nos nove anos de pontificado de Francisco. A nova Constituição confere uma estrutura mais missionária à Cúria, para que esteja cada vez mais ao serviço das Igrejas particulares e da evangelização. "A Cúria Romana", afirma o texto, "não se coloca entre o Papa e os Bispos, mas coloca-se ao serviço de ambos, de acordo com as modalidades próprias da natureza de cada um”. Outro ponto significativo diz respeito à espiritualidade: os membros da Cúria - é sublinhado - são também "discípulos missionários". A sinodalidade é destacada como uma forma de trabalho para a Cúria. Fundamental, entre os princípios gerais, é a especificação de que todos - e portanto também fiéis leigos e leigas - podem ser nomeados para funções governo na Cúria Romana, em virtude da potestade vicária do Sucessor de Pedro. Enfim, destaca-se a igualdade jurídica entre a Secretaria de Estado, também conhecida como Secretaria Papal, os 16 Dicastérios e os vários Organismos.

Link em português: https://bit.ly/39ZoabW

CNBB adere a campanha para incentivar os brasileiros ao cuidado com a vacinação

Dom Joel Portella Amado, secretário-geral da CNBB

Foi lançada, nesta quarta-feira, 29 de junho, a campanha “Vacina Mais”, com o intuito de incentivar os brasileiros ao cuidado com a vacinação, uma vez que os índices de cobertura vacinal no país têm caído nos últimos anos. A iniciativa é do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), com apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de dezenas de outras entidades.

Em vídeo, especialmente gravado para a campanha, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, chama a atenção para a importância do ato de vacinar definido por ele como um gesto de compromisso e amor pela vida.

“O Brasil tem uma história muito rica de vacinação, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos vem provando isto ao longo dos anos”, disse.

Dom Joel chama a atenção para o fato de que doenças que haviam sido erradicadas estão voltando e que a responsabilidade pela vacinação é de todos, dos governos e também de cada cidadão.

Confira o vídeo na íntegra:

https://youtu.be/KQ-wfiCn95E

Durante o lançamento da campanha, a representante da OPAS/OMS, Socorro Gross, ressaltou que a vacinação mantém a população saudável e ajuda a eliminar doenças, como já foi possível perceber em países do continente americano em relação a doenças como poliomielite (em 1994), rubéola e síndrome da rubéola congênita (em 2015) e tétano neonatal (em 2017).

“Neste momento, essa campanha de vacinação nos permite trabalhar juntos para reconquistar novamente essas altas coberturas de vacinação de rotina. Precisamos também lembrar que ainda temos pessoas que não tem a cobertura de vacinação completa das vacinas de covid-19, da gripe, vacinas que são seguras, que estão disponíveis, vacinas que vão proteger você, as nossas famílias e comunidades. E assim também podemos acabar com a pandemia”, destacou.

Vacinação como caminho de vencer doenças

Dado que a vacinação é uma das intervenções de saúde pública mais eficazes, custo-efetivas e que salvam vidas, o objetivo da campanha é unir esforços para conscientizar a população do Brasil sobre a importância de aumentar a cobertura vacinal. Com isso, será possível prevenir mais de 30 doenças potencialmente mortais e proteger gerações inteiras de famílias e comunidades ao longo de todo o curso de vida.

Segundo os organizadores da iniciativa, a alta taxa de cobertura vacinal, que sempre foi uma característica reconhecida no Brasil e responsável pelo controle e eliminação dessas e de outras doenças, vem caindo nos últimos anos e deixando milhões de pessoas em risco.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, de 2015 a 2021, o número de crianças vacinadas com a primeira dose contra a poliomielite caiu de 3.121.912 para 2.089.643. Já para a terceira dose, no mesmo período, os números reduziram de 2.845.609 para 1.929.056.

A imunização insuficiente também resultou no retorno do sarampo ao Brasil. O país havia ficado livre da transmissão autóctone (que ocorre dentro do território nacional) do vírus causador dessa doença em 2016. Porém, a combinação de casos importados de sarampo com a baixa cobertura vacinal levou o Brasil a ter um surto, que desde 2018 tirou a vida de 40 pessoas, principalmente crianças.

A campanha “Vacina Mais” deve ser instrumento para a melhoria desse cenário ao somar-se aos esforços que vêm sendo realizados a nível comunitário por gestores e trabalhadores de saúde. Serão oferecidas informações claras, de forma atraente e precisa a diferentes públicos sobre a segurança, importância e efetividade de todas as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Calendário Nacional de Vacinação.

CNBB

Dessa forma, pretende-se motivar a população do país a se vacinar mais, mantendo a vacinação de rotina em dia e tomando todas as doses necessárias das vacinas contra COVID-19 e influenza, de modo a protegerem a si mesmas e aos outros.

PNI

O Brasil é um dos poucos países no mundo que oferecem um extenso rol de vacinas gratuitas à sua população. A iniciativa dos conselhos e da OPAS busca fortalecer o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que em 2023 completará meio século de serviço para a população do país e, a cada ano, se consolida como uma das principais intervenções brasileiras em saúde pública.

O PNI conta com vacinas para mais de 30 doenças, disponibiliza cerca de 300 milhões de doses anualmente e tem cerca de 38 mil salas de vacinação distribuídas pelo território nacional para que as pessoas possam se imunizar e exercer seu direito à saúde e à vida.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

São Pedro e São Paulo

SS. Pedro e Paulo | arquisp
29 de junho

São Pedro e São Paulo

A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.

A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Podemos abrir nossas mãos durante o Pai Nosso na Missa?

Pascal Deloche / Godong
Por Valdemar de Vaux

Durante a missa, após a consagração, a congregação reza o Pai Nosso com o sacerdote. Alguns fiéis acostumaram-se a fazer isso abrindo as mãos: qual é o significado desse gesto e o que o missal diz sobre ele?

O Missal é um livro muito preciso. Para regular os ritos da Missa, além dos textos pronunciados pelo celebrante e pela assembléia, o livro litúrgico contém rubricas. Estas indicações permitem saber o que cada pessoa deve fazer, de acordo com as circunstâncias.

Entretanto, como a liturgia é encarnada, existem áreas passíveis de interpretação. Ou melhor, possíveis adaptações para que os gestos e palavras da Missa possam ser entendidos por todos, em um determinado tempo e lugar.

Várias fórmulas são assim propostas para certos momentos da Missa, uma flexibilidade autorizada de acordo com a cultura e os fiéis que o padre tem com ele. E depois há aqueles momentos para os quais nada é dito.

Este é o caso do Pai Nosso, no coração da Missa. Após a oração eucarística, que termina com a doxologia (“Por Ele, com Ele…”), a congregação recita com o padre a oração “que recebemos do Salvador”. Enquanto o padre deve, de acordo com as rubricas, estender suas mãos, nada é dito sobre as dos fiéis. No entanto, um certo número também abre as mãos…

Todo batizado é um “padre”

Liturgicamente, este sinal das mãos do sacerdote estendidas para cima é o de uma mediação ascendente. O gesto é usado pelo celebrante quando ele reza a Deus em nome dos fiéis, fazendo a ligação entre a terra e o céu. Em contrapartida, a imposição das mãos, ou seja, a imposição das mãos com as palmas para baixo, é um sinal de mediação para baixo. O sacerdote é então aquele através do qual Deus abençoa seu povo.

Como o Missal não se pronuncia, nada impede que os fiéis abram suas mãos no momento do Pai Nosso. Ao fazer isso, eles mostram que a oração que dizem é um discurso ao Pai, e que todo batizado é, em seu lugar, um “padre”, ou seja, um mediador entre Deus e os homens.

Essa dimensão foi enfatizada de maneira diferente antes da reforma litúrgica de 1969: na Missa de São Pio V, só o padre recita o Pai Nosso, e por isso vira suas palmas das mãos para o céu. Aqui o sacerdócio ministerial que é enfatizado, ao invés do sacerdócio batismal.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa: com Pedro e Paulo, ser uma Igreja aberta a todos, livre e humilde

Solenidade dos Santos Pedro e Paulo | Vatican News

A sinodalidade marcou a homilia do Papa Francisco no dia em que a Igreja celebra os Apóstolos Pedro e Paulo. "O Sínodo, que estamos a celebrar, chama-nos a ser uma Igreja que se ergue em pé, não dobrada sobre si mesma, capaz de olhar mais além, de sair das suas prisões para ir ao encontro do mundo."

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Pedro, Paulo e a sinodalidade: assim foi a homilia pronunciada pelo Papa Francisco neste 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos.

Na Basílica Vaticana, diante de uma delegação do patriarcado de Constantinopla, o pontífice abençoou os pálios destinados aos arcebispos metropolitanos de recente nomeação, alguns dos quais presentes na missa. A celebração foi presidida pelo Papa, que contudo não conduziu a liturgia eucarística devido ao problema no joelho.

Já em sua homilia, comentou as leituras que oferecem o testemunho dos dois grandes Apóstolos, condensado em duas frases: “Ergue-te depressa” (At 12, 7) no que diz respeito a Pedro; e “combati a boa batalha” (2 Tm 4, 7) em referência a Paulo. Tendo diante dos olhos estes dois aspectos – convidou o Papa –, perguntemo-nos que podem eles sugerir à Comunidade Cristã de hoje, empenhada no processo sinodal em curso.

Uma Igreja sem correntes nem muros, livre e humilde

Despertar e erguer-se: é uma imagem significativa para a Igreja, disse o Papa. Também nós somos chamados a erguer-nos depressa para entrar no dinamismo da ressurreição e deixar-nos conduzir pelo Senhor ao longo dos caminhos que Ele nos quiser indicar.”

Francisco alertou para a mediocridade espiritual, quando às vezes a Igreja é dominada pela preguiça ao invés de se lançar para horizontes novos, citando algumas expressões do Padre Henri de Lubac, que falava de "cristianismo clerical", "cristianismo formalista", "cristianismo mortiço e endurecido".

A proposta do futuro Sínodo é exatamente o contrário, afirmou Francisco, que chama a ser uma Igreja que se ergue em pé, não dobrada sobre si mesma, mas capaz de olhar mais além, de sair das suas prisões para ir ao encontro do mundo. Uma Igreja sem correntes nem muros, livre e humilde. Uma Igreja que se deixa animar pela paixão do anúncio do Evangelho e pelo desejo de chegar a todos, e a todos acolher. O Pontífice ressaltou este termo de Jesus: "todos", pedindo que a Igreja esteja nas encruzilhadas do mundo, pronta a acolher a todos, pecadores ou não. As portas são para acolher e não para "dispensar" os fiéis.

“Esta palavra do Senhor deve ressoar, ressoar na mente e no coração: todos! Na Igreja há lugar para todos. E muitas vezes nós nos tornamos uma Igreja de portas abertas, mas para dispensar as pessoas, para condená-las.”

O Evangelho não nos deixa indiferentes, não é neutro

Outro desafio é “combater a boa batalha”, ainda em andamento, porque muitos não estão dispostos a acolher Jesus, preferindo correr atrás dos seus próprios interesses e de outros mestres "mais cômodos, fáceis e de acordo com nossa vontade".

O Papa então propôs duas perguntas. A primeira: Que posso fazer eu pela Igreja? Isso requer não lamentar-se da Igreja, mas empenhar-se em prol da Igreja. “Igreja sinodal significa isto: todos participam, mas ninguém no lugar dos outros ou acima dos outros": "Não existem cristãos de primeira ou segunda classe". Significa não permanecer neutro, não deixar as coisas como estão, mas acender o fogo do Reino de Deus lá onde reinam o mal, a violência, a corrupção, a injustiça e a marginalização. 

A segunda pergunta é: Que podemos fazer juntos, como Igreja, para tornar o mundo em que vivemos mais humano, mais justo, mais solidário, mais aberto a Deus e à fraternidade entre os homens? 

Certamente não se fechar em círculos eclesiais nem se perder em discussões estéreis e no clericalismo, uma "perversão sobretudo se atinge os leigos". Mas ser uma Igreja que promove a cultura do cuidado, a compaixão pelos frágeis e a luta contra toda a forma de degradação, para resplandecer na vida de cada um a alegria do Evangelho: esta é a nossa "boa batalha". A batalha da tutela da criação, da dignidade do trabalho, dos problemas das famílias, da condição dos idosos e de quantos se veem abandonados, rejeitados e desprezados. Para isso, não se pode ceder ao saudosismo de voltar para trás, muito em voga ultimamente.

Por fim, o Papa saudou os novos arcebispos metropolitanos e a Delegação do Patriarcado Ecumênico. E concluiu pedindo a intercessão dos santos apóstolos: “Pedro e Paulo intercedam por nós, pela cidade de Roma, pela Igreja e pelo mundo inteiro. Amém”.

Missa na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, 29 de junho de 2022:

https://youtu.be/NFpPiCDET-s

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 28 de junho de 2022

Papa abençoará pálios de Arcebispos metropolitanos na Solenidade de São Pedro e São Paulo

Foto: By myself (User:Piotrus) – Self-photographed, CC BY-SA 3.0,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5487906
O pálio é uma vestimenta litúrgica que consiste numa faixa de tecido de lã branca que é colocada sobre os ombros dos Arcebispos, recordando a unidade com o sucessor de Pedro.

Redação (27/06/2022 15:18, Gaudium Press) Na próxima quarta-feira, 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Francisco presidirá uma Santa Missa na Basílica de São Pedro durante a qual serão abençoados os pálios dos Arcebispos metropolitanos nomeados durante este ano.

Origem e significado do Pálio

O nome “Pálio” vem da palavra latina “pallium” que significa “manto de lã”. Trata-se de uma vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica, que consiste numa faixa de tecido de lã branca que é colocada sobre os ombros dos Arcebispos, recordando a unidade com o sucessor de Pedro.

Ele tem como significado representar a ovelha que o pastor carrega nos ombros, assim como fez Nosso Senhor Jesus Cristo com a ovelha perdida. Ou seja, Palio é a representação simbólica da missão pastoral do Bispo, representando também uma das prerrogativas dos Arcebispos Metropolitanos e sendo símbolo de jurisdição a eles outorgada, estando em comunhão com a Santa Sé.

Foto: By Unknown author – Fresco at the cloister Sacro Speco,
Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=64027

Arcebispos Metropolitanos da Ásia

Dentre os Arcebispos da Ásia estão:
– Dom Yohanes Harun Yuwono, Arcebispo Metropolitano de Palembang (Indonésia);
– Dom Alangaram Arokia Sebastin Durairaj, Arcebispo Metropolitano de Bhopal (Índia);
– Dom Peter Chung Soon-Taick, OCD, Arcebispo Metropolitano de Seul (Coreia do Sul);
– Dom Peter Michiaki Nakamura, Arcebispo Metropolitano de Nagasaki (Japão);
– Dom Thomas Jessayyan Netto, Arcebispo Metropolitano de Trivandrum dei Latini (Índia);
– Dom Francis Kalist, Arcebispo Metropolitano de Pondicherry e Cuddalore (Índia).

Arcebispos Metropolitanos da Europa

Já entre os Arcebispos Metropolitanos da Europa estão:
– Dom Józef Guzdek, Arcebispo Metropolitano de Białystok (Polônia);
– Dom Francis Duffy, Arcebispo Metropolitano de Tuam (Irlanda);
– Dom Claudio Maniago, Arcebispo Metropolitano de Catanzaro-Squillace (Itália);
– Dom Arjan Dodaj, Arcebispo Metropolitano de Tiranë-Durrës (Albânia);
– Dom José Manuel Garcia Cordeiro, Arcebispo Metropolitano de Braga (Portugal) Monsenhor;
– Dom Guy de Kerimel, Arcebispo Metropolitano de Toulouse (França);
– Dom Luigi Renna, Arcebispo Metropolitano de Catânia (Itália);
– Dom William Nolan, Arcebispo Metropolitano de Glasgow (Escócia);
– Dom Tomo Vukšić, Arcebispo Metropolitano de Sarajevo (Bósnia Herzegovina);
– Dom Antoine Hérouard, Arcebispo Metropolitano de Dijon (França);
– Dom Roberto Repole, Arcebispo Metropolitano de Turim (Itália);
– Dom Sandro Salvucci, Arcebispo Metropolitano de Pesaro (Itália);
– Dom Laurent Ulrich, Arcebispo Metropolitano de Paris (França);
– Dom Mark O’Toole, Arcebispo Metropolitano de Cardiff (País de Gales);
– Dom Jan Graubner, Arcebispo Metropolitano de Praga (República Tcheca);
– Dom Dražen Kutleša, Arcebispo Metropolitano de Split-Makarska (Croácia);
– Dom Luis Javier Argüello García, Arcebispo Metropolitano de Valladolid (Espanha).

Arcebispos Metropolitanos da África

Os Arcebispos metropolitanos provenientes da África são os seguintes:
– Dom Luzizila Kiala, Arcebispo Metropolitano de Malanje (Angola);
– Dom George Desmond Tambala, Arcebispo Metropolitano de Lilongwe (Malawi);
– Dom Philip A. Anyolo, Arcebispo Metropolitano de Nairobi (Quênia);
– Dom Bienvenu Manamika Bafouakouahou, Arcebispo Metropolitano de Brazzaville (República do Congo);
– Dom Paul Ssemogerere, Arcebispo Metropolitano de Kampala (Uganda);
– Dom Jean-Paul Vesco, Arcebispo Metropolitano de Argel (Argélia);
– Dom Maurice Muhatia Makumba, Arcebispo Metropolitano de Kisumu (Quênia);
– Dom Boaventura Nahimana, Arcebispo Metropolitano de Gitega (Burundi);
– Dom Lucius Iwejuru Ugorii, Arcebispo Metropolitano de Owerri (Nigéria).

Arcebispos Metropolitanos da América

Por fim, os Arcebispos Metropolitanos das Américas são:
– Dom Ángel Sixto Rossi, Arcebispo Metropolitano de Córdoba (Argentina);
– Dom Jorge Carlos Patrón Wong, Arcebispo Metropolitano de Jalapa (México);
– Dom João Justino de Medeiros Silva, Arcebispo Metropolitano de Goiânia (Brasil);
– Dom Shelton Joseph Fabre, Arcebispo Metropolitano de Louisville (EUA);
– Dom Gabriel Malzaire, Arcebispo Metropolitano de Castries (Santa Lucia);
– Dom Adalberto Martínez Flores, Arcebispo Metropolitano de Assunção (Paraguai);
– Dom Mário Antonio da Silva, Arcebispo Metropolitano de Cuiabá (Brasil);
– Dom Raul Gomez Gonzalez, Arquivista Metropolitano de Toluca (México);
– Dom Jorge Alberto Cavazos Arizpe, Arquivista Metropolitano de San Luis Potosí (México). (EPC)

Os 5 P’s para um casamento feliz, segundo os ensinamentos do Papa Francisco

©AWR/ Aleteia - Victor y Stella Domínguez - delegados de Paraguay para el X Encuentro
Internacional de las Familias. (23-26 junio en Roma)
Por Ary Waldir Ramos Díaz

Um casal com 46 anos de união compartilha as posturas que marido e mulher devem adotar para que o amor não se afunde.

“Você não se cansa de fazer sexo com seu cônjuge?”. Esta é uma das curiosas perguntas que os noivos mais fazem ao casal Stella (65 anos) e Victor Dominguez (68 anos), que coordena retiros e acompanhamentos com noivos e namorados.

O casal pertence ao Movimento Apostólico Schoenstatt do Paraguai e educa a partir do testemunho dos seus 46 anos de feliz vida conjugal.

Stella e Victor têm oito netos e seis filhos. São pioneiros no seu país a levar a cabo a “pastoral da esperança” para ajudar os cônjuges em crise, pessoas divorciadas e casadas de novo e pessoas abandonadas pelos companheiros, entre outras histórias.

Eles participaram como especialistas – convidados pelo Papa Francisco – em um painel sobre o “caminho da santidade” do X Encontro Mundial das Famílias, no Vaticano.

Victor define-se como um romântico e um grande apaixonado por sua mulher. Os olhos dele ainda brilham quando ele se lembra do seu primeiro encontro. Era um jovem gestor de edifícios. Tinha 17 anos de idade. “Ainda me lembro das pernas dela”, diz ele com um sorriso. Stella, por outro lado, lembra-se de outros detalhes, por exemplo: o cavalheirismo de Victor, que a ajudou atenciosamente porque tinha perdido as chaves para entrar no seu escritório.

Mas os Dominguez enfrentaram e enfrentam dificuldades comuns a toda família: os desafios econômicos de ser uma grande família, a doença prematura da sua primeira filha (um problema de coração). Entretanto, conseguiram conciliar o seu apostolado com os cuidados dos filhos e netos, superando o drama familiar da doença com a convicção de que tudo é “graça” e crescimento na mão de Deus e da Sua Igreja.

casal
©AWR/ Aleteia – Victor e Stella Domínguez durante o X Encontro Mundial das Famílias

Victor e Stella instruem casais e noivos nos 5 P’s do casamento feliz inspirados pelos ensinamentos do Papa Francisco para que o amor não se afunde. São eles:

1PAIXÃO

“O prazer e a paixão são muito importantes…tens de renovar todos os dias o teu casamento, o dia em que eras noivo, quando as pipocas voavam”, dizem Victor e Stella. “De vez em quando, dançar um bolero, com luzes baixas e com a porta fechada para que ninguém os interrompa”, diz Stella.

Devemos também educar os nossos filhos para que estes prelúdios possam acontecer. “Os nossos filhos sabem que quando a porta está fechada, não se entra”, diz o casal.

2PACIÊNCIA

“Paciência não é uma atitude passiva e conformista. É a paciência cristã. É carregar os problemas e o cansaço da outra pessoa sobre os ombros, mas com alegria, a fim de que a paciência se torne um catalisador de misericórdia. É uma virtude daqueles que caminham na vida de casados. Sem preguiça ou mente fechada. É a capacidade de dialogar e de suportar as coisas menos agradáveis, juntos, como um casal”, explicam.

3PERSEVERANÇA

Perseverança no amor e na oração. De fato, o Papa convida os noivos e casados a rezarem juntos um pelo outro: “Pai nosso, dá-nos hoje o nosso amor cotidiano”. Stella confirma: “Eu rezo todos os dias, quero dizer, rezamos o terço juntos, rezo por ele, ele reza por mim, por aquelas fraquezas, aquelas coisas dele que me incomodam, a fim de que Deus possa realmente ajudar-me a ser mais colaboradora com ele nesse sentido”.

Victor acrescenta: “Perseverança em todo o diálogo. E ouvir o outro não é ouvir o que eu quero ouvir, mas ouvi-lo com o meu coração e ouvi-lo para além disso”.

Stella, por sua vez, diz: “É preciso perseverar em ouvir para compreender se ele está cansado, se teve um dia mau, se está zangado com alguma coisa… Às vezes, ele não quer que eu fale com ele”.

E Victor confirma: “Vou para o meu quarto, o meu espaço, todos devem ter um espaço”.

Stella concorda: “É por isso que, só de o ver, tenho de saber que ele é muito importante e peço perseverança. Às vezes quero falar com ele, quero dizer-lhe coisas e depois consigo conter-me, isso é perseverança”.

4PERDÃO

Para Victor, é preciso perdoar sempre e nunca ir para cama sem fazer reparações. Isso evita que o dia seguinte traga uma “guerra fria”.

Ele diz: “Muitas vezes, é difícil olhar para dentro de nós mesmos e perceber que o problema está em nós. Pedir perdão é devolver a liberdade à outra pessoa. Porque também me liberta primeiro, depois liberta-nos.”

5PEQUENOS DETALHES

Victor pergunta: “Tu sempre dás uma rosa vermelha à tua mulher? Compras chocolates? Partilhas momentos de descontracção e de união com ela? Danças sozinho com ela a sua música preferida? Telefonas-lhe por um minuto durante o dia para lhe dizer algo agradável e para enchê-la de expectativas?”

Ele insiste que um jantar romântico não é para falar de trabalho ou de si próprio, mas para partilhar com ela, para preencher o mundo interior do casal com significado.

Por fim, Victor assegura que o “P” de pequenos detalhes leva ao “P” de Paixão. “Por exemplo, um dia não pode começar sem um processo para se chegar à noite. Há muitos homens que chegam à noite e exigem sexo de suas esposas, mas durante o dia não ofereceram-lhe um detalhe, nem um telefonema sequer. A mulher precisa desse processo, caso contrário sente-se usada.”

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Caminho Neocatecumenal: Papa envia famílias em missão e Kiko Arguello anuncia processo de beatificação de Cármen Hernandez

Kiko Argüello e Papa Francisco | Guadium Press
O Papa Francisco recebeu uma comissão dos membros do Caminho Neocatecumenal e soube por meio de Kiko Argüello que o processo de beatificação de Carmen Hernandez foi oficialmente aberto, na fase diocesana.

Redação (27/06/2022 13:00, Gaudium Press) O Papa Francisco recebeu nesta segunda-feira, 27 de junho, 5.500 membros das comunidades do Caminho Neocatecumenal.

O Papa chegou à Sala Nervi, no Vaticano, caminhando com o auxílio de uma bengala. No início do encontro, Kiko Argüello cumprimentou o Pontífice e agradeceu o fato de enviar as famílias presentes, em missão.

Kiko Argüello deu a notícia ao Papa Francisco que a arquidiocese de Madrid abriu o processo diocesano da causa de canonização de Carmen Hernandez (1930-2016), uma das iniciadoras do Caminho Neocatecumenal juntamente com Arguëllo.

Carmen Hernandez. Fonte: Wikipedia

Carmen Hernández

Carmen Hernández começou seu apostolado com Argüello no final dos anos 60. Ambos evangelizavam as pessoas marginalizadas das periferias da capital espanhola. Depois começaram o trabalho evangelizador com as famílias missionárias.

A causa de canonização de Carmen conta com 1500 testemunhos de graças e favores recebidos por seu intermédio, entre os quais muitos relatam, sem explicação aparente, curas de doenças.

Carmen Hernandez faleceu em 19 de julho de 2016, quando contava 85 anos de idade. Seu túmulo está no seminário Redemptoris Mater, em Madrid, e já recebeu mais de 40 mil pessoas e 25 mil pedidos de intercessão.

Discurso do Papa

A audiência com o Papa Francisco durou pouco mais de uma hora. O Pontífice, em discurso improvisado, exortou o espírito missionário das famílias do Caminho. 

“Este espírito missionário, de se deixar enviar, é uma inspiração para todos. Agradeço a todos por isso e peço docilidade ao Espírito que lhe envia, docilidade e obediência a Jesus Cristo na sua Igreja”, disse Francisco.

O Pontífice continuou dizendo que há “várias culturas mas o mesmo evangelho, vários povos mas o mesmo Jesus Cristo. Isto é o que somos chamados a fazer. A fé cresce, mas sempre é a mesma. Este espírito missionário é uma inspiração para todos”.

Padre António Torrão quer inserir a oração nas rotinas do quotidiano, em cada família, em cada casa.
Família rezando | Guadium Press

Benção de envio das famílias missionárias

O Santo Padre abençoou 430 famílias que foram enviadas em missão para países como Rússia, Estônia e China. Alguns seminaristas também foram enviados a Macao.

O Caminho Catecumenal está atualmente presente em 134 países e conta com 21.300 comunidades espalhadas ao redor de 6270 paróquias.

1668 famílias missionárias estão em ação pelo mundo, dentro das quais 216 estão em países não cristianizados. (FM)

Santo Irineu de Lyon

S. Ireneu de Lyon | arquisp
28 de junho

Santo Irineu de Lyon

Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna, no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, outro Padre e santo da Igreja. Dele Irineu pôde recolher ainda viva a tradição apostólica, pois Policarpo fora consagrado bispo pelo próprio João Evangelista, o que torna importantíssimos os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por são Policarpo, que o enviou para a Gália, atual França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Lá, trabalhou ao lado de Fotino, o primeiro bispo de Lyon, que, em 175, o enviou a Roma para, junto do papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas. Esses fanáticos, vindos do Oriente, pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

Contudo tanto o papa quanto Irineu foram tomados pela surpresa da bárbara perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio. Rapidamente, em 177, ela atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé.

Um ano depois, Irineu retornou a Lyon, onde foi eleito e aclamado sucessor do bispo mártir, Fotino. Nesse cargo ele permaneceu vinte e cinco anos. Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.

A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as heresias", onde trata da falsa gnose, e depois, de todas as outras heresias da época. O texto grego foi perdido, mas existem as traduções latina, armênia e siríaca.

Importante não só do lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de então.

Mais tarde, um outro tratado, chamado "Demonstração da pregação apostólica", foi encontrado inteiro, numa tradução armênia. Além de vários fragmentos de outras obras, cartas, discursos e pequenos tratados.

Irineu morreu como mártir no dia 28 de junho de 202, em Lyon, e sua festa litúrgica ocorre nesta data. As relíquias de santo Irineu estão sepultadas, junto com os mártires da Igreja de Lyon, na catedral desta cidade.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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A tristeza do Papa pelas tragédias com migrantes em Melilla e no Texas

No primeiro tuíte desta terça-feira (28), a oração de Francisco pelas vítimas

As condolências do Pontífice pelas duas recentes tragédias envolvendo migrantes em Melilla, território espanhol na África, e na cidade americana de San Antonio, no Texas, vieram nesta terça-feira (28) pela sua conta oficial no Twitter. O Papa reza pelas vítimas e invoca o Senhor para abrir nossos corações e para que "essas desgraças não aconteçam mais".

Adriana Masotti - Vatican News

Nos últimos dias, as notícias trouxeram à tona a realidade da imigração através de dois episódios dramáticos que exigem respostas por parte da comunidade internacional. O Papa Francisco, com o primeiro tuíte desta terça-feira (28), demostrou proximidade e oração aos envolvidos:

“Recebi com dor as notícias das tragédias dos migrantes no Texas e em Melilla. Rezemos juntos por estes nossos irmãos mortos enquanto seguiam a esperança de uma vida melhor; e, por nós, para que o Senhor nos abra o coração e essas desgraças não aconteçam mais.”

Comece: esclarecer e respeitar a dignidade humana

A tragédia na cidade autônoma de Melilla, na fronteira entre Marrocos e Espanha, descrita como "uma carnificina", ocorreu na última sexta-feira (24): devido à tentativa em massa de cerca de 2 mil migrantes africanos para entrar à força no território espanhol, pelo menos 23 pessoas foram esmagadas até a morte. O local é considerado como uma das fronteiras mais problemáticas da União Europeia.

A reação brutal de rejeição das forças policiais de Rabat é o foco de controvérsia e protestos do governo argelino contra o Marrocos, acusado de desempenhar um papel policial na defesa das fronteiras da União Europeia. O uso indiscriminado da força é condenado pela Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia, a Comece, que em comunicado faz um apelo para uma investigação independente e reitera a necessidade de uma gestão adequada pelos direitos dos migrantes e refugiados com a identificação dos requerentes legítimos de asilo.

A reação dos bispos espanhóis

Houve também uma forte reação dos bispos da subcomissão de Migração e Mobilidade Humana da Conferência Episcopal Espanhola, que pediram "medidas humanizadoras" para lidar com essa nova crise. Os bispos expressaram pesar pela perda de vidas humanas e pediram às autoridades que esclareçam o que aconteceu e que tomem as medidas apropriadas para que episódios semelhantes não se repitam.

A voz da sociedade civil

Muitas organizações nacionais e internacionais da sociedade civil estão erguendo a mesma voz, entre elas, a Coordenação Nacional de Comunidades de Acolhimento (CNCA), na Itália. O apelo conjunto é por um novo pacto europeu que permita que as pessoas cheguem ao continente através de canais seguros, como está sendo experimentado pelos refugiados ucranianos.

"Os gravíssimos acontecimentos ocorridos em Melilla destacam tragicamente, mais uma vez", como se lê numa declaração, "a inadequação e a falta de humanidade e justiça que caracterizam a política migratória europeia. Levantar muros diante daqueles que migram em busca de liberdade e de uma esperança de vida decente só pode produzir violações da lei e de direitos e tragédias como as que ocorrem continuamente no Mediterrâneo, nas portas da Europa".

A tragédia de migrantes no Texas

Na cidade americana de San Antonio, no Texas, um caminhão virou um caixão para 46 migrantes abandonados a cerca de 240 quilômetros da fronteira mexicana, junto com 16 sobreviventes. O veículo abandonado foi encontrado na noite desta segunda-feira (27). Todos estavam amontoados a uma temperatura de cerca de 40 graus. O Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos está investigando o caso e três suspeitos já foram presos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF