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domingo, 4 de dezembro de 2022

Reflexão para o 2º Domingo do Advento - Ano A

Evangelho de Domingo | Vatican News

O Natal autêntico é a abertura do coração ao Senhor para que venha até nós e se instale como quiser. Certamente os frutos serão a fraternidade, a alegria sincera, o serviço despretensioso, a gratuidade no ser e no agir.

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

A liturgia de hoje, de modo especial, nos propõe uma mudança radical que nos torne pessoas de acordo com o coração de Deus. A primeira leitura tirada do livro do Profeta Isaías nos dá uma visão do mundo querido por Deus e pelo qual deveríamos trabalhar para que se tornasse realidade: a harmonia reinando entre as criaturas, sejam animais racionais ou irracionais. O Evangelho nos leva à radicalidade ao apresentar a pessoa de João Batista: ele prega a Metanoia, a mudança de mentalidade.

O termo técnico usado pela espiritualidade ao falar de mudança de pensar e de querer é a palavra grega Metanoia. Usamos geralmente a palavra metamorfose para falar de mudança de forma. Metanoia é mudar de cabeça, de maneira de pensar e de agir.

João Batista prega isso ao falar em conversão e a mostra quando se apresenta com um modo de proceder bastante simples e voltado para aquele que virá – Jesus Cristo!

Se vivo voltado para mim mesmo, se sou consumista, se me fecho em meu mundinho formado por minha família e minha roda de amigos, se desconheço a realidade que está à minha volta e se penso apenas nos negócios da família, necessito de conversão. Se continuo assim, nunca será Natal em minha vida, mesmo que minha casa esteja bem iluminada e decorada, mesmo que em cada canto haja um presépio, mas será o famoso Natal consumista, sem a presença do aniversariante porque não existe lugar para ele com seus valores em nossa vida.

O Natal autêntico é a abertura do coração ao Senhor para que venha até nós e se instale como quiser. Certamente os frutos serão a fraternidade, a alegria sincera, o serviço despretensioso, a gratuidade no ser e no agir.

Existe uma fábula de La Fontaine - o Cordeiro e o Lobo -  onde fica claro que o mais forte sempre possui uma razão para devorar o mais fraco, mesmo que seja sem culpa alguma do primeiro. Também nós, fechados em nosso mundo e confiantes em nossa sabedoria e discernimento, sempre encontramos razões para continuar fazendo o que nos agrada e julgar que sempre temos razão e os errados são os outros. Deixemo-nos questionar pela Palavra de Deus! É a nossa salvação, a libertação de nós mesmos! Eis o tempo propício à conversão, à mudança de mentalidade.

Se o coração não estiver mudado, o Senhor não virá até cada um de nós. A imagem usada pelo Batista deixa claro que para o rei poder chegar ao seu povo, necessita de haver caminhos endireitados, caso contrário se torna impossível. Não é que o Senhor exija caminhos, mas como entrar em um coração fechado, em uma mente que não se abre para acolher novas idéias e para sempre deixar outras? Como acolher o outro se temos muros que impedem o acesso a nós?

Na Eucaristia celebramos o mundo da partilha, onde Deus e não o dinheiro é o Pai. O caminho é o da austeridade de vida e o da solidariedade. E isso com todos os bens que possuímos, desde os materiais até os espirituais, passando pelos psicológicos, os afetivos, os intelectuais. O sacrificar-se pelo outro e até a própria liberdade se for o caso, faz parte dessa dinâmica, pois Eucaristia é o sacrifício da Vida, realizado pelo Amor, partilhada em favor de todos.

A segunda leitura nos ensina que essa acolhida será para todos os homens, sejam fracos ou fortes, sem preconceito algum. Mas ela também nos diz a necessidade de unirmos nossos sentimentos, a exemplo de Jesus Cristo.

Além disso é preciso criar raízes. Nos primeiros tempos da Evangelização do Brasil, os nossos índios, após um tempo em que os missionários estavam contentes pelos aparentes frutos colhidos, voltavam aos antigos costumes, deixando com isso os missionários muito tristes com a falta de perseverança dos nativos. É necessário mudança radical!

Nesse segundo domingo peçamos ao Senhor que invada nosso coração e aplaine nossa afetividade, corrija nossos valores e derrube nossos muros. Que nossa vida, com toda sua riqueza seja colocada em favor da paz, da harmonia entre os homens. Que a paz e a beleza da noite de Natal, quando veio ao mundo o Príncipe da Paz, não seja impedida pelo nosso egoísmo, mas permitida pelo nosso querer e agir, pelo nosso coração. Advento/Natal é tempo de amar, tempo de mudar de vida para amar mais, em plenitude.

Nossa vocação é o Amor! Vivamos o Amor sem limites, sem empecilhos, sem barreiras, o Amor da Noite de Natal!

Santa Bárbara

Santa Bárbara | Bonde
04 de dezembro
Santa Bárbara

Santa Bárbara nasceu na cidade de Nicomédia na região da Bitínia, onde hoje se localiza a cidade de Izmit, na Turquia, às margens do Mar de Mármara. Bárbara viveu no final do Século III. Foi uma bela jovem, filha única de Dióscoro, um rico e nobre morador de Nicomédia.

Dióscoro não queria deixar sua filha única viver no meio da sociedade corrupta daquele tempo. Por isso, decidiu fechá-la numa torre. Lá, ela era ensinada por tutores da confiança de seu pai. Porém, aquilo que parecia um castigo, começou a abrir a mente de Bárbara. Do alto da torre ela contemplou a natureza: as estações do ano, a chuva, o sol, a neve, o frio, o calor, as aves, os animais, etc. Tudo isso fez Bárbara questionar se aquilo era realmente criação dos “deuses”, como seus tutores e seu povo creditavam, ou se havia “alguém” muito mais inteligente e poderoso por trás da criação.

A beleza de divina

Quando atingiu a idade para o casamento, por volta de 17 anos, seu pai a trouxe para casa e permitia que ela recebesse a visita de pretendentes, mas não permitia que ela visitasse a cidade. Bárbara era uma jovem muito bela e de família rica. Por isso, muitos eram os pretendentes que queriam se casar com ela. Mas Bárbara não aceitava nenhum, enxergando neles a superficialidade e o interesse, e nenhum toque de amor verdadeiro.

Para seu pai, isso era um problema sério, pois, segundo os costumes, ele tinha obrigação de casar sua filha. Dióscoro pensava que as “desfeitas” da filha diante dos pretendentes se davam por causa do tempo que ela passou na torre. Então, ele decidiu permitir que Bárbara conhecesse a cidade.

O contato com os cristãos

Santa Bárbara, então, começou a frequentar a cidade. Nessas visitas, acabou conhecendo os cristãos de Nicomédia. Estes passaram para Bárbara a mensagem de Jesus Cristo. Falaram-lhe também sobre o mistério da Santíssima Trindade. A novidade cristã tocou profundamente o coração de Bárbara. Com os cristãos ela encontrou a resposta para seus questionamentos: o Criador de tudo era o Deus Único e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e não os deuses que seu povo cultuava.

Bárbara se converteu ao cristianismo de todo o coração. Logo, um padre vindo de Alexandria ministrou a ela o batismo. E Bárbara passou a ser uma jovem fervorosa e cheia de virtudes cristãs. Em Jesus Cristo ela encontrou o sentido mais profundo de sua vida.

Santa Bárbara e as perseguições

Dióscoro, pai de Santa Bárbara, decidiu construir para ela uma casa de banho na torre, onde ele planejou instalar duas belas janelas. Quando a obra começou, Dióscoro teve que fazer uma longa viagem. Durante a viagem do pai, Santa Bárbara ordenou que construíssem uma terceira janela na obra. Sua intenção era que a torre tivesse três janelas em homenagem à Santíssima Trindade. Além disso, Santa Bárbara esculpiu uma cruz na torre.

Quando Dióscoro voltou, reparou logo nas mudanças feitas na construção e foi perguntar à filha o por que daquilo. Santa Bárbara explicou que as mudanças eram símbolos de sua nova fé: três janelas em homenagem ao Deus Uno e Trino, Criador de todas as coisas. E a Cruz lembrava o sacrifício do Filho de Deus para salvar a humanidade. Dióscoro ficou furioso.

A sentença de morte de Santa Bárbara

Ao perceber que a filha estava irredutível em sua fé cristã, Dióscoro, num impulso de ira, denunciou a filha ao prefeito da cidade. Este ordenou que Bárbara fosse torturada em praça pública, para tentar fazer com que a jovem renegasse a fé cristã. Porém, para surpresa de todos, Santa Bárbara não renegou sua fé, mesmo diante dos mais atrozes sofrimentos.

Durante a tortura, uma jovem cristã chamada Juliana denunciou os nomes dos carrascos, coisa que era expressamente proibida na época. Por isso, Juliana foi presa e condena à morte por decapitação juntamente com Santa Bárbara.

As duas jovens cristãs foram levadas amarradas pelas ruas de Nicomédia, sob os gritos furiosos de muita gente. Santa Bárbara teve os seios cortados. Depois, foi conduzida para fora da cidade. Lá, seu próprio pai a degolou.

Bárbara e os raios

Quando Dióscoro degolou a filha e a cabeça de Santa Bárbara rolou pelo chão, um raio riscou o céu e um enorme trovão foi ouvido pelo povo. E, para o assombro de todos, o corpo de Dióscoro caiu no chão sem vida, atingido pelo raio. Parece que a natureza se revoltou contra a atitude desse pai infanticida.

Depois deste fato, Santa Bárbara ganhou o status de "protetora contra relâmpagos e tempestades", além de ser nomeada Padroeira dos artilheiros, dos mineradores e das pessoas que trabalham com fogo.

Devoção à Santa Bárbara

festa de Santa Bárbara é celebrada na Igreja Católica e na Igreja Ortodoxa. A festa é celebrada no dia 4 de Dezembro de cada ano.

Mas a grande mensagem de Santa Bárbara destina-se a todos aqueles que buscam a verdade, principalmente os jovens. Ela nos ensina a buscar a verdade com coração sincero e aberto. Ensina também que o casamento não deve acontecer por mero interesse, mas sim por amor. Por fim, Santa Bárbara nos dá uma mensagem de coragem e fé. A palavra mártir quer dizer testemunha e se aplica aos cristãos que preferiram morrer a negar sua fé e pecar. Este é o grande testemunho de Santa Bárbara.

Oração de Santa Bárbara

“Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Cardeal Braz de Aviz celebra 50 anos de sacerdócio em Apucarana

Cardeal Braz de Aviz celebra 50 anos de sacerdócio | AD3

Dom João Braz de Aviz relembra os principais momentos de sua trajetória e destaca como é trabalhar junto ao Papa Francisco.

Vatican News

A Catedral Nossa Senhora de Lourdes, em Apucarana, foi o local escolhido para a celebração do Jubileu Sacerdotal do cardeal dom João Braz de Aviz. A missa celebrada no último sábado dia 26, contou com a presença de um grande número de fiéis, além de bispos, padres e autoridades públicas.

Dom João Braz é natural de Mafra-SC, porém passou toda sua infância em Borrazópolis, onde seu pai era açougueiro. Ele foi ordenado padre em 1972, na Catedral de Apucarana, pelo então bispo dom Romeu Alberti.

Essa acolhida de Dom Carlos, bispo de Apucarana e também da comunidade, aqui no meu ninho, onde eu vivi tanto tempo, causou uma alegria no meu coração. É como se eu voltasse um pouco às raízes. É o lugar onde Deus me pôs, me fez crescer, amadurecer, na minha vida cristã, na minha vida sacerdotal e depois me puxou para fora, levando para tantos outros lugares para a missão”, destaca o cardeal durante entrevista coletiva um dia antes da missa celebrativa.

Cardeal Braz de Aviz celebra 50 anos de sacerdócio em Apucarana | AD3

Em tom de emoção, o prelado evidenciou a alegria de reencontrar pessoas da diocese onde foi gerada a sua vocação: “todas as nossas verdadeiras amizades, a gente pode não se encontrar por anos, mas elas não oxidam, não pegam ferrugem, estão sempre límpidas e bonitas, então é isso um pouco o que eu experimento aqui no olhar, no abraço, no carinho, na conversa, na recordação.

Atualmente morando em Roma, o cardeal exerce um dos mais importantes cargos, ao lado do Papa Francisco, como Prefeito do Dicastério para Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.

“São onze anos que nós experimentamos do Papa Francisco uma pessoa profundamente humana. Ele te dá uma atenção muito grande, tudo o que você faz, para ele é importante! E nós temos a alegria de nesses onze anos, nunca tivemos um momento de tensão, de conflito. Ele sempre esteve perto e trazendo para nós a luz necessária”, relembra Aviz, ao comentar sobre a convivência com o santo padre.

Cardeal Braz de Aviz celebra 50 anos de sacerdócio em Apucarana | AD3

“A convivência com ele (o papa) é de uma simplicidade que vocês não imaginam! Um dia bem no começo, a gente que estava acostumado com um jeito mais antigo, foi lá tudo “empetecado”, cheios de roupas de cardeais e, chegando lá  ele deu uma risada. Era uma audiência particular nossa e ele disse: ‘vocês vieram numa festa de casamento?’ E nunca mais nós fomos assim (risos).

Durante a coletiva, dom João Braz de Aviz falou também sobre a revitalização da Catedral Nossa Senhora de Lourdes e ressaltou a importância de jamais perder as raízes. “Não perder a sua história, primeira coisa! Porque a gente tem raízes! E tudo o que é construído em Deus não precisa desaparecer, precisa ser aprofundado. Depois, vocês têm a graça de um bispo muito pai, um bispo assim muito perto, que se interessa de tudo, né? Que acolhe, que fala devagar, que não fala com força, mas que sabe o que quer também! Ele tem muita clareza no que ele faz. Então, a unidade com o bispo para nós tem essa dimensão profunda da fé que faz a gente estar unido a Deus. Apucarana tem uma história muito bonita. Nós nascemos como diocese justamente no período do Concílio Vaticano II e dali pra frente, quem viveu desde o começo sabe que essa história foi muito rica, porém não sem dificuldades. Cada bispo tem o seu jeito, né? Mas a gente sabe que por ali passou a estrada de Deus para nós! Por isso que Apucarana é bonita!

Cardeal Braz de Aviz celebra 50 anos de sacerdócio em Apucarana

A coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (25), foi conduzida por dom Carlos José de Oliveira, atual bispo da diocese de Apucarana.

“Nossa Igreja Particular está em festa pelo Jubileu dos cinquenta anos de ordenação sacerdotal do Cardeal Dom João Braz de Aviz e agrademos a Deus com muita alegria por celebrarmos juntos dele (o cardeal) este momento tão especial”, ressaltou o bispo.

Fonte:  Ana Néri - Assessoria de Imprensa AD3 Comunicação

Charles de Foucauld é inspiração para comunidade cristã no Saara

Antoine Mekary | ALETEIA
Por Aleteia

Foucauld queria que a Eucaristia estivesse presente no meio dos muçulmanos.

No dia 1 de Dezembro, celebrou-se a festa de São Charles de Foucauld, canonizado pelo Papa Francisco no dia 15 de Maio deste ano. O missionário francês, que viveu entre os tuaregues do Saara, na Argélia, foi assassinado em 1916 e é considerado pela Igreja Católica como mártir.

Na região do Saara Ocidental existe hoje uma minúscula, mas activa comunidade cristã. O missionário espanhol Mario León Dorado é o rosto desta Igreja sendo, desde 2013, o Prefeito Apostólico. Ele é responsável pela Catedral de El Aaiún, e pela Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Dakhla, assim como por uma capela no porto de El Aaíun.

Em entrevista a Maria Lozano, directora de informação internacional da Fundação AIS, o padre Léon refere que a maioria dos cristãos que vivem nesta região são migrantes e estão de passagem e muitos têm como objectivo chegar à Península Ibérica. “São migrantes que atravessaram África para chegar às Ilhas Canárias ou à Península Ibérica; ou são estudantes que chegam por três anos para fazer um curso superior e depois voltam para os seus países.” Gente que vem de muitos lugares e com o sonho de uma vida melhor na bagagem.

Como explica Monsenhor Mario León Dorado, o que predomina nesta Igreja no Saara Ocidental são pessoas oriundas de países tão distintos como a Costa do Marfim, Senegal, Camarões, Guiné-Conacri, Quénia, Serra Leoa ou Libéria. “Somos uma Igreja muito pequena, mas pequenina não significa morta ou insignificante. Mas somos pequenos. Ou seja, temos basicamente duas paróquias no Saara Ocidental”, diz o missionário oblato de Maria Imaculada. São as paróquias de El Aaiún e de Dakhla. Trata-se de uma prefeitura apostólica, explica, “porque não reúne as condições para constituir uma diocese. Portanto, não temos bispo…”

O Saara Ocidental é uma região que faz fronteiras com Marrocos, Mauritânia e Argélia e hoje é palco de uma disputa no plano internacional após Espanha ter saído do território em 1975. Neste momento é um território sob domínio marroquino. E o número de cristãos é mesmo muito exíguo. 

“Em Dakhla, o número de cristãos varia entre 40 e 60, mas isto muda muito. São, antes de tudo, migrantes que certamente chegam ao Saara para poderem ir às Ilhas Canárias, Espanha, às vezes de barco. Mas há um bom núcleo que fica e está lá há anos, porque em Dakhla podem ganhar dinheiro com a indústria do peixe, os frigoríficos. E assim eles constroem comunidade e nós, como Igreja, queremos construir um lar, uma família, porque todos os migrantes vivem longe de suas famílias, de suas Igrejas de referência”, diz o Prefeito Apostólico.

Para esta missão, para se cumprir este objectivo de ajudar estes cristãos a sentirem-se em casa, foi criado um centro de acolhimento para migrantes, que é gerido pela Caritas e pela congregação do padre León Dorado. “É isto, uma Igreja pequena, mas muito viva, muito viva. A verdade é que é um prazer celebrar aqui a Eucaristia e a fé”, acrescenta. Em El Aaiún, a capital da região, com cerca de 400 mil habitantes, também existe uma pequena comunidade cristã. Mas aqui a realidade é diferente. El Aaiún é uma zona de saída, e não tem indústria nem oferece oportunidades de trabalho. “Por isso, é mais difícil permanecer por muito tempo.” Nesta zona, os cristãos são, sobretudo, estudantes subsarianos que procuram fazer a sua formação profissional superior. “Há também um pequeno grupo das Nações Unidas que tem uma missão desde 1991. As nossas celebrações dominicais podem ter aqui umas 40 ou 50 pessoas. Uma pequena minoria dentro da grande sociedade muçulmana”, diz o missionário espanhol. Também aqui, o objectivo é, mais uma vez, construir família e comunidade.

Para a Igreja há imensos desafios apesar de serem poucos fiéis. Um desses desafios é, por exemplo, dar a conhecer Charles de Foucauld. Falar da sua mensagem, explicar o que significa ser cristão em terras muçulmanas, mostrar o sentido da fé quando se é estrangeiro é uma dessas tarefas. “Acho que Foucauld tem muito para nos dizer e é uma ferramenta, acho que é uma ferramenta do Espírito para que possamos justamente aprender a ser cristãos nesta terra, porque a tentação de todos, inclusive dos nossos irmãos subsaarianos, é copiar as Igrejas, os modelos de Igreja dos seus países e das suas comunidades”, diz Monsenhor Mario León Dorado. “Foucauld é, claramente, um santo para nós, uma inspiração. É um modelo, um exemplo de vida cristã, de carisma, de maneira de ser, de estar e de viver, de missionar, de evangelizar nesta terra”, afirma ainda o Prefeito Apostólico.

Um dos projectos que o missionário espanhol tem em mãos, e que está a ser desenvolvido com o apoio da Fundação AIS, é a decoração dos templos em El Marsa, no Norte, e em Dakhla, no Sul. “Queremos utilizar a decoração das capelas como inspiração e para a catequese dos nossos cristãos, para que possam aprofundar a sua espiritualidade em terras muçulmanas, como é o Saara. Foucauld queria que a Eucaristia estivesse presente no meio dos muçulmanos, e é isso que queremos ser, a presença do corpo de Cristo no mundo muçulmano, em contacto com o mundo muçulmano.”

(Via AIS)

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Homenagem a Carmen Hernández

Carmen Hernández no Brasil | cn.org.br

Para homenagear Carmen Hernández, em razão do quarto ano de seu falecimento no dia 19 de julho de 2020, o Centro Neocatecumenal de Brasília produziu este vídeo recordando as quatro vezes em que ela, junto com Kiko Argüello e Pe. Mario Pezzi, esteve no Brasil.


S. JOÃO DAMASCENO, PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA

S. João Damasceno, manuscritto do século XIII | Vatican News
04 de dezembro

João nasceu em Damasco, na Síria, no seio de uma influente família árabe-cristã. Ainda jovem, herdou do seu pai o cargo de administrador do califado local. Pelo fato de ter estudado filosofia e teologia, em Constantinopla, junto com o monge Cosme, foi deportado como escravo para a Síria. Este fato, porém, foi determinante para ele: após alguns anos, deixou a vida de corte para seguir a vida monacal.

Escolha de vida ascética

Durante o ano 700, João escolheu seguir a vida ascética. Porém, antes de entrar para o mosteiro de São Sabas, situado entre Jerusalém e Belém, despojou-se de tudo: distribuiu seus bens aos pobres, concedeu a liberdade aos servos e fez uma peregrinação a pé pela Palestina. Em São Sabas, tornou-se monge, junto com seu irmão - o futuro Bispo de Maiouna; – ao ser ordenado sacerdote, aceitou o cargo de pregador titular na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém. Ali, Padre João transcorreu grande parte da sua vida, extraindo da oração e da meditação a linfa, que aumentou a sua fé e a da Igreja, à qual deu uma grande contribuição, com seus escritos, obras e hinos.

Teólogo das imagens sagradas

Na época de João Damasceno, as imagens sagradas não eram muito difundidas entre os cristãos, por causa de uma herança, proveniente da tradição do Antigo Testamento, que proibia toda e qualquer reprodução da imagem de Deus. Até o imperador bizantino, Leão Isáurico, havia empreendido uma guerra impiedosa contra o culto das imagens sagradas. Por sua vez, a pedido do Papa Gregório III, João Damasceno assumiu o papel de ferrenho defensor de tais imagens, empreendendo uma luta, por toda a sua vida: a luta contra a iconoclastia. Sua arma principal era a teologia e sua principal tese foi um dos fundamentos da fé cristã: a Encarnação, ou seja, Deus, ao se tornar homem, passou do invisível ao visível, com sua carne e sangue. Bento XVI recordou este Santo em sua catequese, na Audiência geral de 6 de maio de 2009: “João Damasceno foi o primeiro a fazer a distinção, no culto público e privado dos cristãos, entre a adoração e a veneração: a primeira, pode ser dirigida somente a Deus; a segunda, pode ser utilizada como imagem para se dirigir a uma pessoa à qual presta culto”.

São Tomás do Oriente

Devido à sua profunda cultura teológica, entre outras, João recebeu o apelido de "São Tomás do Oriente", tanto que Leão XIII, em 1890, o proclamou Doutor da Igreja, por sua contribuição dada à Igreja Oriental. A principal obra de João Damasceno foi a “De Fide orthodoxa”, que sintetiza o pensamento da Patrística grega e as decisões doutrinais dos Concílios da época, como também um ponto de referência fundamental, tanto para a Teologia católica como para a Ortodoxa. Além disso, escreveu a “De haeresibus” sobre as heresias cristãs mais difundidas na sua época. Suas teses, como as de São Germano de Constantinopla, prevaleceram, mesmo depois da sua morte, no Segundo Concílio de Nicéia, em 787.

O milagre da mão

Segundo uma crença bastante difundida, João Damasceno foi o protagonista de um milagre recebido da Virgem Maria. Quando ainda residia na Corte, foi acusado de traição e, como sentença, sua mão direita foi amputada. Então, João rezou com ardor, diante de um ícone da Virgem: ela atendeu as suas orações e, prodigiosamente, recolocou a mão no seu lugar. Como reconhecimento, João mandou fazer uma mão de prata, que foi acrescentada ao ícone. Assim, deu-se origem ao culto oriental da Virgem Tricherusa, ou seja, de três mãos.

Oração de São João Damasceno a Nossa Senhora
«Saúdo-vos, Maria, esperança dos cristãos!
Atendei a súplica de um pecador, que vos ama com ternura,
vos honra, de modo particular,
e deposita em vós toda a esperança da sua salvação.
Recebi de vós a vida.
Vós me reconduzis à graça do vosso Filho
e sois penhor seguro da minha salvação.
Rogo-vos, pois, de livrar-me do peso dos meus pecados;
dissipar as trevas do meu coração;
reprimi as tentações dos meus inimigos
e guiai a minha vida, de tal modo que eu possa,
por vosso intermédio e sob a vossa proteção,
chegar à felicidade eterna do Paraíso».

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 3 de dezembro de 2022

CONHEÇA CARMEN HERNÁNDEZ

Carmen Hernández | cn.org.br

CONHEÇA CARMEN HERNÁNDEZ

24 de novembro de 1930, † Madrid, 19 de julho de 2016

Carmen foi, com o Kiko, iniciadora do Caminho. Nasceu em Ólvega (Sória, Espanha) em 24 de novembro de 1930. Era a mais jovem de oito irmãos – quatro homens e quatro mulheres – e viveu sua infância em Tudela (Navarra, Espanha).

Em Tudela estudou na Companhia de Maria e teve contato com a Companhia de Jesus (Jesuítas). Por influência do espírito missionário de São Francisco Xavier, desde muito jovem sentiu a vocação de partir em missão para a Índia. Por vontade de seu pai, em 1954 começa a estudar Química em Madri, onde se licencia com as qualificações máximas no ano de 1958.

Durante um tempo, trabalha com seu pai na indústria alimentícia, em uma fábrica que a família tinha em Andújar (Jaén), mas decide deixá-lo para se mudar a Javier, onde entra para participar de um novo instituto missionário: as Missionárias de Cristo Jesus. Depois do noviciado, estudou Teologia na casa de formação teológica para religiosos em Valência. Em 1960 foi destinada à Índia. Para esta missão teve que se preparar em Londres (o país asiático pertencia, naquele tempo, à Commonwealth), onde permaneceu durante um ano. Nesse tempo, houve uma mudança de direção nas Missionárias de Cristo Jesus, que limitava sua abertura a missão, levando Carmen a regressar de Londres para Barcelona. Ali, conhece P. Pedro Farnés Sherer, professor no Instituto Litúrgico de Paris, que trabalhava pela renovação litúrgica que preparava o Concílio Vaticano II.

Em suas aulas, P. Farnés apresentava as fontes pascais da Eucaristia e uma eclesiologia renovada que mostrava a Igreja como luz das nações. O vivo contato de Carmen com os autores desta renovação conciliar teve uma grande influência, mais tarde, na formação das catequeses do Caminho Neocatecumenal.

Em 1963, Carmen se estabelece na Terra Santa durante dois anos. Ao seu regresso a Madri, começa a trabalhar nos barracos da periferia, pensando em ir como missionária para a Bolívia com outros leigos celibatários. No entanto, ali conhece Kiko Argüello, que vivia nos barracos de Palomeras Altas, e decide ficar na mesma região. Entre os pobres, ambos descobriram a força do Mistério Pascal e da pregação do Kerigma (a Boa Notícia de Cristo morto e ressuscitado), e veio a nascer a primeira comunidade. Graças à confirmação desta nova realidade pelo então arcebispo de Madri, Mons. Casimiro Morcillo, Carmen colabora com Kiko levando às paróquias – primeiro a Madri, depois a Roma, e a partir de então a outras cidades e nações – esta obra de renovação da Igreja.

Carmen Hernández faleceu em 19 de julho de 2016 em Madri. Em seu funeral, presidido pelo Cardeal Arcebispo de Madri Carlos Osoro Sierra, e ao qual assistiram milhares de pessoas, o P. Mario Pezzi destacou que, com o Caminho, é “a primeira vez na história que uma realidade eclesial é fundada por um homem e uma mulher que estiveram colaborando constantemente juntos durante mais de 50 anos”. Além disso, o Papa enviou uma mensagem na qual assegurou receber “com emoção” a notícia da morte de Carmen e destacou sobre ela “uma longa existência marcada por seu amor a Jesus e por um grande entusiasmo missionário”. “Dou graças ao Senhor pelo testemunho desta mulher, animada por um sincero amor à Igreja, que gastou sua vida no anúncio da Boa Notícia em cada lugar, também àqueles mais afastados, não se esquecendo das pessoas mais marginalizadas”, escreveu o Papa Francisco.

O Papa Francisco explica o que é a “consolação espiritual”

Antoine Mekary | ALETEIA
Por Francisco Vêneto

Uma das máximas fontes de alegria na vida cristã: veja como o Papa a descreveu.

Você sabe o que é a consolação espiritual?

O Papa Francisco respondeu a esta pergunta na sua catequese do dia 23 de novembro, cujo tema central era o dom do discernimento. Ele explicou:

“O que é a consolação espiritual? É uma experiência de alegria interior, que permite ver a presença de Deus em tudo. Ela revigora a fé e a esperança, assim como a capacidade de fazer o bem.

A pessoa que vive a consolação não se rende diante das dificuldades, porque experimenta uma paz mais forte do que a provação. Trata-se, portanto, de um grande dom para a vida espiritual e para a vida no seu conjunto.

A pessoa se sente abraçada pela presença de Deus, de uma forma sempre respeitosa da própria liberdade. Nunca é algo desafinado, que procura forçar a nossa vontade, mas também não é uma euforia passageira”.

O Papa citou exemplos de santos como Agostinho, quando conversava com a mãe, Santa Mônica, sobre vida eterna; ou Santo Inácio de Loyola, que experimentava essa consolação espiritual ao ler sobre as vidas dos santos; ou Santa Teresa de Jesus, a quem nos convidou a imitar em sua inocência e consolação espiritual. O pontífice também falou de Santa Teresa Benedita da Cruz:

“A consolação se refere, acima de tudo, à esperança; ela se volta para o futuro, nos põe a caminho, nos permite tomar iniciativas que até então adiávamos, ou nem sequer imaginávamos, como foi o batismo para Edith Stein”.

Edith Stein era o nome de nascimento da judia que viria a converter-se ao catolicismo, tornar-se freira carmelita com o nome religioso de Teresa Benedita da Cruz e sofrer o martírio no campo de concentração nazista de Auschwitz.

O Papa prosseguiu:

“A consolação espiritual não é controlável, não é programável a bel-prazer: é uma dádiva do Espírito Santo. Permite uma familiaridade com Deus que parece anular as distâncias. E, assim, a consolação nos impele a ir em frente e a fazer coisas que, em tempo de desolação, não seríamos capazes; impele a dar o primeiro passo. Este é o aspecto bonito da consolação”.

Já a falsa consolação, alertou o Papa, “pode tornar-se um perigo se a procurarmos como fim em si mesma, de modo obsessivo, esquecendo-nos do Senhor”.

“Devemos procurar o Senhor e, com a sua presença, o Senhor nos consola, nos faz ir em frente. E não procurar a Deus para que Ele nos traga consolações. Também corremos o risco de viver a relação com Deus de maneira infantil, procurando o nosso interesse, procurando reduzir Deus a um objeto para nosso uso e consumo, perdendo o dom mais belo, que é Ele próprio”.

Francisco encerrou:

“Vamos em frente na vida, que avança entre as consolações de Deus e as desolações do pecado do mundo. Mas sabendo distinguir quando é uma consolação de Deus, que traz paz até o fundo da alma, e quando é um entusiasmo passageiro que não é negativo, mas não é a consolação de Deus”.

O impactante Castelo de Xavier, onde nasceu o grande evangelizador do Extremo Oriente

Shutterstock | oksmit
Por Dolors Massot

São Francisco Xavier nasceu e viveu nesse castelo até partir para estudar em Paris, onde conheceria Santo Inácio de Loyola.

O impactante Castelo de Xavier faz parte do grande patrimônio cultural e religioso de Navarra, na Espanha. É uma sólida e poderosa fortaleza medieval que já se avista de longe quando se vai visitar esse monumento de quase mil anos.

As pedras contundentes, erguidas no século X, falam de história viva, principalmente porque ali nasceu e viveu São Francisco Xavier. Quem é que iria imaginar que dali, em plena Idade Média, surgiria um homem determinado a levar o Evangelho até os confins do Extremo Oriente!

Francisco era filho dos senhores de Javier, como se escreve em espanhol, ou Xavier, na forma aportuguesada. Ele nasceu em 7 de abril de 1506, caçula de cinco irmãos. Até os 22 anos, quando partiu para estudar na Sorbonne, em Paris, Javier foi o seu território.

Em Paris, Francisco se tornaria amigo do também futuro santo Inácio de Loyola, que lhe marcaria profundamente a alma ao fazer-lhe a pergunta do próprio Jesus Cristo: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a própria alma?”.

Javier tem uma disposição geográfica de grande beleza. Situa-se a 52 quilômetros de Pamplona e a de Sangüesa, no sopé dos Pirineus navarro-aragoneses e na confluência dos antigos reinos de Aragão e Navarra.

O nome Javier vem da variante dialetal do basco etxeberri e quer dizer “casa nova”. Em basco, pode ser encontrado escrito como Xabier.

Do lado de fora do monumento, pode-se ver que uma basílica foi adicionada ao castelo medieval no século XIX.

Castelo de Xavier ou Javier

Composição através dos séculos

A construção é composta por três corpos, escalonados por ordem de antiguidade. Destaca-se a Torre del Santo Cristo, baluarte e capela onde se encontra um crucifixo tardo-gótico. Também a Torre de Menagem, chamada San Miguel, que é a parte mais antiga do castelo. E, finalmente, o museu dedicado à vida de São Francisco Xavier.

Nos porões do castelo foram encontradas bases de colunas muçulmanas que podem ser datadas do século X. No século XII formou-se o primeiro recinto circundante, que continha os primeiros quartos. No XIII, seguindo os quatro pontos cardeais, foram acrescentados dois corpos poligonais e mais duas torres.

Castelo de Xavier ou Javier

Pagamento por um empréstimo

Originalmente, o castelo de Javier pertencia a um nobre aragonês que, ao precisar de dinheiro, pediu um empréstimo de 9.000 “sueldos” ao rei dom Sancho VII de Navarra. O rei concedeu a quantia e o nobre pôs o castelo como garantia. Não conseguindo pagar o empréstimo, teve de ceder a propriedade ao monarca. O mesmo sistema levou diversos castelos e vilas da Coroa de Aragão a passarem para as mãos de Navarra: Escó, Peña, Petilla, Gallur, Trasmoz, Sádaba… Assim, Navarra conseguiu fortalecer a fronteira com o reino vizinho.

No ano de 1236, o castelo de Javier passou para as mãos de Adán de Sada, a quem foi dado pelo rei Teobaldo I. Após a conquista de Navarra, tanto o castelo quanto a cidade vieram a pertencer a María de Azpilicueta, antepassada de São Francisco Xavier por linhagem materna.

O cardeal Cisneros ordenou a sua demolição

O casal María de Azpilicueta e Juan de Jaso defendia a independência de Navarra, motivo pelo qual o cardeal Cisneros ordenou a demolição do castelo em 1516. Apenas algumas partes, porém, foram de fato afetadas: a muralha que o rodeava e protegia foi demolida, o fosso foi aterrado para não deixar o castelo isolado, duas torres redondas e dois grandes portais foram destruídos, a ponte levadiça foi demolida e a Torre de San Miguel foi rebaixada até a metade.

No século XIX, depois de várias sucessões de heranças, o castelo de Javier passaria para as mãos da Casa de Villahermosa. Começaram as obras de restauração financiadas pelos proprietários, a Duquesa de Villahermosa e o Conde de Guaqui. Quando ele morreu repentinamente, sua família assumiu as obras. Foi então que se construiu a basílica anexa ao castelo. Pertencem ainda a este período as casas para sacerdotes e para os exercícios espirituais – cabe registrar que São Francisco Xavier foi um dos mais próximos colaboradores de Santo Inácio de Loyola, o criador dos exercícios.

A “Javierada”

JAVIERADA

O Castelo de Javier é visitado anualmente por milhares de peregrinos. A data mais importante, sem dúvida, é a “Javierada”, no início de março, em homenagem ao padroeiro de Navarra, Santo Inácio de Loyola.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Doze virtudes para fortalecer o casamento

Imagem ilustrativa / Unsplash

REDAÇÃO CENTRAL, 02 Dez. 22 / 02:54 pm (ACI).- O diretor do Institute for Marital Healing nos arredores da Filadélfia, EUA, Richard Fitzgibbons, diz que, para manter e fortalecer o casamento, é preciso trabalhar em doze virtudes que podem ajudar os casais a passar pelas dificuldades que poderiam destruir a relação.

Num artigo publicado em 25 de novembro de 2019 pelo jornal National Catholic Register, do grupo EWTN ao qual pertence a ACI Digital, Fitzgibbons relata o trabalho feito com centenas de casais católicos nos últimos 40 anos.

Em seu livro, “Hábitos para um matrimônio saudável: Um manual para casais católicos”, o psiquiatra fala de doze virtudes para fortalecer os casais:

1. Perdão

No livro, Fitzgibbons comenta que perdoar "reduz a raiva" e é um trabalho exigente para "dominar a irritabilidade", porque há um esforço em tentar "compreender-se a si mesmo e a seu cônjuge”.

2. Generosidade

"Conquistar o egoísmo através do crescimento na entrega", diz o psiquiatra. É necessário pensar "muitas vezes ao dia, ‘nós, não eu’".

3. Respeito

Esta virtude ajuda a superar a necessidade de controlar os outros e ajuda a "pensar na dignidade do cônjuge e dos filhos", diz.

4. Responsabilidade

Para Fitzgibbons, a responsabilidade reduz a "distância emocional ao comprometer-se a proteger o cônjuge da solidão, da ansiedade, da insegurança e do egoísmo”.

5. Confiança

"Acalma a ansiedade através da fé na bondade e proteção de Deus e do cônjuge"diz.

6. Esperança

Segundo o psiquiatra, a esperança “reduz a tristeza ao confiar em um resultado positivo para os acontecimentos e circunstâncias da vida, especialmente na luta contra a solidão”.

7. Gratidão

Essa virtude cria confiança “através da apreciação dos dons que Deus nos deu” e deu ao cônjuge.

8. Prudência

Para Fitzgibbons, essa virtude "melhora a comunicação" ao ajudar a reconhecer o que dizer ou fazer em cada situação e como fazê-lo.

9. Temperança

"Restringe as compulsões e a infidelidade ao moderar a atração dos prazeres ao dominar os instintos e desejos para que permaneçam leais ao cônjuge", diz o psiquiatra.

10. Justiça

"Evita o divórcio ao fortalecer os cônjuges para que deem o que se deve a Deus, ao seu cônjuge e aos seus filhos”, comenta. “É trabalhar para enfrentar e resolver honestamente sua personalidade e fraquezas espirituais”.

11. Lealdade

"É um desejo inabalável pelo melhor para os demais", diz. Ajuda a "reconhecer que o único lugar onde se realiza o autêntico amor humano e a sexualidade é no matrimônio".

12. Humildade

Fitzgibbons comenta que a humildade ajuda o autoconhecimento, "o processo de abordar as fraquezas e erros adquiridos dos pais que interferem no amor e na felicidade conjugal".

Fonte: https://acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF