Leão XIV se inspirou na mãe do imperador Constantino, Santa
Helena, para explicar a parábola do tesouro escondido, narrada em Mateus 13,44.
Jesus é este tesouro, pelo qual vale a pena entregar a nossa vida.
Vatican News
“Esperar é escavar”: este foi o tema da audiência jubilar
realizada pelo Papa Leão na manhã deste sábado, 6 de setembro.
Na Praça São Pedro, já enfeitada com a tapeçaria dos futuros santos Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, o Pontífice recebeu milhares de peregrinos vindos a Roma seja para o Jubileu, seja para a cerimônia de canonização deste 7 de setembro.
Em sua catequese, o Santo Padre comentou a parábola do tesouro no campo, descrita no Evangelho de Mateus, na qual Jesus descreve o Reino de Deus: é preciso escavar para romper a crosta da realidade e reacender a esperança.
Assim que os cristãos puderam professar publicamente a sua
fé, os discípulos começaram a escavar, em especial nos locais da paixão, morte
e ressurreição de Cristo. A tradição recorda a mãe do imperador Constantino,
Flávia Júlia Helena, como a alma daquelas escavações. Ao invés de desfrutar dos
prazeres da corte, preferiu colocar-se nas pegadas de Cristo na periférica
Jerusalém. O grande tesouro descoberto por Helena foi a Santa Cruz.
“Eis o tesouro escondido pelo qual vender tudo! A Cruz de
Jesus é a maior descoberta da vida, o valor que modifica todos os valores.”
Helena pôde compreender tudo isso porque ela mesma carregou
por muitos anos a própria cruz, já que foi repudiada pelo marido e distanciada
do filho Constantino. Não obstante as dores e desilusões, manteve-se uma mulher
à procura, decidiu se tornar cristã e sempre praticou a caridade, jamais se
esquecendo dos humildes dos quais ela mesma provinha.
“Cultivar o próprio coração requer empenho. É a principal
missão. Mas escavando se encontra, curvando-se nos aproximamos sempre mais
daquele Senhor que se despojou de si mesmo para se tornar como nós. A sua Cruz
está sob a crosta da nossa terra.”
Podemos até caminhar orgulhosos, calcando distraidamente o
tesouro sob nossos pés, concluiu o Papa. Mas se nos tornarmos como crianças,
conheceremos outro Reino, outra força. “Deus está sempre sob nós para nos
elevar.”
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