Por Redação central*
8 de out de 2025 às 00:01
Hoje (8) a Igreja Católica celebra as santas mulheres que
viveram entre os séculos IV e V, Tais e Pelágia. Embora não tenham se
conhecido, a tradição as uniu pelas semelhanças entre suas histórias, até
porque ambas mudaram completamente de vida após o encontro com Cristo. Santa
Tais viveu em Alexandria, Egito, e santa Pelágia em Antioquia, atual Turquia.
Tais e Pelágia, ainda muito jovens, foram seduzidas pela
devassidão e pela força da cultura pagã de sua época. Porém, ao receberem o
anúncio de Cristo, deixaram tudo para segui-lo, reparar os danos que causaram a
si mesmas e viver em busca da santidade. Tais era uma prostituta famosa e
Pelágia uma dançarina da corte.
Resgatada da prostituição
Santa Tais recebeu formação cristã, mas abandonou a fé e se
distanciou completamente de Deus, atraída pelas riquezas, pelo luxo e pelos
prazeres carnais. O seu distanciamento era tal que era impossível reconhecê-la
como cristã, dada a desfiguração da sua alma. Felizmente, isso não significa
que Deus não continuou a vê-la como sua filha ou parou de procurá-la como uma
ovelha perdida.
Segundo o testemunho atribuído ao bispo são Pafnúcio - o
santo do deserto de Tebaida -, Tais conseguiu redescobrir a sua fé. O santo
conta como, depois de ter vivido entre a perdição e o escândalo, e de ter
envergonhado os seus irmãos cristãos, Tais cedeu ao seu insistente anúncio e
deixou que o bom Jesus tocasse o seu coração. Arrependida, a jovem implorou
perdão e mudou de vida.
Mais tarde, santa Tais passou cerca de três anos numa cela
de um mosteiro, isolada, em penitência e dedicada à oração. Depois desse
período, integrou-se na vida do mosteiro, embora não por muito tempo: morreu
duas semanas depois, finalmente em paz e reconciliada com o seu Criador. Isso
aconteceu por volta do ano 348.
Santa Tais é considerada nas Menologias Ortodoxas e as
Igrejas Orientais Católicas honram a sua memória até hoje. Ela é a padroeira de
Alexandria e costuma ser representada vestida com sedas ricas e coloridas,
espelho - símbolo de vaidade - e colar de pérolas, como representação da
futilidade daquilo que se adquire longe de Deus.
Livre de uma vida de luxo
Pelágia nasceu e cresceu como pagã e sua conversão ao
cristianismo ocorreu por mediação do bispo de Antioquia, Nonus, anacoreta de
Tabenas. Bastou que a santa o ouvisse pregar para que Deus movesse seu coração
a uma conversão sincera. Ela pediu o batismo e trocou danças, máscaras e
colares por penitência e oração.
Uma vez batizada, mudou-se para Jerusalém, onde viveu num
mosteiro perto do Monte das Oliveiras. Ela morreu por volta do ano 468. É a
padroeira dos comediantes e dos arrependidos.
*A Agência Católica de Informação - ACI Digital, faz parte
das agências de notícias do Grupo ACI, um dos maiores geradores de conteúdo
noticioso católico em cinco idiomas e que, desde junho de 2014, pertence à
família EWTN Global Catholic Network, a maior rede de televisão católica do
mundo, fundada em 1981 por Madre Angélica em Irondale, Alabama (EUA), e que
atinge mais de 85 milhões de lares em 110 países e 16 territórios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário