Por Redação central*
15 de out de 2025 às 01:00
Santa Teresa D’Ávila é uma religiosa, mística e doutora da
Igreja do século XVI, que em suas memórias relatou como, após uma longa
experiência, aprendeu que “não há coisa de que os demônios fujam mais, para não
mais voltar, do que a água benta”.
O que não é tão conhecido são as experiências que a levaram
a essa conclusão, que a santa descreve em sua autobiografia, o “Livro da vida”.
“Eu estava certa vez num oratório e me apareceu, do lado
esquerdo, uma figura abominável; percebi especialmente a boca, porque falava:
era horrível. Parecia que lhe saía do corpo uma grande chama, muito clara, sem
nenhuma sombra. Disse-me, aterrorizando-me, que eu me livrara de suas garras,
mas que voltaria a elas”, revelou Santa Teresa no início do capítulo 31 de sua
obra.
Em seguida, assustada, tentar espantá-lo com o sinal da
Cruz. O demônio a abandonou, mas logo voltou. Isso aconteceu várias vezes, até
que notou que tinha água benta perto: “Isso me aconteceu por duas vezes. Não
sabendo o que fazer, peguei da água benta que ali havia e lancei-a para onde
essa figura se encontrava. Ela nunca mais voltou”.
Em outro momento, santa Teresa escreveu que o demônio esteve
cinco horas a atormentando “com dores e desassossegos interiores e exteriores
tão terríveis que pensei não poder suportar. As pessoas que estavam comigo
ficaram espantadas e não sabiam o que fazer, nem eu a que recorrer”.
A santa admitiu que só encontrou alívio depois de pedir água
benta e jogá-la no local onde viu um demônio perto. É na explicação desse fato
que é dada a conhecer a sua citação mais famosa.
“A partir de muitos fatos, obtive a experiência de que não
há coisa de que os demônios fujam mais, para não mais voltar, do que da água
benta. Eles também fogem da cruz, mas retornam. Deve ser grande a virtude da
água benta”, assinalou.
Mais tarde, assegurou que conheceu o consolo da alma depois
de tomar a água, o que lhe gerou “uma espécie de deleite interior” que a
confortava.
“Não se trata de ilusão nem de coisa que só aconteceu uma
vez, mas sim de algo frequente que tenho observado com cuidado. Digamos que
seja como se a pessoa estivesse com muito calor e sede e bebesse um jarro de
água fria, sentindo todo o seu corpo refrescar. Penso em quão importante é tudo
o que a Igreja ordena, e alegra-me muito ver que tenham tanta força as palavras
que comunica à água benta para que esta fique tão diferente da comum”,
continuou.
Santa Teresa D’Ávila conta muitas outras histórias sobre o
poder da água benta no restante do capítulo.
*A Agência Católica de Informação - ACI Digital, faz
parte das agências de notícias do Grupo ACI, um dos maiores geradores de
conteúdo noticioso católico em cinco idiomas e que, desde junho de 2014,
pertence à família EWTN Global Catholic Network, a maior rede de televisão
católica do mundo, fundada em 1981 por Madre Angélica em Irondale, Alabama
(EUA), e que atinge mais de 85 milhões de lares em 110 países
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