Carlos nasceu em Arona, próximo de Milão, a 2 de outubro de
1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de
Médicis, a mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja.
Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a
família o entregou para servir a Deus, como era hábito na época. Diplomou-se
aos vinte e um anos de idade em Direito Canônico, e aos vinte e quatro anos
recebeu as ordens do sacerdócio e do episcopado, levando a partir de então uma
conduta acentuadamente piedosa e ascética. Como Bispo de Milão,
colocou em prática, de forma admirável e exemplar, os decretos do Concílio de
Trento (1545) visando a reforma da Igreja que, naquela época (e também
hoje em dia), devia começar pelos próprios bispos e padres, desorientados pelas
seduções mundanas.
Assim destacou-se pela sua missão pastoral, assombrosa na
sua vastidão e profundidade: promoveu vários sínodos diocesanos e
concílios provinciais, visitou as mais de mil paróquias da sua diocese, foi
visitador apostólico nas 15 dioceses sufragâneas de Milão, visitou regiões da
Suíça ameaçadas por heresias; incentivou o dever da residência dos vigários,
foi o primeiro Bispo a fundar, segundo o Concílio, seminários para a
formação de sacerdotes; favoreceu a criação de escolas, a boa imprensa e,
sobretudo, a formação catequética dos fiéis, bem como a elevação moral dos
costumes.
Destacou-se também na extraordinária caridade, especialmente
durante a peste de 1576 que duramente assolou Milão. Faleceu aos 46 anos,
esgotado pelas fadigas das suas incansáveis atividades pastorais.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
A obra de São Borromeu, um dos santos mais importantes e
mais queridos da Igreja, poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e
trabalho. Oriundo da nobreza, Carlos Borromeu utilizou a inteligência notável,
a cultura e o acesso às altas elites de Roma para velar pela moralidade e
formação verdadeiramente católicas de toda a sua diocese (e cristandade),
começando pelo próprio clero e alcançando todas as faixas sociais.
Oração:
Deus, nosso Pai, a exemplo de São Carlos Borromeu, ajuda-nos
a abrir a nossa mente e o nosso coração ao Vosso Espírito de Amor. Que nos
deixemos converter pela Vossa Palavra de amor e obediência, para podermos
experimentar a Vossa ternura e bondade, mediante uma vida dedicada aos irmãos e
fundamentada no Vosso Evangelho. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

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