PAIS: LÚCIDOS, AMOROSOS E TESTEMUNHAS DE ESPERANÇA
06/08/2025
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Festejar o Dia dos Pais é reavivar sempre no seio da Igreja
e da comunidade familiar uma vocação e missão sublime e transcendente pela sua
relevância humana e cristã. Exige não só valorizar e reconhecer a sua presença
e função mas ajudar a descobrir e aprofundar a lucidez e a visão desta missão
insubstituível.
Lucidez que implica responsabilidade e comprometimento em
acompanhar e fazer acontecer o desenvolvimento integral e harmonioso dos
filhos, bem como despertar os valores e virtudes que possibilitarão tal
crescimento.
Não significa só escolher uma escola, supervisionar o plano
de estudos e a formação intelectual como um todo, mas investir na educação dos
sentimentos, valores e atitudes, e tudo aquilo que faz emergir um bom coração,
uma pessoa que anseia servir e amar, um ser humano inteiro, que será um bom
cristão e um cidadão irrepreensível como afirma São Paulo.
Não será como se pretendia erroneamente num passado não
muito longínquo um iniciador sexual dos filhos, mas quem apresentará por
experiência própria, o respeito, reconhecimento, complementariedade, empatia
para com as nossas irmãs mulheres.
Claro que como dizia José Mujica, neste momento crítico que
estamos vivendo, ensinará como faziam nossos avós a ter vergonha na cara, a ser
sempre honesto e sincero custe o que custar e a tratar bem e de forma
igualitária a todas as pessoas não discriminando a ninguém.
Desta forma testemunhará pela maneira de ser, a esperança,
descortinando ideais e sonhos que inspirarão a seus filhos a serem melhores,
mais justos e fraternos, construtores atuantes de uma sociedade mais
equitativa, inclusiva, pacífica e harmoniosa, onde caibam todos/as.
Alguns podem dizer que tudo isto é utópico ou irreal, mas
esquecem o valor da graça e das promessas feitas por Deus aos pais, e que o
caminho do bem e do amor é sempre o mais belo e frutuoso e o que nos levará ao
céu. Deus seja louvado!
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