12 de dez de 2025 às 13:17
O papa Leão XIV disse aos seminaristas, religiosos e
sacerdotes da América Latina que estudam em Roma que, na "sociedade
confusa e barulhenta", hoje mais do que nunca são necessários servos que
proclamem a primazia absoluta de Cristo.
No início de sua mensagem, o papa falou sobre as palavras
“segue-me”, com as quais Jesus Cristo chamou Seus discípulos, nas quais
“podemos encontrar o propósito mais profundo de nossas vidas”.
Leão XIV lhes disse que o Senhor os chama não por mérito
deles, mas na esperança de que, com a vocação, tenham "uma oportunidade de
levar a mensagem do Evangelho aos pecadores e aos frágeis".
O papa os encorajou a descobrir as chaves da vocação deles
através do Evangelho e disse que eles não caminham sozinhos, mas fazem parte de
uma comunidade. “Não estamos unidos por laços de simpatia, interesses
compartilhados ou conveniência recíproca, mas pela pertença ao povo que o
Senhor adquiriu ao preço do seu Sangue”, disse.
À luz das Sagradas Escrituras, Leão XIV disse que a voz de
Jesus Cristo os sustenta pacientemente, mesmo quando a visão vacila. O papa
disse que o Senhor conhece as fraquezas deles e que, muitas vezes, “não é a
cruz que nos é imposta, mas o nosso próprio egoísmo, que se torna um obstáculo
ao nosso desejo de O seguir”.
Leão XIV disse que, em uma sociedade “confusa e barulhenta”,
hoje, mais do que nunca, “há necessidade de servos e discípulos que proclamem a
primazia absoluta de Cristo e que tenham o tom da sua voz bem claro nos ouvidos
e nos corações”.
Segundo o papa, isso se alcança por meio da leitura das
Sagradas Escrituras, “meditadas no silêncio da oração profunda, do acolhimento
com reverência da voz dos pastores legítimos e do estudo atento dos muitos
tesouros de sabedoria que a Igreja nos oferece”.
Leão XIV os exortou a, em meio a alegrias e dificuldades,
cumprir um mandato: "se Cristo viveu assim, nós também devemos viver como
Ele".
O papa disse que “não devemos nos apegar aos aplausos,
porque seu eco dura pouco; nem é saudável ficar só na lembrança dos dias de
crise ou dos momentos de amarga desilusão”.
O papa os exortou a ver tudo isso como parte de sua formação
e a dizer: "Se Deus quis isso para mim, eu também quero".
“O profundo vínculo que nos une a Cristo, seja como
sacerdotes, consagrados ou seminaristas, é semelhante ao que se diz aos
cônjuges cristãos no dia do casamento: na saúde e na doença, na pobreza e na
riqueza”, concluiu Leão XIV.
*Almudena Martínez-Bordiú é uma jornalista espanhola
correspondente da ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em Roma e no
Vaticano, com quatro anos de experiência em informação religiosa.

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