O Papa recebeu em audiência no Vaticano cerca de mil
participantes do Presépio Vivo que neste sábado, 13 de dezembro, desfilam em
cortejo pelas ruas de Roma até a Basílica de Santa Maria Maior: sejam
portadores de consolo e de inspiração para todos.
Daniele Piccini – Vatican News
O presépio é “o costume de representar de diversas maneiras
o Nascimento do Senhor”, uma representação “muitas vezes com traços da própria
cultura e paisagens da própria terra” do “Mistério da Encarnação”. Isso o torna
“um sinal importante: nos lembra que fazemos parte de uma maravilhosa aventura
de Salvação na qual nunca estamos sozinhos”.
Divulguem esta mensagem e mantenham viva esta tradição.
São um dom de luz para o nosso mundo, que tanto precisa poder continuar a ter
esperança.
Com esses votos, o Papa Leão XIV acompanhou sua saudação aos
cerca de mil participantes do Presépio Vivo de Santa Maria Maior e aos
presepistas que foram recebidos neste sábado, 13 de dezembro, na Sala das
Bênçãos.
Peregrinação ao berço do Salvador
Os participantes da encenação viva do nascimento de Jesus,
como destaca o Pontífice em seu discurso de saudação, celebram hoje seu
Jubileu. Passam pela Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maior e prestam
homenagem ao túmulo do Papa Francisco. Em seguida, participam da missa
presidida pelo cardeal Rolandas Makrickas, arcipreste da Basílica mariana, a
“Belém do Ocidente”. À tarde, farão um desfile do Presépio Vivo, partindo da
Igreja do Perpétuo Socorro de Roma, até a Basílica de Santa Maria Maior, e irão
venerar a relíquia do “Berço Sagrado”, a manjedoura, onde, segundo a tradição,
foi colocado o Menino Jesus recém-nascido. “Foi precisamente essa antiga
relíquia que, juntamente com a viagem à Terra Santa, inspirou São Francisco, em
1223, a celebrar pela primeira vez o ‘Natal de Greccio’, dando início à
tradição do presépio”, recordou Leão XIV.
Uma vinda “desarmada e desarmante”
A Natividade do Salvador é uma mensagem em si mesma, já pela
forma como acontece. Deus, explica o Papa citando uma
catequese de Bento XVI de dezembro de 2009, “vem sem armas, sem a
força, para vencer a soberba, a violência, a cobiça do homem, e nos guiar à
nossa verdadeira identidade”. Contemplar o presépio é, portanto, uma forma de
conversão, pois entramos em uma experiência autêntica de conhecimento de Cristo
e de seus caminhos: “Enquanto contemplamos a cena do Natal, somos convidados a
nos colocar espiritualmente em caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que se
fez homem para encontrar cada homem”, acrescenta Leão XIV, citando a Carta Apostólica Admirabile
signum do
Papa Francisco.
É exatamente assim: da gruta de Belém, onde Maria, José e
o Menino estão em sua pobreza desarmante, partimos para começar uma nova vida
seguindo os passos de Cristo. Vocês testemunharão isso à tarde, com o cortejo
que percorrerá as ruas da cidade.
Quem participa da representação de um presépio vivo é,
portanto, um portador de luz.
O desfile, com suas coreografias, trajes e músicas, será
um sinal alegre de como é belo ser discípulo de Jesus, o Deus feito homem, sol
que nasce “para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e guiar
nossos passos pelo caminho da paz” (Lc 1,79).
Consolar e inspirar
Daí a missão que o Papa confia aos figurantes e presepistas,
que não se esgota na duração de um desfile natalino, mas deve se realizar no
cotidiano e dar frutos.
Isso faz de vocês peregrinos de esperança, portadores de
consolo e inspiração para todos aqueles que encontram: para os pequenos e os
grandes, para as famílias, os jovens e os idosos que encontrarão em seu
caminho; para aqueles que se alegram e para aqueles que sofrem, para aqueles
que estão sozinhos, para aqueles que sentem vivo no coração o desejo de amar e
ser amados e para aqueles que, mesmo com dificuldade, continuam a trabalhar com
empenho e perseverança na construção de um mundo melhor.
Depois de agradecer aos figurantes e aos presepistas “pelo
seu empenho”, o Papa abençoou-os, desejando-lhes “Feliz Natal”.




Nenhum comentário:
Postar um comentário