Nada é impossível para Deus. Preparemo-nos para o seu Reino,
acolhamo-lo. O menino, Jesus de Nazaré, guiar-nos-á! Ele, que se colocou nas
nossas mãos, desde a noite do seu nascimento até à hora sombria da morte na
cruz, brilha sobre a nossa história como o Sol nascente. Um novo dia começou:
despertemos e caminhemos na sua luz! Foi a exortação do Santo Padre no Angelus
deste domingo (07/12), II Domingo do Advento, em preparação para a celebração
do nascimento de nosso Salvador.
Raimundo de Lima – Vatican News
O Santo Padre rezou o Angelus ao meio-dia deste domingo, 7
de dezembro, II Domingo do Advento, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça
São Pedro. Na alocução que precedeu a oração mariana, o Pontífice ateve-se
inicialmente à página do Evangelho do dia, que nos anuncia a vida do Reino de
Deus (Mt 3, 1-12). Antes de Jesus, surge em cena o seu Precursor, João Batista.
Ele pregava no deserto da Judeia, dizendo: “Convertei-vos, porque está próximo
o Reino do Céu!”.
Na oração do Pai-Nosso, prosseguiu o Papa, pedimos todos os
dias: “Venha a nós o vosso reino”. O próprio Jesus no-lo ensinou. E com esta
invocação, orientamo-nos para o Novo que Deus tem reservado para nós,
reconhecendo que o curso da história não é algo já determinado pelos poderosos
deste mundo. Colocamos os nossos pensamentos e energias ao serviço de um Deus
que vem reinar não para nos dominar, mas para nos libertar. É um “evangelho”:
uma verdadeira boa notícia, que nos motiva e nos envolve.
Deus se manifesta na mansidão e na misericórdia
Certo, o tom do Batista é severo, mas o povo ouve-o
porque nas suas palavras ouve ressoar o apelo de Deus para não brincar com a
vida, para aproveitar o momento presente para se preparar para o encontro com
Aquele que não julga com base nas aparências, mas nas obras e nas intenções do
coração.
O próprio João ficará surpreso com a forma como o Reino de
Deus se manifestará em Jesus Cristo: na mansidão e na misericórdia. O profeta
Isaías compara-o a um rebento: uma imagem não de poder ou destruição, mas de
nascimento e novidade. Sobre o rebento, que brota de um tronco aparentemente
morto, começa a soprar o Espírito Santo com os seus dons (cf. Is 11, 1-10).
Cada um de nós pode pensar numa surpresa semelhante que lhe aconteceu na vida.
Concílio Vaticano II terminava exatamente 60 anos atrás
Leão XIV ressaltou ser essa a experiência que a Igreja viveu
no Concílio Vaticano II, que terminou há exatamente sessenta anos: uma
experiência que se renova quando caminhamos juntos em direção ao Reino de Deus,
todos ansiosos por acolhê-lo e servi-lo.
Então, observou, não só brotam realidades que pareciam
fracas ou marginais, mas realiza-se o que humanamente se diria impossível. Com
as imagens do profeta: “o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo
deitar-se-á ao lado do cabrito; o novilho e o leão comerão juntos, e um menino
os conduzirá”.
Cada um de nós pode ser uma pequena luz, se acolher Jesus
Irmãs e irmãos, como o mundo precisa desta esperança!
Nada é impossível para Deus. Preparemo-nos para o seu Reino, acolhamo-lo. O
menino, Jesus de Nazaré, guiar-nos-á! Ele, que se colocou nas nossas mãos,
desde a noite do seu nascimento até à hora sombria da morte na cruz, brilha
sobre a nossa história como o Sol nascente. Um novo dia começou: despertemos e
caminhemos na sua luz!
Eis a espiritualidade do Advento, tão luminosa e concreta,
prosseguiu o Santo Padre, ressaltando que as luzes ao longo das ruas
lembram-nos que cada um de nós pode ser uma pequena luz, se acolher Jesus,
rebento de um mundo novo. “Aprendamos a fazê-lo com Maria, nossa Mãe, mulher da
espera confiante e da esperança”, concluiu o Pontífice.

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