Talita
Rodrigues - publicado em 21/10/25
Ela se manifesta de muitas formas: em pensamentos
repetitivos, no coração acelerado, na falta de ar, na dificuldade de dormir ou
simplesmente na sensação de que algo ruim está prestes a acontecer — mesmo sem
motivo aparente.
Vivemos tempos acelerados, onde a mente parece correr mais
rápido do que o corpo pode acompanhar. A rotina intensa, a cobrança constante
por produtividade, o excesso de informações e as incertezas do futuro têm feito
da ansiedade um dos maiores males da atualidade.
A ansiedade, em sua essência, é uma reação natural diante da
vida. Todos nós, em algum momento, sentimos medo, preocupação ou apreensão. O
problema é quando ela deixa de ser passageira e passa a dominar os dias,
minando a paz interior e afastando-nos da presença no momento presente. Nesse
ponto, é preciso olhar com amor, cuidado e consciência para o que está
acontecendo dentro de nós.
A psicologia tem um papel essencial nesse processo. Ela nos
convida a compreender as causas do nosso sofrimento, a identificar os
pensamentos que alimentam a ansiedade e a construir novas formas de lidar com o
medo. O trabalho terapêutico não busca eliminar a ansiedade — porque ela faz
parte da condição humana —, mas sim transformar a relação que temos com ela.
Quando compreendemos nossas emoções, aprendemos a acolhê-las em vez de lutar
contra elas.
Por outro lado, a fé nos oferece algo que a razão, por si
só, não alcança: o sentido. Quando a alma está cansada e o controle nos escapa,
a fé nos recorda que não estamos sozinhos. Ela é a voz que sussurra em meio ao
caos: “Confia.” É o abraço invisível que conforta quando tudo parece incerto. É
o chão firme quando o mundo desaba dentro de nós.
A psicologia cura pela consciência; a fé, pela esperança.
Juntas, elas constroem uma ponte entre a mente e o espírito. A terapia nos
ensina a olhar para dentro, enquanto a fé nos convida a olhar para o alto. Uma
nos ajuda a reorganizar o que está em desordem; a outra, a encontrar propósito
mesmo nas dores.
Curar a ansiedade, portanto, não é apagar o medo — é
aprender a caminhar com ele. É silenciar o ruído do mundo para escutar a
própria alma. É compreender que a paz não está na ausência de problemas, mas na
presença de confiança.
Se você sente que a ansiedade tem tomado espaço demais,
procure ajuda. Falar sobre o que dói, aprender a respirar e reencontrar-se com
o que te dá sentido são passos de coragem. E, acima de tudo, confie: existe
vida leve depois da tempestade. A fé e a psicologia, unidas, são caminhos
diferentes que levam ao mesmo destino — a serenidade do coração.
“Tudo pode ser tirado de um homem, exceto uma coisa: a
última das liberdades humanas — escolher a própria atitude em qualquer
circunstância, escolher o seu próprio caminho.”
— Viktor Frankl
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