"Não tenhamos medo de reconhecer os nossos erros, de os
expor, assumindo a responsabilidade por eles e confiando-os à misericórdia de
Deus", foi a exortação do Papa no Angelus dominical, ao comentar o
Evangelho do dia.
Bianca Fraccalvieri - Vatican News
Após a celebração da missa na Basílica Vaticana, o
Papa rezou o Angelus da janela de seu escritório com os milhares de fiéis
reunidos na Praça São Pedro. Antes de oração mariana, comentou o
Evangelho deste 30º Domingo do Tempo Comum (cf. Lc 18, 9-14),
que apresenta dois personagens que rezam no Templo, um fariseu e um publicano.
Ouça a reportagem completa com a voz do Papa Leão
O primeiro ostenta uma longa lista de méritos. As boas obras
que realiza são muitas e, por isso, considera-se melhor do que os outros, a
quem julga com desdém. A sua atitude é claramente presunçosa: observa
rigorosamente a Lei, mas é pobre em amor e misericórdia.
O publicano também reza, mas de forma diferente. Há muito
nele a ser perdoado, pois é um cobrador de impostos ao serviço do Império
Romano. No entanto, no final da parábola, Jesus diz que, entre os dois, é ele
quem volta para casa “justificado”, ou seja, perdoado e renovado pelo encontro
com Deus.
Não tenhamos medo de reconhecer nossos erros!
O Papa Leão explicou que isso acontece, em primeiro lugar,
porque o publicano tem a coragem e a humildade de se apresentar diante de Deus
não obstante os olhares severos e os julgamentos mordazes. Coloca-se diante do
Senhor, pronunciando poucas palavras: "Ó Deus, tem piedade de mim, que sou
pecador".
“Assim, Jesus transmite-nos uma mensagem poderosa: não é
ostentando os nossos méritos que nos salvamos, nem escondendo os nossos erros,
mas apresentando-nos tal como somos, honestamente, diante de Deus, de nós
mesmos e dos outros, pedindo perdão e confiando na graça do Senhor.”
A exortação do Pontífice é para que façamos o mesmo:
"Não tenhamos medo de reconhecer os nossos erros, de os expor, assumindo a
responsabilidade por eles e confiando-os à misericórdia de Deus. Deste modo,
poderá crescer, em nós e à nossa volta, o seu Reino, que não pertence aos
soberbos, mas aos humildes. (...) Peçamos a Maria, modelo de santidade, que nos
ajude a crescer nessas virtudes".


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