Translate

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Ano do laicato

Cardeal Orani João TempestaArcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Começaremos a viver, a partir do domingo de Cristo Rei deste ano, Dia do Cristão leigo, o ano do laicato. Uma iniciativa de nossa Conferência Episcopal no intuito de protagonizar o papel e a missão dos leigos na igreja e no na sociedade. Os leigos são os cristãos batizados que não estão ligados como membros às Sagradas Ordens, ou seja, os que foram incorporados a Cristo pelo Batismo, que formam o Povo de Deus, e que participam da função sacerdotal, profética e régia de Cristo.
Os cristãos leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja; e devem ter uma consciência clara, não somente de pertencerem à Igreja, mas de “serem e sentirem com a Igreja”, isto é, a comunidade dos fiéis na terra em unidade com o Santo Padre, o Papa, e em comunhão com seus Bispos. Juntos, como a Igreja.
O leigo tem como vocação própria, procurar o Reino de Deus exercendo funções no mundo, no trabalho, mas ordenando-as segundo o Plano e a vontade de Deus. Cristo os chama a ser “sal da terra e luz do mundo” (lema deste ano do laicato). O leigo deve ser testemunha de Cristo aonde o sacerdote não chega. Ele deve levar a luz de Cristo aos ambientes de trevas, de pecado, de injustiça, de violência, enfim, ao mundo de hoje com suas virtudes e mazelas. Assim, no mundo do trabalho, levando tudo a Deus, o leigo contribui para o louvor do Criador. Ele constrói o mundo pelo trabalho, e assim coloca na obra de Deus a sua assinatura.
Sabendo da importância do leigo para a Igreja, a Igreja no Brasil tem a proposta de celebrar no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”.
O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato foi: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema, como já dissemos: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). (Retirado do site: http://cnbb.net.br/ano-do-laicato-intensificara-o-trabalho-para-que-cristaos-leigos-e-leigas-sejam-sal-e-luz-na-igreja-e-na-sociedade acesso pela última vez: 30/10/2017).
O Ano do Laicato terá como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade” (Retirado do site: http://cnbb.net.br/ano-do-laicato-intensificara-o-trabalho-para-que-cristaos-leigos-e-leigas-sejam-sal-e-luz-na-igreja-e-na-sociedade, acesso pela última vez: 30/10/2017).
O Concílio Ecumênico Vaticano II fez vir à tona mais ainda a atividade do leigo na Igreja: “Os leigos que forem capazes e que se formarem para isto podem também dar sua colaboração na formação catequética, no ensino das ciências sagradas e atuar nos meios de comunicação social.” (CIC §906)
Os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, “eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito”. (CIC §900).
“Os leigos podem também sentir-se chamados ou vir a ser chamados para colaborar com os próprios pastores no serviço da comunidade eclesial, para o crescimento e a vida da mesma, exercendo ministérios bem diversificados, segundo a graça e os carismas que o Senhor quiser depositar neles.” (CIC §910). Nesse sentido, além do trabalho essencial dos leigos no mundo, a colaboração intra-eclesial também é muito importante como membros da Igreja.
A Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato organizou as atividades em quatro eixos: 1) Eventos; 2) Comunicação, catequese e celebração; 3) Seminários temáticos nos Regionais; e 4) Publicações. O Ano do leigo, pretende ainda: “Dinamizar o estudo e a prática do documento 105: ‘Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade’ e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, ‘verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade.
Contudo, o Ano do laicato será muito especial, pois, teremos a oportunidade de ainda mais aprofundar na missão do leigo e do seu papel no contexto atual de Igreja e mundo. Segundo Papa Francisco: “em virtude do Batismo recebido, os fiéis leigos são protagonistas na obra de evangelização e promoção humana”. “Incorporado à Igreja, cada membro do Povo de Deus é inseparavelmente discípulo e missionário. É preciso sempre reiniciar dessa raiz comum a todos nós, filhos da Mãe Igreja”. (Retirado do site: http://www.news.va/pt/news/papa-francisco-leigos-sao-protagonistas-na-obra-de/ Acesso: 30/10/2017).
Que nossos leigos e leigas neste ano especial, fiéis filhos da Igreja, e seguidores de Jesus Cristo, possam, diante de tantas ideologias e injustiças serem testemunhas de um tempo novo em que o Evangelho vivido seja um sinal de esperança cristã para a sociedade, totalmente comprometidos com Jesus Cristo e guiados pelo Espírito Santo no caminho para o Pai e assim sejam sempre mais testemunhas evangélicas da misericórdia divina!
CNBB

Papa: colonização ideológica impõe sistema educativo aos jovens

Jovens (catequizar)
Cidade do Vaticano (RV) - “Tirar a liberdade, cancelar a memória, doutrinar os jovens: são os três indicadores de colonização cultural e ideológica, em todos os tempos. O Papa, na homilia da missa na Casa Santa Marta, voltou a este tema inspirando-se mais uma vez nas leituras desta semana, que narram a perseguição do rei Antíoco Epifane contra os Macabeus fieis à lei dos Pais. O que aconteceu, comentou Francisco ao povo de Deus, acontece todas as vezes que surge uma ditadura na terra: ‘pensem’ – disse o Papa sem citar nomes – ‘no que fizeram as ditaduras do século passado na Europa’ e nas ‘escolas de doutrinamento’ que nasceram:
“Tira-se a liberdade, destrói-se a história, a memória do povo, e impõe-se um sistema educativo aos jovens. Todas, todas fazem isso; todas fazem assim. Algumas com luvas brancas: um país, uma nação pede um empréstimo... ‘eu dou, mas nas suas escolas, devem ensinar isso, isso e aquilo’ e indicam os livros... livros que cancelam tudo o que Deus criou e como o criou. Cancelam as diferenças, cancelam a história: a partir de hoje, começa-se a pensar assim. Quem não pensa assim deve ser deixado de lado, ou até perseguido’.
Também na Europa, reiterou o Papa, ‘aqueles que se opunham às ditaduras genocidas eram perseguidos’, ameaçados, privados da liberdade, que corresponde a ‘outra forma de tortura’. E com a liberdade, as colonizações culturais tiram a memória, reduzindo-a a ‘fábulas’,  ‘mentiras’, ‘coisa de velho’. Recordando a figura da mãe dos Macabeus, que exorta os filhos a resistirem diante do martírio, o Papa sublinhou o papel único da mulher na custódia da memória e das raízes históricas:
“Preservar a memória: a memória da salvação, a memória do povo de Deus, a memória que fortalecia a fé deste povo perseguido pela colonização ideológica e cultural. A memória nos ajuda aa vencer qualquer sistema educativo perverso. Recordar: recordar os valores, recordar a História, recordar as coisas que aprendemos. E depois, a mãe, a mãe que falava duas vezes – como diz o texto – na ‘língua dos pais’: falava em dialeto. E não existe nenhuma colonização cultural que possa vencer o dialeto..’.
A ‘ternura feminina’ e ‘a coragem viril’ da mãe dos Macabeus que se sente forte pelas raízes históricas da língua dos Pais na defesa de seus filhos e do Povo de Deus, faz pensar – observou o Papa – que ‘somente a força das mulheres é capaz de resistir a uma colonização cultural’. As mulheres são, portanto, guardiãs da memória, do dialeto e também da fé:
"O povo de Deus foi adiante graças a tantas mulheres boas, que souberam dar aos filhos a fé e somente elas – as mães – sabem transmitir a fé em dialeto. Que o Senhor nos dê sempre a graça, na Igreja, de fazer memória, de não esquecermos o dialeto dos pais e de ter mulheres corajosas".

Fonte: Rádio Vaticano

Hoje celebramos 117 santos mártires assassinados por ódio a fé no Vietnã

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Nov. 17 / 04:00 am (ACI).- Por volta do século XVI, a evangelização chegou ao Vietnã e muitos a acolheram com alegria, mas rapidamente também teve início a perseguição aos cristãos.

Foi assim que durante séculos milhares de vietnamitas foram martirizados, entre eles bispos, sacerdotes, religiosos e leigos.
Muitos deles foram enterrados de forma anônima, mas sua lembrança permanece viva no espírito da comunidade católica.
Deste grupo de valentes cristãos, 117 católicos, cujos nomes foram identificados, foram canonizados por São João Paulo II em 1988 e sua festa é celebrada neste dia 24 de novembro.
Destes, 75 foram decapitados, 22 estrangulados, 6 queimados vivos, 5 condenados a esquartejamento e 9 foram condenados a morrer no cárcere com torturas.
Os 117 mártires do Vietnã, entre os quais também havia missionários espanhóis e franceses, são:
1. André DUNG-LAC, Sacerdote 21-12-1839
2. Domingos HENARES, Bispo O.P. 25-06-1838
3. Clemente Inácio DELGADO CEBRIAN, Bispo O.P. 12-07-1838
4. Pedro Rosa Úrsula BORIE, Bispo M.E.P. 24-11-1838
5. José Maria DIAZ SANJURJO, Bispo O.P. 20-07-1857
6. Melchior GARCIA SAMPEDRO SUAREZ, Bispo O.P. 28-07-1858
7. Jerônimo HERMOSILLA, Bispo O.P. O1-11-1861
8. Valentim BERRIO OCHOA, Bispo O.P. 01-11-1861
9. Estevão Teodoro CUENOT, Bispo M.E.P. 14-11-1861
10. Francisco GIL DE FEDERICH, Sacerdote O.P. 22-O1-1745
11. Mateus ALONSO LECINIANA, Sacerdote O.P. 22-O1-1745
12. Jacinto CASTANEDA, Sacerdote O.P. 07-11-1773
13. Vicente LE OUANG LIEM, Sacerdote O.P. 07-11-1773
14. Emanuel NGUYEN VAN TRIEU, Sacerdote 17-09-1798
15. João DAT, Sacerdote 28-10-1798
16. Pedro LE TuY, Sacerdote 11-10-1833
17. Francisco Isidoro GAGELIN, Sacerdote M.E.P. 17-10-1833
18. José MARCHAND, Sacerdote M.E.P. 30-11-1835
19. João Carlos CORNAY, Sacerdote M.E.P. 20-09-1837
20. Vicente DO YEN, Sacerdote O.P. 30-06-1838
21. Pedro NGUYEN BA TUAN, Sacerdote 15-07-1838
22. José FERNANDEZ, Sacerdote O.P. 24-07-1838
23. Bernardo VU VAN DUE, Sacerdote 01-08-1838
24. Domingos NGUYEN VAN HANH (DIEU), Sacerdote O.P. 01-08-1838
25. Santiago Do MAI NAM, Sacerdote 12-08-1838
26. José DANG DINH (NIEN) VIEN, Sacerdote 21-08-1838
27. Pedro NGUYEN VAN TU, Sacerdote O.P. 05-09-1838
28. Francisco JACCARD, Sacerdote M.E.P. 21-09-1838
29. Vicente NGUYEN THE DIEM, Sacerdote 24-11-1838
30. Pedro VO BANG KHOA, Sacerdote 24-11-1838
31. Domingos TUOC, Sacerdote O.P. 02-04-1839
32. Tomás DINH VIET Du, Sacerdote O.P. 26-11-1839
33. Domingos NGUYEN VAN (DOAN) XUYEN, Sacerdote O.P. 26-11-1839
34. Pedro PHAM VAN TIZI, Sacerdote 21-12-1839
35. Paulo PHAN KHAc KHOAN, Sacerdote 28-04-1840
36. José DO QUANG HIEN, Sacerdote O.P. 09-05-1840
37. Lucas Vu BA LOAN, Sacerdote 05-06-1840
38. Domingos TRACH (DOAI), Sacerdote O.P. 18-09-1840
39. Paulo NGUYEN NGAN, Sacerdote 08-11-1840
40. José NGUYEN DINH NGHI, Sacerdote 08-11-1840
41. Martinho TA Duc THINH, Sacerdote 08-11-1840
42. Pedro KHANH, Sacerdote 12-07-1842
43. Agostinho SCHOEFFLER, Sacerdote M.E.P. 01-05-1851
44. João Luís BONNARD, Sacerdote M.E.P. 01-05-1852
45. Felipe PHAN VAN MINH, Sacerdote 03-07-1853
46. Lourenço NGUYEN VAN HUONG, Sacerdote 27-04-1856
47. Paulo LE BAo TINH, Sacerdote 06-04-1857
48. Domingos MAU, Sacerdote O.P. 05-11-1858
49. Paulo LE VAN Loc, Sacerdote 13-02-1859
50. Domingos CAM, Sacerdote T.O.P. 11-03-1859
51. Pedro DOAN LONG QUY, Sacerdote 31-07-1859
52. Pedro Francisco NERON, Sacerdote M.E.P. 03-11-1860
53. Tomás KHUONG, Sacerdote T.O.P. 30-01-1861
54. João Teofano VENARD, Sacerdote M.E.P. 02-02-1861
55. Pedro NGUYEN VAN Luu, Sacerdote 07-04-1861
56. José TUAN, Sacerdote O.P. 30-04-1861
57. João DOAN TRINH HOAN, Sacerdote 26-05-1861
58. Pedro ALMATO RIBERA, Sacerdote O.P. 01-11-1861
59. Paulo TONG VIET BUONG, Leigo 23-10-1833
60. André TRAN VAN THONG, Leigo 28-11-1835
61. Francisco Javier CAN, Catequista 20-11-1837
62. Francisco DO VAN (HIEN) CHIEU, Catequista 25-06-1838
63. José NGUYEN DINH UPEN, Catequista T.O.P. 03-07-1838
64. Pedro NGUYEN DicH, Leigo 12-08-1838
65. Miguel NGUYEN HUY MY, Leigo 12-08-1838
66. José HOANG LUONG CANH, Leigo T.O.P. 05-09-1838
67. Tomás TRAN VAN THIEN, Seminarista 21-09-1838
68. Pedro TRUONG VAN DUONG, Catequista 18-12-1838
69. Paulo NGUYEN VAN MY, Catequista 18-12-1838
70. Pedro VU VAN TRUAT, Catequista 18-12-1838
71. Agostinho PHAN VIET Huy, Leigo 13-06-1839
72. Nicolau BUI DUC THE, Leigo 13-06-1839
73. Domingos (Nicolau) DINH DAT, Leigo 18-07-1839
74. Tomás NGUYEN VAN DE, Leigo T.O.P. 19-12-1839
75. Francisco Javier HA THONG MAU, Catequista T.O.P. 19-12-1839
76. Agostinho NGUYEN VAN MOI, Leigo T.O.P. 19-12-1839
77. Domingos Bui VAN UY, Catequista T.O.P. 19-12-1839
78. Estevão NGUYEN VAN VINTI, Leigo T.O.P. 19-12-1839
79. Pedro NGUYEN VAN HIEU, Catequista 28-04-1840
80. João Batista DINH VAN THANH, Catequista 28-04-1840
81. Antônio NGUYEN HUU (NAM) QUYNH, Leigo 10-07-1840
82. Pedro NGUYEN KHAC Tu, Catequista 10-07-1840
83. Tomás TOAN, Catequista T.O.P. 21-07-1840
84. João Batista CON, Leigo 08-11-1840
85. Martinho THO, Leigo 08-11-1840
86. Simão PHAN DAc HOA, Leigo 12-12-1840
87. Inês LE THi THANH (DE), Leiga 12-07-1841
88. Mateus LE VAN GAM, Leigo 11-05-1847
89. José NGUYEN VAN Luu, Catequista 02-05-1854
90. André NGUYEN Kim THONG (NAM THUONG), Catequista 15-07-1855
91. Miguel Ho DINH HY, Leigo 22-05-1857
92. Pedro DOAN VAN VAN, Catequista 25-05-1857
93. Francisco PHAN VAN TRUNG, Leigo 06-10-1858
94. Domingos PHAM THONG (AN) KHAM, Leigo T.O.P. 13-01-1859
95. Lucas PHAM THONG (CAI) THIN, Leigo 13-01-1859
96. José PHAM THONG (CAI) TA, Leigo 13-01-1859
97. Paulo HANH, Leigo 28-05-1859
98. Emanuel LE VAN PHUNG, Leigo 31-07-1859
99. José LE DANG THI, Leigo 24-10-1860
100. Mateus NGUYEN VAN (NGUYEN) PHUONG, Leigo 26-05-1861
101. José NGUYEN DUY KHANG, Catequista T.O.P. 06-11-1861
102. José TUAN, Leigo 07-01-1862
103. José TUC, Leigo 01-06-1862
104. Domingos NINH, Leigo 02-06-1862
105. Domingos TORI, Leigo 05-06-1862
106. Lourenço NGON, Leigo 22-05-1862
107; Paulo (DONG) DUONG, Leigo 03-06-1862
108. Domingos HUYEN, Leigo 05-06-1862
109. Pedro DUNG, Leigo 06-06-1862
110. Vicente DUONG, Leigo 06-06-1862
111. Pedro THUAN, Leigo 06-06-1862
112. Domingos MAO, Leigo 16-06-1862
113. Domingos NGUYEN, Leigo 16-06-1862
114. Domingos NHI, Leigo 16-06-1862
115. André TUONG, Leigo 16-06-1862
116. Vicente TUONG, Leigo 16-06-1862
117. Pedro DA, Leigo 17-06-1862
ACI Digital

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Brasil passa a ter a menor Basílica do mundo

Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Foto: Wikimedia (domínio público)
BELO HORIZONTE, 21 Nov. 17 / 02:00 pm (ACI).- No alto da Serra da Piedade, em Caeté (MG), uma pequena ermida recebe há 250 anos milhares de peregrinos, levando à necessidade da construção de outra igreja maior na década de 1970; agora, esses dois templos foram elevados a Basílicas pelo Papa Francisco, sendo que um deles se tornou a menor Basílica do mundo.
O anúncio foi feito pelo Arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, durante a Missa por ocasião do Dia Mundial dos Pobres, no domingo, 19 de novembro.
Segundo o Prelado, a singela capela do século XVIII passa a se chamar Basílica Ermida da Padroeira de Minas Gerais – Nossa Senhora da Piedade e a Igreja das Romarias, erguida na década de 1970, se torna Basílica Estadual Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais.
“Estou muito feliz, porque é o reconhecimento do Papa Francisco para um lugar de grande singularidade e expressividade, que une a história de dois séculos e meio, a força espiritual do povo”, expressou o Arcebispo ao ‘Estado de Minas’.
Dom Walmor explicou que, a partir de agora, essas duas igrejas “estão ligadas à missão do Papa”. “É importante destacar que as Basílicas são espaços especiais, já que os católicos podem receber indulgências, a graça de purificar o peso que os pecados têm sobre nós”, acrescentou.
Quanto à data para o anúncio dos títulos, o Arcebispo assinalou que se tratou de uma forma para demonstrar que as Basílicas remetem à realeza de Cristo, o qual “não significa triunfo, mas serviço aos pobres”.
Além disso, conforme explicou a Arquidiocese mineira, “assim como as catedrais estão ligadas ao ministério de bispos e arcebispos, as Basílicas têm vínculos direto com o ministério do Papa. Por isso, são consideradas pela Igreja como território internacional, com grande influência nas regiões onde estão inseridas”.
A decisão do Papa Francisco de elevar a Ermida e a Igreja das Romarias a Basílicas se deu após Dom Walmor levar ao Pontífice, em junho, um documento com assinaturas de bispos mineiros que faziam esta solicitação para este jubileu dos 250 anos de peregrinações.
A Arquidiocese de Belo Horizonte informou que no dia 15 de dezembro, às 15h, será feita a dedicação da Basílica Ermida da Padroeira de Minas Gerais – Nossa Senhora da Piedade e consagração do altar.
Neste mesmo dia, terá início a novena para dedicação da Basílica Estadual Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais e consagração do altar, que ocorrerá em 15 de setembro de 2018, dia de Nossa Senhora da Piedade.
Basílica
Um templo recebe o título de Basílica por parte dos Papas devido à sua importância espiritual e histórica. São centros espirituais e evangelizadores de uma comunidade e também servem para difundir uma devoção especial à Virgem Maria, a Jesus ou a algum santo.
No mundo, há quatro basílicas maiores, que estão em Roma. São as de São Pedro, Santa Maria Maior, São Paulo Extramuros e São João de Latrão, conhecida como a Catedral do Papa.
Existem ainda as Basílicas menores, templos que receberam esse título por uma concessão do Papa ou da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Geralmente, são santuários e catedrais que recebem um grande número de peregrinos pelos tesouros sagrados que guardam ou pela sua importância histórica.
Quanto às novas Basílicas do Brasil, o complexo do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, somente em 2016, recebeu cerca de 500 mil pessoas entre brasileiros e estrangeiros. Para este ano Jubilar de 2017, a expectativa é de acolher 700 mil peregrinos.
A história desse local e da devoção à Nossa Senhora da Piedade remonta ao século XVIII, quando uma menina, surda e muda, passou a falar e a ouvir após testemunhar uma aparição da Virgem Maria no alto da Serra da Piedade.
Após ter conhecimento desse milagre, o português Antônio da Silva Bracarena se converteu e decidiu construir uma capela naquele local.
Em 1767, começou a erguer a Ermida de Nossa Senhora da Piedade, que mais tarde, acolheu a imagem da Virgem esculpida pelo reconhecido como mestre do Barroco mineiro Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Em reconhecimento à devoção do povo mineiro e aos peregrinos que visitam o Santuário na Serra da Piedade, em 1960, por decreto do Papa João XXIII, Nossa Senhora da Piedade se tornou padroeira de Minas Gerais.
ACI Digital

domingo, 19 de novembro de 2017

Papa nomeia o Cardeal Sérgio da Rocha Relator Geral do Sínodo de 2018

Cidade do Vaticano (RV) - O Conselho da Secretaria do Sínodo dos Bispos reuniu-se esta quinta e sexta-feira, 16 e 17 de novembro, no Vaticano, informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.
Cardeal Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB - RV

Ao término do encontro o Santo Padre anunciou a nomeação do Relator Geral na pessoa do arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Sérgio da Rocha, e dos Secretários Especiais nas pessoas do Rev. Pe. Giacomo Costa, S.J. e Pe. Rossano Sala, S.D.B. para a próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, a realizar-se no Vaticano de 3 a 28 de outubro de 2018, lê-se ainda no comunicado.
Rádio Vaticano


sábado, 18 de novembro de 2017

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Nov. 17 / 04:00 am (ACI).- Neste dia 18 de novembro, a Igreja celebra a dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, templos em Roma que contêm os restos mortais destes dois grandes nomes do cristianismo e símbolos da fraternidade e da unidade da Igreja.

A Basílica de São Pedro, no Vaticano, foi construída sobre o túmulo do Apóstolo, que morreu crucificado de cabeça para baixo. No ano 323, o imperador Constantino mandou construir no local a Basílica dedicada àquele que foi o primeiro Papa da Igreja.
A atual Basílica de São Pedro demorou 170 anos para ser edificada. Começou com o Papa Nicolau V, em 1454, e foi concluída pelo Papa Urbano VIII, que a consagrou em 18 de novembro de 1626. A data coincide com a consagração da antiga Basílica.
Bramante, Rafael, Michelangelo e Bernini, famosos artistas da história, trabalharam nela, plasmando o melhor de sua arte.
A Basílica de São Pedro mede 212 metros de comprimento, 140 de largura e 133 metros de altura em sua cúpula. Não há templo no mundo que se iguale em extensão.
A Basílica de São Paulo Extramuros é, depois de São Pedro, o maior templo de Roma. Também surgiu por vontade de Constantino. Em 1823, foi quase totalmente destruída por um terrível incêndio. Leão XIII iniciou sua reconstrução e foi consagrada em 10 de dezembro de 1854 pelo Papa Pio IX.
Um fato interessante é que, sob as janelas da nave central nas naves laterais, em mosaico, encontram-se os retratos de todos os Papas desde São Pedro até o atual, o Papa Francisco.
Em 2009, por ocasião desta celebração, o Papa Bento XVI disse que “esta festa nos proporciona a ocasião de ressaltar o significado e o valor da Igreja. Queridos jovens, amem a Igreja e cooperem com entusiasmo em sua edificação”.
ACI Digital

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Cardeal Tempesta adverte sobre inclusão da ideologia de gênero em iminente aprovação da BNCC

Cardeal Orani João Tempesta / Foto: Facebook Cardeal Orani João Tempesta
RIO DE JANEIRO, 14 Nov. 17 / 07:00 am (ACI).- Frente à iminente votação da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que em seu formato atual inclui a ideologia de gênero, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta fez um alerta sobre os riscos que decorrem de tal ideologia e convocou a sociedade a reagir.
“O tempo urge!”, alertou o Purpurado em um recente artigo intitulado “‘Ideologia de gênero’ na BNCC, do MEC”.
No texto, exortou a refletir “com atenção a respeito do tema e, dentro da lei e da ordem – meta importante a todo fiel cristão –, reajamos alertando os próximos e assinando campanhas contrárias a essa introdução na BNCC”.
Segundo o Cardeal Tempesta, caso o decreto da BNCC seja “deixado com as menções sobre a ideologia de gênero, nos deixará à mercê de um futuro perigoso para a nossa civilização”.
“As pessoas sensatas, cientistas e também de fé já alertaram sobre esse erro perigoso e que agora temos a ameaça de ser imposta sobre a nossa cultura uma ideologia que destrói a sociedade em vista de uma dominação ditatorial”, advertiu.
A ideologia de gênero e a educação no Brasil já estiveram no foco dos debates nos últimos anos em razão do Plano Nacional e dos Planos Municipais de Educação, tendo sido rejeitada na grande maioria desses, incluindo o nacional.
Entretanto, conforme recordou o Arcebispo do Rio de Janeiro, “mesmo sendo rejeitado amplamente em quase todas as Assembleias legislativas do Brasil, a Ideologia de gênero vai entrando pelo judiciário ou por decretos executivos”.
Diante disso, reforçou a importância do “nosso posicionamento neste momento crucial da história de nossa nação” e convidou “todos os homens e mulheres, que tomarem conhecimento deste momento histórico, a uma decisão firme e participativa (como muito se prega em qualquer democracia) em favor do futuro próximo e remoto das novas gerações, por conseguinte, da família e de toda a Humanidade ameaçada”.
Como explicou o Cardeal, a ideologia de gênero se trata de uma teoria “antinatural” que afirma a existência de um “sexo psicológico ou o gênero que poderia ser construído livremente pela sociedade na qual o indivíduo está inserido e não em conformidade com a Biologia”.
“Essa teoria – pontuou – faz parte de um conjunto maior de ideias que se destinam a descontruir a sociedade atual em vista de uma anarquia geral” e “é isso que se pretende ensinar nas escolas de todo o Brasil” com a BNCC.
Esta é uma “forma de (des)educação” que se mostra “totalmente contrária aos planos de Deus e à própria ciência”.
O Purpurado recordou “a raiz marxista e ateia desse sistema ideológico”, conforme foi sublinhado em 1998 em nota emitida pela Conferência Episcopal do Peru com o título ‘La ideologia de género: sus peligros y alcances’.
Trata-se, indicou, de uma ideologia que “é contra Deus, autor da Lei natural moral e física, que criou homem e mulher”.
Sobre ela, a Igreja vem alertando, conforme lembrou o Arcebispo, ao citar o Papa Bento XVI, o qual via o “termo ‘gênero’ como nova filosofia da sexualidade”, na qual “homem e mulher como realidade da criação, como natureza da pessoa humana, já não existem”.
Também o Papa Francisco lançou suas advertências sobre tal ideologia, ao afirmar em uma Audiência Geral em 2015 que “a chamada teoria do gênero não é expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela” e que, “para resolver seus problemas de relação, o homem e a mulher devem dialogar mais, escutando-se, conhecendo-se e amando-se mais”.
Entretanto, ressaltou, não partem apenas da Igreja os argumentos contrários à ideologia de gênero e, como exemplo, citou uma declaração do Colégio de Pediatras dos Estados Unidos, na qual afirmam que “condicionar as crianças a crerem que é normal e saudável uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é abuso infantil”.
Segundo defende esta mesma declaração dos pediatras, “são os fatos e não a ideologia que determinam a realidade”, ou seja, “a sexualidade é um traço biológico objetivo”.
ACI Digital

domingo, 12 de novembro de 2017

32º Domingo do Tempo Comum: Ficai Vigiando!


+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

O Evangelho (Mt 25,1-13) nos convida a estar preparados, vigilantes, para o encontro com o Senhor. Conforme a parábola das dez virgens, a atitude de espera consiste em manter as lâmpadas acesas e ir ao encontro do esposo. Cuidar para que as lâmpadas permaneçam acesas indica que a espera não pode ser passiva ou acomodada, mas ativa e atenta. É preciso atenção constante sobre a própria conduta, ao invés de se deixar levar pela tendência em observar criticamente a vida dos outros. Para que a lâmpada não se apague, é necessário alimentá-la com o óleo da fé, da fidelidade e das boas obras, obtido por meio da oração, da participação na Eucaristia e da escuta da Palavra de Deus, dentre tantos outros meios. A lâmpada deve brilhar na vida cotidiana, o tempo todo, pois ninguém sabe o dia nem a hora em que o Senhor virá. Caminhar ao encontro do “noivo” implica em ter o coração e o olhar voltados para o Senhor. A longa espera não pode levar a descuidar da vigilância. Um estilo de vida mundano não condiz com a espera vigilante e prudente.
O encontro definitivo com o Senhor acontecerá com a morte. Segundo S. Paulo (1 Ts 4,13-18), o cristão que vive da fé no Senhor Ressuscitado não se apavora perante a morte, mas permanece fiel, com serenidade e esperança. A fé na ressurreição alimenta a lâmpada que ilumina os discípulos de Cristo quando passam pela experiência da morte.
Felizes são aqueles que permaneçam prudentes e vigilantes à espera do Senhor a fim de entrar, com ele, no banquete do Reino. “Felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro”, afirma o Apocalipse (Ap 19,9). “Felizes os convidados para a ceia do Senhor”, proclama a Igreja antes da comunhão eucarística. Ele vem a nós no banquete da Eucaristia, a Ceia do Senhor, esperando encontrar-nos com as lâmpadas acesas, alimentadas com o óleo da fidelidade. Não basta dizer “Senhor! Senhor!”. É preciso por em prática a sua Palavra, especialmente o amor ao próximo para ser reconhecido como discípulo de Jesus. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos”, afirma Jesus, “se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). Ao contrário, além das pessoas não reconhecerem os discípulos de Jesus, ele mesmo não os reconhecerá: “Em verdade eu vos digo, não vos conheço!” (Mt 25,12).
Na caminhada vigilante ao encontro do Senhor, especialmente no discernimento de sua vontade, é fundamental a sabedoria, dom de Deus. A primeira leitura (Sab 6,12-16) nos apresenta a beleza e vigor da sabedoria que Deus oferece generosamente aos que a procuram, tomando a iniciativa de vir ao seu encontro, cheio de bondade, “nas estradas” da vida e “em todos os seus projetos”.
Arquidiocese de Brasília

Início da Homilia de um Autor do século segundo

Imagem relacionada
(Cap.1,1-2,7: Funk 1,145-149)

Cristo quis salvar o que estava perdido
Irmãos, temos de pensar que Jesus Cristo é Deus, juiz dos vivos e dos mortos; e não nos convém ter em pouca monta nossa salvação. Se não lhe dermos importância, também julgaremos ser pouca coisa o que esperamos receber. Aqueles que escutam isto como ninharias, pecam, e nós pecamos, ignorando por que e por quem fomos chamados e para que lugar; e o quanto Jesus Cristo quis padecer por nós.
Que lhe daremos então por paga ou que fruto digno daquele que a si mesmo se deu a nós? Quantos benefícios lhe devemos? Concedeu-nos a luz, qual Pai, nos chamou seus filhos; mortos, salvou-nos. Portanto, que louvor lhe daremos ou remuneração em troca do que recebemos? Nós, fracos de espírito, adoradores de pedras e de madeiras, de ouro, prata e bronze, obras de homens; e nossa vida toda não passava de morte. Envoltos em trevas, com os olhos cheios deste negrume, recuperamos a visão, desfazendo por sua vontade a névoa que nos cobria.
Compadecido e comovido até as entranhas, salvou-nos por ver em nós tanto erro e morte, sem termos nenhuma esperança de salvação, exceto aquela que ele nos traz. Chamou-nos, a nós que não existíamos, e quis criar-nos do nada.
Alegra-te, estéril, que não és mãe; salta e clama, tu que não dás à luz; porque são mais numerosos os filhos da abandonada que daquela que tem marido (cf. Is 54,1). Ao dizer: Alegra-te, estéril, que não és mãe, é a nós que indica: pois estéril era nossa Igreja, antes que filhos lhe fossem dados. E dizendo: Clama, tu que não dás à luz, entende-se: Clamemos sempre a Deus, sem nos cansar, à semelhança das que dão à luz. E com as palavras: Porque são mais numerosos os filhos da abandonada que daquela que tem marido, diz que nosso povo parecia abandonado e privado de Deus. Agora, porém, desde que temos a fé, somos muito mais numerosos do que aqueles que se julgavam possuir a Deus.
Em outro lugar diz a Escritura: Não vim chamar os justos, mas os pecadores (Mt 9,13). Diz que lhe era preciso salvar os que pereciam. Grande e admirável coisa é firmar não aquilo que está de pé, mas o que cai. Assim Cristo quis salvar o que perecia e a muitos salvou com sua vinda, chamando-nos a nós que já perecíamos.
www,liturgiadashoras.org

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

A urgência mistagógica

“A identidade cristã de muitos católicos é fraca e vulnerável. Há uma multidão de batizados e não evangelizados. Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e as convidando para segui-lo, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora”.
Foram com essas contundentes palavras que os bispos das dioceses de toda a América Latina pronunciaram, em 2007, na Conferência de Aparecida (n. 286 e 287), a preocupação de toda a Igreja com o processo de formação catequética. O fato é que se formam muitos batizados, porém poucos são verdadeira e profundamente evangelizados.
Essa constatação inicial advinda da realidade, por mais dolorosa que possa parecer, é necessária. Se não reconhecermos nossas limitações ante a urgência da evangelização, não se terá condições de encontrar estratégias e caminhos pastorais para uma nova catequese. O Apóstolo dos Gentios reconheceu: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1Cor 9,16), dizendo isso aos cristãos recém-convertidos que estavam habitando a cidade de Corinto, na Grécia, um dos lugares onde o Evangelho encontrou-se com os mais arraigados costumes e as visões teológicas presentes no antigo paganismo.
Reconhece o Apóstolo, incorporado ao colégio episcopal posteriormente, perante os apóstolos que compuseram o primeiro grupo dos seguidores de Cristo, que o Evangelho não é título de glória, mas, antes, uma obrigação que se lhe impõe. Recorde-se da “imposição do Evangelho”, a ser anunciado oportuna e inoportunamente, quando das Ordenações dos diáconos, dos presbíteros e dos bispos, como que a dizer que todo o Corpo Místico de Cristo, juntamente e através do Ministério Ordenado, tem o dever de permanentemente fazer com que o doce aroma do Evangelho seja misturado nos ambientes onde as pessoas estão, que Cristo se torne o que é, qual seja o verdadeiro e único Mestre que deve ser seguido fielmente por todos aqueles que receberam ou estão por receber o anúncio primeiro.
Por essa fundamental razão é que a Igreja, enviada por Cristo para também tornar Sua presença viva e atuante em todo o mundo, preocupa-se com a Evangelização das crianças, dos jovens e também dos adultos. Não se está buscando exatamente a conversão dos que não são católicos, mesmo que esse movimento de conversão também seja querido e esperado. Quantos católicos, que professam a fé católica, que foram batizados na Igreja Católica, e muitos desses foram crismados e receberam outros sacramentos da Graça, talvez, desconhecem a grandeza da Verdade da Fé da qual a Igreja se tornou a única e fiel depositária!
Se a nossa Catequese, se o nosso Ritual de Iniciação Cristã de Adultos conseguir atingir a consciência, o coração, formar novos valores nos católicos que se encontram mais afastados da vida eclesial, já teremos alcançado em muito o grande objetivo de fazer com que o mundo conheça Jesus Cristo e todo o conjunto de verdades teológicas e morais que emanam da sua vida, pregação e missão.
A missão é de todos. Nesse tocante, todos são catequistas. E toda a catequese, mais do que um conjunto, às vezes pobre de técnicas, deve ser verdadeiramente contagiante de toda a sociedade, de todas as famílias, de todos em todos os lugares, convidando-os a vir participar da vida eclesial, e, dentro das nossas igrejas, participar com consciência, vivo entusiasmo e ampla e profunda formação, dos mistérios da fé aprendidos e dignamente celebrados.
Com a Iniciação Cristã em nossa Arquidiocese todos os organismos e pastorais devem estar envolvidos, cada qual segundo a porção da missão específica que lhe é confiada. A formação continuada deve tocar o coração dos adultos, tantas vezes formados com significativa competência profissional e técnica em suas áreas, mas que se veem, como constatado em Aparecida, com uma notória pobreza de formação cristã fundamentada e profunda que lhes assegure no mundo a identidade de discípulos de Cristo, um dia admitidos na Sua Igreja, por meio dos sacramentos da iniciação cristã que assinalaram em suas frontes e em seus corações a marca do Cordeiro imolado, no qual todos são filhos e filhas do Pai Eterno.
Fonte: Arquidiocese de Goiânia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF