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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A Estrela do Botafogo


Símbolo do Botafogo (O Curioso do Futebol) e Imaculada Conceição (Opus Dei)

A ESTRELA DO BOTAFOGO 

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

No dia 8 de dezembro, celebramos com alegria a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, um dos títulos mais queridos e significativos da Virgem Maria, que recorda sua pureza singular e sua especial missão no plano da salvação. Para os torcedores do Botafogo, essa data assume um significado ainda mais profundo: além de ser o dia dedicado à sua padroeira, é também o aniversário da fusão, em 1942, que deu origem ao Botafogo de Futebol e Regatas. 

A Estrela Solitária, símbolo maior do escudo alvinegro, carrega em si uma profunda ligação com Nossa Senhora. Essa estrela, que guia o clube e seus torcedores, remete àquela “Estrela Luminosíssima” mencionada na devoção à Imaculada Conceição. Não se trata apenas de um emblema esportivo, mas de um sinal de esperança e de luz que inspira fé e perseverança em momentos de desafio. 

A proclamação do dogma da Imaculada Conceição, em 1854, recorda que Maria, desde o primeiro instante de sua existência, foi preservada do pecado original, como parte do grande plano de Deus para a redenção da humanidade. Esse mistério de fé nos aponta para a importância de sua intercessão nos momentos de dificuldade, algo que também esteve presente na trajetória do Botafogo em 2024. 

Na segunda-feira, 25 de novembro, torcedores se reuniram para celebrar uma Missa no Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, aos pés da imagem que abraça a cidade do Rio de Janeiro. Esse santuário, cuja história está intimamente ligada à Basílica da Imaculada Conceição, na Praia de Botafogo, tornou-se um local de renovação da fé e da esperança em um momento decisivo para o clube. 

No dia seguinte, o Botafogo retomou sua caminhada de superação e glória. Após perder a liderança do Campeonato Brasileiro na rodada anterior, o time venceu o Palmeiras por 3 a 1, em São Paulo, reassumindo o topo da tabela. Essa vitória, celebrada com fervor pelos torcedores, foi vista como resposta às orações elevadas à padroeira. 

Poucos dias depois, o Botafogo viveu um dos capítulos mais emocionantes de sua história: a final da Copa Conmebol Libertadores. Em Buenos Aires, mesmo enfrentando adversidades e jogando com um jogador a menos, o time venceu o Atlético-MG e conquistou o título inédito. Esses momentos de triunfo revelam não apenas o esforço e a dedicação humana, mas também a força que nasce da fé e da confiança na intercessão divina. 

De maneira providencial, a última rodada do Campeonato Brasileiro será disputada no dia 8 de dezembro, coincidindo com a solenidade da Imaculada Conceição. Neste mesmo dia, há 82 anos, o Botafogo renascia como um clube unificado, sob a proteção da Mãe de Deus. Hoje, com uma campanha que resgatou o orgulho alvinegro, os torcedores renovam sua gratidão e fé em Nossa Senhora da Conceição, certos de que sua luz continuará guiando o time nos desafios futuros. 

Este dia especial também nos convida a olhar para o ano de 2025, que trará a celebração de um Jubileu  na Igreja, um tempo de graça, conversão e renovação espiritual para todos os fiéis. Nesse contexto, a figura de Maria, a Mãe da Misericórdia, se torna ainda mais significativa, pois nos aponta para Cristo, fonte de toda alegria e redenção. Que esse jubileu inspire torcedores e devotos a reforçarem sua fé, sua solidariedade e seu compromisso com os valores cristãos que nos unem como irmãos e irmãs. 

A Imaculada Conceição, padroeira de tantas comunidades de fé no Brasil, é também uma inspiração de resiliência e confiança para o Botafogo e seus torcedores. Sua presença materna, simbolizada pela Estrela Solitária, nos lembra que, com fé, podemos superar até mesmo os momentos mais difíceis. 

Que o dia 8 de dezembro seja marcado por celebrações de gratidão e renovação espiritual, não apenas para o clube, mas para todos que veem em Nossa Senhora um modelo de esperança e fortaleza. Sob sua proteção, que possamos seguir nossas trajetórias, iluminando corações e fortalecendo a certeza de que, com fé, caminhamos sempre rumo à vitória final. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Papa: anunciar o Evangelho com humildade e oração, não pregar sobre si mesmo

Audiência Geral - 04 de dezembro de 2024 - Papa Francisco (Vatican News)

Na catequese desta quarta-feira (04/12), Francisco ressaltou a importância da obra evangelizadora do Espírito Santo e o seu papel na pregação da Igreja. "Pregação com a unção do Espírito é transmitir vida e profunda convicção, evitando o uso de meras palavras persuasivas de sabedoria”, afirmou o Pontífice.

Thulio Fonseca – Vatican News

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 4 de dezembro, o Papa Francisco continuou sua série de catequeses sobre o Espírito Santo e a Igreja, enfocando a obra evangelizadora do Espírito Santo, ou seja, o seu papel na pregação da Igreja. Inspirado na Primeira Carta de São Pedro, o Santo Padre destacou que os apóstolos são definidos como "aqueles que vos pregaram o Evangelho da parte do Espírito Santo" (1Pd 1,12). A partir dessa definição, o Pontífice explicou os dois pilares da pregação cristã: seu conteúdo, que é o Evangelho, e o seu meio, que é o Espírito Santo.

O conteúdo da pregação deve ser o Evangelho

Francisco recordou que, no Novo Testamento, a palavra “Evangelho” possui dois significados principais. Primeiramente, refere-se à boa nova anunciada por Jesus durante sua vida terrena, conforme descrito nos quatro Evangelhos canônicos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Após a Páscoa, o termo assume uma nova conotação: a boa nova é a mensagem central sobre Jesus Cristo, especialmente o mistério pascal de sua morte e ressurreição.

Ao citar a carta de São Paulo aos Romanos, o Papa sublinhou que o Evangelho é “uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê” (Rm 1,16). Contudo, alertou que a pregação não deve colocar a lei acima da graça, nem as obras acima da fé. “Devemos sempre começar pelo anúncio do que Cristo fez por nós”, explicou o Santo Padre, reiterando a importância do querigma, o primeiro anúncio que é essencial em toda renovação eclesial, conforme ensinado em sua exortação Evangelii gaudium:

"Não se deve pensar que, na catequese, o querigma é deixado de lado em favor de uma formação supostamente mais 'sólida'. Nada há de mais sólido, mais profundo, mais seguro, mais consistente e mais sábio que esse anúncio.”

Francisco durante a Audiência Geral (Vatican Media)

O Espírito Santo como meio indispensável

O Papa enfatizou também que a eficácia da pregação não se limita a palavras ou doutrinas, mas depende do Espírito Santo, e relembrou que Jesus, no início de seu ministério, proclamou: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres” (Lc 4,18). Pregação com a unção do Espírito, explicou Francisco, é transmitir vida e profunda convicção, evitando o uso de meras “palavras persuasivas de sabedoria”. Para os que se perguntam como colocar isso em prática, o Pontífice ofereceu duas orientações fundamentais. Primeiro, a oração:

"O Espírito Santo chega a quem reza, porque o Pai celeste – está escrito – 'dará o Seu Espírito aos que lhe pedirem' (Lc 11,13), sobretudo se o pedirem para anunciar o Evangelho do seu Filho! Ai de quem pregar sem rezar! Torna-se naquilo que o Apóstolo define como 'um bronze que ressoa ou um címbalo que retine' (cf. 1Cor 13,1). Portanto, a primeira coisa que depende de nós é rezar."

Não pregar a si mesmo

A segunda orientação do Santo Padre é a humildade de não pregar a si mesmo, mas a Cristo. E neste sentido, o Papa exortou, de maneira específica, os pregadores:

"Muitas vezes há essas pregações longas, de 20 minutos, 30 minutos... Mas, por favor, os pregadores devem pregar uma ideia, um sentimento e um convite a agir. Mais de 8 minutos e a pregação se perde, não se entende. (...) Por favor, a pregação deve ser uma ideia, um sentimento e uma proposta de ação. E não deve passar de 10 minutos. Nunca! Isso é muito importante."

Colaborar com as iniciativas comunitárias

Ao concluir a catequese, o Santo Padre sublinhou que não querer pregar a si mesmo implica também não dar sempre prioridade às iniciativas pastorais promovidas por nós e ligadas ao próprio nome, mas colaborar de boa vontade, se solicitado, em iniciativas comunitárias ou que nos são confiadas por obediência, e completou:

"Que o Espírito Santo nos ajude, nos acompanhe e ensine a Igreja a pregar assim o Evangelho aos homens e mulheres deste tempo!"

Francisco com os fiéis na Praça São Pedro (Vatican Media)
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Bárbara, a “Rapunzel” original

PD

Philip Kosloski - publicado em 04/12/18 - atualizado em 03/12/24

Santa Bárbara, uma moça linda e de cabelos longos, viveu trancada em uma torre. Isso não te lembra um famoso conto de fadas?

A história de Rapunzel, o conto de fadas popular dos Irmãos Grimm, cativou a imaginação das crianças durante séculos e, mais recentemente ganhou vida nova no filme Tangled (Enroladosno Brasil), da Disney.

Curiosamente, a trágica história de uma linda princesa trancada em uma torre alta é baseada na história de Santa Bárbara, uma santa virgem que viveu no século III. Sua vida é narrada no livro medieval "Lenda Dourada” e tem muitas semelhanças com as adaptações populares. Veja o que diz um trecho do livro: 

"Havia um homem rico [cujo nome era] Dióscoro. Este Dióscoro tinha uma jovem filha que se chamava Bárbara, por quem ele tinha feito uma torre alta e forte na qual ele [manteve] Bárbara, para o fim de que nenhum homem a visse por causa de sua grande beleza."  

No entanto, muitos príncipes chegaram a pedir a mão de Bárbara em casamento. Ela recusou-se a casar e dedicou-se a Deus.

Um dia, quando o pai dela viajou a negócios, Bárbara instalou uma terceira janela em sua torre - era uma homenagem à Santíssima Trindade. Quando o pai voltou, ela mostrou-lhe a nova janela e professou sua fé cristã.

O martírio de Santa Bárbara

Mas isso irritou muito o homem, que era pagão. Ele imediatamente sacou sua espada para matar a própria filha. Bárbara rezou a Deus, que respondeu à sua oração e, milagrosamente, abriu um buraco na torre para ela escapar.

Ela acabou sendo descoberta e sofreu tratamento cruel por ser cristã. Bárbara morreu como mártir, decapitada pelo pai. Dizem que logo após a morte dela, seu pai foi morto por um raio.

Por conta dessa história, Bárbara sempre é invocada por aqueles que querem proteção contra raios e explosivos. Ela se tornou a padroeira dos artilheiros e mineiros (por causa do uso de explosivos na escavação). Muitos dos 33 mineiros chilenos que ficaram presos por dois meses no subsolo em 2010 atribuem o resgate à intercessão de Santa Bárbara.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/12/04/santa-barbara-a-rapunzel-original

Papa: rezemos para que o próximo Jubileu nos fortaleça na fé

Vatican News

Na intenção de oração para este mês de dezembro, Francisco afirma que "a esperança cristã é um presente de Deus que enche de alegria nossa vida". "Ajudemo-nos uns aos outros a descobrir este encontro com Cristo que nos dá a vida e coloquemo-nos a caminho como peregrinos da esperança, para celebrar a vida e dentro da vida está também o próximo Jubileu, como uma etapa", diz o Papa na mensagem de vídeo.

https://youtu.be/YNVl-Fgc22U

Vatican News

"Pelos peregrinos da esperança" é a intenção de oração do Papa Francisco para este mês de dezembro, um chamado especial no contexto do Jubileu 2025.

Na mensagem de vídeo, divulgada nesta terça-feira (03/12), o Santo Padre afirma que "a esperança cristã é um presente de Deus que enche de alegria nossa vida. E hoje, necessitamos tanto dela. O mundo a necessita tanto". O Papa Francisco convida os fiéis a serem testemunhas da "esperança cristã" num mundo onde predominam a desesperança e a desconfiança.

A esperança é uma âncora

Durante o período da pandemia, durante a Statio Orbis na Praça São Pedro totalmente vazia, o Papa Francisco utilizou a metáfora evangélica do barco em meio da tempestade, para recordar a fragilidade e o desconcerto da humanidade diante das grandes provações. Num certo sentido, na intenção de oração deste mês, o Santo Padre volta a nos colocar nesse barco a fim de destacar a importância da âncora:

Quando não sabes se amanhã poderás dar de comer a teus filhos, ou se o que estás estudando te permitirá ter um trabalho digno, é fácil cair no desânimo. Onde buscar a esperança?

“A esperança é uma âncora. Uma âncora que se joga com a corda e afunda na areia. E nós temos de estar agarrados à corda da esperança. Bem agarrados.”

"A virtude da esperança nos dá tanta força para caminhar na vida", disse o Papa Francisco na Audiência Geral de 28 de dezembro de 2016, dedicada à figura de Abraão, que, por um lado, não tem "receio de ver a realidade por aquilo que ela é" e, por outro, é capaz de "ir além dos raciocínios humanos, da sabedoria e da prudência do mundo, além daquilo que normalmente é considerado sensatez, para acreditar no impossível".

Como Abraão, os protagonistas do vídeo deste mês também se põem a caminho, partindo de suas próprias dificuldades: as preocupações de uma mulher diante de sua despensa vazia, as dúvidas de uma estudante a respeito de seu futuro. Ambas encontram, em seu caminho, uns “peregrinos da esperança” que as acolhem e as consolam, convidando-as a se unirem a seu caminho metafórico para a Porta Santa, que permanecerá aberta durante todo o Jubileu.

Que o Jubileu nos fortaleça na fé

O Jubileu 2025, cujo tema é "Peregrinos da esperança", será um tempo de celebração e de profunda reflexão. O também chamado "Ano Santo" não é somente uma etapa no caminho da fé, mas é um chamado a reconhecer a Cristo no dia a dia.

“Ajudemo-nos uns aos outros a descobrir este encontro com Cristo que nos dá a vida e coloquemo-nos a caminho como peregrinos da esperança, para celebrar a vida e dentro da vida está também o próximo Jubileu, como uma etapa.”

"Vamos encher nosso dia a dia com o dom da esperança que Deus nos dá e permitamos que através de nós ela chegue a todos que a procuram. Não se esqueçam: a esperança não decepciona nunca", diz o Papa no vídeo elaborado pela Rede Mundial de Oração do Papa e produzido em parceria com a Fundação Pro Rede Mundial de Oração do Papa e com o  Dicastério para a Evangelização.

“Rezemos para que o próximo Jubileu nos fortaleça na fé, nos ajude a reconhecer Cristo ressuscitado presente em nossas vidas, e nos transforme em peregrinos da esperança cristã.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A mulher e oito belas virtudes que a Bíblia destaca

Mix and Match Studio | Shutterstock

Karen Hutch - publicado em 01/12/24

A beleza e os dons das mulheres são únicos, por isso a Bíblia menciona e destaca o papel das mulheres. Continue lendo, pois aqui compartilhamos mais.

O papel da mulher é muito importante aos olhos de Deus; por isso, também o é dentro da Igreja Católica, que é universal. A Bíblia destaca e honra a mulher com suas virtudes, beleza e espiritualidade, qualidades que são ressaltadas em mais de uma ocasião dentro das Sagradas Escrituras. Esta galeria de fotos apresenta algumas dessas passagens. 

A mulher é um dom essencial para a humanidade e para a própria Igreja. Sua contribuição para o mundo, para a família, para a fé e para a sociedade é inestimável, e o chamado que Deus faz a cada uma delas continua sendo relevante aos olhos de Deus e de todo o mundo.

A seguir, compartilhamos esta galeria de fotos com algumas das maravilhas mencionadas na Bíblia, que nos lembram que, como mulheres, somos amadas por Deus.

Abrir galeria de fotos:

https://pt.aleteia.org/slideshow/a-mulher-e-oito-belas-virtudes-que-a-biblia-destaca

Fonte: https://pt.aleteia.org/2024/12/01/a-mulher-e-oito-belas-virtudes-que-a-biblia-destaca

Das Cartas a Santo Inácio, de São Francisco Xavier, presbítero

Os Milagres de São Francisco Xavier (Vatican News)

Das Cartas a Santo Inácio, de São Francisco Xavier, presbítero

(E Vita Francisci Xaverii, auctore H. Tursellini, Romae, 1596, Lib. 4, epist. 4 [1542] et 5 [1544])    (Séc. XVI)

Ai de mim, se não evangelizar!

Percorremos as aldeias de neófitos, que receberam os sacramentos cristãos há poucos anos. Esta região não é cultivada pelos portugueses, já que é muito estéril e pobre; e os cristãos indígenas, por falta de sacerdotes, nada sabem a não ser que são cristãos. Não há ninguém que celebre para eles as sagradas funções; ninguém que lhes ensine o Símbolo, o Pai-nosso, a Ave-Maria e os mandamentos da Lei de Deus.

Desde que aqui cheguei, não parei um instante: visitando com frequência as aldeias, lavando na água sagrada os meninos não batizados. Assim, purifiquei grandíssimo número de crianças que, como se diz, não sabem absolutamente distinguir entre a direita e a esquerda. Estas crianças não me permitiram recitar ofício divino, nem comer, nem dormir, enquanto não lhes ensinasse alguma oração; foi assim que comecei a perceber que delas é o reino dos céus.

À vista disto, como não podia, sem culpa, recusar pedido tão santo, começando pelo testemunho do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinava-lhes o Símbolo dos Apóstolos, o Pai-nosso e a Ave-Maria. Observei que são muito inteligentes; se houvesse quem os instruísse nos preceitos cristãos, não duvido que seriam excelentes cristãos.

Nestas paragens, são muitíssimos aqueles que não se tornam cristãos, simplesmente por faltar quem os faça tais. Veio-me muitas vezes ao pensamento ir pelas academias da Europa, particularmente a de Paris, e por toda a parte gritar como louco e sacudir aqueles que têm mais ciência do que caridade, clamando: “Oh! Como é enorme o número dos que excluídos do céu, por vossa culpa se precipitam nos infernos!”

Quem dera que se dedicassem a esta obra com o mesmo interesse com que se dedicam às letras, para que pudessem prestar contas a Deus da ciência e dos talentos recebidos!

Na verdade, muitos deles, impressionados por esta ideia, entregando-se à meditação das realidades divinas, talvez estivessem mais preparados para ouvir o que Deus diria neles: abandonando as cobiças e interesses humanos, se fizessem atentos a um aceno ou vontade de Deus. Decerto, diriam de coração: Aqui estou, Senhor; que devo fazer? (At 9,10; 22,10). Envia-me para onde for do teu agrado, até mesmo para a Índia.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Jesus se revela aos pequenos

Bento XVI durante a homilia na Capela Paulina, terça-feira, 1º de dezembro de 2009 [© Osservatore Romano]

Arquivo 30Giornio nº. 12 - 2009

Jesus se revela aos pequenos

Homilia do Papa Bento XVI durante a Santa Missa com os membros da Comissão Teológica Internacional, Capela Paulina, terça-feira, 1º de dezembro de 2009.

Homilia do Papa Bento XVI

Queridos irmãos e irmãs,
as palavras do Senhor, que ouvimos anteriormente no trecho evangélico, são um desafio para nós, teólogos, ou talvez, melhor dizendo, um convite a um exame de consciência: o que é a teologia? o que somos teólogos? Como fazer bem teologia? Ouvimos que o Senhor louva o Pai porque escondeu o grande mistério do Filho, o mistério trinitário, o mistério cristológico, diante dos sábios, dos instruídos - eles não o sabiam -, mas revelou-o aos pequenos, aos os Népioi , aos que não são instruídos, que não têm grande cultura. Este grande mistério foi revelado a eles.

Com estas palavras o Senhor descreve simplesmente um facto da sua vida; um facto que começou já no momento do seu nascimento, quando os Magos do Oriente perguntaram aos peritos, aos escribas, aos exegetas o lugar de nascimento do Salvador, do Rei de Israel. Os escribas sabem disso porque são grandes especialistas; podem dizer imediatamente onde nasceu o Messias: em Belém! Mas não se sentem convidados a ir: para eles permanece o conhecimento académico, que não afeta as suas vidas; eles ficam de fora. Eles podem dar informações, mas a informação não se torna a formação da vida de alguém.

Depois, ao longo da vida pública do Senhor encontramos a mesma coisa. É inacessível aos eruditos compreender que este homem galileu inculto possa realmente ser o Filho de Deus. Continua a ser inaceitável para eles que Deus, o grande, o único, o Deus do céu e da terra, possa estar presente neste homem. Eles sabem tudo, conhecem até Isaías 53, todas as grandes profecias, mas o mistério permanece oculto. Em vez disso, é revelada aos mais pequenos, começando pela Nossa Senhora até aos pescadores do Lago da Galileia. Eles sabem, tal como sabe o capitão romano debaixo da cruz: este é o Filho de Deus.

Os factos essenciais da vida de Jesus não pertencem apenas ao passado, mas estão presentes, de diferentes maneiras, em todas as gerações. E assim, mesmo em nossa época, nos últimos duzentos anos, observamos a mesma coisa. Existem grandes estudiosos, grandes especialistas, grandes teólogos, mestres da fé, que nos ensinaram muitas coisas. Penetraram nos detalhes da Sagrada Escritura, da história da salvação, mas não conseguiram ver o próprio mistério, o verdadeiro núcleo: que Jesus era verdadeiramente o Filho de Deus, que o Deus Trinitário entra na nossa história, num momento histórico específico, em um homem como nós. O essencial permaneceu escondido! Poderíamos facilmente citar grandes nomes da história da teologia destes duzentos anos, com os quais aprendemos muito, mas o mistério não foi aberto aos olhos dos seus corações.

Em vez disso, também existem pequeninos do nosso tempo que conheceram este mistério. Pensemos em Santa Bernadete Soubirous; a Santa Teresinha de Lisieux, com a sua nova leitura “não científica” da Bíblia, mas que entra no coração da Sagrada Escritura; até os santos e bem-aventurados do nosso tempo: Santa Josefina Bakhita, Beata Teresa de Calcutá, São Damião de Veuster. Poderíamos listar muitos!

Mas de tudo isso surge a pergunta: por que isso acontece? O Cristianismo é a religião dos tolos, de pessoas incultas e informes? A fé se extingue onde a razão desperta? Como você explica isso? Talvez precisemos olhar para a história mais uma vez. O que Jesus disse permanece verdadeiro, o que pode ser observado ao longo dos séculos. E, no entanto, existe um “tipo” de pequeninos que também aprende. Sob a cruz está Nossa Senhora, a humilde serva de Deus e a grande mulher iluminada por Deus. E também João, pescador do lago da Galiléia, mas é esse João que será justamente chamado pela Igreja de “o teólogo”. porque realmente soube ver o mistério de Deus e anunciá-lo: com o olho da águia entrou na luz inacessível do mistério divino. Assim, mesmo depois da sua ressurreição, o Senhor, no caminho de Damasco, toca o coração de Saulo, que é um dos homens cultos que não veem. Ele mesmo, na primeira Carta a Timóteo, define-se como “ignorante” naquele momento, apesar do seu conhecimento. Mas o Ressuscitado toca-o: torna-se cego e, ao mesmo tempo, torna-se verdadeiramente vidente, começa a ver. O grande erudito torna-se um pequeno e por isso mesmo vê a loucura de Deus que é sabedoria, sabedoria maior que toda sabedoria humana.

Santa Bernadete Soubirous e Santa Teresinha de Lisieux | 30Giorni

Poderíamos continuar lendo toda a história dessa maneira. Só mais uma observação. Esses eruditos, sophói e synetói , aparecem de outra forma na primeira leitura.  Aqui sophia synesis são dons do Espírito Santo que repousam no Messias, em Cristo. O que isso significa? Verifica-se que existe um duplo uso da razão e uma dupla maneira de ser sábio ou pequeno. Existe uma forma de usar a razão que é autônoma, que se coloca acima de Deus, em todo o âmbito das ciências, a começar pelas naturais, onde se universaliza um método adequado para a pesquisa da matéria: Deus não entra neste método, portanto, Deus não existe. E assim, finalmente, também na teologia: pesca-se nas águas da Sagrada Escritura com uma rede que só permite pescar peixes de um determinado tamanho e tudo o que ultrapassa esse tamanho não entra na rede e portanto não pode existir. Assim, o grande mistério de Jesus, do Filho feito homem, reduz-se a um Jesus histórico: uma figura trágica, um fantasma sem carne e ossos, um homem que permaneceu no túmulo, corrompeu-se e está verdadeiramente morto. O método sabe “pescar” certos peixes, mas exclui o grande mistério, porque o próprio homem faz a medição: ele tem esse orgulho, que ao mesmo tempo é uma grande tolice porque absolutiza certos métodos que não são adequados às grandes realidades ; entrar neste espírito académico que vimos nos escribas, que respondem aos Magos: isso não me diz respeito; Permaneço fechado na minha existência, que não é tocada. É a especialização que vê todos os detalhes, mas não vê mais a totalidade.

E existe a outra forma de usar a razão, de ser sábio, a do homem que reconhece quem é; reconhece a sua própria medida e a grandeza de Deus, abrindo-se com humildade à novidade da ação de Deus. Assim, precisamente aceitando a sua pequenez, tornando-se pequeno como realmente é, chega à verdade. Desta forma, também a razão pode exprimir todas as suas possibilidades, não se extingue, mas expande-se, torna-se maior. É outra sophia synesis , que não exclui ninguém do mistério, mas é precisamente comunhão com o Senhor em quem repousa a sabedoria e a sabedoria, e a sua verdade.

Neste momento queremos orar para que o Senhor nos dê a verdadeira humildade. Que ele nos dê a graça de sermos pequenos para sermos verdadeiramente sábios; ilumina-nos, faz-nos ver o seu mistério da alegria do Espírito Santo, ajuda-nos a ser verdadeiros teólogos, que podem anunciar o seu mistério porque são tocados no fundo do seu coração, da sua própria existência. Amém. © Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana.

Fonte: https://www.30giorni.it/

São Francisco Xavier

São Francisco Xavier (A12)
03 de dezembro
Localização: Esapanha
São Francisco Xavier

Francisco nasceu na Espanha, em 1506, sendo filho de família nobre, e estudou na Universidade de Paris. Logo começou a lecionar ali, com grande sucesso, tendo imenso conhecimento e enormes ambições mundanas. Porém outro estudante, Inácio de Loyola, através de esforços e orações, e constantemente lembrando a Francisco as palavras de Cristo – “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?” (Mt 16,26) – convenceu-o a dedicar-se à Igreja. Assim torna-se Francisco cofundador da Companhia de Jesus, junto a Santo Inácio.

Ordenado padre, Francisco inicialmente cuidou de leprosos em Veneza, atendendo os que ninguém se atrevia a ajudar. Mas João III, rei de Portugal, solicitou a ajuda dos jesuítas para a evangelização das Índias, e Francisco embarcou para Goa.

Muito árduo foi o seu trabalho no Oriente. Visitou diversa ilhas e chegou ao Japão. Desdobrou-se na evangelização e batismo dos nativos, e fundou comunidades. Pouco antes de morrer, escrevia a Santo Inácio: “Nestas paragens são muitíssimos aqueles que não se tornam cristãos, simplesmente por faltar quem os torne cristãos. Veio-me muitas vezes ao pensamento ir pelas academias da Europa e, por toda a parte, gritar como louco e sacudir aqueles que têm mais ciência do que caridade, clamando: ‘Oh!, como é enorme o número dos que são excluídos do Céu por vossa culpa!’”.

Planejava entrar na China, então fechada aos estrangeiros, mas, exausto pelas fadigas, faleceu na ilha fronteiriça de Sancian, em 3 de dezembro de 1552, com apenas 46 anos de idade e 11 de vida religiosa. É patrono das missões entre os infiéis.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A Igreja Católica é, por definição, missionária, e grande é o exemplo de São Francisco Xavier, não apenas nas viagens apostólicas, mas igualmente na preocupação com a salvação das almas: de vaidoso catedrático, compreendeu que a verdadeira sabedoria é a busca da salvação e do bem do próximo, e não o orgulho intelectual. O conhecimento, é claro, é importantíssimo e desejável para a boa formação espiritual, mas não um objetivo em si mesmo; como tudo mais nesta vida, se não for orientado para a obra de Deus, só conduzirá a enganos e tristezas, desvirtuado pela vã arrogância do século.

Oração:

Deus de Sabedoria e Humildade, guardai-nos das tentações de vaidade e poder, e conduzi-nos ao serviço do Vosso reino, através do exemplo e do serviço aos irmãos, especialmente ao levar a Sua Palavra para a conversão dos que mais necessitam. Por intercessão de Vosso servo e missionário, São Francisco Xavier, e pelas mãos amorosas de Maria Santíssima. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Jubileu 2025: celebrado o rito da "recognitio" na Basílica de São Pedro

Arcipreste da Basílica de São Pedro durante o Rito da "Recognitio"  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Nos dias que precedem o início de um Jubileu, procede-se ao rito da "recognitio" das Portas Santas, cerimônia durante a qual é abatida a parede que fecha a porta do lado de dentro da Basílica e se verifica o conteúdo da caixa metálica que estava guarda dentro da parede, desde o encerramento do Jubileu precedente.

Vatican News

Na noite de segunda-feira, 2 de dezembro, foi realizado o rito da “recognitio” na Basílica de São Pedro. Trata-se da cerimônia em que é verificado, comprovado, como significa o termo latino, que a Porta Santa fechada no último Jubileu está intacta e selada, pronta para ser reaberta para o novo Ano Santo.

“recognitio” foi introduzida por uma oração do cardeal arcipreste Mauro Gambetti. Os “sampietrini" (trabalhadores da Basílica de São Pedro) abateram a parede que sigila a Porta Santa do lado de dentro da Basílica, extraindo a caixa metálica ali conservada desde o dia do encerramento do último Jubileu, o da Misericórdia, em 20 de novembro de 2016.

Na caixa estão conservados, além da chave que permitirá abrir a Porta Santa na noite de 24 de dezembro, as manilhas, o pergaminho da Rogito (Escritura) que atestou o seu fechamento, quatro tijolos dourados e algumas medalhas, incluindo as dos Pontificados de Francisco, Bento XVI e João Paulo II.

Caixa metálica levada em procissão no interior da Basílica de São Pedro (Vatican Media)

O cardeal Gambetti conduziu então a procissão, com o canto das ladainhas dos Santos, desde a Porta Santa até ao Altar da Confissão, onde houve uma pausa para um momento de oração.

Os participantes do rito chegaram então à Sala Capitular, onde foi aberta a caixa metálica extraída da Porta Santa. Também estiveram presentes os arcebispos Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, e Diego Ravelli, mestre das celebrações litúrgicas pontifícias, que recebeu os documentos e objetos da “recognitio”, que serão levados ao Papa Francisco.

Na tarde desta terça-feira terá lugar a mesma cerimônia na Porta Santa da Basílica de São João de Latrão. O rito da "recognitio" será realizado no dia 5 de dezembro em São Paulo fora-dos-muros e no dia 6 de dezembro em Santa Maria Maior.

Momento em que os "samproetrini" se preparam para abater a parede com a cruz (Vatican Media)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

“Para Deus nada é impossível.” (Lc 1,37)

(Revista Cidade Nova)
“Para Deus nada é impossível.” (Lc 1,37) | Palavra de Vida Dezembro 2024

Por Organizado por Augusto Parody Reyes com a comissão da Palavra de Vida.   publicado e modificado em 25/11/2024

Estamos diante do relato da Anunciação. O anjo Gabriel vai até Maria de Nazaré para comunicar os planos que Deus lhe reservou: ela conceberá e dará à luz um filho, Jesus, que “será grande e será chamado Filho do Altíssimo1”. O episódio alinha-se com outros eventos do Antigo Testamento que levaram a nascimentos prodigiosos de filhos de mulheres estéreis ou muito idosas, chamados a desempenhar um papel importante na história da salvação. Nesse contexto, Maria, apesar de dispor-se a aderir com total liberdade à missão de tornar-se a mãe do Messias, pergunta-se como isso pode acontecer, já que ela é virgem. Gabriel lhe garante que não será obra de um homem: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra2”. E acrescenta: “Para Deus nada é impossível3”.

“Para Deus nada é impossível.” 

Essa afirmação assegura que nenhuma declaração ou promessa de Deus deixará de ser cumprida, porque não há nada impossível para Ele. Mas a frase também pode ser formulada assim: “Com Deus nada é impossível”. De fato, em grego a frase pode significar “diante de, ou próximo a, ou junto com Deus”, evidenciando o quanto Deus está próximo do homem. É para o ser humano ou para os seres humanos que “nada é impossível”, quando estão junto a Deus e aderem livremente a Ele. 

“Para Deus nada é impossível.” 

Como podemos colocar em prática esta Palavra de Vida? Em primeiro lugar acreditando, com grande confiança, que Deus pode agir até mesmo dentro dos nossos limites e fraquezas e ainda mais além, inclusive nas situações mais sombrias da vida.

Foi essa a experiência de Dietrich Bonhoeffer, teólogo e pastor luterano, protagonista da resistência ao nazismo. Durante a prisão que o levou ao suplício, escreveu: “Devemos mergulhar continuamente na vida, no falar, no agir, no sofrimento e na morte de Jesus para reconhecer aquilo que Deus promete e cumpre. É certo […] que para nós não existe mais nada de impossível, porque nada de impossível existe para Deus; […] é certo que não devemos pretender nada e que, no entanto, podemos pedir tudo; é certo que no sofrimento se esconde a nossa alegria, e na morte, a nossa vida… A tudo isso, Deus disse ‘sim’ e ‘amém’ em Cristo. Este ‘sim’ e este ‘amém’ são a terra firme sobre a qual nos encontramos4”.

“Para Deus nada é impossível.” 

Ao procurarmos superar o aparente “impossível” das nossas insuficiências a fim de alcançar o “possível” de uma vida coerente, um fator decisivo é a dimensão comunitária. Esta se desenvolve lá onde os discípulos, vivendo entre si o mandamento novo de Jesus, deixam-se compenetrar, individualmente e em conjunto, pela força do Cristo ressuscitado. Chiara Lubich escreveu em 1948 a um grupo de jovens religiosos: “E adiante! Não com a nossa força mesquinha e frágil, mas com a onipotência da unidade. Constatei, toquei com as mãos que Deus entre nós realiza o impossível: o milagre! Se permanecermos fiéis à nossa missão […], o mundo verá a unidade e, com ela, a plenitude do Reino de Deus5”.

Anos atrás, quando eu estava na África, muitas vezes me encontrava com jovens que queriam viver como cristãos e que me contavam as muitas dificuldades que enfrentavam diariamente no próprio ambiente, para permanecerem fiéis aos compromissos de fé e aos ensinamentos do Evangelho. Conversávamos sobre isso durante horas e, no final, chegávamos sempre à mesma conclusão: “Sozinhos, é impossível, mas juntos podemos conseguir.” Até o próprio Jesus garante isso quando promete: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome (no meu amor), ali estou eu no meio deles6”. E com Ele tudo é possível.

Organizado por Augusto Parody Reyes com a comissão da Palavra de Vida.

1) Lc 1, 32. 

2) Ibid, 35.

3) Ibid, 37.

4) BONHOEFFER, D. Resistência e submissão. Trecho extraído da edição italiana Resistenza e resa. Cinisello Balsamo: Ed. San Paolo, 1988, p. 474. 

5) LUBICH, Chiara. Cartas dos primeiros tempos, 1946-1949, São Paulo: Editora Cidade Nova, 2020, p. 90.

6) Cf. Mt 18,20.

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/editorial/inspira/4042-para_deus_nada_e_impossivel_lc_1_37_pala

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF