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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Como enfrentar as ofensas?

 shutterstock
por Cléofas

Às vezes acontece isso em nossa vida. Não aceite a terra que jogaram sobre você, sacuda-a e suba sobre ela.

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda.

Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado.

O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo de lá. O fazendeiro foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação. Pela dificuldade e alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate.

Tomou, então, a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.

E assim foi feito: os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo.

Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, sendo pisada por ele, possibilitando ao cavalo ir subindo.

Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que, finalmente, conseguir sair.

Às vezes acontece isso em nossa vida. Se você estiver “lá embaixo”, sentindo-se pouco valorizado, e outros, certos de seu “desaparecimento”, começarem a jogar sobre você a “terra da incompreensão, da falta de oportunidade e de apoio”, lembre-se desta história. Não aceite a terra que jogaram sobre você, sacuda-a e suba sobre ela.

E quanto mais jogarem, mais você vai subindo… subindo… subindo… até sair caminhando novamente. É como o ditado popular que diz: “Se a vida lhe der um limão azedo, não reclame, faça uma limonada”.

Prof. Felipe Aquino, em Cléofas.

Aleteia

Esta é a oração que o Papa Francisco propõe para rezar a cada dia no Advento

Papa Francisco celebra Missa com os novos Cardeais. Foto: Captura Youtube

Vaticano, 29 nov. 20 / 09:06 am (ACI).- O Papa Francisco propôs aos cristãos que durante o Advento convidem Deus a estar presente em suas vidas com esta oração: "Vem, Senhor Jesus".

Trata-se, explicou o Pontífice, de uma oração simples que “podemos dizê-la ao princípio de cada dia e repeti-la com frequência, antes das reuniões, do estudo, do trabalho e das decisões a tomar, nos momentos mais importantes e nos de provação”.

O Santo Padre fez esta proposta durante a Missa que celebrou neste domingo, 29 de novembro, Primeiro Domingo do Advento, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, juntamente com 11 dos 13 cardeais criados ontem no Consistório Público Ordinário.

Francisco assinalou que por meio desta oração, “Vem, Senhor Jesus”, pronunciada todos os dias, “invocando assim a sua proximidade, treinaremos a nossa vigilância”. “Uma oração breve, mas vinda do coração. Repitamo-la neste tempo de Advento: ‘Vem, Senhor Jesus!’”.

Em sua homilia, o Papa Francisco refletiu sobre duas palavras-chave sugeridas pelas leituras do dia: proximidade e vigilância. “Proximidade de Deus e vigilância nossa: enquanto o profeta Isaías diz que Deus está perto de nós, Jesus, no Evangelho, exorta-nos a vigiar à espera d’Ele”.

Explicou que "o Advento é o tempo para nos lembrarmos da proximidade de Deus, que desceu até nós”.

“E a primeira mensagem do Advento e do Ano Litúrgico é também reconhecer Deus próximo e dizer-Lhe: ‘Aproximai-Vos de novo!’. Ele quer vir para junto de nós, mas… propõe-Se; não Se impõe. Cabe a nós não nos cansarmos de Lhe dizer: ‘Vinde!’. Cabe a nós repetir a oração do Advento: ‘Vinde!’. Jesus – lembra-nos o Advento – veio entre nós e voltará no fim dos tempos. Mas – perguntamo-nos – de que nos servem tais vindas, se não vem hoje à nossa vida? Convidemo-Lo”.

Por isso, “é importante permanecer vigilantes, porque na vida é um erro perder-se em mil coisas e não se dar conta de Deus”.

O Papa chamou a atenção para o fato de que se Deus pede aos cristãos para vigiar, “quer dizer que nos encontramos na noite. É verdade! Agora não vivemos no dia, mas à espera do dia por entre obscuridades e fadigas”.

No entanto, o convite a vigiar contém também um apelo à esperança, porque também implica que “o dia chegará, quando estivermos com o Senhor. Chegará, não desfaleçamos! A noite passará, surgirá o Senhor e virá julgar-nos, Ele que morreu na cruz por nós. Vigiar é esperar isto, é não se deixar dominar pelo desânimo: a isto chama-se viver na esperança”.

O Papa explicou a natureza daquela vigília com este exemplo: “Como antes de nascer fomos esperados por quem nos amava, assim agora somos esperados pelo Amor em pessoa. E, se somos esperados no Céu, para quê viver de pretensões terrenas? Para quê esfalfar-se por um pouco de dinheiro, de fama, de sucesso… coisas todas que passam? Para quê perder tempo a lamentar-se da noite, se nos espera a luz do dia?”.

“Manter-se acordado não é fácil; antes, é uma coisa muito difícil: é natural dormir de noite. Não o conseguiram os discípulos de Jesus, a quem Ele dissera que vigiassem ‘à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo, de manhãzinha’. E, precisamente nessas horas, não estiveram vigilantes”.

Nesse sentido, alertou que “há um sono perigoso: o sono da mediocridade. Sobrevém quando esquecemos o primeiro amor e avançamos apenas por inércia, prestando atenção somente a viver tranquilos”.

“Mas, sem ímpetos de amor a Deus, sem esperar a sua novidade, tornamo-nos medíocres, tíbios, mundanos. E isto corrói a fé, porque a fé é o contrário da mediocridade: é desejo ardente de Deus, audácia contínua em converter-se, coragem de amar, é caminhar sempre para diante”.

Então, “como podemos despertar do sono da mediocridade? Com a vigilância da oração. Rezar é acender uma luz na noite. A oração desperta da tibieza duma vida horizontal, levanta o olhar para o alto, sintoniza-nos com o Senhor”.

“A oração permite a Deus estar perto de nós; por isso liberta da solidão e dá esperança. A oração oxigena a vida: tal como não se pode viver sem respirar, assim também não se pode ser cristão sem rezar”.

Há também um segundo sono interior, advertiu o Papa: “o sono da indiferença. Os indiferentes veem tudo igual, como se fosse de noite; e não se interessam por quem está perto deles. Quando orbitamos apenas em torno de nós mesmos e das nossas necessidades, indiferentes às dos outros, a noite desce sobre o coração”.

“Rapidamente começamos a lamentar-nos de tudo, sentindo-nos vítima de todos e, por fim, tramamo-los em tudo. Lamentações, sensação de ser vítima e conjuras: é uma corrente… Atualmente, parece que esta noite caiu sobre muitos: reivindicam para si próprios e desinteressam-se dos outros”.

Da mesma forma, “acordar deste sono da indiferença? Com a vigilância da caridade. Para projetar luz sobre o referido sono da mediocridade, da tibieza, temos a vigilância da oração. Para despertar deste sono da indiferença, temos a vigilância da caridade. A caridade é o coração pulsante do cristão: tal como não se pode viver sem pulsação, assim também não se pode ser cristão sem caridade”.

O Papa Francisco finalizou sua homilia: “rezar e amar: aqui está a vigilância. Quando a Igreja adora a Deus e serve o próximo, não vive na noite. Ainda que esteja cansada e provada, caminha rumo ao Senhor”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

ACI Digital

Por que Cristo chora? Um conto sobre a devoção a Maria

Veritatis Splendor

– Como foi bom o culto hoje, Jorge!

– Sim, Eduardo! Esse ensinamento do pastor sobre o rei Davi foi genial! Que grande homem de Deus!

– Sabe, Jorge, desde que deixei de ser católico, tenho me sentido melhor: já não fumo, não brigo com a minha esposa, não trato mal os meus filhos. Realmente, quando eu era católico, não sentia Deus no meu coração. E também não lia a Bíblia…

– É verdade, Eduardo: essas missas chatas, repetindo sempre as mesmas coisas… E que horror essa idolatria a Maria! Não tem nada a ver com a Maria da Bíblia.

– Queira Deus que um dia Ele nos dê a oportunidade de retratar Maria tal como ela é de verdade!

– Deus abençoe vocês, filhos de Deus!

– Eduardo! Que luz é essa, tão forte? Não consigo enxergar!

– Não sei, Jorge… Parece o sol!

– Sou um Anjo, enviado pelo Senhor. Ouvi a oração de vocês e quero dar-lhes a oportunidade de retratarem a Virgem tal como vocês acreditam que ela deva ser. Porém, em troca, o Senhor quer que vocês construam para Ele um lugar de oração, onde vocês querem orar. Lá, nosso Senhor Jesus Cristo se manifestará a vocês.

– Como não, meu Senhor? Para Ti, tudo! É claro que o faremos!

– Sim, Jorge! Mãos à obra!

– Bom, Eduardo… A primeira coisa que devemos tirar da Virgem dos católicos é essa coroa. Ela nem foi rainha! O único Rei dos reis é Cristo, nosso Senhor.

– Certo, Jorge! A segunda coisa que iremos fazer é tirar-lhe [o título] de Imaculada. Quem falaria tal blasfêmia? Esses católicos, querendo fazer crer que Maria nasceu sem pecado, como se Cristo não tivesse morrido pelos nossos pecados!!!

– Eduardo: a terceira coisa a fazer seria também retirar-lhe esse título de Mãe de Deus. Por acaso, Deus tem mãe? Por acaso, Maria é mais do que Deus?

– E, por fim, nada disso de estar orando a ela. Ela foi uma boa mulher, mas está morta, aguardando a ressurreição final.

– Creio agora, Eduardo, que essa sim, é a Maria da Bíblia!

– Muito bem, Jorge! Vamos agora construir para o Senhor Jesus o seu lugar de culto. Devemos fazer para Ele o melhor possível. Você sabe que para Deus se deve dar o melhor. Assim como Salomão fez uso dos melhores materiais para erguer o Templo, assim também devemos fazer nós.

– Exatamente! Vamos comprar os materiais mais belos e de melhor qualidade! Estou certo de que o Senhor nos premiará por querermos dar-Lhe o melhor!

Algum tempo depois…

– Deus abençoe a vocês, filhos de Deus!

– Olha, Eduardo! O Anjo voltou!

– Já acabamos a obra que o Senhor nos encomendou. E também já estruturamos a Virgem como deve ser segundo a Bíblia e não como querem os pagãos católicos.

– O Senhor pede para que se apresentem diante Dele.

– Oh, Jorge! Que momento mais maravilhoso!

– Mas… Senhor Jesus, por que choras?

– Não fizemos corretamente o que nos encomendaste?

– Meus queridos: Eu vos amo como ninguém nesse mundo; sabeis que Eu não temi fazer-Me homem para poder salvá-los, derramando o Meu Sangue na Cruz. Estive vos observando em tudo o que faziam e fico triste ao ver como desprezaram a obra do Meu Pai, gloriando-se da vossa obra humana.

– Mas, Senhor… Não estamos entendendo…

– Olhem o que fizeram com a Minha Mãe: Meu Pai celeste escolheu, para a minha Vinda à terra, uma mulher especial; a idealizou antes de fundar o mundo; a preparou para essa missão de receber-Me, de cuidar de Mim, de Me educar; até o último momento da Minha vida sobre a terra, ela esteve comigo; porém, vós a alterastes:

  • Tirastes dela a coroa que o Meu próprio Pai deu. Por acaso, não sabeis que a Rainha é a mãe do Rei? Não tendes lido a Bíblia que tantos dizeis ler? Se vós proclamais, em 2Timóteo 2,12, que reinarão comigo, por que se atrevem a não deixá-la reinar também? Se ela não é Rainha, também não é minha Mãe, porque a Mãe do Rei é a Rainha. É essa a Mãe que quereis para Mim?
  • Retirastes dela sua imaculada conceição. Isso também é contrário à Palavra: não sabeis que nada de impuro entra na presença de Deus? Se ela estivesse contaminada de pecado, como poderiam crer que Eu teria estado no seu ventre? Como podem pensar que o Meu Pai me tivesse colocado em um ventre pecador? Deus aplicou à Minha Mãe, de maneira preventiva, os méritos da Minha redenção. Se ela é uma pecadora, como pôde ela dar-Me a carne? É essa a Mãe que quereis para Mim?
  • Retirastes dela a maternidade divina. Como isso Me causa dor! Quantas vezes vós, em vossas orações, não me proclamais como vosso Deus e Salvador? E agora, vens dizer que a Mulher pela qual Eu vim ao mundo não é a Mãe de Deus? Por acaso, já deixei de ser Deus para vós? Ou ela já deixou de ser a Minha Mãe? Se ela não é a Mãe de Deus, então o que Eu sou para vós? É essa a Mãe que quereis para Mim?
  • Retirastes dela sua intercessão e a declarastes morta. Por acaso não lestes na Palavra que Deus é o Deus dos vivos e não dos mortos? Vos esqueceis que o Meu primeiro milagre, em Caná, Eu o fiz porque ela Me pediu como Mãe? Assim como ela, ao pé da cruz, esteve Me esperando para receber-Me em seus braços, assim está ela agora orando diante de Mim, por vós inclusive. É essa a Mãe que quereis para Mim?

Se, então, tivesses que Me escolher uma Mãe, Me teriam dado uma pecadora? Alguém que não desse à luz ao Verbo Divino? Que não seria Rei por ela não ser Rainha? Como dói em Mim, meus filhos, que seria isso que me dariam por mãe…

– Senhor, realmente não tínhamos visto assim… Realmente não entendíamos a Virgem… Estávamos cegos, por querermos tão somente adorar a Ti, que não queríamos descobrir o papel da Tua Mãe no plano da Salvação.

– Sim, Senhor, eu também me sinto muito mal, por ver-Te chorar pelo que fizemos; e por saber que é isso o que fazem muitos irmãos nossos, que se dizem chamar “cristãos”: não valorizamos a Tua Mãe, tal como fazem os católicos.

– Meus queridos: o que dói ainda mais em Mim é ver que a construção que erguestes foi feita com os melhores materiais; nessa questão, vós não poupastes gastos, buscaram o melhor e o mais belo; quiseram me glorificar, oferecendo-Me um lugar digno de Mim. No entanto, o lugar que o Meu Pai Me quis dar, esse ventre imaculado [da Minha Mãe], vos parecia absurdo e antibíblico.

– Ai, Senhor! Por favor, não prossigas mais, pois sentimos um nó na garganta! Perdoa-nos! Prometo que de agora em diante darei à Tua Mãe o lugar que ela merece. E isso eu só posso fazer em uma só Igreja! Eu te amo, Jesus!

– Eduardo! Acorda!! Eduardo!!!! Levanta! O culto acabou!! Você acabou dormindo…

– Minha Virgem Santa!

– Você está louco, Eduardo? Pára de dizer isso! Você teve um pesadelo?

– Não, pelo contrário! Tive a maior revelação da minha vida: o pranto de Cristo!

Portal Veritatis Splendor

Argentina: Igrejas ortodoxas contra o projeto de lei sobre o aborto

Manifestação contra o aborto (AFP or licensors)

Líderes da Igreja ortodoxa na Argentina reconfirmam sua posição em favor da vida e consideram inoportuno tratar, no Parlamento, de uma lei a favor do aborto, sobretudo neste período de emergência sanitária por causa da pandemia. A Igreja Católica na Argentina organiza, neste sábado (28/11), uma manifestação nacional contra o aborto.

Vatican News

Líderes da Igreja Ortodoxa na Argentina expressaram sua preocupação pelo projeto de lei sobre o aborto, enviado à Câmara dos Deputados pelo poder Executivo, sobretudo neste período particular, em que a pandemia coloca em risco a vida dos homens.

Em um comunicado, intitulado "Ortodoxia em favor da vida", os líderes ortodoxos fazem um premente apelo em prol da vida humana, desde a sua concepção, pois ela é um dom de Deus.

Solidariedade dos Ortodoxos no mundo

Os líderes do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, de Antioquia e da Sérvia, como os da Igreja na Rússia e no Exterior fizeram a seguinte declaração: “Como cristãos ortodoxos estamos cientes de que nossas vidas não são uma mera casualidade, mas um dom precioso de Deus”.

Nesta declaração, os líderes ortodoxos ratificam o que as Igrejas ortodoxas na Argentina dizem a favor da vida e, de consequência, contra o aborto como "ação arbitrária, voluntária e unilateral para alterar o curso da vida, gerada por vontade de Deus".

Diante da dramática situação de saúde, causada pelo coronavírus, que ceifou milhares de vida no mundo, os líderes ortodoxos reafirmam sua preocupação pela vida da pessoa humana, desde a concepção até o seu fim natural: “Neste contexto dramático e delicado em que vivemos atualmente, causa-nos apreensão pela prioridade dada pelo Congresso nacional à chamada “lei da interrupção voluntária da gravidez”.

Apelo dos Ortodoxos na Argentina

Em tal contexto, os chefes da Igreja ortodoxa na Argentina fazem seu premente apelo aos representantes da nação para que empreguem todas as suas capacidades para a promoção da vida; aprovem leis em defesa da maternidade e da infância; promovam o valor da família, melhorem a situação da saúde e da educação, defendam o trabalho digno; enfim, ofereçam seu apoio aos que desejam empreender e trabalhar com dignidade, cientes de que a vida não é acidental, mas um dom sagrado de Deus.

Iniciativa da Igreja Católica

Por sua vez, a Igreja Católica na Argentina convidou os fiéis de todas as Igrejas cristãs, de outras confissões religiosas e as pessoas de boa vontade a se expressarem, neste sábado (28/11), em todo o país, contra o novo projeto de lei sobre o aborto e a favor do valor e respeito pela vida humana, desde a sua concepção até seu fim natural.

A convocação da Igreja católica na Argentina e a declaração dos líderes das Igrejas Ortodoxas são uma resposta concreta à notícia, difundida nos últimos dias, pelo Presidente da República, Alberto Fernández, que enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para legalizar a interrupção voluntária da gravidez. O Presidente expressa seu apoio a este projeto de lei, em cumprimento à promessa eleitoral, esperando que a Assembleia Legislativa encontre o quórum necessário para a sua aprovação.

Vatican News Service - ATD

S. ANDRÉ, APÓSTOLO

Sant'Andrea  (© Biblioteca Apostolica Vaticana)

Chamado por primeiro

“Encontramos o Messias!” Eis a expressão de alegria incomensurável e gratificante de quem descobre ter atingido a meta tão desejada! Com estas palavras, narradas no Evangelho de João, André, que vai depressa ao encontro do seu irmão Pedro, lhe transmite a emoção de ter sido chamado “por primeiro” por Jesus.

Pescador de Betsaida da Galileia e discípulo de João Batista, André reconheceu logo, no filho de José o carpinteiro, o “Cordeiro de Deus”. O evangelista recorda até a hora daquele encontro, às margens do Rio Jordão, que marcou para sempre a sua existência: “Eram cerca de quatro horas da tarde”.

Deixou as redes e o seguiu

“Mestre, onde moras?”. A resposta de Jesus à pergunta de André e de um seu companheiro, não tardou a chegar: “Venham e verão”. Era um convite ao qual não podiam rejeitar; era a prefiguração de um chamamento sucessivo, mais explícito, que Jesus faria, às margens do mar da Galileia, também a Simão, seu irmão: “Sigam-me; eu os farei pescadores de homens”. Os dois ficaram maravilhados, mas não hesitaram, como narra o evangelista Mateus: “Deixando logo as redes, o seguiram”.

Daquela primeira troca de olhares, espiritualmente rompente, brota um caminho de fé, o seguimento de Cristo na vida de cada dia. André, de fato, foi um dos Doze, que o Filho de Deus escolheu como companheiro mais íntimo.

Deve ter-lhe causado também grande transtorno presenciar à multiplicação dos pães e dos peixes: antes deste milagre, ao dirigir seu olhar à multidão faminta e aos cinco pães e dois peixes à disposição, incrédulo perguntou: “O que é isto para tanta gente?”.

Padroeiro da Romênia, Ucrânia e Rússia

Jesus aumenta, ainda mais, a fé do apóstolo André, quando, junto com Pedro, Tiago e João, o leva à parte, ao Monte das Oliveiras, onde responde as questões sobre os sinais dos últimos tempos. Sabe-se que André havia levado alguns gregos ao Messias, para conhecê-lo. Mas, os Evangelhos não dão maiores detalhes.

Contudo, os Atos dos Apóstolos afirmam que, com outros companheiros, André se dirigiu a Jerusalém, depois da Ascensão. O resto da narração sobre a sua vida é confiado a textos não canônicos e apócrifos. “Você será um dos pilares de luz no meu Reino”, teria dito Jesus a André, segundo uma antiga escrita copta.

Escritores cristãos, nos primeiros séculos do cristianismo, referem que o apóstolo André teria evangelizado a Ásia Menor e as regiões ao longo do Mar Negro, chegando até ao rio Volga. De fato, hoje, Santo André é venerado como Padroeiro na Romênia, Ucrânia e Rússia.

Mártir em uma cruz decussada

A pregação da Boa Nova prosseguia, incansavelmente, na Acaia. Por volta do ano 60, em Patras, André foi ao encontro do martírio: foi pregado em uma cruz, em forma de X, - segundo seu desejo - como se quisesse evocar a letra inicial grega do nome de Cristo. Antes de expirar, segundo a Lenda Dourada, ele teria pronunciado as seguintes palavras: “Cruz, santificada pelo corpo de Cristo. Santa Cruz, por tanto tempo desejada e amada, sempre quis abraçar-te. Acolhe-me e leva-me até meu Mestre”.

Vatican News

domingo, 29 de novembro de 2020

Maradona e Papa Francisco: dois argentinos unidos pela fé

AFP PHOTO / OSSERVATORE ROMANO
por Beatriz Camargo

“O Deus do futebol é argentino, e agora o papa também é”, comemorou Maradona na ocasião em que seu compatriota Jorge Mario Bergoglio foi escolhido como Papa.

Diego Armando Maradona teve uma carreira marcada por inúmeras polêmicas. Por certo, o craque argentino parecia gostar de soltar “frases de efeito”. Principalmente quando se via cercado por jornalistas. Da mesma forma, Maradona não se importava com sua reputação. No entanto, não conseguia ficar longe dos holofotes.

De fato, os excessos que faziam parte de seu estilo de vida sempre foram manchetes de tabloides – assim como seus grandes feitos em campo. Surpreendentemente, essa imagem de briguento, desbocado e fanfarrão se desbotou nas últimas décadas. Ao passo que deixou os gramados, o ex-camisa 10 da equipe argentina de futebol já não alimentava a imprensa com grandes controvérsias.

Como técnico de times menores, Maradona continuava ativo. Mas o desempenho das últimas equipes que liderou não o fez retornar às manchetes. Eventualmente, sua presença em jogos de Copa do Mundo e seus encontros com o Papa Francisco lhe garantiram breves momentos de protagonismo frente às lentes. Entretanto, as mais recentes notícias sobre Maradona repercutiam seus problemas de saúde.

Maradona: um craque redimido

Em março de 2013, quando Jorge Mario Bergoglio foi escolhido como Papa, Maradona declarou: “O Deus do futebol é argentino, e agora o papa também é”.

E, já naquela época, Maradona parecia ter encontrado sua redenção. Os olhares mais atentos podem facilmente notar a mudança no semblante em todos os momentos em que ele foi fotografado ao lado de seu compatriota.

Ele e o Pontífice se encontraram algumas vezes. Além disso, Maradona sempre aceitou participar das “Partidas pela Paz”, cujos lucros eram destinados para uma instituição de caridade papal voltada à educação em países em desenvolvimento.

Encontro entre Maradona e Papa Francisco

Por tal razão, Maradona viajou a Roma várias vezes. Uma dessas ocasiões ocorreu em 01 de setembro de 2014, no Vaticano. Naquele dia, Maradona presenteou o Papa com uma camisa de futebol autografada por ele. Nela estava bordado o nome “Francisco”, e havia também a seguinte dedicatória: “Ao Papa Francisco, com todo o meu afeto e (votos de) muita paz no mundo”.

Aleteia

«Erguei-Vos E Levantai A Cabeça»

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Voltai à razão (cf 2Tim 2,26), vós que vos afundais na desolação! Correi, vós que treinais! Sim, sim, eu vo-lo digo, caríssimos! A morte há de vir ao teu encontro; embora não tenhas a certeza de chegar até ao fim do dia de hoje, é absolutamente certo que amanhã morrerás.

E que grande alegria terás quando saíres deste mundo e fores estabelecer-te nas regiões celestes, em Deus, na luz inacessível (cf 1Tim 6,16), num dia que não conhece ocaso, numa glória inconcebível, nas moradas dos santos, nos átrios do Senhor (cf Sl 83,3), na Igreja dos primogênitos (cf Hb 12,23), no seio de Abraão (cf Lc 16,22), num paraíso todo feito de beleza e de virtude, na câmara nupcial que não é feita com mão de homem, nos bens invisíveis, no inaudito das nossas aspirações, no indizível dos nossos desejos, nos coros dos anjos, na reunião dos profetas, na apoteose dos apóstolos, no palácio do Rei do Céu, na cidade do Deus de Jacob (Cf Is 2,3). Ao chegar, quem verás? Quem serão eles? A Senhora do mundo e Mãe de Deus Nosso Senhor, os poderes incorpóreos, as dignidades, os querubins e os serafins, os exércitos e as ordens dos sacerdotes e dos santos, as coortes que não é possível nomear nem têm nome, habitantes destes lugares, e, por fim, a Bem-aventurada e Pura Trindade.

Isto não te encanta, meu irmão? Ao pensar em tudo isto, sentes ainda os ferimentos, ainda que te inflijam sem dó? Deixar-nos-emos esmagar por uma pequena aflição, por um golpe, por uma punição, pela sede ou por qualquer restrição nos alimentos? De maneira nenhuma! Pois é Cristo, nosso Deus, quem nos guarda, filhos bem-amados, e quem fará penetrar nos vossos corações santos a minha exortação indigna; e será também Ele a fortificá-los, a iluminá-los e a santificá-los.

São Teodoro Estudita (759-826)
Catequese 28
Fonte: Evangelho Quotidiano

Ecclesia

MISSIO AD GENTES

Caminho Neocatecumenal

Em 2006, Bento XVI inaugurou esta nova forma de evangelização enviando as primeiras sete missio ad gentes. Cada uma delas está constituída por um presbítero, acompanhado de quatro ou cinco famílias com vários filhos. A pedido do bispo, a família recebe o mandato de evangelizar zonas descristianizadas ou pagãs, com a missão de fazer presente uma comunidade cristã na qual “sejam perfeitamente um para que o mundo creia”.

João Paulo II, no VI Simpósio dos Bispos Europeus de 1985, indicou que para responder a secularização da Europa era necessário voltar ao primeiro modelo apostólico.

Assim, estas missio ad gentes, à imitação das domus ecclesiae, reúnem-se nas casas em meio aos não batizados e afastados.

Doze anos depois do primeiro envio, o resultado é que muitos afastados e pagãos que nunca entraram em uma igreja se inserem a estas comunidades cristãs e iniciam um itinerário de conversão ou voltam a se aproximar da fé.

Estas comunidades – que não partem de um átrio sagrado, mas que vivem no meio do mundo – constituem um verdadeiro “pátio de gentios onde os homens podem aproximar-se de Deus sem conhecê-lo”, como precisou Bento XVI no discurso à Cúria Romana no ano de 2009.

Um elemento extraordinário desta experiência são os frutos de comunhão e unidade que se dão dentro da própria família, entre pais e filhos.

Em 18 de março de 2016, o Papa Francisco enviou 250 famílias formando 50 novas missio ad gentes para os cinco continentes. Durante este encontro, o próprio Francisco explicou no que consiste esta modalidade missionária: “as missio ad gentes se constituem a pedido dos bispos das dioceses, às quais são destinadas e estão formadas por quatro ou cinco famílias – a maioria delas com mais de quatro filhos,- um presbítero, um jovem e duas irmãs. Todos eles formam uma comunidade que tem a missão de dar os sinais da fé que atraiam aos homens à beleza do Evangelho”, indicou.

O Papa Bento XVI, de 2006 a 2012, enviou 58 missio ad gentes e o Papa Francisco enviou 128.

Em 5 de maio de 2018, no primeiro encontro internacional com motivo do 50º aniversário de nascimento da primeira comunidade do Caminho em Roma, celebrado em Tor Vergata, o Papa Francisco enviou 34 novas missio ad gentes.

O número de famílias do Caminho que estão em missão para a nova evangelização é de 1.668, com aproximadamente 6.000 filhos, em 108 países dos cinco continentes, incluindo as 216 missio ad gentes em 62 nações.

https://neocatechumenaleiter.org/

O que é essencial nesta vida?

catolicodigital

Jesus disse: “Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida?” (Mc 8, 36-37). Com estas palavras, o Senhor nos adverte sobre o objetivo central da nossa existência: a salvação.

O mundo e os bens materiais nunca são um fim último para o homem, nem sequer o bem temporal – que os cristãos têm a obrigação de buscar.

“O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, tal como o próprio amor. Tem como consequência a perda da caridade e a privação da graça santificante, ou seja, do estado de graça. E se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus, originará a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, uma vez que a nossa liberdade tem capacidade para fazer escolhas definitivas, irreversíveis.” (Catecismo da Igreja Católica, 1861)

Recordemos que “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (Ez 18, 23).

Existe um conto interessante a propósito disso: uma mulher pobre, com seu filho pequeno no colo, passava na frente de uma caverna quando escutou uma voz misteriosa que lhe dizia lá de dentro: “Entre e pegue tudo o que você quiser, mas não se esqueça do principal. Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do mais importante”.

A mulher entrou toda trêmula na caverna e lá encontrou muito ouro e pedras preciosas. Então, fascinada pelas joias, colocou seu filho no chão por um instante e começou a pegar, ansiosamente, tudo o que coube no seu avental.

De repente, a voz falou outra vez: “Restam-lhe apenas cinco minutos”. A mulher, apressada, continuou pegando tudo o que podia. Finalmente, carregada de ouro e pedras preciosas, correu e chegou à entrada da caverna, quando a porta já estava se fechando. E então a porta se fechou.

Nesse momento, a mulher se lembrou de que seu filho havia ficado dentro da caverna. Mas a porta já estava fechada para sempre! A alegria da riqueza desapareceu imediatamente, e a angústia e o desespero a fizeram chorar amargamente.

Temos alguns anos para viver neste mundo e quase sempre deixamos de lado o principal! O que é essencial nesta vida? Deus, sua vida de graça, seus valores morais e espirituais, a família, os filhos, a harmonia com Deus e com o próximo.

É triste ver que muitos arriscam sua salvação eterna e sua própria felicidade aqui na terra por coisas que não têm valor algum. De que adianta viver somente para satisfazer todas as ambições humanas? De que adianta ter tudo e esquecer de Deus, se tudo vai acabar, se tudo vai afundar e pode levar à perda de Deus para sempre?

Enquanto peregrinamos nesta vida, temos a esperança de recuperar a vida de Deus em nós. Cada um sabe se perdeu ou não sua vida ou alma espiritual. Se a perdeu, sabe também quando isso aconteceu. Mas é Deus, no juízo final, quem confirmará isso.

Recordemos que a vida passa rápido demais e a morte biológica chega de surpresa, inesperadamente. Quando a porta desta vida se fechar para nós, não adiantará nada lamentar-se. Pensemos nisso por um momento e não desperdicemos este convite de Deus.

Por Aleteia (adaptado por Católico Digital)

https://catolicodigital.com.br/

Colégio de Cardeais tem 900 anos: veja sua história, números e curiosidades

Guadium Press
 Este Consistório é o sétimo convocado por Francisco, eleva o número de presenças no Colégio Cardinalício para 229, 101 não-eleitores.

Redação (28/11/2020, 11:50, Gaudium Press) O título de Cardeal surgiu pela primeira vez durante o pontificado do Papa Silvestre I (314-335). O termo vem da palavra latina “cardo”, que significa gonzo ou dobradiça.

Os Cardeais são criados por decreto do Romano Pontífice, que os escolhe para serem seus principais colaboradores e assistentes.

Inicialmente, o título de Cardeal era atribuído genericamente a pessoas a serviço de uma igreja ou diaconia, sendo reservado mais tarde aos responsáveis das Igrejas titulares de Roma e das igrejas mais importantes da Itália e do estrangeiro.

A partir da época do Papa Nicolau II em 1059 e, aos poucos, até 1438 com o Papa Eugênio IV, o título de Cardeal adquiriu o prestígio que o caracteriza hoje.

O Colégio Cardinalício foi instituído em sua forma atual em 1150: conta com um Decano e um Camerlengo, que administra os bens da Igreja quando a Sede de Pedro está vaga.

O Decano é eleito dentre os cardeais de ordem episcopal que têm o título de uma Igreja suburbicária (Cânon 352, par.2) -as sete dioceses mais próximas de Roma: Albano, Frascati, Ostia, Palestrina, Porto-Santa Ruffina e Velletri-Segni.

Modificações na formação do Colégio Cardinalício

Por alguns séculos o Colégio dos Cardeais era composto por 30 membros. Mais tarde, depois do Papa Sisto V, em 1586 elevou seu número para 70.

O Colégio Cardinalício na sua dimensão e composição atuais amadureceu gradualmente no século XX:

João XXIII ultrapassou o limite histórico estabelecido por Sisto V. Quando morreu João XXIII, o número de Cardeais era de 82 sendo que entre eles havia os primeiros cardeais filipino, japonês, africano.

Paulo VI criou 143 cardeais e estendeu para outros países a procedência deles: foram criados o primeiro Cardeal neozelandês, o primeiro malgaxe, o primeiro cingalês. Além disso, Paulo VI determinou o lugar dos Patriarcas Orientais no Colégio de Cardeais e estabeleceu o limite de 80 anos para terem direito a voto num eventual Conclave. Quando morreu Paulo VI, o número de Cardeais era de 129.

Com o Papa João Paulo II, foram convocados nove Consistórios e o Colégio Cardinalício passou a ter 231 cardeais oriundos de setenta países.

No Pontificado de Bento XVI foram criados 90 cardeais em cinco Consistórios. Entre eles, 39 ainda são eleitores e 30 não têm direito a voto. Entre estes encontra-se o mais idoso de todos eles, o francês de 96 anos Albert Vanhoye, criado cardeal em 2006.

Diferenciais introduzidos no Colégio Cardinalício pelo Papa Francisco  

O Papa Francisco criou Dom Dieudonné Nzapalainga, o mais jovem cardeal ainda vivo e o primeiro cardeal nascido na República Centro-Africana.

Com o Consistório deste sábado, 28/11, Francisco presidiu sete consistórios e chegou ao número de 101 Cardeais por ele criados, dos quais 73 dos continuam eleitores em um eventual Conclave.

Entre os Cardeais criados neste Consistório estão os que representam um início e um retorno. Ao primeiro caso pertence Brunei e Ruanda –países que fazem a sua entrada histórica no Colégio de Cardeais e no segundo caso está Malta, que ficou sem um representante no Colégio, desde 2019, quando morreu o Cardeal Prosper Grech, a em dezembro de 2019.

Ainda com este Consistório o Pontificado de Francisco passa a ter algumas originalidades. Entre elas está a criação de sedes cardinalícias em países que nunca a tiveram.

Além da já citada República Centro-Africana, Brunei e Ruanda, também o Haiti, Dominica, Birmânia, Panamá, Cabo Verde, Tonga, Bangladesh, Papua Nova Guiné, Malásia, Lesoto, Mali, Suécia, Laos, El Salvador, Luxemburgo.

O Consistório trouxe para o Colégio Cardinalício o primeiro cardeal afro-americano, o metropolita da capital Washington, Dom Wilton Gregory; o primeiro Cardeal que nasceu após o Concílio Aticano II, O Cardeal Nzapalainga; o primeiro Cardeal convertido ao catolicismo desde os tempos de Jean-Marie Lustiger, o novo Cardeal Dom Anders Arborelius, Bispo de Estocolmo que é luterano de nascimento.

Curiosidades e características que o Consistório de hoje trouxe ao Colégio Cardinalício

As pesquisas mostram certas singularidades deste novo Colégio Cardinalício:
o Cardeal emérito de Bangcoc, o tailandês Dom Michael Michai Kitbunchu, de 91 anos, é quem faz parte do Colégio dos Cardeais há mais tempo, 37 anos. Esse recorde de participação ele compartilha com o neozelandês Dom Thomas Stafford Williams, de 90 anos de idade, que é ordinário militar emérito do seu país. Os dois foram criados por João Paulo II, em 1983.

Quanto à presença de famílias religiosas no atual Colégio de Cardeais, elas chegam ao número 26, num total de 51 cardeais (29 eleitores) que vestem o hábito do seu Instituto Religioso. Os mais representados são os religiosos Salesianos (9), seguidos pelos Jesuítas (7). Com o Padre Mauro Gambetti, guardião do Sacro Convento de Assis, a Ordem dos Franciscanos Conventuais também passa a fazer parte do grupo doe Cardeais.

Neste Consistório redesenhou-se o mapa de origem dos Cardeais. Agora, são 90 países representados.

O Colégio Cardinalício passou a ter representantes da Albânia ao Vietnã, com o grupo dos cardeais italianos (47) o mais numeroso, sendo seguido pelos Estados Unidos (15) e Espanha (14).

Desde o ponto de vista dos continentes, a Europa conta, entre eleitores e não-eleitores, com 106 cardeais, a África tem 30 a Ásia com 27.

A América do Norte conta com 26, América do Sul tem 25, a América Central 9 e por fim, a Oceania com 6.

O Brasil tem 9 cardeais, 4 eleitores e 5 não eleitores: Dom Geraldo Majella Agnelo; Dom Raymundo Damasceno Assis; Dom João Braz de Aviz; Dom Sérgio da Rocha; Dom José Freire Falcão; Dom Cláudio Hummes; Dom Oscar Eusébio Scheid; Dom Odilo Pedro Scherer; Dom Orani João Tempesta. (JSG)

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Papa: despertar do sono da mediocridade e da indiferença com oração e amor

Papa Francisco na Eucaristia com os novos cardeais

“Rezar e amar: aqui está a vigilância. Quando a Igreja adora a Deus e serve o próximo, não vive na noite. Ainda que esteja cansada e provada, caminha rumo ao Senhor.” O Papa Francisco presidiu à missa no I domingo do Advento na Basílica de São Pedro. Com o Pontífice, concelebram os novos cardeais.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

“Senhor, fazei-nos sentir o desejo de rezar e a necessidade de amar.” Com esta invocação, o Papa Francisco concluiu sua homilia ao presidir à Santa Missa na Basílica de São Pedro neste I Domingo do Advento.

Concelebraram com o Pontífice os cardeais criados ontem no Consistório Ordinário Público. Ao comentar as leituras do dia, Francisco ressalta duas palavras: proximidade e vigilância.

Proximidade de Deus e vigilância nossa

O Advento, afirmou, é o tempo para nos lembrarmos da proximidade de Deus, que desceu até nós. O primeiro passo da fé, explicou, é dizer ao Senhor que precisamos Dele, da sua proximidade. E a primeira mensagem do Advento e do Ano Litúrgico é também reconhecer Deus próximo.

“Façamos nossa esta invocação caraterística do Advento: «Vem, Senhor Jesus!» (Ap 22, 20). Podemos dizê-la ao princípio de cada dia e repeti-la com frequência, antes das reuniões, do estudo, do trabalho e das decisões a tomar, nos momentos importantes e de provação: Vem, Senhor Jesus!”

Invocando assim a sua proximidade, treinaremos a nossa vigilância. Esta palavra, aliás, é repetida quatro vezes no Evangelho deste domingo. É importante permanecer vigilantes, porque na vida é um erro perder-se em mil coisas e não se dar conta de Deus. Arrastados pelos nossos interesses e distraídos por tantas vaidades, corremos o risco de perder o essencial. Vigiar é não se deixar dominar pelo desânimo, é viver na esperança. 

A fé é o contrário da mediocridade 

Para o Pontífice, dois sonos nos ameaçam: o sono da mediocridade e o da indiferença. 

A mediocridade sobrevém quando esquecemos o primeiro amor e avançamos apenas por inércia, prestando atenção somente a viver tranquilos. 

“E isto corrói a fé, porque a fé é o contrário da mediocridade: é desejo ardente de Deus, audácia contínua em converter-se, coragem de amar, é caminhar sempre para diante. A fé não é água que apaga, mas fogo que queima.”

A vigilância da oração é o que pode nos despertar do sono da mediocridade. A oração oxigena a vida: tal como não se pode viver sem respirar, assim também não se pode ser cristão sem rezar. 

Não se pode ser cristão sem caridade

Já quem dorme o sono da indiferença vê tudo igual, não se interessa por quem está perto dele. “Quando orbitamos apenas em torno de nós mesmos e das nossas necessidades, indiferentes às dos outros, a noite desce sobre o coração”, disse o Papa.

Trata-se de um sono que atualmente acomete a muitos e só poderemos despertar com a vigilância da caridade. 

“A caridade é o coração pulsante do cristão: tal como não se pode viver sem pulsação, assim também não se pode ser cristão sem caridade.”

Ajudar os outros não é ser perdedor; pelo contrário, é ser vitorioso, pois é com as obras de misericórdia que nos aproximamos do Senhor. 

“Rezar e amar: aqui está a vigilância. Quando a Igreja adora a Deus e serve o próximo, não vive na noite. Ainda que esteja cansada e provada, caminha rumo ao Senhor.”

O convite final do Papa é para fazer a seguinte invocação: “Vinde, Senhor Jesus! Vós sois a luz: despertai-nos do sono da mediocridade; despertai-nos das trevas da indiferença. Vinde, Senhor Jesus! Tornai vigilantes os nossos corações distraídos: fazei-nos sentir o desejo de rezar e a necessidade de amar.”

Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF