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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Jerusalém – A Cidade Santa

Jerusalém - A Cidade Santa (Cafetorah)

Jerusalém – A Cidade Santa

julho 28, 2007 Por Diretor do Cafetorah

“Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se não me lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria.” (Salmos 137, 5-6)

Jerusalém - Miguel Nicolaevsky (Direiros Reservados)

Jerusalém capital de Israel e sede de seu governo, é a maior cidade do país. Seus 634.000 habitantes (dos quais 14.000 são cristãos) constituem um mosaico de diversas comunidades nacionais, religiosas e étnicas. Jerusalém é uma cidade com sítios históricos cuidadosamente preservados e restaurados e modernos edifícios, bairros em constante expansão, zonas comerciais, centros comerciais, parques industriais de alta tecnologia e áreas verdes bem cuidadas. É uma cidade antiga e moderna ao mesmo tempo, com tesouros do passado e planos para o futuro.

A santidade de Jerusalém é reconhecida pela três grandes religiões monoteístas – o judaísmo, o cristianismo e o islã – mas a natureza desta santidade difere nas três crenças.

Para o povo judeu, a própria cidade é santa. Escolhida por Deus em sua aliança com David, Jerusalém é a essência e o centro da existência e continuidade espiritual e nacional judaicas. Durante 3.000 anos, desde o tempo do Rei David e da construção do Primeiro Templo por seu filho, o Rei Salomão, Jerusalém tem sido o foco da prece e da devoção judaicas. Há quase 2.000 anos os judeus se viram na direção de Jerusalém e do Monte do Templo quando rezam, onde quer que estejam.

Para os cristãos, Jerusalém é uma cidade de Lugares Santos associados a eventos da vida e ministério de Jesus e ao início da igreja apostólica. Estes são locais de peregrinação, prece e devoção. As tradições que identificam alguns destes sítios datam dos primeiros séculos do cristianismo.

Na tradição muçulmana, o Monte do Templo é identificado como “o mais remoto santuário” (em árabe: masjid al-aksa), de onde o profeta Maomé, acompanhado pelo Anjo Gabriel, fez a Jornada Noturna ao Trono de Deus (Alcorão, Surata 17:1, Al-Isra).

A Lei de Proteção dos Lugares Santos (5727-1967) garante a liberdade de acesso aos locais sagrados para os membros das diferentes religiões.

Fonte: https://cafetorah.com/

Bispo que sofreu bullying na infância faz alerta em carta pastoral

Facebook Fernando Chomali / #image_title

Por Pablo Cesio

"Acabar com o bullying é uma tarefa de todos", exorta o bispo Fernando Chomali no documento, que contém seu testemunho pessoal.

“Sofri muito na minha infância por ser gago. Lembro-me com tristeza, dor e frustração. Graças a Deus superei, reconciliando-me com aqueles colegas e vizinhos que zombavam de mim por uma condição que não dependia de mim“.

Assim começa a carta pastoral do Arcebispo de Concepción, Fernando Chomali, que lançou um convite às comunidades educativas para enfrentar o problema do bullying de diferentes perspectivas, promovendo “respeito, empatia e amor ao próximo”, como reproduz a Igreja do Chile.

É que, além de seu testemunho pessoal, o próprio bispo entende que o bullying parece ser uma prática mais comum do que se acredita – e, por isso, intitulou sua carta pastoral assim: “Acabar com o bullying é uma tarefa de todos”.

“Infelizmente, apesar de haver mais consciência da dignidade da pessoa humana e dos seus direitos, [o bullying] ocorre na escola, ocorre no trabalho, ocorre na própria família. Podemos dizer que vivemos em uma sociedade abusiva”, disse Chomali.

“A isso se soma o cyberbullying que está causando estragos na vida de muitas pessoas. Alguns estudantes, impressionados com o tratamento que recebiam na escola, chegaram a cometer suicídio. Que maldade, que dor, que impotência”, continuou.

Covardia

“O bullying, em todas as suas formas e expressões, é um ato de covardia, pois é uma agressão de uma ou mais pessoas contra os mais fracos. Eles são espancados e também humilhados. Muitos jovens têm vergonha de serem alvos dessa má prática e não a revelam, o que dificulta a avaliação do problema. Pessoalmente, demorei anos a contar o que vivi”, afirma o arcebispo no documento.

“Quem a pratica tende a ter uma imagem ruim de si mesmo, muitas vezes até ódio, que projeta nos mais fracos, nos que não podem se defender”, diz o documento. O arcebispo ainda acrescenta:

“Em geral, quem maltrata os outros são pessoas, crianças, jovens e adultos carentes de amor, compreensão e sentimento de fazer parte de um projeto social. Por trás de cada ato de violência há uma grande desesperança quanto à possibilidade de sair das frustrações presentes. Reconhecer novamente Deus como fonte insubstituível de esperança abre um caminho promissor para um novo tratamento em casa, na escola e na sociedade “.

O perseguidor e uma história por trás

No segundo e terceiro pontos da sua carta, D. Chomail centra-se naqueles que praticam o bullying. E é aí que também aparece a palavra “revolta”. “Ao atingir o outro, o mais fraco, com palavras e ações, em última análise, atinjo a sociedade que rejeito”, descreve o arcebispo.

“Cada vez mais, as pessoas sentem um grande desprezo pela autoridade, venha ela de onde vier, o que torna desacreditados ​​aqueles que a detêm, seja no âmbito familiar, educacional, público, social e religioso. Este fenômeno empobrece a democracia. Muitos pais temem seus filhos e muitos professores temem seus alunos. Hoje, além disso, está ocorrendo que o pessoal da saúde tem medo dos pacientes e dos familiares”, diz outro trecho da carta.

Por outro lado, o arcebispo lembra também que “por trás de cada ato de violência existe uma história que, muitas vezes, vem de uma família ou de um ambiente onde falta carinho, amor, compreensão e ternura”.

“Também é preciso reconhecer que as grandes diferenças sociais que ainda persistem em nosso país geram muita violência interna. Muitos jovens estão desencantados com uma sociedade que não consegue gerar as instâncias que lhes permitam olhar o futuro com otimismo”, continua o documento.

“O que fazer?” o arcebispo se pergunta. E responde rapidamente: “Sem dúvida, a Igreja tem uma grande responsabilidade na hora de responder a esta pergunta. E a resposta é anunciar a verdade sobre o homem revelada por quem é a Verdade, Jesus Cristo. Cuidar de quem pratica bullying com os colegas é uma medida muito positiva e urgente”, acrescenta.

Deus, fundamento da sã convivência

“Deus é o fundamento de uma consciência reta que percebe claramente que os conflitos típicos da vida são resolvidos com diálogo fecundo, com doação generosa e acolhendo o melhor do outro”, afirma Chomali, que também faz referência à importância da família na formação das pessoas.

“Não ganhamos nada com mais fiscais, mais tribunais, mais punições se não houver um projeto de país que ajude o homem a encontrar o verdadeiro sentido da vida e tenha em mente a dimensão transcendente da existência humana. E desde a mais tenra infância”, enfatiza.

“Para isso, promover a presença de Deus na educação e na família é fundamental”, ressalta.

O bispo chileno encerra a carta pastoral convidando à reflexão e a um profundo exame de consciência a respeito do tratamento alheio.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Encontro Vocacional Indígena na Diocese de Alto Solimões

Encontro Vocacional Indígena na Diocese de Alto Solimões (Vatican Media)

“Um olhar de Deus para se formar um desejo de vida em Jesus Cristo”: 44 jovens indígenas, do Povo Ticuna, Kokama e Kanamari participaram de 25 a 29 de junho do 1º Encontro Vocacional Indígena 2023.

Padre Modino - CELAM

44 jovens indígenas, do Povo Ticuna, Kokama e Kanamari participaram de 25 a 29 de junho do 1º Encontro Vocacional Indígena 2023, realizado na paróquia São Francisco de Assis de Belém do Solimões, na diocese de Alto Solimões. São jovens das comunidades das paróquias de Benjamin Constant, Tabatinga e Belém do Solimões.

O encontro, que teve como tema: "Tupana cuca naca"! (Deus te chama!), foi uma oportunidade para participar de momentos de formação e testemunhos sobre cada vocação: Matrimonio, Vida Laical, Religiosa e Sacerdotal, mas também um encontro com momentos de oração: Leitura Orante, Eucaristia, Terço, Adoração, um tempo de trabalho, mas também de fraternidade e lazer.

Os organizadores do encontro destacam a grande participação, mas também a seriedade, alegria e generosidade dos jovens e o fato de que, no final do encontro, cada vocacionado e vocacionada indígena renovou seus compromissos.

Dentre os compromissos adquiridos, foram destacados rezar pessoalmente todos os dias e na comunidade toda semana, sobretudo o terço e a celebração da Palavra, pedindo pela própria vocação e pela vocação dos outros e das outras. Junto com isso, prestar um serviço em sua comunidade toda semana, na catequese, visita do Dízimo, grupos de jovens, animação do terço, visitas missionarias, dentre outros. Finalmente, falar de sua vocação com pessoas com mais experiência: ministro da Palavra, diácono, catequista, padre, frei, irmã.

Uma das vocações indígenas nascidas na paróquia de Belém do Solimões é Hércules Vitorino, seminarista da diocese de Alto Solimões, que estuda 3º ano de Filosofia no Seminário São José de Manaus. O indígena do Povo Ticuna define a vocação como “um olhar de Deus para se formar um desejo de vida em Jesus Cristo”. Ele insiste em que “sempre Deus nos chama para ser a verdadeira Igreja de Cristo. Cada dia nosso coração sente o chamado a ser feliz”.

Encontro Vocacional Indígena na Diocese de Alto Solimões (Vatican Media)

Vocação que é um desejo de “fazer missão para o povo”, mas também “provar a vida de Jesus Cristo”, algo que ele disse estar fazendo, “provar sua vocação para se formar no bem”. Ele afirma se sentir chamado por Deus para seu povo, “um pequeno caminho para eles, eu sou porta para eles”, algo que ele vê nas palavras de Jesus. Uma vocação que para o seminarista indígena é “uma grande missão na Amazônia, não ter medo de falar de Deus”, algo que vai se compreendendo aos poucos.

Como seminarista indígena se sente desafiado e chamado a se formar um bom pastor para seu povo, olhando para Jesus como Caminho, Verdade e Vida, o que lhe leva a não ter medo de falar de Deus e da fé nele, algo que aos poucos tem ido aprendendo na vivência de sua vocação.

Os participantes do encontro agradeceram a toda a Equipe Vocacional Indígena, aos Frades Menores Capuchinhos, as Irmãs Missionárias da Imaculada e as Irmãs Cônegas, à equipe que cuidou da acolhida e alimentação.

Finalmente, os organizadores do 1º Encontro Vocacional Indígena 2023, pedem rezar a fim de que, pela intercessão de Maria Mãe das Vocações, o Espírito do Senhor ilumine e conduza os vocacionados e vocacionadas do mundo inteiro.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pró-vidas dos EUA pressionam pela proteção nacional dos nascituros

Ativista pró-vida nos EUA / José Portolano (CNA)

Por Lauretta Brawn

WASHINGTON DC, 28 Jun. 23 / 06:41 pm (ACI).- Um grupo de líderes pró-vida reuniu centenas de pessoas no sábado (24) nas escadas do Monumento a Lincoln em Washington, DC, para comemorar o primeiro aniversário da decisão da Suprema Corte dos EUA que derrubou a sentença do caso Roe x Wade e incentivar a luta para conseguir a proteção legal total para todos os nascituros desde a concepção em todos os 50 Estados americanos.

A sentença Roe x Wade de1973, liberou o aborto em todo o país. Em 24 de junho de 2022, a decisão do caso Dobbs x Jackson Women's Health Organization pela Suprema Corte derrubou Roe x Wade. Depois de Dobbs, cada Estado dos EUA pode legislar sobre o aborto como quiser.

Kristan Hawkins, presidente de Students for Life of America, disse que, embora estivesse satisfeita com o fato de 25 estados terem aprovado fortes leis pró-vida, ainda estamos "vivendo num estado de divisão" no país, onde "a localização de uma pessoa determina se ela sobreviverá ao desafio do aborto como nós sobrevivemos".

Hawkins disse que o país deve se tornar "um Estados Unidos onde cada ser humano seja reconhecido como a pessoa única que é, com os mesmos direitos e a mesma proteção garantida pela 14ª Emenda, não pelo Estado em que sua mãe mora, ou se é considerado conveniente, ou pelas circunstâncias de sua concepção”.

Hawkins disse à CNA, a agência em inglês da EWTN, que os líderes pró-vida estão se unindo em torno da convicção de que "todo ser humano é uma pessoa humana no momento da concepção" e que as cláusulas de justiça igualitária da 14ª Emenda devem ser aplicadas igualmente para as pessoas no útero.

Os líderes pró-vida querem “ver todos os candidatos presidenciais se unir a nós para reconhecer o que está claramente escrito na 14ª Emenda: que todos os seres humanos são pessoas humanas e merecem a mesma proteção de nossas leis”, disse Hawkins.

Lila Rose, presidente do grupo pró-vida Live Action, chamou essa emenda de "uma das notas mais bonitas de nosso hino nacional", mas lamentou que essas proteções não envolvam os nascituros.

Rose disse que é uma “contradição trágica” que, ao mesmo tempo em que celebram “os avanços na assistência pré-natal e na tecnologia, negamos simultaneamente a personalidade e os direitos dessas mesmas crianças. É inconcebível negar seletivamente esses direitos a um grupo de seres humanos só com base em sua localização: o útero”.

Mike Pence, pré-candidato presidencial republicano, também participou da manifestação. Pence recentemente convidou outros pré-candidatos do partido a apoiar, a nível nacional, que o aborto seja permitido só até as 15 semanas de gravidez.

Pence incentivou a defesa dos bebês "e do seu direito inalienável à vida", e prometeu que com a sua família "nunca descansarão nem desistirão enquanto não restaurarmos a santidade da vida no centro da lei americana em todos os Estados do país”.

Marjorie Dannenfelser, presidente da SBA Pro-life America, convocou os candidatos presidenciais de 2024 a agirem juntos.

As pesquisas de Gallup mostram que a maioria dos americanos preferiria limitar o aborto aos três primeiros meses de gravidez. "Temos um consenso neste país", disse Dannenfelser. Para ela, isso pode ser o começo. Ela espera que o presidente que seja eleito trabalhe "na justiça e no amor", pelas mães e seus bebês.

Melissa Ohden, que sobreviveu a um aborto com infusão salina com 31 semanas de gestação, participou da manifestação junto com sua filha mais velha, Olivia, de 15 anos, e uma faixa que dizia: “Bebês sobrevivem a abortos. Eu sou uma delas".

"Foi algo muito pessoal que Roe tenha sido anulado", disse à CNA. O dia 24 de junho de 2022 “é um dia que podemos celebrar, mas não é uma oportunidade para fazer uma pausa, respirar; é um tempo para continuar trabalhando duro.”

Em seu trabalho à frente da Rede de Sobreviventes do Aborto, Ohden disse que, desde que a Suprema Corte anulou o caso Dobbs, "mais mulheres do que nunca tentaram entrar em contato conosco depois que seus abortos químicos falharam".

Portanto, é importante entrar em contato com as mães que são vulneráveis a abortos químicos, que constituem a maioria dos abortos no país, disse ela.

Ohden disse que, desde Dobbs, o movimento pró-vida "continuou sendo o lado que fornece recursos e apoio, seja em nível comunitário ou estadual, pressionando por políticas federais que apoiem melhor as mães, as crianças e as famílias".

Fonte: https://www.acidigital.com/

Cardeal recebe escultura “Memorial a Criança Não Nascida”

Dom Paulo Cezar Costa e a Doutora Lenise Garcia (arqbrasilia)

Cardeal recebe escultura “Memorial a Criança Não Nascida”

O Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, recebeu hoje, (28/06), a Doutora Lenise Garcia, presidente do Movimento Brasil Sem Aborto, a fim de demonstrar apoio a essa pauta tão importante à fé católica e à vida humana de forma geral, que deve ser respeitada desde o momento da concepção até a morte natural.

Na visita, a Doutora Lenise entregou uma escultura enviada pela ativista pró-vida do Rio de Janeiro Zezé Luz. A obra é chamada “Memorial a Criança Não Nascida” do artista eslovaco Martin Hudacec, representando tanto a dor que o aborto traz, como também manifestando um sinal de esperança no perdão a esse ato contrário à vida.

O aborto é um assunto de grande impacto mundial. Ainda que alguns países tenham adotado decisões políticas que atentam contra a vida no ventre materno, o Brasil continua sendo uma das nações menos favoráveis à legalização do aborto. Segundo o levantamento realizado pelo IPEC, 70% da população brasileira é contra a legalização do aborto no país, ou seja, 7 em cada 10 brasileiros são contra essa prática, enquanto 20% são a favor.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Francisco: Santo Tomás de Aquino, um bem precioso para a Igreja

Em 18 de julho, as comemorações pelos 700 anos de canonização do frade dominicano (Vatican Media)

Assim descreveu Francisco em carta pelo tricentenário dos aniversários relativos a Santo Tomás de Aquino: os 700 anos da canonização (2023), os 750 anos da morte (2024) e os 800 anos do nascimento (2025). A missiva foi dirigida aos bispos das dioceses italianas de Latina, Sora e Frosinone.

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Francisco enviou uma carta aos  bispos das dioceses italianas de Latina, Sora e Frosinone por ocasião das celebrações do aniversário de 700 anos da canonização de Santo Tomás de Aquino. A missiva foi enviada nesta quarta-feira (28) a dom Mariano Crociata, de Latina-Terracina-Sezze-Priverno; a dom Gerardo Antonazzo, de Sora-Cassino-Aquino-Pontecorvo, e a dom Ambrogio Spreafico, bispo de Frosinone-Veroli-Ferentino e Anagni-Alatri.

A carta chegará até os fiéis

A carta do Papa, segundo os prelados, faz referência ao tricentenário dos aniversários relativos a Santo Tomás de Aquino: os 700 anos da canonização (2023), os 750 anos da morte (2024) e os 800 anos do nascimento (2025). O seu conteúdo está sendo enviado ao clero, aos religiosos e aos fiéis leigos num convite para torná-lo "objeto de cuidadosa reflexão e inspiração para uma iniciativa pastoral que valorize o ensinamento e o exemplo do Doutor Angélico, a quem veneramos como nosso patrono", afirmou dom Crociata.

Celebrar a canonização, nos lugares de origem do Santo, escreveu o Papa, é reconhecer a ação do Espírito e uma resposta generosa do homem a quem "se dedicou generosamente à evangelização" através da oração, do estudo sério e apaixonado e da imponente produção teológica e cultural, por exemplo: "é um bem precioso para a Igreja de hoje e do futuro", confirmou o Pontífice.

Terra de patrimônio histórico

O Papa, assim, encorajou a continuar honrando esta "fonte sempre viva", recordando ainda aos três bispos que, "como dioceses de 'Aquino', conservem a memória viva dele nesta abençoada faixa de terra caracterizada por um patrimônio histórico único, eclesial e civil". E finalizou a carta, acrescentando: "confio principalmente duas tarefas: a construção paciente e sinodal da comunidade, e a abertura a 'toda a verdade' (Jo 16,13)". Dessa forma, consiste "a missão de saber encontrar a linguagem e os instrumentos adequados para que o pensamento de São Tomás possa alcançar todos".

A celebração dos 700 anos de canonização

Entre os momentos eclesiais previstos para as comemorações, destaque para a celebração eucarística no aniversário dos 700 anos da canonização do Santo, presidida pelo enviado especial do Papa, o cardeal Marcello Semeraro, atual prefeito do Dicastério para os Santos, prevista para 18 de julho, na Abadia de Fossanova - onde São Tomás morreu em 1274, durante a viagem do frade dominicano à França.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santos primeiros mártires da Igreja Romana

QUO VADIS | Henryk Sienkiewicz

30 de junho

Santos primeiros mártires da Igreja Romana

Os primeiros mártires romanos, martirizados em Roma em 64 durante o reinado de Nero, ao lado da comunidade hebraica florescente e respeitada (Popéia, a mulher de Nero, era judia), vivia a exígua e pacífica comunidade cristã guiada pelo príncipe dos apóstolos.

Por que Nero perseguiu os cristãos com tanta ferocidade? O historiador Cornélio Tácito nos oferece a explicação: “Visto que circulavam boatos de que o incêndio de Roma havia sido doloso, Nero apresentou-os como culpados, punindo com penas requintadíssimas aqueles que, obstinados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo de cristãos”.
Quais fossem suas culpas nós o sabemos muito bem: reuniam-se nas noites de sábado para celebrar a eucaristia, na qual se fala de corpo e sangue de Cristo dado como alimento aos fiéis.
O Martirológio romano diz:

“Em Roma, celebra-se o natal de muitíssimos santos mártires que, sob o império de Nero, foram falsamente acusados do incêndio da cidade e por sua ordem foram mortos de vários modos atrozes: alguns foram cobertos com pêlos de animais selvagens e lançados aos cães para que os fizessem em pedaços; outros, crucificados e, ao declinar do dia, usados como tocha para iluminar a noite. Todos eram discípulos dos apóstolos e foram os primeiros mártires que a santa Igreja romana enviou a seu Senhor antes da morte dos apóstolos”.

A ferocidade com a qual Nero golpeou os inocentes cristãos (o incêndio tinha sido provocado por sua ordem com o fim de reconstruir Roma com base num grandioso projeto) não encontra obviamente a justificação do supremo interesse do império. Aqueles pacíficos crentes em Cristo não constituíam ameaça. A selvageria usada contra eles foi tal que provocou horror e piedade nos próprios espectadores do circo.

“Agora se manifestou piedade”, escreve ainda Tácito, “mesmo se tratando de gente merecedora dos mais exemplares castigos, porque se via que eram eliminados não para o bem público, mas para satisfazer a crueldade de um indivíduo.”

A perseguição durou três anos, e seu exórdio teve o mais ilustre dos mártires: Pedro. A conclusão foi assinalada pela decapitação de são Paulo.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 29 de junho de 2023

A arte de envelhecer

An elderly couple laughs and smiles together / NDAB Creativity | Shutterstock

Por Xavier Patier

A velhice é a idade mais aberta de todas, a idade da conversão do coração. É o momento em que abrimos mão de um pouco de entretenimento para nos dedicarmos à preparação para a grande aventura da vida. Como você tem feito isso?

A terceira idade é quando a verdade de nossas vidas ressurge. Nós nos tornamos nós mesmos. Enfrentamos nossos limites físicos mais do que antes e, ao mesmo tempo, saboreamos mais a liberdade de não ter mais nada a provar. Chega de provar para dar o melhor: esse é o projeto. 

Em sua primeira sátira, Horace Flacus compara nossas vidas terrenas a uma refeição. A aposentadoria é, então, o momento da sobremesa – que os romanos chamavam de tragemata, a última iguaria. Quando chega a sobremesa, falamos mais baixo, contemplamos o banquete que está terminando, não fofocamos mais sobre os ausentes, focamos finalmente no que estamos fazendo, saboreamos a doçura – e o carpe diem torna-se, literalmente, um carpe tragemata

Como sobremesa de nossas vidas, Deus nos oferece um tempo de serviço. Não percamos! Vamos viver como monges. 

A era da conversão do coração

Você foi engenheiro, professor, cozinheiro, agricultor? Agora você é militante associativo, jardineiro, ciclista, catequista, marido, avô. Você já era tudo isso, mas o acessório passou a ser o principal. A sua vida já não se reduz a uma profissão: torna-se a soma das suas paixões. E essas paixões servem umas às outras. 

É hora de agradecer por esse paradoxo: você se torna único no exato momento em que, tornando-se ancião, entra na linha. Velho é suficiente para definir você para a sociedade, mas não para ocupá-lo. 

Como você faz bom uso do último suspiro da juventude moribunda dentro de você? A velhice é a idade mais aberta de todas, a idade da conversão do coração. É o momento em que abrimos mão de um pouco de entretenimento todos os dias para nos dedicarmos à preparação para a grande aventura, a morte.  

Nem sempre é fácil explicar esta alegre e vigilante preparação para a proximidade da morte. Para mim, quando me perguntam o que faço da vida, desde que me aposentei, respondo: sou escritor. É uma forma como qualquer outra de dar o troco. Digo escritor porque a sociedade não reconhece o status de avô e não gosta de ouvir falar em morte. 

A hora de ser o que é

Lembro-me de Jacques Attali explicar, já há uns bons dez anos, que preferia escrever livros a candidatar-se às eleições, porque o futuro do político é tornar-se, um dia, velho, ex-ministro, enquanto o futuro do escritor é tornar-se um escritor. 

Apesar de seu lado narcisista, a reflexão de Attali é profunda, pois mostra que chega um momento em nossas vidas em que não se trata mais de fazer, mas de ser. Para alguns, esse momento chega muito cedo; para outros, nunca. 

Mas esse momento, em que o ser finalmente encontra seu lugar, é uma bênção de Deus. Nunca é tarde para vivê-lo com todo o seu coração. Não há nenhum ex-escritor, talvez, e nenhum ex-artista, certamente, mas acima de tudo não há nenhum ex-batizado.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Meio milhão de católicos alemães deixa a Igreja em 2022

Bispo Georg Bätzing, presidente da conferência episcopal alemã. - Foto: Martin Rothweiler/EWTN.TV

Por AC Wimmer/CNA Deutsch

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jun. 23 / 01:02 pm (ACI).- A Igreja Católica na Alemanha enfrenta uma crise sem precedentes, com mais de meio milhão de católicos batizados abandonando a Igreja em 2022, segundo dados divulgados hoje (28) pela conferência episcopal alemã.  É o maior número de evasão já registrado, com 522.821 pessoas escolhendo abandonar a Igreja.

O número total de pessoas que deixaram a Igreja, que inclui mortes, superou 708 mil, contra 155.173 batismos e 1.447 novos membros registrados no mesmo período. Os dados revelam uma tendência, com o número de saídas quase duplicando de mais de 270 mil em 2020 ao registro recente.

As estatísticas da Igreja mostram que quase 21 milhões de pessoas na Alemanha continuaram oficialmente católicas ao fim de 2022. São 24,8% dos 84,4 milhões de habitantes do país.

O bispo de Passau, dom Stefan Oster, disse que o número dos que saem da Igreja é “assustadoramente alto”.

Para o bispo de Augsburg, dom Bertram Meier, a Igreja precisa recuperar a confiança das pessoas com “paciência e credibilidade”.

O bispo de Limburg, dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã, afirmou no site de sua diocese que os dados “alarmantes” enfatizam a necessidade por contínua “mudança cultural” e a implementação das resoluções do Caminho Sinodal Alemão.

Um relatório de 2021 da CNA Deutsch, agência em alemão do grupo ACI,mostrou que um em cada três católicos na Alemanha pensava em deixar a Igreja. As razões variam, com pessoas mais velhas citando a forma como a Igreja lida com a crise de abusos e pessoas mais jovens apontando para a obrigação de pagar o Kirchensteuer, imposto que financia as igrejas alemãs, segundo um estudo anterior.

Pelas regras da CEA, deixar oficialmente a Igreja para não pagar imposto, o que se faz com uma declaração ao governo, resulta hoje em excomunhão automática. Essa regra é causade controvérsia entre teólogos e canonistas.

Uma estimativa feita pela universidade de Freiburg em 2019 prevê que o número de cristãos que pagam o Kirchensteuer cairá pela metade até 2060.

Apesar da crise, a Igreja viu um pequeno aumento de frequência à missa em 2021, subindo de 4,3% a 5,7%, depois que as medidas de combate à covid-19 impostas impediram a celebração de muitos sacramentos. O número de casamentos também aumentou de pouco mais de 20 mil em 2020 para 35,467 em 2022.

O sacramento da confissão não entra nas estatísticas da conferência episcopal.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Tradição e fé: a origem da romaria dos carros de boi de Trindade

Cinthia_MSPeixoto | Shutterstock

Por Ricardo Sanches

O tradicional desfile dos carros de boi no centro-oeste do Brasil faz parte de uma devoção de quase 200 anos em honra ao Divino Pai Eterno.

Todo fim do mês de junho e início de julho, a cidade de Trindade, em Goiás, se transforma na capital brasileira da fé. Devotos do Divino Pai Eterno de todo o país se reúnem no município para a renovar a fé na Santíssima Trindade.

Só neste ano de 2023, 3 milhões de pessoas devem participar da Festa do Divino Pai Eterno, que conta com intensa programação religiosa. Muitos devotos caminham cerca de 20 quilômetros em peregrinação da capital goiana até o Santuário de Trindade. Mas o ponto alto da festa é o desfile de carros de boi.

A tradição dos carros de boi

O desfile dos carros de boi é uma tradição de quase dois séculos, que foi declarada como patrimônio cultural imaterial do Brasil em 2017. O costume está ligado ao início da devoção ao Divino Pai Eterno na região de Trindade, em 1840, quando um casal encontrou um medalhão dito milagroso com a imagem do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Desde então, milhares pessoas começaram a peregrinar até a região. Os carros de boi eram o principal meio de transporte das famílias da zona rural. Por isso, muitos utilizavam esse recurso para visitar o medalhão do Pai Eterno.

O costume foi passando de geração em geração. Hoje, nos dias da festa, cerca de 350 devotos fazem questão de manter a tradição. Eles saem em romaria de várias partes do Brasil com destino a Trindade, onde rendem graças e pagam promessas. Para alguns deles, a viagem nos carros de boi chega a durar até dez dias.

No dia do desfile, o carreiros, como são chamados aqueles que conduzem os carros de boi, participam de uma apresentação no Carreiródromo. Na praça da Matriz da cidade, recebem as bênçãos dos sacerdotes.

Os organizadores da romaria oferecem também uma estrutura especial para alimentação e cuidados especiais com os animais e com os carreiros.

Só no Brasil

Os pesquisadores espanhóis Xabier Erkizia e Luca Rollo estiveram presentes na romaria dos carros de boi de 2018. Eles garantiram que Brasil é o único país em que a tradição se mantém viva. A dupla estudou a origem do costume e como o característico som emitido pelo veículo funcionava como uma forma de comunicação nas civilizações da Idade Média. “Nós descobrimos que os sons dos carros de boi estão entre os sons mais antigos da humanidade”, explicou Xabier na época.

Os estudiosos chegaram até o desfile tradicional de Trindade após pesquisar sobre os carros de boi em várias cidades do mundo. “Na Europa, só encontramos carros cenográficos que não podiam se mover. Depois, seguimos os rastros das origens dos carros: China, Índia, Oriente Médio, Egito, Roma Antiga, País Basco, Norte de Portugal até chegar ao Brasil”, afirmou Xabier.

“Há registros sobre este som específico há 6 mil anos. Aqui, vamos fazer a captação do áudio de um meio de transporte passado de geração em geração por todo o mundo”, concluiu o pesquisador.

Em 2023, o desfile dos carros de boi de Trindade acontece no dia 29 de junho. O encerramento da Festa do Divino Pai Eterno será no dia 2 de julho com uma procissão luminosa.

Clique no link abaixo para conferir fotos de desfiles de carreiros realizados em anos anteriores.

https://pt.aleteia.org/slideshow/desfile-carros-de-boi-em-trindade-go/

Desfile carros de boi em Trindade, GO

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Audiência Geral: indígenas do povo Yawanawá, do Acre, encontram o Papa

Os indígenas saudaram o Pontífice ao final da catequese (Vatican Media)

Na delegação que participou da Audiência Geral de quarta-feira (28), estava um pajé de 90 anos, o mais antigo dos Yawanawá. Eles vivem às margens do Rio Gregório, município de Tarauacá, na região do Acre, e puderam saudar o Papa Francisco na Praça São Pedro, como conta a reportagem de Fabrizio Peloni do jornal vaticano L'Osservatore Romano.

Fabrizio Peloni

É o estilo do "mendigo protagonista da história" que o Papa Francisco testemunhou na manhã de quarta-feira (28), na Audiência Geral, naquele cruzamento de peregrinações que é a Praça de São Pedro. Esta expressão - "o protagonista da história é o mendigo" - que o Pontífice relançou na catequese do dia, falando de improviso, foi proposta - no mesmo lugar, na mesma praça - por dom Luigi Giussani dirigindo-se a São João Paulo II, naquela noite de 30 de maio de 1998, "Pentecostes dos movimentos eclesiais".

E assim a experiência do estilo do mendigo foi realmente vivida na manhã ensolarada de verão da Audiência Geral, particularmente significativa porque viu Francisco mais uma vez na praça, acolhido em um abraço do povo, depois de ter sido forçado a "faltar" a dois compromissos das tradicionais quartas-feiras devido à hospitalização em 7 de junho.

Da Amazônia, os líderes da tribo Yawanawá

Líderes da tribo amazônica Yawanawá também estiveram na Praça São Pedro para "refrear as muitas palavras cheias de contradições e nos unir a todos em uma visão de paz". Eles vivem às margens do Rio Gregório, município de Tarauacá, na região do Acre, no Brasil, e também na área adjacente do Peru e da Bolívia, e puderam saudar o Papa Francisco ao final da Audiência Geral.

Entre os membros da delegação estava Timashwahu Vovo Tema João, 90 anos, o pajé mais antigo do povo Yawanawá. Ele estava acompanhado de Peka Rasu Yawanawá, outro líder espiritual, e sua filha Liz Vitoria Paka Shahu, de 21 anos. Juntos, estão viajando pela Europa para compartilhar "uma mensagem de esperança e paz".

Os indígenas na Audiência Geral na Praça São Pedro (Vatican Media)
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

“A fé exige o realismo do acontecimento” (6/6)

Joseph Ratzinger (30Giorni)

Arquivo 30Dias - 06/2003

“A fé exige o realismo do acontecimento”

“A opinião de que a fé, enquanto tal, não conhece absolutamente nada dos fatos históricos e deve deixar tudo isso aos historiadores, é gnosticismo: esta opinião desencarna a fé e a reduz a pura idéia. Para a fé que se baseia na Bíblia é, ao contrário, exigência constitutiva precisamente o realismo do acontecimento. Um Deus que não pode intervir na história nem mostrar-se nela não é o Deus da Bíblia”. O discurso do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé por ocasião do centenário da constituição da Pontifícia Comissão Bíblica.

de Joseph Ratzinger

Com isto, chegamos ao segundo nível do problema: não se trata simplesmente de fazer um elenco de elementos históricos indispensáveis à fé. Trata-se de ver o que pode a razão e por que é que a fé pode ser razoável e a razão aberta à fé. Entretanto, não foram corrigidas apenas as decisões da Comissão Bíblica que tinham entrado demasiado no âmbito das questões meramente históricas; também aprendemos algo de novo sobre as modalidades e os limites do conhecimento histórico. Werner Heisenberg, no âmbito das ciências naturais, verificou com a sua “Unsicherheitsrelation” que o nosso conhecer nunca reflete apenas o que é objetivo, mas é sempre determinado também pela participação do sujeito, da perspectiva da qual apresenta as perguntas e da sua capacidade de percepção. Tudo isto, naturalmente, é válido em maior medida e sem comparação, quando entra em jogo o próprio homem ou onde o mistério de Deus é perceptível. Portanto, fé e ciência, Magistério e exegese já não estão em oposição como mundos fechados em si mesmos. A fé é, ela mesma, um modo de conhecer. Querer pô-la de lado não produz a pura objetividade, mas constitui a escolha de um ponto de vista que exclui uma determinada perspectiva e já não quer ter em conta considerações casuais da perspectiva escolhida. Mas se nos apercebemos de que as Sagradas Escrituras provêm de Deus através de um sujeito que ainda vive – o povo de Deus peregrinante – então é também evidente de modo racional que este sujeito tem algo para dizer sobre a compreensão do livro.

A Terra Prometida da liberdade é mais fascinante e multiforme do que podia imaginar o exegeta de 1948. As condições intrínsecas da liberdade tornaram-se evidentes. Ela pressupõe a escuta atenta, conhecimento dos limites dos vários caminhos, plena seriedade da ratio, mas também prontidão em limitar-se e em superar-se no pensar e no viver juntamente com o sujeito que nos garante os diversos escritos da Antiga e da Nova Aliança como uma única obra, a Sagrada Escritura. Estamos profundamente gratos pelas aberturas que, como fruto de um longo trabalho de investigação, o Concílio Vaticano II nos deu. Mas também não condenamos o passado com superficialidade, mas o vemos como parte necessária de um processo de conhecimento que, considerada a grandeza da Palavra revelada e os limites das nossas capacidades, nos apresentará sempre novos desafios. Precisamente nisto está o melhor. E assim, a cem anos da constituição da Comissão Bíblica, apesar de todos os problemas que surgiram neste espaço de tempo, ainda podemos olhar, agradecidos e cheios de esperança, para o caminho que se abre diante de nós.

O discurso do cardeal Ratzinger
foi pronunciado em língua italiana
no Augustinianum em 29 de abril de 2003.

Fonte: http://www.30giorni.it/

Papa: inspirar-se em Pedro e Paulo para uma Igreja humilde e aberta

Papa: inspirar-se em Pedro e Paulo (Vatican Media)

Na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, Francisco exortou os fiéis a se inspirarem nos Apóstolos para crescer como Igreja do seguimento, como Igreja humilde que nunca dá por terminada a busca do Senhor, tornando-se simultaneamente uma Igreja aberta, que encontra a sua alegria não nas coisas do mundo, mas no anúncio do Evangelho ao mundo.

https://youtu.be/aeIRIY0hGQs

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Seguimento e anúncio: estas foram as duas palavras ressaltadas pelo Papa na homilia da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, festejada neste 29 de junho. No Brasil, a data foi transferida para o próximo domingo, 2 de julho.

Na Basílica de São Pedro, concelebraram com o Pontífice os 32 arcebispos nomeados no ano passado. Entre eles, há quatro lusófonos: três brasileiros e um moçambicano: Dom José Carlos Souza Campos, de Montes Claros (MG); Dom Juarez Sousa da Silva, de Teresina (PI); Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, de Olinda e Recife (PE); e Dom João Carlos Hatoa Nunes, de Maputo. Na celebração, o Papa abençoou os pálios, que depois serão impostos pelo Núncio na arquidiocese, junto à comunidade local.

Na Basílica, como é tradição, também estava presente uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. A Santa Sé retribui o gesto fraterno, enviando um representante na Festa de Santo André, em 30 de novembro, padroeiro da Igreja local.

Já em sua homilia, Francisco se inspirou na pergunta que Jesus dirige aos discípulos, contida no Evangelho de Mateus: “Vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16, 15). Para o Pontífice, esta é a pergunta fundamental, a mais importante: Quem é Jesus para mim?

Seguimento

Os dois Apóstolos responderam a esta pergunta de modo diferente. A resposta de Pedro poderia se resumir em uma palavra: seguimento. Pedro largou tudo para ir atrás do Senhor. E o Evangelho sublinha que foi “imediatamente”, não disse a Jesus que iria pensar, fazer cálculos para ver se lhe convinha, não apresentou desculpas para adiar a decisão, mas deixou as redes e O seguiu. Haveria de descobrir tudo dia após dia, no seguimento de Jesus.

Aquela anotação “imediatamente”, acrescentou o Papa, vale também para nós: se há tantas coisas na vida que podemos adiar, o seguimento de Jesus não pode ser uma delas. E atenção! Pois algumas desculpas aparecem disfarçadas de espiritualidade, como “não sou digno”, “não sou capaz”. Para Francisco, são artimanhas do diabo, que nos rouba a confiança na graça de Deus. A lição de Pedro, portanto, é: devemos nos desprender de nossas seguranças terrenas, imediatamente, e seguir Jesus todos os dias.  

Anúncio

Já a resposta de Paulo se resume na palavra anúncio. No caminho de Damasco, Jesus foi ao seu encontro e cegou-o com a sua luz, ou melhor, graças àquela luz, Saulo deu-se conta de quanto era cego. Assim, consagra a sua vida a percorrer terra e mar, cidades e aldeias, para anunciar Jesus Cristo.

Portanto, à pergunta “quem é Jesus para mim”, Paulo não responde com uma religiosidade intimista, mas com a inquietação de levar o Evangelho aos outros. Também hoje, observou o Papa, a Igreja tem necessidade de colocar o anúncio no centro, que não se cansa de repetir: “Ai de mim se eu não evangelizar”. Uma Igreja que precisa anunciar como necessita de oxigênio para respirar.

Francisco exortou os fiéis a se inspirarem nos Apóstolos Pedro e Paulo para crescer como Igreja do seguimento, como Igreja humilde que nunca dá por terminada a busca do Senhor, tornando-se simultaneamente uma Igreja aberta, que encontra a sua alegria não nas coisas do mundo, mas no anúncio do Evangelho ao mundo.

Dirigindo-se aos Arcebispos que recebem o Pálio, pede que sejam apóstolos como Pedro e Paulo, discípulos no seguimento e apóstolos no anúncio. Por fim, o Pontífice saudou a Delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, enviada por Bartolomeu. “Obrigado pela presença! Caminhemos juntos, no seguimento e no anúncio da Palavra, crescendo na fraternidade. Que Pedro e Paulo nos acompanhem e intercedam por nós.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF