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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

FELIZES OS MANSOS E OS NÃO VIOLENTOS PORQUE POSSUÍRAM A TERRA

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Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

 No dia 30 de janeiro de 1948, Mohandas Karamchad Gandhi (Mahatma) era assassinado por um fanático indiano nos arredores de Nova Deli, quando se encaminhava para fazer sua reza noturna. Esta data é lembrada como Dia Mundial da Não Violência, pois esta concepção de luta pela paz que Ghandi chamava de Satyâgraha, propõe uma atitude de ação ativa não violenta que não revida, fere, ou agride verbalmente aos oponentes, foi divulgada e praticada com eficácia e pureza por este grandioso líder moral espiritual da humanidade.

Certo que houve antecedentes de experiências de firmeza permanente, de ações éticas e pacíficas não violentas, defendidas por Thoreau e Delani, posteriormente o pastor Martin Luther King, Lança Del Vasto, Tolstoi e no Brasil nosso querido Dom Helder Câmara, mas Ghandi aprofundou e sistematizou este caminho de resistência centrado na força da verdade e no altruísmo da causa a ser defendida. O Papa Francisco, em 2018, apresentou esta visão como um verdadeiro estilo político para a paz.

De fato, como afirmava o holandês Abraham Johannes Muste, pertencente a um Comitê Não Violento contra as Armas Nucleares: “Não existe caminho para a paz. A paz é o caminho!” A única forma de superar a letalidade da necropolítica, centrada na violência e no ódio, que gera a cultura do inimigo, que deve ser eliminado, consiste em trilhar o caminho do diálogo e da confiança, abrindo-nos para a resolução criativa e não violenta dos conflitos.

A não violência, longe de ser apenas uma técnica de negociação, ou uma estratégia de distensão, é uma espiritualidade que nos ancora e transparece a bondade, misericórdia e compaixão divinas. A espiral da violência, pelo contrário, conduz sempre a destruição e aniquilação dos rivais, seguindo a lei do Talião (dente por dente e olho por olho), afirma Ghandi, todos ficaremos banguelas e caolhos.

Por isso, o Papa São João Paulo II ensinava: “é necessário superar o antigo adágio romano: si vis pacem para bellum, pelo pensamento cristão se queres paz, prepara-te para a paz”. Um projeto de Nação precisa de ser alicerçado numa cultura e educação para a paz, que é sempre um caminho aberto, um construto que exige a vivência dos quatro pilares da Pacem in Terris de São João XXIII: o amor e a verdade, a justiça e a liberdade. Deus seja louvado!

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Qual é a missão dos anjos?

Renata Sedmakova | Shutterstock
Por Prof. Felipe Aquino

A Sagrada Escritura diz que quando Deus introduziu o Primogênito no mundo, disse: “Adorem-no todos os Anjos de Deus”.

Bossuet dizia: “Os anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer também diante de Deus os nossos pensamentos… Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos”.

Porventura, não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação? (Hb 1,14). Os anjos estão presentes desde a criação do mundo (cf. Jó 38,7); são eles que fecham o paraíso terrestre (Gn 3,24); protegem Lot (Gen 19); salvam Agar e seu filho (Gen 21,17); seguram a mão de Abraão para não imolar Isaac (Gen 22,11); a Lei é comunicada a Moisés e ao povo por ministério deles (At 7,53); são eles que conduzem o povo de Deus (Ex 23, 20-23); eles anunciam nascimentos célebres (Jz 13); indicam vocações importantes (Jz 6, 11-24; Is 6,6); são eles que assistem aos profetas (1 Rs 19,5).

Nos Evangelhos eles aparecem na infância de Jesus, nas tentações do deserto, na consolação do Getsêmani; são testemunhas da Ressurreição do Senhor, assistem a Igreja que nasce e os Apóstolos, enfim… prepararão o Juízo Final e separarão os bons dos maus. Toda a vida de Jesus foi cercada da adoração e do serviço dos Anjos. Desde a Encarnação até a Ascensão eles o acompanharam.

Escrituras

A Sagrada Escritura diz que quando Deus introduziu o Primogênito no mundo, diz: “Adorem-no todos os Anjos de Deus” (Hb 1,6). Até hoje a Igreja continua a repetir o canto de louvor que eles entoaram quando Jesus nasceu: “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência divina” (Lc 2, 14). São eles que protegem Jesus na infância (Mt 1, 20; 2, 13.19); são eles que servem Jesus no deserto (Mc 1,12); o reconfortam na agonia mortal (Lc 22, 43); eles o poderiam salvar das mãos dos malfeitores se assim Jesus quisesse (Mt 26, 53).

Da mesma forma que os anjos acompanharam a vida de Jesus, acompanharam também a vida da Igreja, e a beneficia com a sua ajuda poderosa e misteriosa (At 5, 18-20; 8,26-29; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25). Eles abrem as portas da prisão (At 5, 19); encorajam Paulo (At 27,23 s); levam Filipe ao carro do etíope (At 8,26s), etc. São Paulo acentua a subordinação dos anjos a Cristo vitorioso sobre o pecado e a morte (Hb 1,7-14; Ef 1, 21; Cl 2, 3). Na Festa dos Santos Arcanjos, a Igreja reza ao Senhor assim: “Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu. (Oração do dia). O Catecismo nos ensina que: Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus” (§336). “Quando o Filho do Homem vier na sua glória com todos os seus anjos…” (Mt 25,31).

Liturgia celeste

No Apocalipse os Anjos aparecem como ministros da liturgia celeste, oferecendo a Deus a oração dos justos. “Na minha visão ouvi também ao redor do trono, dos Animais e dos anciãos, a voz de muitos anjos, e número de miríades de miríades e de milhares de milhares bradando em alta voz: Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor” (Ap 5, 11). “Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram lhes dadas sete trombetas. Adiantou-se outro anjo, e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está diante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus” (Ap 8,2-5).

Na Liturgia a Igreja se associa a eles para adorar o Deus três vezes Santo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do universo…”. Na despedida dos defuntos a Igreja roga: “Para o Paraíso te levem os anjos”.

Na Festa dos Santos Arcanjos a Igreja ora assim: “Nós vos apresentamos, ó Deus, com nossas humildes preces, estas oferendas de louvor; fazei que levadas pelos anjos à vossa presença, sejam recebidas com agrado e obtenham para nós a salvação” (Sobre as oferendas).

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Para encontrar Jesus é preciso aceitar seus caminhos sem lamentações, diz o papa

Papa Francisco / Crédito: Vatican Media
Por Diego Lopez Marina

Vaticano, 30 jan. 22 / 01:45 pm (ACI).- Na oração do Ângelus de hoje, 30 de janeiro, o papa Francisco explicou aos católicos que para encontrar Jesus em suas vidas não precisam buscar milagres ou sinais externos, precisam aceitar seus caminhos sem lamentações, críticas ou caras feias.

Jesus “apresenta-se como não esperávamos. Não o encontra quem procura milagres, novas sensações, uma fé feita de poder e sinais externos”, disse o papa aos fiéis reunidos na praça de São Pedro.

“Somente o encontra, por outro lado, quem aceita seus caminhos e seus desafios, sem lamentações, sem suspeitas, sem críticas e sem cara feia. Em outras palavras, Jesus pede para acolhê-Lo na realidade cotidiana, na Igreja de hoje, como ela é; naqueles que estão perto de você todos os dias; no cuidado dos necessitados. Acolher Deus ali, onde Ele está, e nos convida a nos purificarmos no rio da disponibilidade e em muitos banhos saudáveis ​​de humildade”, explicou o papa.

No início do Ângelus, o papa deu o exemplo do Evangelho, quando se narra a primeira pregação de Jesus na sua própria cidade, Nazaré, e a rejeição absoluta dos "seus".

“O resultado foi amargo: em vez de receber aprovação, Jesus encontra incompreensão e hostilidade (cf. Lc 4,21-30). Seus conterrâneos, mais do que uma palavra de verdade, queriam milagres, sinais prodigiosos. O Senhor não realiza nenhum e eles o rejeitam, porque dizem que já o conhecem desde criança, que é o filho de José”, recordou o papa.

Neste contexto, Francisco perguntou aos presentes: "E nós, somos acolhedores ou nos assemelhamos aos seus conterrâneos, que achavam que sabiam tudo sobre ele?"

“Quem sabe, depois de tantos anos sendo crentes, pensamos que conhecemos bem o Senhor, com nossas ideias e nossos julgamentos, tantas vezes. O risco é de nos acostumarmos com Jesus, fechando-nos às suas novidades, ao momento em que Ele bate à porta e te diz uma coisa nova, quer entrar em ti. Nós devemos sair desse estar fixos em nossas posições. O Senhor pede uma mente aberta e um coração simples”, disse ele.

Por fim, Francisco pediu a “Nossa Senhora, modelo de humildade e disponibilidade”, que “nos mostre o caminho para acolher Jesus”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Dom Bosco, Pai e Mestre da juventude

Dom Bosco  ( cedute a noi da Misiones Salesianas)

Hoje se celebra a festa de Dom Bosco. Pensemos neste grande santo, pai e mestre da juventude. Não se trancou na sacristia, não se trancou em suas coisas. Saiu à rua em busca de jovens, com aquela criatividade que era sua marca registrada. Felicidades a todos os Salesianos e Salesianos!”

Padre Pedro André, SDB

Hoje se celebra a festa de Dom Bosco. Ontem, após a oração do angelus, o Papa Francisco enviou uma saudação muito especial: “Na vigília da festa de São João Bosco, desejo saudar os Salesianos, que tanto fazem bem na Igreja. Acompanhei a Missa celebrada no Santuário de Maria Auxiliadora (em Turim) pelo Reitor-Mor Padre Ángel Fernández Artime, rezei com ele por todos. Pensemos neste grande santo, pai e mestre da juventude. Não se trancou na sacristia, não se trancou em suas coisas. Saiu à rua em busca de jovens, com aquela criatividade que era sua marca registrada. Felicidades a todos os Salesianos e Salesianos!”

Família e infância

O menino João Bosco, nasceu em 15 de agosto de 1815, na região italiana do Piemonte, conhecida hoje como terra de vinhos e de santos, pois nesta região foram tantos os que viveram uma vida santa - como São Domingos Sávio, aluno do próprio Dom Bosco - e onde até hoje se produz bons vinhos. Sua infância pobre foi marcada pela morte do pai, quando ele tinha apenas 2 anos. Sua brava mãe, Margarida Occhiena, criou João e seus dois irmãos com todas as restrições impostas pela pobreza extrema. Quando criança, após cumprir seus deveres, ele entretinha seus amigos com truques e mágicas que aprendia quando ia à cidade e, em seguida, repetia partes do sermão que havia ouvido na Missa. Os sinais de sua vocação despontaram desde a infância.

Um sonho que marcou sua vida

Aos nove anos ele teve um sonho, no qual Jesus e Maria indicaram o caminho que ele devia seguir. No emblemático sonho havia lobos ferozes que se transformarem em mansos cordeirinhos e Maria disse que ele deveria transformar os meninos maus em bons cristãos e honestos cidadãos. Ele, no sonho, disse não entender o pedido de Maria, e ela disse: “a seu tempo tudo compreenderás”.

Dom bosco com os jovens | Vatican News

Vocação

Ao sentir o chamado de Deus Joãozinho Bosco procurou completar os seus estudos, sempre tendo seu irmão mais velho como opositor, pois segundo ele, estudar não enchia a barriga. Para driblar essa situação a mãe de João o mandou morar fora, com outras famílias, e após concluir seus estudos básicos ele entrou no seminário, sendo ordenado padre em 1841. Após sua ordenação fez a experiência de acompanhar São José Cafasso no atendimento aos jovens que eram condenados a morte por seus delitos, ou seja, nos seus últimos instantes de vida antes de serem executados na forca. Dom Bosco ficou muito impressionado com a triste sorte destes rapazes e se empenhou para prevenir que os jovens não se tornassem delinquentes e sim pessoas honradas, por meio da evangelização, da educação e instrução profissional.

Início da Obra Salesiana

Dom Bosco procurou fazer o possível para acolher tantos meninos e jovens órfãos, atraídos pelas ofertas de empregos oferecidas na cidade de Turim. Naquele momento a revolução industrial estava batendo à porta, e muitas pessoas deixavam a vida no campo para trabalhar na cidade grande. Até sua mãe, Margarida, deixou sua vida rural para se tornar sua colaboradora. Através das atividades no Oratório, na escola formal e nas escolas profissionais, Dom Bosco ajudou milhares de jovens que estavam abandonados a sua própria sorte. Para continuar sua obra ele propôs para alguns desses jovens para que fizessem uma experiência de fé e, assim, nasceu a Congregação Salesiana, oriunda da pobreza do Oratório, hoje se encontra em 134 nações.  Dom Bosco, juntamente com Santa Maria Mazzarello, fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, também empenhado na educação da juventude.

Dom Bosco Santo

Dom Bosco faleceu aos 72 anos, em 31 de janeiro de 1888, na primeira casa salesiana do mundo, no bairro de Valdocco, na cidade de Turim. Na Páscoa de 1934 (1º de abril) ele foi canonizado pelo Papa Pio XI. Em 1988, quando se celebrou os 100 anos de sua morte, o São João Paulo II concedeu a ele o título de Pai e Mestre da juventude.

Dom Bosco e Roma

Para celebrar o dia de Dom Bosco, O Vatican News realizará uma live muito especial, diretamente da Basílica do Sagrado Coração de Jesus em Roma. Neste local, onde fica a Sede Central dos Salesianos no mundo, encontram-se os aposentos onde Dom Bosco se hospedou quando esteve em Roma para a inauguração da Basílica, cuja construção fora confiada a ele pelo Papa Leão XIII. Conheceremos, além dos aposentos de Dom Bosco, o altar de Maria Auxiliadora, onde Dom Bosco celebrou a Santa Missa, que foi interrompida 15 vezes, pelas lágrimas deste santo, pois compreendeu naquele momento os desígnios de Deus para a sua vida, que lhe foram revelados no sonho dos nove anos.  A live será às 11h30 (horário de Brasília) desta segunda-feira, 31 de janeiro.

Conheça mais sobre Dom Bosco

Baixe gratuitamente o livro “Dom Bosco” de autoria de Terésio Bosco. Deleite-se nesta leitura da vida de Dom Bosco, com episódios ocorridos desde os seus 9 anos até a sua consagração em 5 de junho de 1841, como também o seu projeto dos meninos para os quais ele se dedicou integralmente. Conheça as suas grandes realizações juntamente com os jovens, sempre num espírito de profundo amor, caridade e compaixão. Próximo à morte, ele nos proferiu estas belas e sinceras palavras: “Façamos o bem a todos, o mal a ninguém! ... Digam aos meus meninos que os espero todos no céu.”

Acesse este link para baixar o livro: http://edbbrasil.org.br/selesianidade/dom-bosco

São João Bosco

S. João Bosco | arquisp
31 de janeiro

São João Bosco

João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.

Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário de Chieri, daquela diocese.

Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.

Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.

Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.

Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".

Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

domingo, 30 de janeiro de 2022

Por que o dedo da aliança é o dedo fraco?

Imagem ilustrativa / Jeongim Kwon (Unsplash)

Buenos Aires, 28 jan. 22 / 02:34 pm (ACI).- Padre Francisco Javier “Patxi” Bronchalo, da diocese espanhola de Getafe, refletiu com bom humor sobre o significado de usar a aliança no dedo anelar.

Através do Twitter, padre Bronchalo disse que todos os outros dedos têm alguma utilidade, como, por exemplo, indicar ou dizer que está tudo bem, mas “o dedo anelar não serve para nada. Bom... serve para uma coisa”.

Esse dedo, destacou, serve para “que os esposos usem as alianças que trocam no dia do casamento. E por que neste dedo? Porque é o dedo fraco. Nem sequer pode se levantar sozinho”.

O padre espanhol disse que “as alianças de casamento são usadas neste dedo para que os cônjuges se lembrem de que é na fraqueza onde mais precisam se amar. É aí que todos nós precisamos ser amados”.

“Quem nos ama pouco nos amará apenas pelo positivo: por sermos fortes, simpáticos e generosos. Mas quem nos ama por nossas misérias, por nossas fraquezas, por nossos defeitos? Somente aqueles que realmente nos amam", disse ele.

Padre Bronchalo destacou que “o casamento é para a vida toda, por isso é muito sério. Amar-se por toda a vida exige aprender a amar o outro na fraqueza”.

"Vocês se lembram das palavras que os noivos pronunciam diante do padre no momento em que se tornam esposos?", perguntou. "Eu N., recebo-te por minha esposa a ti N., e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.”

O padre destacou que “amar é aprender a receber o outro e aprender a entregar-se para que o outro o receba. Na força e na fraqueza. Quando isso acontece, as coisas vão bem. Quando uma parte falha, as coisas ficam complicadas.”

“Precisamos aprofundar cada vez mais e amadurecer nas formas de nos amar”, disse.

Padre Bronchalo reiterou que "o casamento é uma aliança para sempre, na prosperidade e na adversidade".

“Você sabe o nome dado aos anéis de casamento? Exatamente. Alianças”, lembrou.

“Gosto de dizer aos cônjuges que olhem para a aliança quando tenham alguma dificuldade e seja difícil amar. Que peçam perdão (pronunciando a palavra) quando haja um problema e também que se beijem mutuamente o dedo anelar em sinal de veneração e amor”, disse.

O padre espanhol disse que “a nossa própria fraqueza nos acompanhará por toda a vida. Nossa condição humana é fraca, isso requer aceitação”. Mas, a ajuda de Deus também nos acompanhará por toda a vida “como se pede no dia do casamento”.

"Deus não nos ama porque somos fortes, nos ama porque somos fracos, justamente como precisamos”, disse.

“Mas, é claro, não vale usar a fraqueza como desculpa para não mudar. Mudar e se converter das coisas negativas é um sinal de amor ao outro”, disse.

O padre Bronchalo destacou que "o amor é apaixonante, mas exige firmeza no amor, e amor firme é aquele que aprende a aceitar a própria fraqueza e a amar a do outro".

“Então é possível que o amor seja para a vida toda. Vamos ensinar isso aos jovens. Casais: Sejam luz”, concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Após 50 anos, comunidades recordam unidas o "Domingo Sangrento"

Foto dos acontecimentos em Londonderry naquele 30 de janeirode 1972 
(AFP or licensors)

Recorda-se neste domingo, 30 de janeiro, o aniversário do 'Domingo Sangrento' na Irlanda do Norte. As duas comunidades, a republicana e a unionista, estarão reunidas na memória e na esperança. Dom McKeown: hoje Derry é um exemplo de solidariedade e dignidade.

Francesca Sabatinelli e Fabio Colagrande - Cidade do Vaticano

50 anos se passaram desde o “Bloody Sunday”, o domingo sangrento em Derry, na Irlanda do Norte, onde, em 30 de janeiro de 1972, soldados britânicos abriram fogo contra manifestantes pacíficos e desarmados, que participavam de uma marcha de protesto não violenta organizada pela Northern Ireland Civil Rights Association contra a chamada Operação Demetrius, que previa a prisão por tempo indeterminado e sem julgamento de cidadãos com histórico no IRA. Treze pessoas morreram no local, uma décima quarta morreu no hospital.

Dom McKeown: hoje a guerra acabou

Aquele foi um dos tantos eventos dramáticos do sangrento confronto entre nacionalistas republicanos e unionistas leais à coroa britânica, que entrou para a história como "troubles". São muitas as cerimônias previstas para o fim de semana, começando com uma missa na noite deste sábado, como explica o bispo de Derry, Dom Donal McKeown, que na época do massacre tinha 21 anos e era estudante em Belfast.

Dom Donal McKeown, como a sua Diocese de Derry está vivendo o 50º aniversário do massacre conhecido como o massacre do Bloody Sunday?

Será um fim de semana de celebrações. Começa na noite deste sábado com a celebração de uma Missa, como tem sido feito todos estes anos, pelos mortos, por todos aqueles que morreram há 50 anos, na Igreja de Santa Maria, em Creggan. Comigo estarão alguns sacerdotes e também o bispo anglicano Andrew Forster, que quer participar desta celebração para estar entre as famílias que celebram a memória de seus familiares. Em seguida, haverá manifestações, apresentações teatrais e até uma celebração no monumento dedicado às vítimas, na manhã de domingo, na presença de políticos e representantes das Igrejas Católica e protestantes.

Com que espírito vocês se prepararam para viver este aniversário?

Com uma grande dignidade. Eu estive por 36 anos em Belfast, estou aqui em Derry há oito anos, e é um privilégio estar no meio de um povo que tanto sofreu ao longo das décadas, mesmo séculos e que encontrou, no meio de tanto sofrimento, uma dignidade e um sentimento de solidariedade uns com os outros. Quando o Relatório Saville do governo britânico sobre o Bloody Sunday foi publicado há 13 anos, os líderes das Igrejas protestantes se reuniram com as famílias para expressar sua alegria pela inocência de seus familiares. As relações entre as Igrejas na cidade são positivas há décadas, as Igrejas juntas buscaram construir a paz.

Que significado assume este aniversário à luz da fé?

Sempre se lê também na Bíblia que o povo de Deus sempre soube olhar para trás, para tempos e experiências difíceis, e encontrar no meio do sofrimento sinais da graça de Deus. As pessoas de fé podem olhar com compaixão para os problemas do passado, com o olhar da fé e encontrar desígnios de graça, de coragem humana, de espírito humano, de amor de Deus, procurando a verdade, mas procurando também criar um futuro cheio de esperança para os nossos jovens e não um futuro cheio de arrependimento.

O senhor se lembra onde estava naquele domingo de 1972?

Estávamos no seminário em Belfast, éramos cerca de vinte estudantes na universidade. Primeiro ouvimos falar de um homem morto, depois de todos os outros. Dois dias depois houve uma greve na universidade, saímos de trem para ir ao sepultamento, na quarta-feira da semana seguinte ao massacre. Foi uma época forte para mim, como eu tinha 21 anos, com um senso de idealismo. Queríamos estar com aqueles que tinham sofrido naquele domingo, para tentar construir a paz.

Cerca de 25 anos após a assinatura do acordo da Sexta-feira Santa, pode-se dizer que o conflito na Irlanda do Norte terminou definitivamente?

Estou certo de que a guerra acabou, o conflito permanece no sentido de que não é um conflito dentro da Irlanda do Norte, mas diz respeito à questão de saber se a Irlanda do Norte deve pertencer à Grã-Bretanha ou à República da Irlanda. O conflito continua, mas politicamente e de forma pacífica e podemos olhar para o futuro com esperança e alegria. No entanto, sim, a guerra acabou, as Igrejas especialmente trabalharam duro para criar essas pontes, elas foram as criadoras da paz e também podemos celebrar a grandeza de tantos que criaram a paz mesmo nos anos mais difíceis. Por eles damos graças a Deus.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

O sentido do namoro

Opus Dei
Qual é a importância dessa fase para o relacionamento de um casal?

Conhecer-se

Para os que foram chamados por Deus à vida conjugal, a felicidade humana depende, em grande parte, da escolha da pessoa com quem vão compartilhar o resto de sua vida no casamento. Isto indica a importância de escolher a pessoa adequada: “A Igreja deseja que, entre um homem e uma mulher, exista primeiro o namoro, para que se conheçam mais, e, portanto se amem mais, e assim cheguem melhor preparados ao sacramento do matrimônio”[1].

Portanto, esta decisão está relacionada com dois parâmetros: conhecimento e risco; quanto maior o conhecimento menor o risco. No namoro, o conhecimento é a informação da outra pessoa. Neste artigo serão abordados alguns elementos que ajudarão ao conhecimento e ao respeito mútuo entre os namorados.

Atualmente, em alguns ambientes, o conceito "amor" pode receber um sentido errôneo, e isso representa um perigo numa relação onde o compromisso e a entrega até que a morte os separe são fundamentais. “Por isso deixará o homem a seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher, e serão os dois uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe"[2]. Por exemplo, se alguém quiser montar um negócio com um sócio que não sabe o que é uma empresa, os dois estarão condenados à falência. Com o namoro acontece algo parecido: é fundamental que ambos tenham a mesma ideia do amor, e que esse conceito seja conforme a verdade, ou seja, ao que é realmente amor.

Hoje, muitos casais baseiam o namoro, e também o casamento, no sentimentalismo. Às vezes, há atitudes de conveniência e falta de transparência, ou seja, “autoenganos” que depois terminam aparecendo nos fatos. Com o passar do tempo, isto pode converter-se em causa de rupturas matrimoniais. Os namorados têm de querer construir sua relação sobre a rocha do amor verdadeiro, e não sobre a areia dos sentimentos que vão e vem [3].

O conhecimento próprio é essencial para que a pessoa aprenda a distinguir quando uma manifestação afetiva ultrapassa a fronteira de um sentimento ordenado, e entra na esfera do sentimentalismo, talvez egoísta. Neste processo é essencial a virtude da temperança que ajuda a pessoa a ser dona de si mesma, já que “visa impregnar de razão as paixões e os apetites da sensibilidade humana"[4].

Pode-se pensar no amor como um tripé, que tem como pontos de apoio os sentimentos, a inteligência e a vontade. O amor deve ser acompanhado por um tipo de sentimento profundo. Se acreditarmos que o afeto não é ainda suficientemente intenso nem profundo, e que vale a pena manter o namoro, devemos perguntar-nos o que devo fazer para continuar amando (inteligência), e realizar o que decidi (vontade). Naturalmente, convém alimentar a inteligência com boa formação e doutrina, senão se apoiará em argumentos que conduzem ao sentimentalismo.

Tratar-se

O trato mútuo é o caminho para chegar ao verdadeiro conhecimento do outro. A mesma coisa deve acontecer no namoro, que requer uma relação que chegue a temas profundos, relacionados ao caráter da outra pessoa: quais são suas crenças e convicções, quais são seus sonhos, os valores familiares que tem, qual sua opinião sobre a educação dos filhos, etc.

As dificuldades decorrentes do caráter são consequência do dano causado pelo pecado original na natureza humana; portanto, devemos ter em conta que todos temos momentos de mau caráter. Isto pode se atenuar, contando especialmente com a graça de Deus, lutando para fazer a vida mais agradável aos outros. No entanto, é necessário garantir a capacidade de conviver com o modo de ser do outro.

O mesmo acontece com convicções e crenças. São consideradas uma consequência da tradição, da educação recebida, ou de modo racional. No entanto, com frequência não se dá a importância que tem ou se pensa que com o tempo cederão. Podem converter-se numa dificuldade grande e, em muitos casos, motivos de problemas conjugais. É fundamental ter claro que o matrimônio é “de um com uma; (...) A medalha tem verso e anverso. E no verso há dores, abstinências, sacrifícios, abnegação”[5].

Pode vir a ser ingênuo pensar que o outro mudará as suas convicções e crenças ou que o cônjuge o fará mudar. Isso não exclui que as pessoas retifiquem e melhorem com o passar do tempo e a luta pessoal. No entanto, um critério que pode servir é o seguinte: se as suas convicções profundas não se adaptam ao que eu penso sobre como deve de ser o pai ou a mãe dos meus filhos, pode ser prudente cortar, porque não fazê-lo a tempo é um erro que frequentemente leva a uma futura ruptura no casamento.

É preciso distinguir o que no outro é uma opinião e o que é uma crença ou convicção. Poderíamos dizer que uma opinião é o que apoio, sem chegar à categoria de convicção, mesmo que ao expressá-la utilizo a palavra “penso”. Por exemplo, se alguém comenta “penso que o casamento é para sempre”, convém saber se se trata de uma opinião ou de uma crença. A opinião comporta exceções, uma crença não; a crença é um valor arraigado, uma convicção sobre a qual um casamento pode se sustentar.

Com frequência, já sendo marido e mulher, um dos cônjuges percebe que não conversaram com seriedade durante o namoro sobre o número de filhos, ou a sua educação cristã, ou a forma de viver a sexualidade, questões de importância vital.

O namoro cristão é um tempo para conhecer-se e para confirmar se a outra pessoa concorda no que é fundamental. Portanto não será estranho que ao longo desta etapa um dos dois decida que o outro não é a pessoa adequada para empreender a aventura do casamento.

A personalidade vai se formando com o passar do tempo, e por isso deve-se esperar do outro um nível de maturidade adequado à sua idade. No entanto há alguns parâmetros que podem ajudar a distinguir uma pessoa com possíveis traços de imaturidade: costuma tomar suas decisões em função do seu estado de ânimo, tem dificuldade para ir contra a corrente, seu humor é volúvel, é muito suscetível, costuma ser escravo ou escrava da opinião dos outros, não tolera as frustrações, tende a culpar os outros pelos seus fracassos, tem reações caprichosas que não correspondem à sua idade, é impaciente, não sabe fixar metas nem adiar a recompensa, não consegue renunciar aos seus desejos imediatos, tende a ser o centro de atenção, etc.

Respeitar-se

Como disse o Papa Francisco: “A família nasce deste desígnio de amor, que quer crescer como se constrói uma casa que se torne um lugar de carinho, de ajuda, de esperança e de apoio”[6]. O namoro cresce como aspiração ao amor total a partir do respeito mútuo, que no fundo é o mesmo que tratar o outro como o que é: uma pessoa.

“O período do namoro, fundamental para construir o casal, é um tempo de expectativa e de preparação, que deve ser vivido na castidade dos gestos e das palavras. Isto permite amadurecer no amor, na solicitude e nas atenções ao outro; ajuda a exercer o domínio de si, a desenvolver o respeito do outro, características do verdadeiro amor que não procura em primeiro lugar a própria satisfação nem o seu bem-estar” [7].

Este fato comporta diversas consequências que se fundamentam é na dignidade humana: não se pode pedir ao namorado ou à namorada o que não pode ou não deve dar, caindo em chantagens emocionais; por exemplo, em relação a manifestações afetivas ou de índole sexual, mais próprias da vida matrimonial que do namoro.

O trato mútuo entre os namorados cristãos deverá ser o que têm duas pessoas que se amam, mas que ainda não decidiram entregar-se totalmente ao outro em matrimônio. Por isso deverão ser delicados, elegantes e respeitosos, sendo conscientes da sua condição de homem e mulher, apagando as primeiras faíscas de paixão que podem aparecer, evitando pôr o outro em circunstâncias limites.

Como conclusão, podemos afirmar que um namoro bem vivido, no qual se conheça bem e se respeite a outra pessoa, será o meio mais adequado para ter um bom casamento, seguindo o conselho do Papa Francisco: “Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante. [...] Este caminho de cada dia possui regras que podem ser resumidas naquelas três palavras [...] com licença, ou seja, «posso» e desculpa”[8].

José María Contreras

[1] São Josemaria, Anotações de uma reunião familiar, 31-10-1972.

[2] Mc 10,7-9.

[3] Cf. Papa Francisco, Audiência, A alegria do sim para sempre, 14-2-2014.

[4] Catecismo da Igreja Católica, 2341.

[5] São Josemaria, Anotações de uma reunião familiar, 21-6-1970.

[6] Papa Francisco, Audiência, A alegria do sim para sempre, 14-2-2014.

[7] Bento XVI, Aos jovens do mundo na XXII Jornada Mundial da Juventude 2007.

[8] Papa Francisco, Audiência, A alegria do sim para sempre, 14-2-2014.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br

Da Carta aos Esmirnenses, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir.

Santo Inácio de Antioquia | Canção Nova

Da Carta aos Esmirnenses, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir.

(Inscriptio; nn. 1,1–4,1: Funk 1,235-237)               (Séc. I )

Cristo chamou-nos para seu reino glorioso

Inácio, o Teóforo, à Igreja de Deus Pai e de Jesus Cristo, o dileto, rica de todos os dons da misericórdia, repleta de fé e de caridade, sem que lhe falte qualquer graça, muito amada por Deus, portadora da santidade, à Igreja que está em Esmirna na Ásia, efusivas saudações no Espírito imaculado e no Verbo de Deus.

Rendo glória a Jesus Cristo, Deus, que vos deu tanta sabedoria; pois notei como sois perfeitos na fé inabalável, como que, de corpo e alma, presos por cravos à cruz do Senhor Jesus Cristo e firmes na caridade pelo sangue de Cristo, crendo com fé plena e segura que nosso Senhor é em verdade oriundo da estirpe de Davi segundo a carne, Filho de Deus pela vontade e poder de Deus. Crendo de igual modo que verdadeiramente nasceu da Virgem, foi batizado por João para que nele se cumprisse toda a justiça. Crendo que verdadeiramente, foi, sob Pôncio Pilatos e o tetrarca Herodes, crucificado na carne por nós – a cujo fruto nós pertencemos por sua bem-aventurada paixão – a fim de, por sua ressurreição, elevar pelos séculos a bandeira que reúne seus santos e seus fiéis, judeus ou gentios, no único corpo de sua Igreja.

Tudo padeceu por nós para alcançarmos a salvação; e padeceu de verdade, como também de verdade ressuscitou a si mesmo.

Eu também sei que, depois da ressurreição, vive em seu corpo e creio estar ele ainda agora com seu corpo. Ao se encontrar com Pedro e seus companheiros, disse-lhes: Pegai, apalpai-me e vede que não sou um espírito incorpóreo. E logo o tocaram e creram, unidos à sua carne e a seu espírito. Por esta razão, desprezaram também a morte e da morte saíram vitoriosos. Depois da ressurreição, comeu e bebeu com eles como qualquer ser corporal, embora, espiritualmente, unido ao Pai.

Exorto-vos, portanto, caríssimos, embora bem saiba que pensais do mesmo modo.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Papa Francisco envia condolências ao presidente Bolsonaro pela morte de sua mãe Olinda

Jair M. Bolsonaro | Twitter (Captura de Tela)
Sra. Olinda Bonturi Bolsonaro

"Sua venerada mãe deixou um belo testemunho cristão no desempenho da sua missão familiar e na solícita colaboração à vida eclesial."

O Papa Francisco enviou uma mensagem de condolências ao presidente Jair Bolsonaro pela morte de sua mãe, dona Olinda Bonturi Bolsonaro, que faleceu aos 94 anos de idade na madrugada do último 21 de janeiro, após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias.

Dona Olinda estava internada no Hospital São João, na cidade paulista de Registro, e foi sepultada na também paulista Eldorado, onde vivia. Ao ser informado, Bolsonaro comunicou via rede social que estava retornando ao Brasil e cancelando uma viagem oficial à Guiana. O presidente já estava no Suriname, primeira etapa da viagem aos dois países vizinhos.

Nesta quinta-feira, 27, foi celebrada em Brasília a Missa de 7º dia, presidida pelo arcebispo militar do Brasil, dom Fernando Guimarães, e concelebrada pelo bispo auxiliar de Brasília, dom Marcony Ferreira.

Participaram da Missa, na Catedral Militar Rainha da Paz, ministros do governo, auxiliares do presidente e militares. Jair Bolsonaro chegou à catedral acompanhado pela primeira-dama Michelle e por um de seus filhos, Carlos, vereador no Rio de Janeiro.

Durante a Missa, a mensagem do Papa Francisco de condolências ao presidente Bolsonaro foi lida por monsenhor Joseph Puthenpurayil, membro da Nunciatura Apostólica no Brasil. Uma nunciatura apostólica corresponde, comparativamente, à “embaixada vaticana” em cada país.

Diz o texto enviado pelo Papa:

“Excelentíssimo senhor Jair Bolsonaro, presidente da República Federativa do Brasil, com pesar acabo de receber a notícia da morte de sua venerada mãe, que deixou um belo testemunho cristão tanto no desempenho da sua missão familiar como na solícita colaboração prestada à vida eclesial. Apresento à Vossa Excelência e inteira família enlutada as minhas sentidas condolências, colocando sobre todos o conforto do Altíssimo enquanto imploro ao Cristo Redentor, para a alma da sua serva Olinda, a paz e felicidade prometidas aos seus fiéis discípulos”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

IV Domingo do Tempo Comum - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

Palavra do Pastor

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo Metropolitano de Brasília

IV Domingo do Tempo Comum

A absoluta liberdade de Jesus

São Lucas nos apresenta, neste quarto domingo comum, a rejeição que Jesus sofre, na vila de Nazaré, onde tinha sido criado (Lc 4, 21-30). A atitude com relação a Ele vai da admiração por parte dos presentes na sinagoga (Lc 4, 20) até a atitude de rejeição, de endurecimento.

Jesus estava na sinagoga da sua vila. A primeira parte da narrativa mostra a admiração que Jesus causa, na sinagoga, quando lê o profeta Isaías. Ao término, “todos tinham os olhos fixos Nele” (Lc 4, 20). Porém, a cena passa da admiração à rejeição. Jesus é o derradeiro profeta que participa da sorte dos antigos profetas que, também, foram rejeitados: “Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lc 4, 24). Jesus cita, na sinagoga da sua cidade, o exemplo de Elias e Eliseu, que não foram enviados à casa de Israel, mas a estrangeiros: Elias a uma viúva, em Sarepta, na região da Sidônia; e Eliseu purificou a Naamã, que era um sírio. Diante destas palavras, todos na sinagoga se enfurecem e O conduzem a uma colina, com a intenção de precipitá-Lo lá de cima.

O povo de Nazaré espera muito de Jesus, tenta quase prendê-Lo. Todos estão ali ouvindo e procurando envolvê-Lo em suas expectativas.  São as expectativas que o quadro restrito de uma vila – um pouco de trabalho, um pouco de comércio – podia oferecer. Lendo estas expectativas, à luz da história da Igreja primitiva, pode-se entrever a ânsia de apoderar-se do profeta, de fazer dele objeto de glória do povoado e, talvez, até de um pouco de ganho material: no fundo, se começar a fazer alguns milagres, o povo virá, e se vai ganhar algum dinheiro. Talvez haja um pouco de raiva, pois Ele não começou os milagres ali, mas em Cafarnaum. “As coisas que fizeste em Cafarnaum faze-o também em tua pátria” (v. 23). Jesus está sob a ameaça de uma captura, de uma tentativa de adaptar o que Ele diz às expectativas, às necessidades, para ter sucesso e, depois, ser rapidamente encaixado em toda aquela pequena série de interesses que formam o tecido social da pequena aldeia.

De outro lado, emerge a extrema liberdade de Jesus que, sem se preocupar com o sucesso, com o que lhe poderia acontecer, com a má fama que aquele primeiro encontro poderia espalhar pelos povoados vizinhos, sem se preocupar com as pessoas que não irão mais procurá-Lo, fala livremente. Mais ainda: parece até provocar as pessoas de Nazaré lembrando-lhes que existem outros confins, outros horizontes, outros interesses do Reino de Deus muito mais vastos.

“Ele, porém, passando pelo meio deles, prosseguia o seu caminho” (Lc 4, 30). Jesus aparece aqui como o Evangelizador dotado de absoluta liberdade de espírito. Esta liberdade Lhe dá uma estatura profética totalmente fora daquela de um pequeno pregador de aldeia. Ele tem a estatura de quem conduz a Si mesmo e Sua liberdade para o mundo, porque tem diante de si os horizontes de Deus.

Esta absoluta liberdade de Jesus, o Filho de Deus, deve nos questionar hoje: o seguimento a Jesus Cristo, o encontro com a Sua Palavra, está nos tornando verdadeiramente livres?

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF