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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Arquidiocese celebra Missa de 7º dia do padre Miguel Bulnes

A Arquidiocese de Brasília convida para a Missa de 7º dia de falecimento do padre Miguel Bulnes, que ocorrerá no dia 27 de janeiro, às 20h, na Paróquia Santa Mãe de Deus, localizada em Santa Maria. A Missa será presidida pelo cardeal Sergio da Rocha.
Padre Miguel Rolando Bulnes Ramires passava férias em Honduras, país de origem, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), no dia 03 de janeiro, ficando internado desde então, mas infelizmente, não resistiu.
A Missa de corpo presente e sepultamento ocorreram ontem, 22, em Honduras, onde moram seus familiares.
Padre Miguel Rolando tinha 53 anos, era formado pelo Seminário Redemptoris Mater e foi ordenado em Brasília, em 02 de dezembro de 2000. Atualmente era vigário na paróquia Santa Mãe de Deus.
 Toda a comunidade está convidada a participar deste momento de oração.
A Paróquia Santa Mãe de Deus fica na, CL 215 AE “G” , Santa Maria

 Por Kamila Aleixo
Arquidiocese de Brasília

domingo, 22 de janeiro de 2017

Nota de falecimento: Padre Miguel Bulnes falece em Honduras

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do padre Miguel Rolando Bulnes Ramires, por volta das 22h da noite desta sexta-feira, 20/01.

 
O sacerdote passava férias em Honduras, país de origem, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), no dia 03 de janeiro, ficando internado desde então, lutando pela recuperação, mas infelizmente, não resistiu. 
 
Miguel Rolando Bulnez tinha 53 anos. Formado pelo Seminário Redemptoris Mater, foi ordenado em Brasília, em 02 de dezembro de 2000, e atualmente era vigário paróquia na Santa Mãe de Deus, localizada em Santa Maria.
 
No momento, não temos informações sobre velório e sepultamento.
 
Que Deus, Pai de misericórdia e bondade, receba-o de braços abertos na morada eterna e console, com todo amor, a todos os familiares e amigos.
 

"En la vida y en la muerte somos de Dios" - 
Esta imagem é uma homenagem dos hondurenhos
 
Por Gislene Ribeiro
Arquidiocese de Brasília

sábado, 21 de janeiro de 2017

Do Tratado sobre as Virgens, de Santo Ambrósio, bispo

Santo Ambrósio
(Lib. 1, cap. 2.5.7-9:PL 16, [edit. 1845], 189-191)            (Séc.IV)

Ainda não preparada para o sofrimento
e já madura para a vitória!
Celebramos o natalício de uma virgem: imitemos sua integridade; é o natalício de uma mártir: ofereçamos sacrifícios. É o aniversário de Santa Inês. Conta-se que sofreu o martírio com a idade de doze anos. Quanto mais detestável foi a crueldade que não poupou sequer tão tenra idade, tanto maior é a força da fé que até naquela idade encontrou testemunho.
Haveria naquele corpo tão pequeno lugar para uma ferida? Mas aquela que quase não tinha tamanho para receber o golpe da espada, teve força para vencer a espada. E isto numa idade em que as meninas não suportam sequer ver o rosto zangado dos pais e choram como se uma picada de alfinete fosse uma ferida!
Mas ela permaneceu impávida entre as mãos ensanguentadas dos carrascos, imóvel perante o arrastar estridente dos pesados grilhões. Oferece o corpo à espada do soldado enfurecido, sem saber o que é a morte, mas pronta para ela. Levada à força até os altares dos ídolos, estende as mãos para Cristo no meio do fogo, e nestas chamas sacrílegas mostra o troféu do Senhor vitorioso. Finalmente, tendo que introduzir o pescoço e ambas as mãos nas algemas de fero, nenhum elo era suficientemente apertado para segurar membros tão pequeninos.
Novo gênero de martírio? Ainda não preparada para o sofrimento e já madura para a vitória! Mal sabia lutar e facilmente triunfa! Dá uma lição de firmeza apesar de tão pouca idade! Uma recém-casada não se apresaria para o leito nupcial com aquela alegria com que esta virgem correu para o lugar do suplício, levando a cabeça enfeitada não de belas tranças mas de Cristo, e coroada não de flores mas de virtudes.
Todos choram, menos ela. Muitos se admiram de vê-la entregar tão generosamente a vida que ainda não começara a gozar, como se já tivesse vivido plenamente. Todos ficam espantados que já se levante como testemunha de Deus quem, por causa da idade, não podia ainda dar testemunho de si. Afinal, aquela que não mereceria crédito se testemunhasse a respeito de um homem, conseguiu que lhe dessem crédito ao testemunhar acerca de Deus. Pois o que está acima da natureza, pode fazê-lo o Autor da natureza.
Quantas ameaças não terá feito o carrasco para incutir-lhe terror! Quantas seduções para persuadi-la! Quantas propostas para casar com algum deles! Mas sua resposta foi esta: “É uma injúria ao Esposo esperar por outro que me agrade. Aquele que primeiro me escolheu para si, esse é que me receberá. Por que demoras, carrasco? Pereça este corpo que pode ser amado por quem não quero!” Ficou de pé, rezou, inclinou a cabeça.
Terias podido ver o carrasco perturbar-se, como se fosse ele o condenado, tremer a mão que desfecharia o golpe, e empalidecerem os rostos temerosos do perigo alheio, enquanto a menina não temia o próprio perigo. Tendes, pois, numa única vítima um duplo martírio: o da castidade e o da fé. Inês permaneceu virgem e alcançou o martírio.
www.liturgiadashoras.org

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Anunciada data da JMJ do Panamá: 22 a 27 de janeiro de 2019

Cidade do Panamá (RV) - O Arcebispo de Panamá, no Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta anunciou em coletiva de imprensa a data da Jornada Mundial da Juventude de 2019, que se realizará no país centro-americano.
Ao anunciar que a data escolhida é de 22 a 27 de janeiro, o prelado ressalta que para estabelecer a data foram consideradas muitas opções, prevalecendo, sem dúvida, as razões climáticas, acrescentando ainda que o período de verão permite garantir as condições climáticas da região para a realização do evento.
A seguir, propomos, na íntegra, o anúncio feito pelo Arcebispo de Panamá:
“Queremos reiterar nossa gratidão a o Papa Francisco por ter escolhido o Panamá como sede da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em 2019, com o tema: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1,38).
Para estabelecer a data da JMJ foram consideradas muitas opções; sem dúvida prevaleceram as razões climáticas. Temos consciência que em alguns países não é período de férias, mas estamos convencidos que isto não será impedimento para que milhares de jovens dos outros continentes possam vir ao Panamá a encontrar-se com Nosso Senhor Jesus Cristo, sob a proteção de Nossa Mãe a Virgem Maria, e com o Sucessor de Pedro.
A data escolhida é de 22 a 27 de janeiro de 2019, período de verão que permite garantir as condições climáticas da região para a realização deste evento mundial da juventude.
Jovens de todos os continentes, vós sois os protagonistas desta Jornada Mundial da Juventude. Sabemos que quando se propõem metas, e especialmente se estas têm a ver com sua fé, vós sois criativos e vos adaptais às realidades, para podê-las alcançar.
Nós vos esperamos em nosso país com o coração e os braços abertos para compartilhar a nossa fé, para sentir-nos Igreja, trazendo cada um sua riqueza étnica e cultural nesta grande festa espiritual, onde mostraremos ao mundo o rosto jovem de uma Igreja Católica em saída, disposta a fazer barulho para anunciar a alegria do Evangelho, aos distantes, aos excluídos, aos que se encontram nas periferias existenciais e geográficas.
Rezamos e trabalharemos para que a Jornada Mundial da Juventude seja oportunidade de um renovado envio para a Igreja Católica e o mundo inteiro.”
Rádio Vaticano

Papa: a vida cristã é uma luta contra as tentações

Vencer as tentações (Canção Nova)
Cidade do Vaticano (RV) - “A vida cristã é uma luta. Deixemo-nos atrair por Jesus”, foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira (19/01).
O Pontífice se deteve na passagem do Evangelho do dia que fala sobre a grande multidão que seguia Jesus com entusiasmo e que vinha de todos os lugares. “Por que vinha essa multidão?”, perguntou o Papa. O Evangelho nos diz que havia “doentes que queriam ser curados”. Mas havia também pessoas que gostavam de “ouvir Jesus, porque falava não como os seus doutores, mas com autoridade” e “isso tocava o coração”. Essa multidão “vinha espontaneamente. Não era levada de ônibus, como vemos muitas vezes quando se organizam manifestações e muitos devem verificar a presença para não perder o trabalho”.
O Pai atrai as pessoas a Jesus
Essas pessoas iam porque sentiam alguma coisa a ponto de Jesus pedir um barco e ir um pouco distante da margem: 
“Esta multidão ia até Jesus? Sim! Precisava? Sim! Alguns eram curiosos, mas esses eram os céticos, a minoria. Esta multidão era atraída pelo Pai: era o Pai que atraia as pessoas a Jesus a tal ponto que Jesus não ficava indiferente, como um mestre estático que dizia as suas palavras e depois lavava as mãos. Não! Esta multidão tocava o coração de Jesus. O Evangelho nos diz: Jesus se comoveu, porque via essas pessoas como ovelhas sem pastor. O Pai, através do Espírito Santo, atraia as pessoas a Jesus.”
O Papa disse que não sãos os argumentos que movem as pessoas, não são “os assuntos apologéticos”. “Não”, frisou, “é necessário que o Pai nos atraia a Jesus”. 
A vida cristã é uma luta contra as tentações
Por outro lado, é “curioso” que este trecho do Evangelho de Marcos, que “fala de Jesus, da multidão, do entusiasmo” e do amor do Senhor, acabe com os espíritos impuros, que quando O viam, gritavam: “Tu és o Filho de Deus!”:
“Esta é a verdade; esta é a realidade que cada um de nós sente quando Jesus se aproxima. Os espíritos impuros tentam impedi-lo, nos fazem guerra. ‘Mas, Padre, eu sou muito católico; sempre vou à missa… Mas jamais, jamais tenho essas tentações. Graças a Deus!’ – ‘Não! Reze, porque você está no caminho errado!’. Uma vida cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã. Quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro que atrai de modo contrário e provoca a guerra interior! E por isso Paulo fala da vida cristã como uma luta: uma luta de todos os dias. Uma luta!”
Uma luta, retomou, “para vencer, para destruir o império de satanás, o império do mal”. E por isso, disse, “Jesus veio para destruir, para destruir satanás! Para destruir a sua influência nos nossos corações”. O Pai, retomou, “atrai as pessoas a Jesus”, enquanto “o espírito do mal tenta destruir, sempre!”. 
Estamos lutando contra o mal?
A vida cristã, disse ainda o Papa, “é uma luta assim: ou você se deixa atrair por Jesus, para o Padre, ou pode dizer ‘eu fico tranquilo, em paz’”. Se quiser ir avante, “é preciso lutar!”, exortou o Papa. Sentir o coração que luta, para que Jesus vença”:
“Pensemos em como está o nosso coração: eu sinto esta luta no meu coração? Entre a comodidade ou o serviço aos outros, entre o divertir-me um pouco ou rezar e adorar o Pai, entre uma coisa e outra, sinto a luta? A vontade de fazer o bem ou algo me detém, me torna ascético? Eu acredito que a minha vida comova o coração de Jesus? Se eu não acredito nisto, devo rezar muito para acreditar, para que me seja concedida esta graça. Que cada um de nós busque no seu coração como está esta situação ali. E peçamos ao Senhor para sermos cristãos que saibam discernir o que acontece no próprio coração e escolher bem o caminho pelo qual o Pai nos atrai a Jesus”.
(MJ/BF)
Fonte: Radio Vaticano

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Da Carta de São Fulgêncio de Ruspe, bispo

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São Fulgêncio
(Epist. 14,36-37: CCL 91,429-431)                (Séc.VI)






Cristo, sempre vivo, intercede por nós
Antes do mais, chama-nos a atenção que, na conclusão das orações, dizemos: “por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho” e nunca: “pelo Espírito Santo”. Não é sem motivo que a Igreja católica o repete, por causa do mistério do mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, que com seu próprio sangue entrou uma vez por todas no santuário, não feito por mãos de homens, figura do verdadeiro, mas no próprio céu,onde está à direita de Deus e intercede por nós.
Contemplando esta função pontifical, diz o Apóstolo: Por ele ofereçamos sempre o sacrifício de louvor, o fruto dos lábios daqueles que confessam seu nome. Por conseguinte, por ele oferecemos o sacrifício de louvor e da prece, pois, mediante a sua morte, fomos reconciliados, nós os inimigos. Por ele, que se dignou tornar-se sacrifício em nosso favor, o nosso sacrifício pode ser bem aceito diante de Deus. São Pedro adverte-nos, dizendo: E vós, quais pedras vivas, entrais na edificação deste edifício espiritual, no sagrado sacerdócio, oferecendo vítimas espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. É esta a razão que nos faz dizer: “Por nosso Senhor Jesus Cristo”.
Quando se menciona o sacerdote, que vem à mente a não ser o mistério da encarnação do Senhor? Mistério do Filho de Deus que, embora de condição divina, aniquilou-se a si mesmo, assumindo a forma de escravo; em sua humilhação, fez-se obediente até à morte; a saber, feito um pouco menor do que os anjos, possuindo, embora, a igualdade com Deus Pai. O Filho se diminuiu, permanecendo igual ao Pai, porquanto se dignou assemelhar-se aos homens. Tornou-se o menor, quando se aniquilou a si mesmo, tomando a forma de servo. A diminuição de Cristo é seu aniquilamento, mas o aniquilamento consiste na aceitação da forma de servo.
Cristo, permanecendo na forma de Deus o unigênito de Deus, a quem juntamente com o Pai oferecemos sacrifícios, tomou a forma de servo, tornando-se sacerdote. Assim, por ele, podemos oferecer um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Nunca nos seria possível oferecer tal sacrifício se Cristo não se houvesse tornado, ele mesmo, sacrifício para nós. Nele, a própria natureza do gênero humano é o verdadeiro sacrifício de salvação.
Com efeito, quando nos apresentamos para oferecer, mediante nosso eterno sacerdote e senhor, nossas orações, afirmamos ter ele a verdadeira carne de nossa raça. O Apóstolo já dissera: Todo pontífice é escolhido dentre os homens e a favor dos homens é constituído para as coisas que dizem respeito a Deus, a oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Quando, porém, dizemos: “Vosso Filho” e acrescentamos: “que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo”, comemoramos aquela unidade naturalmente existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Daí se deduz ser o Cristo o que exerce a função sacerdotal para nós, o mesmo a quem pertence, por natureza, a unidade com o Pai e o Espírito Santo.
www.liturgiadashoras.org

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Dom Damasceno se despede da arquidiocese de Aparecida

Foto: Denílson Luís/Santuário Nacional
“Aparecida é o lugar da manifestação do amor de Deus para povo brasileiro”, afirmou dom Damasceno.
O programa Igreja no Brasil, produzido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) homenageia até o próximo sábado, 21, o cardeal Raymundo Damasceno Assis, atualmente administrador apostólico da arquidiocese de Aparecida (SP). Nesta edição, o programa traz uma entrevista especial com o cardeal que conta um pouco de sua trajetória e missão como sacerdote e bispo.
Na última sexta-feira, dom Damasceno se despediu da arquidiocese de Aparecida (SP) com uma celebração solene, no Santuário Nacional. O cardeal deixa a arquidiocese depois de 13 anos dedicados à casa da Rainha e Padroeira do Brasil. A missa foi presidida no Altar Central, onde, por diversas vezes, o cardeal se pronunciou a respeito de assuntos importantes para a Igreja no Brasil e para os seus fiéis. Em seu discurso, dom Damasceno destacou os frutos alcançados naquela Igreja particular. “Os frutos colhidos hoje são resultado do trabalho dedicado na ação evangelizadora do clero, os religiosos, leigos e agentes de pastoral em nossas paróquias e santuários”, afirmou o cardeal.
Ele ainda expressou seus agradecimentos e seu sentimento de dever cumprido. “Muitas memórias passam no meu coração, são muitos fatos e acontecimentos nesses 13 anos à frente da arquidiocese. Aparecida é o lugar da manifestação do amor de Deus para povo brasileiro”, afirmou.
Dom Damasceno foi o quarto arcebispo de Aparecida (SP). Assumiu o cargo em 2004, após 44 anos servindo à arquidiocese de Brasília (DF). Sua renúncia, por idade, foi aceita pelo papa Francisco no dia 16 de novembro, aos 79 anos.
Dom Orlando Brandes, nomeado para o cargo, toma posse no dia 21 de janeiro, sábado, às 9h, no Santuário Nacional.
De volta a Brasília, dom Damasceno continuará trabalhando nas presidências da Comissão Episcopal para o Acordo Brasil - Santa Sé e do Centro de Estatística Religiosa e Intervenções Sociais, ambas na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNNB). Já no Vaticano, ele continua como membro do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e da Pontifícia Comissão para América Latina.

Atuação na CNBB

Em 1995, dom Damasceno foi eleito secretário geral da CNBB, cargo que exerceu por dois mandatos até 2003. Em abril de 2011, foi eleito presidente da Conferência, para o mandato de 2011 a 2015.
Com informações do portal A12.com
Fotos: Denílson Luís/Santuário Nacional
CNBB

Cardeal Sérgio da Rocha nomeado pelo Papa membro da CAL

Cardeal Dom Sérgio da Rocha - AFP
Cidade do Vaticano (RV) - O arcebispo metropolitano de Brasília, Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e recém- nomeado Cardeal pelo Papa Francisco, Dom Sérgio da Rocha, foi escolhido pelo Pontífice como novo membro da Pontifícia Comissão para a América Latina, CAL.
A Comissão é um organismo da Cúria Romana criado em 1958 que tem como função primordial “aconselhar e ajudar as Igrejas particulares na América Latina” e “estudar as questões referentes à vida e ao progresso destas Igrejas, especialmente estando à disposição dos dicastérios da Cúria interessados por motivos de competência, como das próprias Igrejas na resolução destas questões”.
Composição
Outros membros brasileiros da Comissão são os arcebispos de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis.
Preside a Comissão o cardeal canadense Marc Ouellet, e o secretário é o uruguaio Prof. Guzmán Carriquiry.
(cm)
Radio Vaticano

Da Carta aos Efésios, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir

S. Inácio de Antioquia | Wikipedia

(Nn.13-18,1:Funk1,183-187)        (Séc.I)

Tende fé em Cristo e caridade
Esforçai-vos por vos reunir mais frequentemente para dar graças a Deus e louvá-lo. Pois quando vos congregais com maior frequência, as forças de Satanás são abaladas e pela concórdia de vossa fé é vencida a morte que ele traz consigo. Nada é preferível à paz que acaba com toda guerra, celeste e terena. Nada vos faltará, se tiverdes em Jesus Cristo perfeita fé e caridade, que são o princípio e o termo da vida: o princípio é a fé; a caridade, o termo. As duas, bem unidas, são o próprio Deus; tudo o mais que pertença à perfeição humana lhes está ligado. Ninguém que professe a fé pode pecar, nem o que possui a caridade consegue odiar. Conhece-se a árvore por seus frutos. Igualmente, o que se declara de Cristo, será reconhecido por suas obras. Não se trata agora de declarações, mas de perseverança na virtude da fé até o fim. Melhor é calar-se e ser do que falar e não ser. Coisa boa é ensinar, se quem diz o pratica. Pois só um é o mestre que disse e tudo foi feito; mas também, tudo quanto ele fez em silêncio é digno do Pai. Quem possui a palavra de Jesus pode, em verdade, ouvir o seu silêncio, a fim de ser perfeito, agir como fala e ser conhecido quando silencia. Ao Senhor nada se esconde, até nossos segredos mais íntimos que lhe estão próximos. Façamos, então, todas as coisas, em sua presença, visto que somos os seus templos. Que ele seja em nós o nosso Deus, ele que é e aparecerá a nossos olhos na justa medida do nosso amor. Não vos enganeis, meus irmãos, os perturbadores da família não herdarão o reino de Deus. Se pereceram aqueles que assim agiam, segundo a carne, quanto mais aquele que corromper a fé em Deus com doutrinas falsas, pela qual Jesus Cristo foi crucificado? Este tal, tornado impuro, irá para o fogo inextinguível, juntamente com quem o escutar. Na cabeça o Senhor recebeu a unção do óleo para que a Igreja espalhe o perfume da incorrupção. Não aceiteis a unção de péssimo odor da doutrina do príncipe deste mundo. Que não aconteça levar-vos cativos para longe da vida prometida! Por que não somos todos verdadeiramente prudentes, nós, os que recebemos o conhecimento de Deus, isto é, Jesus Cristo? Por que loucamente perecer, por não reconhecermos o dom enviado pelo Senhor?
Meu espírito está pregado na cruz, escândalo para os incrédulos, salvação e vida eterna para nós.
www.liturgiadashoras.org

Papa Francisco: A missão da Igreja é anunciar e levar Cristo

Papa no Ângelus. Foto: L'Osservatore Romano
VATICANO, 15 Jan. 17 / 10:00 am (ACI).- Ao presidir a oração do Ângelus, o Papa Francisco recordou que a missão da Igreja é proclamar o próprio Cristo, porque "Ele é o único que salva o seu povo".

"São João pregava que o reino dos céus está próximo e que o Messias se manifestará. Para isso, é preciso se preparar, se converter e se comportar corretamente. O batismo é um sinal concreto de penitência”.
Francisco explicou que o seu primeiro ato público, a primeira coisa que faz quando deixa sua casa de Nazaré: “desce à Judeia, vai ao Jordão e se faz batizar por João Batista".
O Santo Padre observou que João "fica desconcertado pelo fato do Messias manifestar-se de modo tão impensável, em meio aos pecadores, batizado como eles e por eles. Mas João é iluminado pelo Espírito, entende que assim se realizava a justiça divina, o plano de salvação: Jesus é o Messias, o Rey de Israel, não com o poder deste mundo, mas como Cordeiro de Deus, que toma para si os pecados do mundo”.
"A Igreja, em diferentes tempos, está chamada a fazer o que João Batista fez", assegurou. “Este gesto litúrgico representa toda a missão da Igreja, que não anuncia si mesma, mas anuncia Cristo; Ela não leva si mesma, mas leva Cristo. Porque é Ele e somente Ele que salva o povo do pecado, o liberta e o guia rumo à terra da vida e da liberdade”.
Acidigital

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Do Discurso contra os gentios, de Santo Atanásio, bispo

PALOMINO

Nn.40-42: PG25,79-83)                   (Séc.IV)

O Verbo do Pai tudo orna, dispõe e contém
O Pai santíssimo de Cristo – sem comparações mais excelente do que toda a criatura – como ótimo criador, tudo governa, dispõe e faz convenientemente o que lhe parece justo, por sua sabedoria e por seu Verbo, Cristo, nosso Senhor e Salvador. Assim é bom que tudo tenha sido e venha a ser feito como vemos. Que ele o tenha querido assim, ninguém pode duvidar. Porque, se o movimento dos seres criados se fizesse desordenadamente e o mundo girasse ao acaso, com toda a razão se negaria crédito ao que declaramos. Mas, se com medida, sabedoria e ciência o mundo foi criado e enriquecido de toda beleza, não há como fugir que este criador e aperfeiçoador é o próprio Verbo de Deus.
Afirmo que o Verbo do Deus do universo e de todo o bem é o Deus vivo e eficaz que existe por si próprio. Distinto de todo o criado, ele é o próprio e único Verbo do Pai de bondade, por cuja providência o mundo inteiro, por ele feito, é iluminado. Ele, que é o bom Verbo do bom Pai, estabeleceu a ordem de todas as coisas, uniu entre si os contrários, compondo assim grande harmonia. Este único e unigênito é Deus: a bondade que procede do Pai, como de fonte do bem, e adorna, dispõe e mantém todo o universo.
Aquele que por seu eterno Verbo tudo fez, fazendo existir as criaturas cada qual conforme a própria natureza, não permitiu que elas se movessem arbitrariamente, a fim de que não retornassem ao nada; por isso, ele, que é o bem, por meio do seu Verbo, Deus como ele, governa e conserva toda a criação. Deste modo, a criação, iluminada pelo governo, providência e administração do Verbo, pode permanecer firme e manter- se coesa. Portanto, a criação, obra do Verbo do Pai – Verbo que é o próprio ser – dele participa e é por ele auxiliada, a fim de não cessar de existir, o que aconteceria, caso não fosse guardada pelo Verbo, que é a imagem do Deus invisível, primogênito de toda criatura. Por ele e nele tudo existe, tanto as coisas visíveis quanto as invisíveis. Ele é também a cabeça da Igreja, como ensinam os ministros da verdade nas Sagradas Escrituras.
Por conseguinte, este todo-poderoso e santíssimo Verbo do Pai, penetrando em tudo, desdobra por toda a parte as suas forças, e ilumina todas as coisas visíveis e invisíveis. Em si mesmo contém e abraça todas, de modo que não deixa nada alheio a seu poder, mas em tudo e por tudo, a cada um em particular e a todos em conjunto concede a vida e a proteção.
www.liturgiadashoras.org

Autoridade vaticana adianta uma possível data para JMJ Panamá 2019

Delegação do Panamá na JMJ da Cracóvia 2016 / Foto: Flickr JMJ Cracóvia 2016 (CC_BY_NC_ND_20)
PANAMÁ, 12 Jan. 17 / 03:00 pm (ACI).- O Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Farrell, assinalou que embora ainda não haja uma data exata, provavelmente a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Panamá 2019 acontecerá entre os meses de janeiro e março, devido ao clima.
Em declarações difundidas por ‘Rome Reports’, o também responsável pela organização do evento, indicou que “ainda não sabemos a data exata, mas será provavelmente em janeiro, fevereiro ou março devido ao clima”. “Não pode celebrá-la no verão, no verão do hemisfério norte, porque é a estação de chuvas”, explicou.
A autoridade vaticana realizou em dezembro do ano passado a primeira visita ao Panamá, onde assegurou que este encontro mundial pode “trazer um pouco de paz e estabilidade à todas as comunidades da América Central”.
No mesmo mês, o Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, convidou os jovens a participar e ter uma “experiência de Deus, mas sobretudo experiência de Igreja e fraternidade”. “O Panamá os recebe com o coração aberto”, afirmou.
O tema da JMJ 2019 será: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Acidigital

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

Jesus revela que Deus é Trindade (arquidiocesesalvador)

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

(Livr.4,6,3.5.7:SCh100,442.446.448-454)                (Séc. I)


A manifestação do Filho é o conhecimento do Pai 
Ninguém pode conhecer o Pai sem o Verbo de Deus, isto é, sem o Filho que o revela. Também não se conhece o Filho sem a vontade do Pai. O Filho faz a vontade do Pai, pois o Pai o envia. O Filho é enviado e vem a nós. Assim o Pai, que é para nós invisível e incognoscível, torna-se conhecido por seu próprio Verbo. Ora, só o Pai conhece seu Verbo, como o manifestou o Senhor. Por isto o Filho nos leva ao conhecimento do Pai mediante a sua própria encarnação. Com efeito, a manifestação do Filho é o conhecimento do Pai. Na verdade, tudo nos é revelado pelo Verbo.

O Pai revelou o Filho para se dar a conhecer a todos por meio dele. Mais ainda: a fim de acolher, em toda justiça, para a ressurreição eterna, os que nele creem. Crer nele é viver segundo sua vontade.

De fato, o Verbo já revela o Deus criador pela própria criação; pelo mundo, o Senhor que o construiu; pela criatura plasmada, o artífice que a plasmou; e pelo Filho, o Pai que o gerou. Destas coisas todos falam do mesmo modo, mas não creem todos do mesmo modo. Pela lei e os profetas, o Verbo, igualmente, anunciava-se a si e ao Pai. Todo o povo do mesmo modo o ouviu, mas não creram todos do mesmo modo. Pelo Verbo, tornado visível e palpável, o Pai se revelou, embora nem todos cressem nele do mesmo modo. Todos, porém, viram o Pai no Filho. A realidade invisível que se manifestava no Filho era o Pai, e a realidade visível na qual o Pai se revelou era o Filho.

O Filho tudo perfaz do princípio ao fim para o Pai, e sem ele ninguém pode conhecer a Deus. O conhecimento do Pai é o Filho. O conhecimento do Filho pertence ao Pai e é revelado pelo Filho. Por este motivo, o Senhor dizia: Ninguém conhece o Filho a não ser o Pai; nem o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho revelar. Revelar não se refere apenas ao futuro como se o Verbo só tivesse começado a revelar o Pai quando nasceu de Maria. De fato, o Verbo se encontra universalmente e em todo o tempo. No início, sendo o Filho presente à sua criatura, ele revela o Pai a todos a quem o Pai quer, quando quer e como quer. Em tudo e por tudo, há um só Deus, o Pai, e um só Verbo, o Filho, e um só Espírito e uma única salvação para todos os que nele creem.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Prêmio Nobel de Medicina: Crer em Deus está nos genes e é a forma natural de viver

Avid Carlsson, Prêmio Nobel de Medicina no ano 2000. Foto: Olof Brandt (ACI Prensa)
Roma, 11 Jan. 17 / 07:00 am (ACI).- O cientista Arvid Carlsson, Prêmio Nobel de Medicina no ano 2000 por seus estudos sobre os neurotransmissores, afirmou que os genes com os quais toda pessoa nasce foram recebidos de Deus e que a religiosidade é a forma natural de viver do ser humano.
“Nascemos com genes que Deus nos proporcionou. Esta é a forma natural de viver: em uma relação com Deus na qual a pessoa reza e acredita em Deus”, disse o cientista em declarações à ACI Stampa, agência em italiano do Grupo ACI.
Apesar de reconhecer-se como “uma pessoa sem religião”, Carlsson disse que tem “a mente aberta”.
“Entendo por que há tantas pessoas que têm uma religião. Na verdade, faz parte de nossos genes, talvez por isso as pessoas, assim como eu, são um pouco estranhas, desse ponto de vista”, afirmou. Nesse sentido, “não saberia como me definir”.
Em relação ao caráter religioso do ser humano, explica: “Entendo como acontece isto. Eu não sou uma pessoa normal, porque não tenho esse sentimento religioso que, não obstante, considero normal. É um problema meu. Pode-se dizer que é uma forma minha de deficiência”.
Carlsson disse também que sobre as religiões, “algumas apresentam problemas, especialmente o islã, como, por exemplo, no tema das mulheres que não podem estudar”.
“Quando chegam à Suécia, têm sempre este problema e vemos todos os dias nos jornais. É terrível que muitas mulheres com tanto talento cresçam sem instrução”, lamentou.
“Devo dizer que entre as três religiões monoteístas e sua relação com a ciência, sem dúvida o cristianismo é a melhor”, ressaltou.
Ao ser perguntado acerca da capacidade da mente humana para compreender o universo, o perito comentou que “é um assunto muito interessante. Quando começou a vida, quanta sabedoria já havia no início? Não sabemos”.
“É possível que quando a primeira célula começou a existir já houvesse aí uma profunda ‘sabedoria’, talvez já naquelas pequenas ‘criaturas cômicas’. Quando apareceu um indivíduo composto de mais células, aquela ‘sabedoria’ ainda estaria presente nos genes, mas as diferentes partes de ‘sabedoria’ se dividiram em células especializadas. De qualquer maneira, há uma ‘sabedoria’ que já estava presente desde o início”.
Perguntado sobre o que significou o Prêmio Nobel para ele, respondeu que se trata de um incentivo para seguir trabalhando: “tem que servir para continuar estudando com novos créditos”.
Os estudos do doutor Carlsson, um dos neurocirurgiões mais importantes do mundo atual, que nasceu na Suécia em 1923, contribuíram com descobrimentos fundamentais na busca de tratamentos que ajudam a enfrentar as doenças neurodegenerativas, como Parkinson ou Alzheimer.
Acidigital

domingo, 8 de janeiro de 2017

Dos Sermões de São Leão Magno, papa

(Sermo 3 in Epiphania Domini, 1-3.5: PL 54,240-244)            (Séc. V)

O Senhor deu a conhecer a salvação ao mundo inteiro
Tendo a misericordiosa Providência de Deus decidido vir nos últimos tempos em socorro do mundo perdido, determinou salvar todos os povos em Cristo.
Esses povos formam a incontável descendência outrora prometida ao santo patriarca Abraão; descendência gerada não segundo a carne, mas pela fecundidade da fé, e por isso comparada à multidão das estrelas, para que o pai de todos os povos esperasse uma posteridade celeste e não terrestre.
Entrem, pois, todos os povos, entrem na família dos patriarcas, e recebam os filhos da promessa a benção da descendência de Abraão, à qual renunciaram os filhos segundo a carne. Que todos os povos, representados pelos três Magos, adorem o Criador do universo; e Deus não seja conhecido apenas na Judéia mas no mundo inteiro, a fim de que por toda parte o seu nome seja grande em Israel (Sl 75,2).
Portanto, amados filhos, instruídos nos mistérios da graça divina, celebremos com alegria espiritual o dia das nossas primícias e do primeiro chamado dos povos pagãos à fé, dando graças a Deus misericordioso que, conforme diz o Apóstolo, nos tornou capazes de participar da luz que é a herança dos santos; ele nos libertou do poder das trevas e nos recebeu no reino de seu amado Filho (Cl 1,12-13). Pois, como anunciou Isaías, o povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu (Is 9,1). E ainda referindo-se a eles, o mesmo profeta diz ao Senhor: Nações que não vos conheciam vos invocarão e povos que vos ignoravam acorrerão a vós (cf. Is 55,5).
Esse dia, Abraão viu e alegrou-se (Jo 8,56) ao saber que seus filhos segundo a fé seriam abençoados na sua descendência, que é Cristo, e ao prever que, por sua fé, seria pai de todos os povos. E deu glória a Deus, plenamente convencido de que Deus tem poder para cumprir o que prometeu (Rm 4,20-21).
Esse dia, também Davi cantou nos salmos, dizendo: As nações que criastes virão adorar, Senhor, e louvar vosso nome (Sl 85,9). E ainda: O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça (Sl 97,2).
Como sabemos, tudo isso se realizou quando os três Magos, chamados de seu longínquo  país, foram conduzidos por uma estrela, para irem conhecer e adorar o Rei do céu e da terra. O serviço prestado por esta estrela nos convida a imitar sua obediência, isto é, servir com todas as forças essa graça que nos chama todos para Cristo.
Animados por esse desejo, amados filhos, deveis empenhar-vos em ser úteis uns aos outros, para que no reino de Deus, aonde se entra graças à integridade da fé e às boas obras, resplandeçais como filhos da luz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos.
www.liturgiadashoras.org

Os Três Reis Magos

Os Três Reis Magos (Escola Kids - UOL)

Os três Reis Magos surgem como sábios vindos do Oriente com o propósito de venerarem o Menino Jesus, o novo Rei dos Judeus que tinha nascido.

O caminho até Belém onde se encontrava o Menino, é-lhes indicado por uma estrela, a Estrela de Belém e devido à grande distância percorrida pelos Reis Magos até lá, diz-se que a visita destes se fez no dia 6 de Janeiro.

É no Evangelho de S. Mateus que encontramos a única referência à existência dos Reis Magos. Foi no séc. V que Orígenes, erudito da igreja antiga e Leão Magno, sacerdote e mais tarde Papa e Santo, lhes conferem o título de Reis Magos. E só no séc. VII é que lhe foram atribuídos nomes: 

Gaspar ("aquele que vai inspecionar), 

Baltazar ("Deus manifesta o Rei") e 

Belchior/Melchior/Melquior ("meu Rei é luz"). 

No séc. XV é associada uma raça a cada um dos Reis Magos, de modo a representar toda a raça humana que se conhecia na época.

Por tradição diz-se que são três devido aos três presentes oferecidos: Ouro, Incenso e Mirra. Crê-se que não seriam propriamente Reis mas talvez Sacerdotes, Conselheiros ou até Astrônomos.

Na antiguidade, era costume oferecer-se ouro a um Rei, incenso a um Sacerdote e mirra a um Profeta

Por isso Belchior, de raça branca, ofereceu ouro reconhecendo-Lhe realeza; 

Gaspar, representando a raça amarela, ofereceu-Lhe incenso atribuindo-lhe divindade e, finalmente 

Baltazar, de raça negra, ofereceu mirra que representava a imortalidade.

É na idade média que começa a devoção aos Reis Magos e, no séc. VI as suas relíquias são levadas de Istambul para Milão. Sendo já considerados Santos em 1164, foram levados para a catedral de Colônia, na Alemanha.

Atualmente, os Reis Magos fazem parte das tradições de Natal, nomeadamente pelas suas figuras, que são colocadas junto ao presépio. Celebram o nascimento de Jesus, através da sua visita e da oferta de presentes, criando-se a tradição de trocar prendas nesta época festiva. Daí que, em países como a Espanha, se proceda à troca de prendas só no dia 6 de Janeiro.

Fonte: www.natal.com.pt

sábado, 7 de janeiro de 2017

Reflexão do Papa Francisco na Solenidade da Epifania do Senhor

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa presidiu na manhã da sexta-feira (06/01) a Solenidade da Epifania do Senhor, na Basílica de São Pedro. 
Em sua reflexão, Francisco falou de uma "nostalgia" que impeliu os reis magos a colocarem-se a caminho e seguir a estrela de Belém.
"Lá, em Belém, havia uma promessa de novidade, uma promessa de gratuidade. Lá estava a acontecer algo de novo", refletiu o Pontífice.
Abaixo, a íntegra da reflexão do Papa.
“Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo”. (Mt 2, 2).
Com estas palavras, os Magos, que vieram de terras distantes, explicam o motivo da sua longa caminhada: adorar o Rei recém-nascido. Ver e adorar são duas ações que sobressaem na narração evangélica: vimos uma estrela e queremos adorar.
Estes homens viram uma estrela, que os pôs em movimento. A descoberta de algo fora do comum, que aconteceu no céu, desencadeou uma série inumerável de acontecimentos. Não era uma estrela que brilhou exclusivamente para eles, nem possuíam um DNA especial para a descobrir.
Como justamente reconheceu um Pai da Igreja, os Magos não se puseram a caminho porque tinham visto a estrela, mas viram a estrela porque se tinham posto a caminho (cf. João Crisóstomo). Mantinham o coração fixo no horizonte, podendo assim ver aquilo que lhes mostrava o céu, porque havia neles um desejo que a tal os impelia: estavam abertos a uma novidade.
Os Magos nos dão, assim, o retrato da pessoa que acredita, da pessoa que tem nostalgia de Deus; o retrato de quem sente a falta da sua casa: a pátria celeste. Refletem a imagem de todos os seres humanos que não deixaram, na sua vida, anestesiar o próprio coração.
Esta nostalgia santa de Deus brota no coração que acredita, porque sabe que o Evangelho não é um acontecimento do passado, mas do presente. A nostalgia santa de Deus permite-nos manter os olhos abertos contra todas as tentativas de restringir e empobrecer a vida. A nostalgia santa de Deus é a memória fiel que se rebela contra tantos profetas de desgraça. É esta nostalgia que mantém viva a esperança da comunidade fiel que implora, semana após semana, com estas palavras: «Vinde, Senhor Jesus!»
Era precisamente esta nostalgia que impelia o velho Simeão a ir ao Templo todos os dias, tendo a certeza de que a sua vida não acabaria sem ter nos braços o Salvador. Foi esta nostalgia que impeliu o filho pródigo a sair de uma conduta autodestrutiva e procurar os braços de seu pai. Era esta nostalgia que sentia no seu coração o pastor, quando deixou as noventa e nove ovelhas para ir à procura da que se extraviara.
E foi também o que sentiu Maria Madalena na madrugada do Domingo de Páscoa, fazendo-a correr até ao sepulcro e encontrar o seu Mestre ressuscitado. A nostalgia de Deus tira-nos para fora dos nossos recintos deterministas, que nos induzem a pensar que nada pode mudar. A nostalgia de Deus é a disposição que rompe com inertes conformismos, impelindo a empenhar-nos na mudança que anelamos e precisamos.
A nostalgia de Deus tem as suas raízes no passado, mas não se detém lá: vai à procura do futuro. Impelido pela sua fé, o fiel «nostálgico» vai à procura de Deus, como os Magos, nos lugares mais recônditos da história, pois está seguro, em seu coração, de que lá o espera o seu Senhor. Vai à periferia, à fronteira, aos lugares não evangelizados, para poder encontrar-se com o seu Senhor; e não o faz, seguramente, com uma atitude de superioridade, mas como um mendigo que se dirige a alguém aos olhos de quem a Boa Nova é um terreno ainda a explorar.
Entretanto no palácio de Herodes que distava poucos quilômetros de Belém, animados de procedimento oposto, não se tinham apercebido do que estava a acontecer. Enquanto os Magos caminhavam, Jerusalém dormia; dormia em conluio com Herodes que, em vez de andar à procura, dormia também. Dormia sob a anestesia de uma consciência cauterizada.
E ficou perturbado; teve medo. É aquela perturbação que leva a pessoa, à vista da novidade que revoluciona a história, a fechar-se em si mesma, nos seus resultados, nos seus conhecimentos, nos seus sucessos. A perturbação de quem repousa na sua riqueza, incapaz de ver mais além. É a perturbação que nasce no coração de quem quer controlar tudo e todos; uma perturbação própria de quem vive imerso na cultura que impõe vencer a todo o custo, na cultura onde só há espaço para os “vencedores” e a qualquer preço.
Uma perturbação que nasce do medo e do temor face àquilo que nos interpela, pondo em risco as nossas seguranças e verdades, o nosso modo de nos apegarmos ao mundo e à vida. E Herodes teve medo, e aquele medo levou-o a procurar segurança no crime: «Necas parvulos corpore, quia te necat timor in corde – matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração» (São Quodvultdeus, Sermo 2 de Symbolo: PL 40, 655).
Queremos adorar. Aqueles homens vieram do Oriente para adorar, decididos a fazê-lo no lugar próprio de um rei: no Palácio. Aqui chegaram eles com a sua busca; era o lugar idôneo, porque é próprio de um rei nascer em um palácio, ter a sua corte e os seus súditos. É sinal de poder, de êxito, de vida bem-sucedida.
E pode-se esperar que o rei seja reverenciado, temido e lisonjeado; mas não necessariamente amado. Estes são os esquemas mundanos, os pequenos ídolos a quem prestamos culto: o culto do poder, da aparência e da superioridade. Ídolos que prometem apenas tristeza e escravidão.
E foi lá precisamente onde começou o caminho mais longo que tiveram de fazer aqueles homens vindos de longe. Lá teve início a ousadia mais difícil e complicada: descobrir que não se encontrava no Palácio aquilo que procuravam, mas estava em outro lugar: e não só geográfico, mas também existencial.
Lá não veem a estrela que os levava a descobrir um Deus que quer ser amado, e isto só é possível sob o signo da liberdade e não da tirania; descobrir que o olhar deste Rei desconhecido – mas desejado – não humilha, não escraviza, não aprisiona.
Descobrir que o olhar de Deus levanta, perdoa, cura. Descobrir que Deus quis nascer onde não o esperávamos, onde talvez não o quiséssemos; ou onde muitas vezes o negamos. Descobrir que, no olhar de Deus, há lugar para os feridos, os cansados, os maltratados e os abandonados: que a sua força e o seu poder se chamam misericórdia.
Como é distante, para alguns, Jerusalém de Belém!
Herodes não pode adorar, porque não quis nem pôde mudar o seu olhar. Não quis deixar de prestar culto a si mesmo, pensando que tudo começava e terminava nele. Não pôde adorar, porque o seu objetivo era que o adorassem a ele. Nem sequer os sacerdotes puderam adorar, porque sabiam muito, conheciam as profecias, mas não estavam dispostos a caminhar nem a mudar.
Os Magos sentiram nostalgia, não queriam mais as coisas usuais. Estavam habituados, dominados e cansados dos Herodes do seu tempo. Mas lá, em Belém, havia uma promessa de novidade, uma promessa de gratuidade. Lá estava a acontecer algo de novo.
Os Magos puderam adorar, porque tiveram a coragem de caminhar e, prostrando-se diante do pequenino, prostrando-se diante do pobre, prostrando-se diante do inerme, prostrando-se diante do insólito e desconhecido Menino de Belém, descobriram a Glória de Deus.
Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Igreja celebra a Epifania do Senhor neste domingo

Epifania | Vatican News
Os magos não apenas visitaram Jesus, mas O reconheceram como Rei dos Judeus, adoraram-No e revelaram a existência Dele ao mundo, gesto que simboliza o reconhecimento do mundo pagão desta Verdade absoluta.
Por essa razão, essa festividade também é conhecida como Epifania do Senhor. A palavra “epifania” é de origem grega e atribuída a esta solenidade significa “revelação”, “manifestação”.
Na Igreja, a Solenidade da Epifania do Senhor será comemorada neste domingo, 08/01, de acordo com Código de Direito Canônico (Can. 1246 §2), que permite que sejam transferidas para o domingo algumas festas de preceitos.

Neste domingo, celebremos a divindade de Jesus Cristo, que nos foi dado por Deus como prova de amor e para a nossa salvação. Reconheçamos Jesus como nosso Salvador e libertador. Abracemos essa verdade com todas as forças e renunciemos a todos os pecados e males. E por fim, peçamos, com fé, a Deus para que nos dê a graça de, assim como os magos, sermos sempre guiados pela Luz Celeste e pelos caminhos trilhados por Ele.
Os três Magos
Pouco se sabe sobre os magos que visitaram Jesus logo após o nascimento. Quantos eram, quem eram, como viviam, onde viviam e se eram reis mesmos, são incógnitas.
O único livro bíblico que narra sobre os magos é o livro do Evangelista Mateus. Segundo São Mateus, os magos eram homens vindos de regiões diferentes do Oriente, que viram uma estrela alta e brilhante no céu e reconheceram o sinal como sendo o nascimento do Rei dos Judeus. Guiados por essa estrela, saíram em busca do Menino Rei para adorá-lo.
Ao chegar a Jerusalém, os magos foram diretamente falar com o rei Herodes, para questioná-lo sobre o nascimento do Rei. Herodes ficou perplexo, disse que não sabia de nada e pediu que os magos fossem em busca do menino e, caso O encontrassem, que o avisassem imediatamente, pois também queria adorá-lo.
Os magos então partiram para Belém da Judéia, onde, segundo as profecias, nasceria o Cristo. Seguindo a estrela, os magos encontraram o menino Jesus, nos braços de sua Mãe, Maria, em uma casa pequena e simples, recém-alugada por José.
Diante de Jesus, os magos se prostraram e O adoraram, e em seguida, entregaram os presentes que trouxeram consigo. Segundo São Beda, venerável doutor da Igreja, Melquior deu ao Menino Jesus ouro, que significa o reconhecimento da realeza; Gaspar ofereceu-Lhe incenso, que é o reconhecimento da divindade; e Baltasar ofereceu mirra, que é o reconhecimento da humanidade e o símbolo de sofrimento, pois era usada para embalsamar corpos, e também simboliza o Cordeiro a ser imolado para tirar o pecado do mundo.
Ao fim da visita, sendo advertidos pelo anjo do Senhor em sonho sobre Herodes, os magos voltaram para suas casas por outro caminho. Após a partida, o anjo do Senhor apareceu também a José, em sonho, e ordenou que ele fugisse com Jesus e Maria para o Egito.
Quando Herodes percebeu que os magos não voltariam para lhe reencontrar e passar informações, ele se sentiu enganado e mandou matar a todas as crianças menores de 2 anos.

Jesus e seus pais só voltaram à Jerusalém após a morte de Herodes. Por medo, não quiseram se arriscar, instalando-se em Belém, uma vez que o rei era filho de Herodes. Então, optaram por viver em uma cidadezinha chamada de Nazaré.
Por Gislene Ribeiro
Arquidiocese de Brasília

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF