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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Papa liberou os contraceptivos? Mas nem com muita zika!

Imagem, O Catequista
Resumindo: aborto é crime, usar contraceptivos é pecado que pode ser tolerado em casos muito extremos e o Zika não é um deles – que se procure uma vacina.
By Alexandre Varela, (O CATEQUISTA).
zenit.org

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Papa e o Patriarca de Moscou: Defendamos a vida, a família e busquemos a reconciliação

Foto : O Papa Francisco e o Patriarca Kirill de Moscou / Crédito : Captura do YouTube CTV
HAVANA, 13 Fev. 16 / 12:51 pm (ACI).- O Papa Francisco e o Patriarca ortodoxo russo Kirill de Moscou assinaram ontem no aeroporto internacional José Martí de Havana (Cuba) uma declaração conjunta que ressalta a importância da defesa da vida e o valor da família tradicional, conformada por um homem e uma mulher.
Em declarações aos jornalistas, o Papa Francisco explicou que o texto “não é uma declaração política. Não é tampouco uma declaração sociológica. É uma declaração pastoral também quando fala do secularismo e de temas concretos como a manipulação genética e esse tipo de coisas”.
“Repito, é pastoral”. É o resultado do diálogo de “dois bispos que se encontram com preocupações pastorais” e “isto me deixa contente”, acrescentou o Santo Padre.
Na declaração, o Papa e o Patriarca afirmam que “a família é o centro natural da vida humana e da sociedade. Estamos preocupados com a crise da família em muitos países. Ortodoxos e católicos partilham a mesma concepção da família e são chamados a testemunhar que ela é um caminho de santidade, que testemunha a fidelidade dos esposos nas suas relações mútuas, a sua abertura à procriação e à educação dos filhos, a solidariedade entre as gerações e o respeito pelos mais vulneráveis”.
“A família funda-se no matrimônio, ato de amor livre e fiel entre um homem e uma mulher. É o amor que sela a sua união e os ensina a acolher-se reciprocamente como um dom”, acrescenta.
“Lamentamos que outras formas de convivência já estejam postas ao mesmo nível desta união, ao passo que o conceito, santificado pela tradição bíblica, de paternidade e de maternidade como vocação particular do homem e da mulher no matrimônio, seja banido da consciência pública”, indica ainda o texto assinado em ocasião histórica, onde um Romano Pontífice e o Patriarca dos Ortodoxos de Moscou se encontraram pela primeira vez em quase mil anos.
Por outro lado, ambos líderes fizeram um chamado a que se respeite “o direito inalienável à vida. Milhões de crianças são privadas da própria possibilidade de nascer no mundo. A voz do sangue das crianças não nascidas clama a Deus”.
A declaração que assinaram Francisco e o Patriarca também rechaça a eutanásia e indica que esta “faz com que as pessoas idosas e os doentes comecem a sentir-se um peso excessivo para as suas famílias e a sociedade em geral”.
“Estamos preocupados também com o desenvolvimento das tecnologias reprodutivas biomédicas, porque a manipulação da vida humana é um ataque aos fundamentos da existência do homem, criado à imagem de Deus. Consideramos nosso dever lembrar a imutabilidade dos princípios morais cristãos, baseados no respeito pela dignidade do homem chamado à vida, segundo o desígnio do Criador”, assinala a declaração que consta de 30 pontos programáticos.
Outro dos temas mais importantes do texto foi o genocídio contra os cristãos no Oriente Médio sobretudo na Síria e Iraque.
“Na Síria, no Iraque e em outros países do Oriente Médio, constatamos, com amargura, o êxodo maciço dos cristãos da terra onde começou a espalhar-se a nossa fé e onde eles viveram, desde o tempo dos apóstolos, em conjunto com outras comunidades religiosas”, expressaram.
Do mesmo modo, fizeram um chamado à comunidade internacional: “Pedimos a ação urgente da Comunidade internacional para prevenir uma nova expulsão dos cristãos do Oriente Médio. Ao levantar a voz em defesa dos cristãos perseguidos, queremos expressar a nossa compaixão pelas tribulações sofridas pelos fiéis de outras tradições religiosas, também eles vítimas da guerra civil, do caos e da violência terrorista”.
Entre os demais pontos do texto o Papa e o Patriarca Kirill pedem proteção para a liberdade religiosa, a unidade dos cristãos e a convivência harmoniosa com outras religiões, falam contra a pobreza e a miséria e deixam uma mensagem de ânimo aos jovens.
Os presentes
O Papa Francisco deu de presente ao Patriarca Kirill de Moscou um relicário que contém relíquias de São Cirilo, um dos patronos da Europa, que estavam na paróquia de São Clemente em Roma. Vale recordar que o nome Kirill em russo é o nome Cirilo em latim.
Também deu ao patriarca um cálice e uma patena feitos de prata. Estes obséquios têm gravado “Presente do Papa Francisco a Sua Santidade o Patriarca Kirill”.
O último presente foi a encíclica Laudato Si´ autografada e encadernada em couro branco.
Por sua parte o Patriarca Kirill lhe deu de presente ao Papa uma réplica da imagem da Virgem de Kazán, considerada a “Protetora da Rússia”.
acidigital

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

CNBB e Conic abrem Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016

Na Quarta-feira de Cinzas, 10 de fevereiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) abrirão, oficialmente, a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016, que tem como tema “Casa Comum, nossa responsabilidade” e lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24), com foco na questão do saneamento básico. A cerimônia iniciará às 10h30, na sede da CNBB, em Brasília, e será transmitida ao vivo por emissoras católicas de rádio e televisão. 
Estarão presentes diversas autoridades, entre elas o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha; o presidente do Conic, Flávio Irala; o ministro das Cidades, Gilberto Kassab; o diretor geral da Misereor, Monsenhor PirmimSpiegel; e a secretária geral do Conic, pastora Romi Bencke.
Pela quarta vez, a Campanha da Fraternidade é realizada juntamente com o Conic. As outras CFEs ocorreram em 2000, 2005 e 2010. Este ano, a Campanha conta com o apoio da Misereor, entidade episcopal da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento de países da Ásia, da África e na América Latina.
O objetivo da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 é assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e debater políticas públicas e ações que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum. 
Informações: (61) 2103-8313 ou pelo e-mail: imprensa@cnbb.org.br

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Fé: melhor herança que se pode deixar, diz Papa na Casa Santa Marta

Cidade do Vaticano - (Quinta-feira, 04/01/2016, Gaudium Press) - A primeira leitura da liturgia da Santa Missa do dia de hoje, quinta-feira, 04 de fevereiro, fala da morte do Rei Davi.

E o Papa Francisco, na homilia da celebração Eucarística na Casa Santa Marta, comentou: "Toda vida tem um fim. Este é um pensamento que não gostamos muito, mas é a realidade de todos os dias", disse, para continuar em seguida:
"Pensar no último passo é uma luz que ilumina a vida, é uma realidade que devemos ter sempre diante de nós".

Davi
Davi reinou sobre Israel durante 40 anos, "porém, quarenta anos também passam".
Antes de morrer, recordou o Pontífice, ele exortou seu filho Salomão a observar a Lei do Senhor.
Em vida ele foi um grande pecador, porém, ele aprendeu a pedir perdão. Reconheceu seu erro e pediu perdão.
É por isso mesmo que a Igreja o chama de "Santo Rei Davi. Pecador, mas Santo"!
Na hora da morte, ele deixa uma herança para seu filho. Ele deixa para Salomão "a herança mais bonita e maior que um homem e uma mulher podem deixar aos filhos: deixa a fé":

O ‘testamento' de Davi
"Quando se faz o testamento, as pessoas dizem: ‘Mas a ele deixo isto, a este deixo aquilo, àquele deixo aquilo outro ...'. Sim, tudo bem, mas a mais bela herança, a maior herança que um homem, uma mulher pode deixar aos seus filhos é a fé.
E Davi faz memória das promessas de Deus, faz memória da própria fé nessas promessas e as recorda ao filho. Deixar a fé como herança.

A herança do Batismo
Francisco comentou que na cerimônia de Batismo damos aos pais a vela acesa.
É a luz da fé, e com este gesto estamos dizendo: ‘Mantenha-a, faça-a crescer no seu filho e na sua filha e deixe-a como herança".
Deixar a fé como herança. É isso o que nos ensina Davi.
E ele morre assim, simplesmente, como cada homem. Mas ele sabe bem o que aconselhar ao filho e qual seja a melhor herança que lhe deixa: não é o reino, mas a fé! ".

Um exame de Consciência
O Papa concluiu com um exame de consciência: "Qual é a herança que eu deixo com a minha vida? ":
"Deixo a herança de um homem, uma mulher de fé? Aos meus deixo esta herança? Peçamos ao Senhor duas coisas: não ter medo deste último passo em nossa vida. (...) e uma segunda coisa: que todos nós possamos deixar com a nossa vida, como melhor herança, a fé, a fé neste Deus fiel, este Deus que sempre está ao nosso lado, este Deus que é Pai e jamais desilude". (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)


Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/76465#ixzz3zHvnCbnG
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

“Deus não quer a nossa condenação, mas a nossa salvação”

Durante a audiência geral, o Papa Francisco explica porque não pode haver justiça sem misericórdia
ctv
A catequese do Papa Francisco sobre o Ano Santo tocou um aspecto fundamental, talvez o mais discutido: Qual é a relação entre a justiça e a misericórdia?
O Papa abriu a Audiência Geral de hoje, lembrando que apenas aparentemente estas duas realidades se “contradizem”, tanto que “a Sagrada Escritura nos apresenta Deus como misericórdia infinita, mas também como justiça perfeita”. Em outras palavras, “é justamente a misericórdia de Deus que leva a cumprimento a verdadeira justiça”.
A realidade terrena, em qualquer lugar, se caracteriza por uma “justiça retributiva”, que protege se considere “vítima de uma injustiça” e se dirige ao tribunal para que seja feita justiça.
De acordo com este critério, o infrator recebe uma pena “segundo o princípio de que a cada um deve ser dado aquilo que lhe é devido. Como diz o livro dos Provérbios: “Quem pratica a justiça é destinado à vida, mas quem persegue o mal é destinado à morte” (11, 19). O Evangelho também menciona a história da viúva que ia repetidamente ao juiz e lhe pedia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário (cf. Lc 18,1-8).
“Este caminho – continuou o Papa – ainda não leva à verdadeira justiça, porque, na realidade, não vence o mal, mas simplesmente contém seu avanço. É, em vez disso, respondendo a ele com o bem que o mal pode ser realmente vencido”.
A Bíblia indica o “caminho mestre”, no qual a vítima evita recorrer ao tribunal e se dirige diretamente ao culpado “para convidá-lo à conversão, ajudando-o a entender que ele está fazendo mal, apelando a sua consciência”, explicou Bergoglio. Assim, reconhecido o próprio erro. Ele pode se abrir ao perdão, que lhe é oferecido”.
Francisco acrescentou que é a mesma dinâmica que caracteriza as relações familiares, “onde o ofendido ama o culpado e deseja salvar a relação que o liga ao outro”.
O caminho do perdão – reconhece o Papa – “ é um caminho difícil”, porque quem sofreu o erro precisa estar “pronto a perdoar e deseje a salvação e o bem de quem o ofendeu”, porque, se o culpado “reconhece o mal feito e deixa de fazê-lo, eis que não há mais o mal e aquele que era injusto se torna justo, porque perdoado e ajudado a reencontrar o caminho do bem”.
O Papa Francisco explicou que Deus age assim “nos confrontos de nós pecadores”. Ele “continuamente oferece o seu perdão e nos ajuda a acolhê-lo e a tomar consciência do nosso mal para poder nos libertar. De fato, Deus “não quer a nossa condenação, mas a nossa salvação”.
Alguém poderia levantar a seguinte objeção: “mas, padre, a condenação de Pilatos foi merecida?”. A verdade é que “Deus queria salvar Pilatos e também Judas”. “Ele, o Senhor da misericórdia, quer salvar todos! O problema é deixar que Ele entre nos corações”, afirmou Francisco.
No Antigo Testamento, no entanto, ouvimos o apelo à conversão que Deus diz através de Ezequiel: “Terei eu prazer com a morte do malvado? (…) mas antes com a sua conversão, de modo que tenha vida” (Ezequiel 18-23).
Deus quer que seus filhos “vivam no bem e na justiça, e portanto, vivam em plenitude e sejam felizes”. O coração de Pai “vai além do nosso pequeno conceito de justiça para nos abrir aos horizontes ilimitados da sua misericórdia. Um coração de Pai que não nos trata segundo os nossos pecados e não nos retribui segundo as nossas culpas, como diz o Salmo (103, 9-10)”.
O perdão, portanto, é um ato eminentemente ‘paterno’, tanto a nível humano quanto divino. “Por isso ser confessor é uma responsabilidade tão grande, porque aquele filho, aquela filha que vem a você procura somente encontrar um pai” disse Francisco.
Para concluir a catequese, o Pontífice se dirigiu a todos os sacerdotes, que estão no confessionário: “você está ali no lugar do Pai que faz justiça com a sua misericórdia”.
No momento das saudações finais, o Santo Padre Francisco disse aos peregrinos de língua portuguesa: “Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa. Queridos amigos, devemos deixar para trás o nosso pobre conceito de justiça e abrir o nosso coração à infinita misericórdia de Deus, que nunca se cansa de nos perdoar, para que possamos buscar a reconciliação com todos, começando pelos nossos familiares. Que Deus vos abençoe”.
zenit.org

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF