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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Visitação da Virgem Maria

REDAÇÃO CENTRAL, 31 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 31 de maio, o calendário litúrgico recorda a celebração da Festa da Visitação da Virgem Maria, oficialmente instituída pelo Papa Urbano VI em 1389. Durante esta visita, Maria recitou o cântico de louvor conhecido como o Magnificat.

A Santíssima Virgem Maria, depois de ouvir do anjo Gabriel que sua prima Isabel estava esperando um filho, foi para ajudá-la e assim levar-lhe as graças e bênçãos do Filho de Deus que havia se encarnado Nela.
Além disso, Maria não foi como rainha ou senhora, mas como serva humilde e fraterna, sempre disposta a atender a todos que necessitavam.
São João Paulo II, em sua catequese de 2 de outubro de 1996, assinalou que “a direção da viagem da Virgem Santíssima é particularmente significativa: será da Galileia à Judeia, como o caminho missionário de Jesus”. Ele mencionou que “Isabel, com sua exclamação cheia de admiração, nos convida a apreciar tudo o que a presença da Virgem traz como um dom para a vida de cada crente”.
O Papa emérito Bento XVI, em suas palavras de 31 de maio de 2011, disse que “ao meditar hoje a Visitação de Maria, refletimos precisamente sobre essa coragem da fé. Aquela a quem Isabel acolhe em casa é a Virgem que ‘acreditou’ no anúncio do anjo e respondeu com fé, aceitando com coragem o projeto de Deus para sua vida e acolhendo desta forma em si mesma a Palavra eterna do Altíssimo”.
O Papa Francisco, na sua reflexão de 31 de maio de 2013, disse que Maria “enfrenta o caminho de sua vida, com grande realismo, humanidade, concretude” e sublinhou que “três palavras resumem a atitude de Maria: escuta, decisão, ação; palavras que indicam um caminho também para nós frente ao que o Senhor nos pede na vida”.
ACI Digital

quinta-feira, 30 de maio de 2019

São Paulo VI, autor da Humanae Vitae

REDAÇÃO CENTRAL, 29 Mai. 19 / 12:45 pm (ACI).- A Igreja celebra pela primeira vez neste dia 29 de maio a festa de São Paulo VI, Pontífice autor da encíclica Humanae Vitae, que foi canonizado pelo Papa Francisco em 14 de outubro de 2018.

Antes de sua canonização, a festa do então Beato Paulo VI era celebrada em 26 de setembro. Entretanto, após ser declarado santo, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos divulgou no último mês de fevereiro decreto sobre a inscrição da celebração de São Paulo VI no Calendário Romano Geral, estabelecendo como data o dia sua ordenação sacerdotal, 29 de maio.
São Paulo VI é o Papa autor da encíclica Humanae Vitae, a visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família, e quem concluiu o Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 por São João XXIII.
Giovanni Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de setembro de 1897, e faleceu em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978, após um pontificado de 15 anos iniciado em 1963.
Em 29 de maio de 1920, aos 22 anos, foi ordenado sacerdote e enviado a Roma para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana, na Universidade de Roma La Sapienza e na Pontifícia Academia Eclesiástica.
Quatro anos depois, foi designado para o escritório da Secretaria de Estado, onde permaneceu por 30 anos.
No dia 1ºde novembro de 1954, aos 57 anos, foi nomeado Arcebispo de Milão e, em 15 de dezembro de 1958, São João XXIII o nomeou Cardeal.
Em 1963, com a morte de São João XXIII, o então Cardeal Montini foi eleito Papa no dia 21 de junho, tomando o nome Paulo VI e dizendo ao mundo que continuaria com o trabalho de seu predecessor.
No dia 24 de junho de 1967, abordou o tema do celibato em uma encíclica e em 24 de julho de 1968 escreveu em sua encíclica Humanae Vitae sobre a regulação da natalidade. Ambos foram temas controversos durante seu pontificado.
O Santo protagonizou importantes mudanças na Igreja. Algumas de natureza ecumênica, como seu célebre abraço com o patriarca Atenágoras, em 1964, e o mútuo levantamento de excomunhões.
Outros, de índole pastoral, como ter iniciado a era moderna das viagens pontifícias com visitas aos cinco continentes, assim como a Terra Santa e a ONU. Além disso, promulgou em 1969 a reforma litúrgica.
Paulo VI também criou cardeais Karol Wojtyla, em 1967 e Joseph Ratzinger, em 1977, os quais seriam seus sucessores São João Paulo II e Bento XVI, respectivamente.
As encíclicas escritas por ele são Ecclesiam Suam (6 de agosto de 1964), Mense Maio (29 de abril de 1965), Mysterium Fidei (3 de setembro de 1965), Christi Matri (15 de setembro de 1966), Populorum Progressio (26 de março de 1967), Sacerdotalis Caelibatus (24 de junho de 1967) e Humanae Vitae (25 de julho de 1968).
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Santa Joana D’Arc, heroína mártir que salvou a França

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “Eu não fiz nada que não me tenha sido ordenado por Deus ou por seus anjos”, disse Santa Joana D’Arc, jovem camponesa analfabeta que se tornou padroeira da França com o poder da oração e o amor pela Igreja, mesmo quando foi condenada à morte.

Santa Joana D’Arc nasceu em 1412, em Domrémy (atual França). Nunca aprendeu a ler e escrever, mas recebia com frequência os sacramentos, ajudava os doentes e era bondosa com os peregrinos. No povoado, todos gostavam dela.
Nessa época, a Inglaterra invadiu a França. As cidades caíram uma após a outra e Carlos VII considerava que tudo estava perdido.
Santa Joana, aos quatorze anos, começou a ter experiências místicas e São Miguel Arcanjo, Santa Catarina e Santa Margarida apareceram a ela. Pediram a ela que salvasse a França e a jovem foi enviada a falar com Carlos VII.
Após uma série de obstáculos, conseguiu uma audiência. Carlos VII se disfarçou para confundir a santa, mas ela o localizou rapidamente. Mais tarde, Santa Joana partiu com uma expedição para salvar a cidade de Orleans, carregando uma bandeira com os nomes de Jesus e Maria e uma imagem do Pai Eterno.
Depois de árduos enfrentamentos, a cidade foi recuperada e posteriormente realizou-se a coroação de Carlos VII. Assim, Santa Joana terminou o que lhe havia sido confiado e a sua carreira de triunfos militares.
Mais tarde, ela seguiu lutando, mas sem vitórias, teve problemas na realeza e foi presa em um campo de batalha pelos borgonheses, que a venderam para os ingleses. Foi acusada de bruxaria e da heresia e, depois de um julgamento no qual não teve defesa, foi determinado que suas revelações tinham sido diabólicas. A Universidade de Paris a acusou em termos violentos.
Santa Joana D'Arc foi entregue ao âmbito secular como herege renegada e levada à praça do mercado de Rouen, onde foi queimada viva, enquanto gritava o nome de Jesus e olhava para uma cruz. Partiu para a Casa do Pai em 30 de maio de 1431, aos 19 anos.
O Papa Calisto III nomeou uma comissão para examinar de novo o caso e “reabilitou” plenamente Joana D’Arc. Em 1920, ela foi canonizada pelo Papa Bento XV.
Santa Joana era uma figura extraordinária, sua espada jamais foi manchada de sangue, nunca matou ninguém e durante as batalhas manteve-se em oração, sustentando a sua bandeira. Sempre se sentiu orgulhosa de sua virgindade.
Sua perseverança na fé e na Igreja fez com que a Universidade de Paris, que se rogava ao direito de controle sobre os assuntos pontifícios e cujos membros apoiaram o último antipapa Félix V, ficou desacreditada por sua participação no processo contra a santa.
Além disso, a separação dos reinos da França e da Inglaterra preservou a França do cisma de Henrique VIII, com a sua igreja anglicana, que ocorreu mais tarde.
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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Santo Agostinho de Cantuária, o apóstolo da Inglaterra

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- Santo Agostinho de Cantuária foi um monge da Ordem de São Bento, o primeiro Arcebispo de Cantuária na Inglaterra, um dos padres da igreja latina e um dos maiores evangelizadores europeus junto com São Patrício, na Irlanda, e São Bonifácio, na Alemanha.

A data de seu nascimento é desconhecida, mas se sabe que faleceu em 26 de maio de 604. O início de sua vida apostólica e missionária foi em 597, quando saiu de Roma por ordem do Papa São Gregório Magno para evangelizar a Grã Bretanha acompanhado de 39 monges.
A Grã Bretanha havia sido evangelizada desde a época apostólica, entretanto, esta pátria recaiu no paganismo após a invasão nos séculos V e VI.
Apesar dessa situação, o rei Etelberto de Kent (sudestes da Inglaterra medieval) – que posteriormente se converteria ao catolicismo e chegaria a ser santo – permitiu a chegada e a evangelização dos missionários beneditinos, apesar de ser pagão. Sem dúvidas, o fato de sua esposa ser uma princesa cristã influenciou.
Antes que os missionários chegassem ao povoado de Thanet, em Kent, onde foram imediatamente recebidos por Etelberto, o Papa São Gregório Magno já havia nomeado Agostinho abade e o designado como Bispo.
Depois do encontro, o rei lhes concedeu permissão para pregar em todo o povoado e lhes entregou a igreja de São Martinho para que pudessem celebrar a Missa e outras liturgias. A partir desse momento, as conversões começaram a se multiplicar e logo o rei e sua corte foram batizados em Pentecostes do ano 597.
A evidente sinceridade dos missionários, sua simplicidade de intenção, sua força diante de todas as provações e, sobretudo, o caráter desinteressado do próprio Agostinho acompanhado de sua doutrina causaram uma profunda impressão na mente do rei.
Agostinho enviou dois de seus melhores monges a Roma para contar ao Sumo Pontífice o acontecido. Em resposta, o Papa o nomeou Arcebispo de Cantuária e, ao mesmo tempo, o admoestou paternalmente para que não se orgulhasse pelos êxitos alcançados nem pela honra do alto cargo que lhe conferia.
Seguindo as indicações do Papa para a divisão em territórios eclesiásticos, Agostinho erigiu outras sedes episcopais, a de Londres e a de Rochester, consagrando bispos Melito e Justo.
Depois de ter trabalhado por vários anos com todas as suas forças para converter ao cristianismo o maior número possível de ingleses, Santo Agostinho de Cantuária morreu em 26 de maio de 604.
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domingo, 26 de maio de 2019

CHARIS, um novo serviço para a Renovação Carismática Católica

Entrega do estatuto Charis
Entrega do estatuto Charis
Vatican News pediu ao Pe. Alexandre Awi Mello, Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e a Jean-Luc Moens, primeiro Moderador de CHARIS, para apresentar este novo serviço pedido pelo próprio Papa Francisco.
No dia de Pentecostes se põe em marcha o CHARIS, um novo serviço para a Renovação Carismática Católica. Vatican News (VN) pediu ao Pe. Alexandre Awi Mello, Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e a Jean-Luc Moens, primeiro Moderador de CHARIS, que nos apresentem este novo serviço pedido pelo próprio Papa Francisco.
No dia 8 de dezembro de 2018, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida erigiu um novo e único serviço para a “corrente de graça” que é a Renovação Carismática Católica. Este serviço se chama CHARIS, um acrônimo de Catholic Charismatic Renewal International Service, Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica. Quais são os seus objetivos?
P. Awi – CHARIS está chamado a servir todas as expressões da “corrente de graça”. Seus estatutos entrarão em vigor no dia 9 de junho de 2019, na Solenidade de Pentecostes. Nesse mesmo dia, a Fraternidade Católica de Comunidades Carismáticas de Aliança (conhecida como Catholic Fraternity) e o ICCRS (International Catholic Charismatic Renewal Services) cessarão definitivamente as suas atividades. É importante destacar que CHARIS não é uma fusão entre esses dois organismos, mas um novo serviço que inaugura uma nova etapa para a Renovação Carismática Católica Internacional. Acredito que depois de Pentecostes essa novidade se manifestará cada vez mais claramente. Deve-se destacar também que CHARIS não é um organismo de governo, mas um Serviço de Comunhão, de acordo com a vontade explícita do Santo Padre.
Como se estrutura este novo serviço?
P. Awi - CHARIS está sob a responsabilidade de um Moderador, assistido por um conselho que se chama Serviço Internacional de Comunhão, formado por 18 pessoas de todo o mundo. Alguns representam os diversos continentes e outros representam as diferentes realidades da Renovação Carismática. Para este primeiro mandato todos foram nomeados pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.
O primeiro Moderador é Jean-Luc Moens, um leigo casado, pai de família, comprometido com a Renovação Carismática por mais de 45 anos. O primeiro Assistente Eclesiástico, por vontade do Santo Padre, é o Pe. Raniero Cantalamessa, OFM.Cap., Pregador da Casa Pontifícia.
O Papa quis que fosse a Santa Sé a constituir CHARIS, para que a Renovação Carismática e toda a Igreja saibam que a Renovação Carismática pertence plenamente à Igreja universal.
Um dos pontos essenciais enfatizados pelo Santo Padre é a importância da comunhão, ou seja, da unidade na diversidade. CHARIS serve a todas as realidades carismáticas do mundo, e nenhuma delas tem prioridade sobre as demais. Em nenhum país pode uma comunidade, um grupo, uma organização ou um movimento atribuir-se a liderança da Renovação Carismática Católica.
Em nível local, nos diferentes países, que mudanças acontecerão? Mudarão as atuais estruturas locais da Renovação Carismática?
P. Awi – Os estatutos de CHARIS estabelecem a constituição em cada país de um Serviço Nacional de Comunhão que reúna, na maior medida possível, todas as realidades carismáticas do país, sem que nenhuma delas predomine sobre as demais. Em alguns países, o estabelecimento deste serviço será uma verdadeira novidade, porque até agora algumas expressões da Renovação Carismática têm convivido, mas sem cultivar uma real comunhão entre elas, às vezes inclusive, se ignorando ou se excluindo mutuamente. Em outros países, a estrutura existente já é uma estrutura de verdadeira comunhão. Neste caso não há nada a mudar. Corresponderá a CHARIS ajudar a configurar estes diferentes serviços nacionais.
Qual foi a sua reação, Jean-Luc Moens, quando soube da criação do CHARIS e do fato de ser nomeado Moderador?
Jean-Luc Moens – Minha reação foi dupla. A alegria e a ação de graças por esse novo reconhecimento eclesial dado à Renovação Carismática, 52 anos depois de que o Espírito Santo suscitou esta corrente de graça na Igreja. E o assombro em relação à minha nomeação. Não o esperava de forma alguma.
A Renovação Carismática se apresenta em todas as partes como uma “corrente de graça". Pode explicar de onde vem esta expressão?
Jean-Luc Moens – Foi o próprio Papa Francisco que usou a expressão “corrente de graça” durante sua reunião com a Renovação Carismática no Estádio Olímpico de Roma em 2014. Nosso Papa adotou a expressão do Cardeal Léon Joseph Suenens, primero cardeal nomeado pelo Papa Paulo VI como seu representante junto à Renovação Carismática. Para o Cardeal Suenens, que tive a honra de conhecer pessoalmente, a Renovação Carismática não devia se considerar um movimento, mas uma corrente de graça chamada a vivificar toda a Igreja. Esta expressão também indica melhor a grande diversidade de componentes da Renovação Carismática: grupos de oração, comunidades, escolas de evangelização, ministérios, editoras, canais de televisão, etc. Todos partilhamos a mesma graça do Batismo no Espírito Santo.
CHARIS é um novo serviço. Pode explicar o que tem de novo?
Jean-Luc Moens – Em primeiro lugar o que já disse o Pe. Awi, o lugar que a Renovação Carismática ocupa na Igreja, pelo fato de que CHARIS é constituído diretamente pela Santa Sé.
Os Estatutos de CHARIS enfatizam três dimensões: a difusão do Batismo no Espírito Santo, a unidade dos cristãos, o serviço aos pobres. Estas dimensões estão a serviço da evangelização, à qual a Renovação está chamada pelo Santo Padre e com a qual está comprometida.
A difusão do Batismo no Espírito pode não parecer algo novo. Isso é o que a Renovação Carismática tem feito desde o seu nascimento. Mas, o que há de novo, realmente novo? Que hoje o próprio Papa pede que se conheça o Batismo no Espírito Santo em toda a Igreja. Ele pediu isso em várias ocasiões de uma maneira muito clara. Este é um novo passo para a Renovação Carismática, um desafio que se deve realizar a serviço da Igreja universal.
O Papa Francisco também pede que a Renovação Carismática volte às suas raízes ecumênicas, ou seja, que trabalhe dinamicamente rumo à unidade dos cristãos. Isto é algo que esteve muito presente no nascimento da Renovação Carismática e que, em muitos lugares, se deixou de lado gradualmente. O Papa pede que isto se coloque novamente em primeiro plano.
Também o serviço aos pobres não é uma novidade. Contudo, o novo é que se estimule explicitamente os “carismáticos” a servirem os pobres e necessitados. Isso não deve nos surpreender: o Espírito Santo é amor. É normal que aqueles que querem depender totalmente dEle sejam testemunhas do amor. É por isso que o serviço aos pobres é central na Renovação.
As três dimensões que acabo de enfatizar estão naturalmente incluídas no chamado à evangelização que se dirige a toda a Renovação Carismática. O Batismo no Espírito é a experiência de Pentecostes que colocou os apóstolos em uma missão. A compaixão e a caridade dão uma nova força à evangelização porque “com isso todos saberão que somos seus discípulos, se nos amarmos uns aos outros” (cf. Jo 13,35). A unidade cristã também é parte do desafio da missão, porque Jesus nos chama a isso: “que sejamos um, para que o mundo creia” (cf. Jo 17,21).
Também pela primeira vez há no Serviço Internacional de Comunhão do CHARIS uma jovem menor de 30 anos, que representa os jovens de todo o mundo. Os jovens também são protagonistas na Renovação Carismática Internacional. E são uma prioridade para o CHARIS.
Quais são as primeiras atividades planejadas pelo CHARIS?
Jean-Luc Moens – Nos dias 6 e 7 de junho estamos organizando uma conferência mundial de líderes servidores da Renovação Carismática na Sala Paulo VI, na Cidade do Vaticano. As inscrições estão abertas. Estamos esperando ao redor de 500 líderes de todo o mundo.
No sábado 8 de junho, também na Sala Paulo VI, teremos a presença do Papa Francisco. Vamos escutá-lo e orar com ele por um novo Pentecostes. Todos são bem-vindos (inscrição em www.charis.international). Também participaremos da Vigília de Pentecostes preparada pela diocese de Roma na Praça de São Pedro.
22 maio 2019, 11:30

Silvonei José - Cidade do Vaticano

VI Domingo da Páscoa: “A Minha Paz Vos Dou” - Ano C

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O Evangelho narra a promessa que Jesus fez aos seus discípulos de permanecer sempre com eles e de enviar-lhes o Espírito Santo. Conforme as palavras de Jesus, o Espírito Santo é o Defensor e aquele que nos ensina e recorda o que ele disse. Por isso, diante da cruz e dos desafios da missão, o coração dos discípulos não deve se perturbar, nem se intimidar, mas permanecer na paz. Recordemos que a paz é dom do Ressuscitado, é fruto da sua presença na vida de cada discípulo e da comunidade dos discípulos.
Quando encontra os discípulos, Jesus Ressuscitado deseja-lhes a paz. Porém, ele mesmo esclarece que não se trata da paz, de acordo com os critérios do mundo. “Dou-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo” (Jo 14,27). O mundo pretende a paz conquistada pela força das armas, enquanto a paz de Jesus é fruto da misericórdia e do perdão, do amor e da justiça do Reino. O mundo entende a paz como ausência de conflitos ou problemas, enquanto o discípulo de Cristo encontra e partilha a paz no meio de dificuldades e ao carregar a cruz.
A decisão tomada pelos apóstolos, no encontro denominado Concílio de Jerusalém, narrado pelos Atos dos Apóstolos, teve uma profunda repercussão na vida da Igreja, pois estimulou o anúncio do Evangelho aos que não faziam parte de Israel e a acolhida deles na comunidade cristã.
Ao fazer assim, os apóstolos cumpriam o mandato missionário de Jesus que enviou os apóstolos a anunciar o Evangelho a todos, a fazer discípulos entre todos os povos. Hoje, é preciso continuar a anunciar o Evangelho a todos, pela palavra e pelo testemunho de vida. Isso deve ocorrer nas famílias, nos ambientes de trabalho e de lazer, nas escolas e universidades, nos hospitais, na internet e demais meios de comunicação, nas periferias e centros urbanos… A missão é grande! A Igreja necessita de padres e leigos dispostos a sair ao encontro de todos, especialmente de tanta gente sofrida, à espera de uma oração, de uma palavra de consolo e de esperança, de um gesto de solidariedade e de paz. Para tanto, temos a promessa de Jesus de permanecer conosco até o fim e de enviar-nos o Espírito Santo Cada membro da Igreja é chamado a participar da missão de evangelizar, de acordo com o dom e a vocação que recebeu.
Na Arquidiocese de Brasília, continuamos a bendizer a Deus pelos 60 anos de evangelização, neste Ano Jubilar. Na próxima sexta feira, 31 de maio, estaremos celebrando o aniversário da Dedicação da Catedral, com a missa das 12h15 h. Participe!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

São Felipe Neri, padroeiro dos educadores e dos comediantes

REDAÇÃO CENTRAL, 26 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “Quem quiser outra coisa que não seja Cristo, não sabe aquilo que quer; quem pede outra coisa que não seja Cristo, não sabe aquilo que faz”, dizia São Felipe Neri, padroeiro dos educadores, dos comediantes, bem como fundador do Oratório em Roma.

São Felipe Neri nasceu em Florença (Itália), em 1515. Ficou órfão de mãe quando ainda era muito novo, mas a segunda esposa de seu pai foi para ele e seus irmãos uma verdadeira mãe.
Aos 17 anos, foi enviado para San Germano para aprender sobre negócios e teve uma experiência mística que chamaria de sua “conversão”. Foi para Roma sem dinheiro e sem projeto algum, confiando na Divina Providência.
Conseguiu um emprego para educar os filhos de um aduaneiro florentino, os quais se comportavam muito bem sob a orientação de Felipe. Em seus momentos livre, dedicava-se à oração. Mais tarde, estudou filosofia e teologia, mas quando uma carreira brilhante lhe era aberta, abandonou os estudos e se entregou ao apostolado.
Na véspera de Pentecostes de 1544, pedia em oração os dons do Espírito Santo, quando desceu do céu um globo de fogo que se dilatou em seu peito. São Felipe caiu no chão pedindo ao Senhor para parar, mas quando recuperou plenamente a consciência, tinha um caroço no peito do tamanho de um punho, que jamais lhe causou dor.
Mais tarde, fundou a Irmandade da Santíssima Trindade, conhecida como a irmandade dos pobres. Foi ordenado sacerdote e exerceu o apostolado do confessionário várias horas por dia. Frequentemente, entrava em êxtase na Missa e alguns chegaram a vê-lo levitando.
Organizou as conversas espirituais que costumava terminar com a visita ao Santíssimo. O povo os chamava de “oratorianos”, porque tocava-se o sino para chamar os fiéis para rezar em seu oratório. Como queria ser missionário na Índia, São João Evangelista apareceu a ele e disse-lhe que sua missão estava em Roma.
Posteriormente, deu início à Congregação do Oratório. A Virgem apareceu para ele e o curou de uma doença da vesícula. Além disso, o santo tinha o dom da cura, de ler pensamentos e da profecia.
No final de sua vida, em 25 de maio de 1595, no dia de Corpus Christi, São Felipe Neri estava transbordando de alegria e não havia sido visto tão bem assim nos últimos anos. Atendeu confissões durante todo o dia todo e recebeu visitantes. Por volta de meia-noite, sofreu um ataque agudo e partiu para a casa do Pai.
São Felipe dizia: “Ó meu Deus tão amável, por que não me destes um coração capaz de amar-vos condignamente?”. Depois da autópsia, foi revelado que o santo teve duas costelas quebradas e foram arqueadas para deixar mais espaço para o coração. Seus restos mortais descansam na igreja de Santa Maria em Vallicela.
ACI Digital

sábado, 25 de maio de 2019

São Beda, cujas homilias inspiraram o lema do Papa Francisco

REDAÇÃO CENTRAL, 25 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “O tempo da minha partida chegou e meu coração deseja ver a beleza de Cristo, meu Rei”, disse antes de morrer o Doutor da Igreja e padroeiro dos historiadores, São Beda, cujas homilias inspiraram o lema pontifício do Papa Francisco.

Por ser também linguista e tradutor, seus trabalhos com os escritos latinos e gregos dos primeiros Padres da Igreja contribuíram de maneira significativa com o cristianismo inglês.
Em suas homilias, São Beda fez uma reflexão do episódio evangélico do chamado de Jesus a São Mateus e escreveu: “Vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me (Viu Jesus um publicado e, como o olhou com sentimento de amor e o escolheu, disse-lhe: Segue-me)”.
Dessas palavras, o Papa Francisco retirou a frase “miserando atque eligendo”, que aparece em seu brasão papal, já que é uma homenagem à misericórdia divina que o Pontífice experimentou em sua juventude, depois de uma confissão.
São Beda nasceu entre 672 ou 673, em Wearside ou em Tyneside (Reino Unido), muito perto do mosteiro de São Pedro em Wearmouth, onde ingressou com apenas sete anos. Seu formador foi São Bento Biscop.
Anos depois, São Beda foi para o mosteiro de Jarrow e teve como novo mestre São Celofrith. Diz-se que foi ordenado diácono com 19 anos e, depois, com 30 anos, foi ordenado sacerdote por São João de Beverley. Escreveu muitos livros, sendo sua obra mestra “History of the English Church and People”.
São Beda, conhecido como o Venerável, partiu para a Casa do Pai em 25 de maio de 735. Em 1899, o Papa Leão XIII o nomeou Doutor da Igreja por sua importante contribuição teológica.
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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Nossa Senhora Auxiliadora, que nos sustenta em tempos difíceis

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “No céu, ficaremos gratamente surpreendidos ao conhecer tudo o que Maria Auxiliadora fez por nós na terra”, disse São João Bosco, grande propagador do amor a esta devoção mariana que se faz presente na Igreja e nas famílias cristãs nos momentos difíceis desde os tempos antigos.

Os cristãos dos primeiros séculos chamavam Virgem Maria com o nome de Auxiliadora. Tanto que os dois títulos lidos nos monumentos antigos do oriente são: Mãe de Deus (Theotokos) e Auxiliadora (Boeteia).
Santos como São João Crisóstomo, São Sabas e São Sofrônio a nomeavam também com esta advocação, sendo São João Damasceno o primeiro a propagar a jaculatória: “Maria Auxiliadora, rogai por nós”.
“Ó Maria, és poderosa Auxiliadora dos pobres, valente Auxiliadora contra os inimigos da fé. Auxiliadora dos exércitos para que defendam a pátria. Auxiliadora dos governantes para que nos alcancem o bem-estar. Auxiliadora do povo humilde que necessita de tua ajuda”, proclamou tempos depois São Germano.
No século XVI, o Papa São Pio V, grande devoto da Mãe de Deus, após a vitória do exército cristão sobre os muçulmanos na batalha de Lepanto, ordenou que fosse invocada Maria Auxiliadora nas ladainhas.
Na época de Napoleão, o Papa Pio VII estava preso por este imperador e o Pontífice prometeu que, se ficasse livre, decretaria uma nova festa mariana na Igreja. Napoleão caiu, o Santo Padre retornou triunfalmente a sua sede pontifícia em 24 de maio de 1814 e decretou que todos os dias 24 desse mês seria realizada em Roma a Festa de Maria Auxiliadora.
No ano seguinte, nasceu São João Bosco, a quem a Virgem apareceu em sonhos pedindo que lhe construísse um templo com o título de Auxiliadora. Foi assim que o santo iniciou dois monumentos: o físico que é a Basílica de Maria Auxiliadora de Turin e o “vivo” formado pelas Filhas de Maria Auxiliadora.
São João Bosco assegurava a seis jovens que ele e muitos fiéis obtinham grandes favores do céu com a novena de Nossa Senhora Auxiliadora e a jaculatória dada por São João Damasceno.
“Confiai tudo a Jesus eucarístico e a Maria Auxiliadora e vereis o que são milagres”, afirmava São João Bosco.
Oração à Nossa Senhora Auxiliadora
Ó Maria, Virgem poderosa,
Tu, grande e ilustre defensora da Igreja,
Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos,
Tu, terrível como exército ordenado em batalha,
Tu, que só destruíste toda heresia em todo o mundo:
nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo;
e na hora da morte, acolhe a nossa alma no paraíso.
Amém.
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quinta-feira, 23 de maio de 2019

São João Batista de Rossi, grande apóstolo do confessionário

REDAÇÃO CENTRAL, 23 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- São João Batista de Rossi foi um sacerdote italiano que decidiu consagrar sua vida ao Sacramento da Reconciliação para levar o perdão e a misericórdia de Deus aos mais necessitados, especialmente os enfermos, presos e pessoas que desejavam se converter.

Sua simpatia atraiu muitas pessoas humildes que costumavam fazer longas filas para se confessar com ele: “antes eu me perguntava qual seria o caminho para conseguir chegar ao céu e salvar muitas almas. Descobri que a ajuda que eu posso dar aos que querem se salvar é: confessá-los. É incrível o grande bem que se pode fazer na confissão”, disse o santo em uma ocasião.
Batista de Rossi nasceu em 1698 em um povoado perto de Gênova, na Itália. Aos 13 anos foi viver em Roma na casa de um primo sacerdote, cônego de Santa Maria em Cosmedin, para estudar no Colégio Romano, criado por Santo Inácio de Loyola em 1550.
Em 1714, com 16 anos, seguiu os estudos eclesiásticos e terminou os estudos de teologia com os dominicanos. Foi ordenado sacerdote aos 23 anos, em 8 de março de 1721, mas antes já havia começado o seu intenso apostolado.
Batista de Rossi se dedicou a mortificar-se exageradamente no comer, no beber e no dormir, o que prejudicou sua saúde. Logo aprendeu que a verdadeira mortificação consistia em aceitar os sofrimentos e trabalhos de cada dia, com esforço e dentro de suas capacidades.
Tinha uma forte inclinação pelos pobres, enfermos e abandonados. O Sumo Pontífice tinha fundado um albergue para receber as pessoas desamparadas e, nesse lugar, o santo atendeu por muitos anos aos pobres e necessitados, além de ensiná-los o catecismo e prepará-los para receber os sacramentos.
Em 23 de maio de 1764, sofreu um ataque cardíaco e morreu aos 66 anos. Sua pobreza era tal que o enterro teve que ser custeado pela esmolaria. Estiveram presentes em seu funeral 260 sacerdotes, um arcebispo, muitos religiosos e imensa multidão.
Foi canonizado pelo Papa Leão XIII em 8 de dezembro de 1881.
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quarta-feira, 22 de maio de 2019

Santa Rita de Cássia, padroeira das causas impossíveis

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Rita de Cássia não teve uma vida fácil. Foi uma filha obediente e esposa fiel, mas maltratada por seu marido. Ficou viúva e viu seus filhos morrer. Entretanto, seu amor por Jesus Cristo a levou a ser a santa do impossível e padroeira dos necessitados por milagres que Deus realizou durante sua vida e depois de sua morte. Sua festa é celebrada neste dia 22 de maio.

Ela nasceu em 1381, na Itália, em um momento de conquista, rebeliões e corrupção. Como seus pais, era analfabeta, mas Deus lhe concedeu a graça de ler. Queria ser religiosa, mas seus pais escolheram um esposo e ela aceitou de forma obediente.
Seu marido tinha maus hábitos, bebia muito, era mulherengo e a maltratava. Mas, Santa Rita se manteve fiel na oração. Tiveram filhos gêmeos que possuíam o mesmo temperamento do pai. Após 20 anos de casamento, o marido se converteu, Rita o perdoou e, juntos, aproximaram-se ainda mais da vida de fé. Um dia, ele não voltou para casa e foi encontrado assassinado.
Os filhos juraram vingar a morte de seu pai e a dor de Santa Rita aumentou ainda mais. Nem suas súplicas os fizeram desistir. A mãe aflita rogou ao Senhor para salvar seus filhos e tirar suas vidas antes que eles mesmos se condenassem com um pecado mortal. Assim, ambos sofreram de uma terrível doença e antes de morrer perdoaram os assassinos.
Mais tarde, Santa Rita quis ingressar na congregação das Irmãs Agostinianas, mas não foi fácil, porque tinha sido casada e por causa da morte sombria de seu marido. Ela se colocou em oração e certa noite ouviu que a chamavam três vezes pelo nome. Ele abriu a porta e encontrou Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista, de quem era muito devota.
Eles pediram que ela os seguisse e, depois de percorrer as ruas, sentiu que a elevavam no ar e a empurravam suavemente para Cássia até se encontrar em cima do Mosteiro de Santa Maria Madalena. Ali, entrou em êxtase e quando voltou a si estava dentro do Mosteiro e as religiosas agostinianas não puderam negar mais o seu ingresso na comunidade.
Fez sua profissão religiosa no mesmo ano (1417) e foi colocada à prova com duras provações por parte de suas superioras. Santa Rita recebeu os estigmas e as marcas da coroa de espinhos na cabeça. Ao contrário de outros santos com este dom, as chagas dela exalavam um odor ruim e teve que viver isolada por muitos anos.
Depois de uma doença grave e dolorosa, partiu para a Casa do Pai em 1457. A ferida de espinho em sua testa desapareceu e no lugar ficou um ponto vermelho como um rubi, que tinha deliciosa fragrância. Seu corpo permanece incorrupto.
ACI Digital

terça-feira, 21 de maio de 2019

Três visitações, dois modelos, uma escolha...

Redação (Sexta-feira, 17-05-2019, Gaudium Press) São Lucas relata no seu Evangelho a encantadora cena do encontro da Virgem Maria com sua prima Isabel, as quais gestavam uma prole a elas confiada de forma milagrosa. O diálogo entre ambas é tão elevado que não se tornou apenas objeto de consideração ocasional por parte da Liturgia, mas deu origem a duas das principais orações da Santa Igreja.
Três visitações, dois modelos, uma escolha...Foto Arquivo GaudiumPress.jpg
As palavras de Santa Isabel figuram na Ave-Maria, e a resposta de Nossa Senhora converteu-se no cântico de ação de graças por antonomásia. Hino paradigmático da perfeita restituição a Deus, o Magnificat é tão rico em ensinamentos que até hoje se explicitam sobre ele novos tesouros.
O encontro destas duas santas mulheres constitui também um exemplo de excelência no convívio humano. Elas não estão preocupadas com a opinião dos outros a seu respeito; não desejam brilhar na sociedade, possuir muitos bens ou ocupar altos cargos.
Na consideração que uma tem da outra, nada entra de meramente humano:
tudo é sobrenatural. O relacionamento entre elas se estabelece em função de Deus. Assim, enquanto Isabel se julga indigna de ser visitada pela Mãe de seu Senhor (cf. Lc 1, 43), Maria remete seu louvor ao Altíssimo, que n'Ela realizou maravilhas (cf. Lc 1, 49)... Há admiração mútua, sem dúvida, mas toda ela orientada para o Céu!
No mesmo Evangelho encontramos outro episódio, também de visitação, mas muito diferente. Trinta e três anos mais tarde, Nosso Senhor avista Jerusalém - a cidade eleita e amada, palco de suas pregações e onde em breve Ele seria morto - e pronuncia entre lágrimas esta terrível sentença: "Não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada" (Lc 19, 44). Com efeito, o Filho Unigênito tinha deixado a glória do Padre Eterno para visitar seu povo e "os seus não O receberam" (Jo 1, 11)...
De outro lado, alguns comentaristas chamam nossa atenção para uma terceira visita: aquela que Deus Se propõe fazer ao coração de cada homem. Ela costuma acontecer através dos Sacramentos, muito especialmente o da Eucaristia, mas às vezes se dá por meios surpreendentes. Pode ser acompanhada de alegria e consolação, ou vir, pelo contrário, com a prova, a doença e a dor.
No encontro de Maria com Isabel temos um exemplo de perfeição, e na rejeição do Redentor por parte dos seus, um exemplo de perversidade. Diante desses dois modelos, cabe nos perguntarmos: como será a visita de Deus aos nossos corações?
Dependerá de cada um...
Quantas visitas nos oferece o Criador a todo momento! Mas os efeitos de sua
divina presença variarão de acordo com a atitude tomada ao recebermos o Hóspede das almas. Muitos rejeitam suas visitas, outros as desaproveitam, e poucos são os que O acolhem com alegria. Quando alguém ouve a voz do Senhor e Lhe abre a porta de sua casa, Ele entra para cearem juntos (cf. Ap 3, 20).
Não sejamos nós ingratos, mas - como Isabel - recebamos de coração aberto a visita de Deus e de Maria Santíssima!

segunda-feira, 20 de maio de 2019

12 regras de ouro para portar-se bem durante a Missa

Imagem referencial / Crédito: ACI Prensa
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Mai. 19 / 06:00 am (ACI).- A fim de aproveitar ao máximo os grandes frutos espirituais que se recebe na Missa é necessário participar da celebração com reverência.
A seguir, confira 12 regras de ouro ou conselhos práticos que servem para aproveitar a Missa e participar, ativa e reverentemente, na Eucaristia.
1. Não use o celular: Você não precisa dele para falar com Deus
Os celulares nunca devem ser usados na Missa para fazer ligações ou enviar mensagens de texto. É possível atender um telefonema de emergência, mas do lado de fora do templo. Por outro lado, é possível usar o telefone para leituras espirituais ou orações, embora seja necessário ser discreto.
2. Fazer jejum antes da Celebração Eucarística
Consiste em deixar de comer qualquer alimento ou tomar algo, pelo menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, com exceção da água e dos remédios.
Os doentes podem comungar embora tenham tomado algo neste período antes da Missa. O objetivo do jejum é ajudar na preparação para receber Jesus na Eucaristia.
3. Não comer nem beber na Igreja
As exceções seriam: uma bebida para crianças pequenas ou leite para os bebês, água para o sacerdote ou para as pessoas do coral (com discrição) e para os doentes.
Levar um aperitivo à igreja não é apropriado, porque o templo é um lugar de oração e de reflexão.
4. Não mascar chiclete
Ao fazer isso, rompe-se o jejum, ocorre uma distração, está sendo indelicado em um ambiente formal e não ajuda na oração.
5. Não usar chapéu
É falta de educação usar um chapéu dentro de uma Igreja. Embora esta seja uma norma cultural, deve ser cumprida. Assim como tiramos o chapéu quando se faz um juramento, assim se deve fazer na Igreja como um sinal de respeito.
6. Fazer o sinal da cruz com água benta ao entrar e sair do templo
Esta é uma forma de recordar o Batismo, sacramento pelo qual renascemos para a vida divina e nos tornamos filhos de Deus e membros da Igreja. É necessário estar plenamente consciente do que acontece ao fazer o sinal da cruz e se deve fazer pronunciando alguma oração.
7. Vestir-se com modéstia
Os católicos são convidados a participar da Eucaristia vestidos adequadamente, pois, se normalmente se vestem bem para ir a uma festa ou a algum outro tipo de compromisso, não há razão para não fazer a mesma coisa na Missa.
8. Chegar alguns minutos antes do início da Missa
Se por algum motivo não consegue chegar a tempo, é recomendável sentar-se na parte de trás para não incomodar as outras pessoas. Chegar à Missa cedo permite rezar e se preparar melhor para receber Cristo.
9. Ajoelhar-se diante do Sacrário ao entrar e sair do templo
Ao permitir que o nosso joelho toque o chão, reconhecemos que Cristo é Deus. Se alguém é fisicamente incapaz de se ajoelhar, então, fazer um gesto de reverência é suficiente. Durante a Missa, se passamos diante do altar ou do tabernáculo, devemos inclinar a cabeça com reverência.
10. Permanecer em silêncio durante a celebração
Ao ingressar no templo, deve-se guardar silêncio. Se tiver algo para falar, faça de forma silenciosa e breve. Lembre-se de que manter uma conversa pode incomodar alguém que está rezando.
Se tiver uma criança ou um bebê, pode se sentar perto de uma saída para qualquer contratempo.
Recorde que não há razão para sentir vergonha por ter que acalmar o controlar seu filho, dentro ou fora da igreja. Ensine-os a se comportar, especialmente com seu próprio exemplo.
11. Inclinar-se ao receber a Comunhão
Se diante de você está Deus, então pode mostrar respeito inclinando a cabeça como reverência. Se desejar, pode fazer uma genuflexão. Esta é uma prática antiga que continua até os dias de hoje.
12. Espere que a Missa termine
Devemos permanecer na Missa até a bênção final. Lembre-se de que um dos mandamentos da Igreja é participar da Missa nos domingos e festa de guarda.
É um bom hábito, embora não seja obrigatório, oferecer uma oração de ação de graças depois da celebração.
Finalmente, a saída deve ser em silêncio para não incomodar as outras pessoas que desejam permanecer no templo rezando.
ACI Digital

São Bernardino de Sena, propagador do amor ao Nome de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “O Nome de Jesus é a luz dos pregadores porque ilumina com o seu esplendor os que anunciam e os que ouvem a sua palavra”, dizia São Bernardino de Sena, grande propagador do amor ao Santíssimo Nome de Jesus.

São Bernardino nasceu na Itália em 1380, ficou órfão e foi criado por uma tia. Desde pequeno, gostava de montar altares e imitar os pregadores. Em sua adolescência, era cuidadoso em seu comportamento e buscava manter a pureza.
Quando tinha 20 anos, uma grande peste se abateu sobre a região. Ele e seus amigos foram ao hospital servir aos enfermos até que a epidemia terminou. Mais tarde, fez parte da Ordem dos Frades Menores, foi ordenado sacerdote e converteu muitos com sua pregação.
Como pregador da devoção ao Santíssimo Nome de Jesus e à Eucaristia, costumava carregar uma pequena imagem da hóstia consagrada com raios e no centro o monograma IHS, que o santo ajudou a popularizar como símbolo da Eucaristia.
Entre as duras provas que teve que enfrentar, esteve a suspensão como pregador que recebeu do Papa Martinho V, fato em que interveio São João Capistrano, que o ajudou a arrumar sua situação.
Foi um grande reformador da Ordem Franciscana, fundou mais de 200 mosteiros e rejeitou três episcopados.
Ao final de sua vida, São Pedro Celestino apareceu a ele para avisá-lo de que sua morte estava perto. Partiu para a Casa do Pai em 1444 e foi canonizado seis anos depois.
ACI Digital

domingo, 19 de maio de 2019

5º Domingo da Páscoa – Ano C

TEMA
O  tema  fundamental  da  liturgia  deste  domingo  é  o  do  amor:  o  que  identifica  os seguidores de Jesus é a capacidade de amar até ao dom total da vida.
No Evangelho, Jesus despede-Se dos seus discípulos e deixa-lhes em testamento o
“mandamento novo”: “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. É nessa entrega radical da vida que se cumpre a vocação cristã e que se dá testemunho no mundo do amor materno e paterno de Deus.
Na  primeira  leitura  apresenta-se  a vida  dessas  comunidades  cristãs  chamadas  a viver no amor. No meio das vicissitudes e das crises, são comunidades fraternas, onde os irmãos se ajudam, se fortalecem uns aos outros nas dificuldades, se amam e dão testemunho do amor de Deus. É esse projeto que motiva Paulo e Barnabé e é essa proposta  que eles levam, com a generosidade  de quem ama, aos confins  da Ásia Menor.
segunda leitura apresenta-nos a meta final para onde caminhamos: o novo céu e a nova terra, a realização  da utopia, o rosto final dessa comunidade  de chamados  a viver no amor.
LEITURA I – At 14, 21b-27

ATUALIZAÇÃO
Para refletir, partilhar e atualizar este texto, considerar as seguintes linhas:
♦  Como  é que  vivem  as  nossas  comunidades  cristãs?  Notamos  nelas  o mesmo empenho missionário dos inícios? Há partilha fraterna e preocupação em ir ao encontro dos mais débeis, em apoiá-los e ajudá-los a superar as crises e as angústias?  São comunidades  que se fortalecem  com uma vida de oração e de diálogo com Deus?
♦  Temos consciência de que por detrás do nosso trabalho e do nosso testemunho está Deus? Temos consciência de que o anúncio do Evangelho não é uma obra nossa, na qual expomos  as nossas  ideias e a nossa ideologia,  mas é obra de Deus? Temos consciência de que não nos pregamos a nós próprios, mas a Cristo libertador?
♦Para aqueles que têm responsabilidades de direcção ou de animação das comunidades: a missão que lhes foi confiada não é um privilégio, mas um serviço que está subordinado  à construção  da própria  comunidade.  A comunidade  não existe  para  servir  quem  preside;  quem  preside  é  que  existe  em  função  da comunidade e do serviço comunitário.
LEITURA II – Ap 21,1-5a

ATUALIZAÇÃO
Para a reflexão desta Palavra, considerar os seguintes dados:
♦  O testemunho  profético  de  João  garante-nos  que  não  estamos  destinados  ao fracasso, mas sim à vida plena, ao encontro com Deus, à felicidade sem fim. Esta esperança tem de iluminar a nossa caminhada e dar-nos a coragem de enfrentar os dramas e as crises que dia a dia se nos apresentam.
♦  A Igreja de que fazemos parte tem de procurar ser um anúncio dessa comunidade escatológica, uma “noiva” bela e que caminha com amor ao encontro de Deus, o amado. Isto significa que o egoísmo, as divisões, os conflitos, as lutas pelo poder, têm de ser banidos da nossa experiência eclesial: eles são chagas que desfeiam o rosto da Igreja e a impedem de dar testemunho do mundo novo que nos espera.
♦  É verdade que a instauração plena do “novo céu e da nova terra” só acontecerá quando  o mal for vencido  em definitivo;  mas essa nova realidade  pode e deve começar  desde já: a ressurreição  de Cristo convoca-nos  para a renovação  das nossas vidas, da nossa comunidade cristã ou religiosa, da sociedade e das suas estruturas, do mundo em que vivemos (e que geme num violento esforço de libertação ).
EVANGELHO – Jo 13,31-33a.34-35

ATUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão da Palavra, as seguintes linhas:
♦  A proposta  cristã  resume-se  no  amor.  É o amor  que  nos  distingue,  que  nos identifica; quem não aceita o amor, não pode ter qualquer pretensão de integrar a comunidade de Jesus. O que é que está no centro da nossa experiência cristã? A nossa religião é a religião do amor, ou é a religião das leis, das exigências, dos ritos externos? Com que força nos impomos no mundo – a força do amor, ou a força da autoridade prepotente e dos privilégios?
♦  Falar de amor hoje pode ser equívoco… A palavra “amor” é, tantas vezes, usada para definir comportamentos egoístas, interesseiros, que usam o outro, que fazem mal, que limitam horizontes, que roubam a liberdade… Mas o amor de que Jesus fala  é o amor  que  acolhe,  que  se  faz  serviço,  que  respeita  a dignidade  e a liberdade do outro, que não discrimina nem marginaliza, que se faz dom total (até à morte) para que o outro tenha mais vida. É este o amor que vivemos e que partilhamos?
♦  Por um lado, a comunidade de Jesus tem de testemunhar, com gestos concretos, o amor de Deus; por outro, ela tem de demonstrar que a utopia é possível e que os homens podem ser irmãos. É esse o nosso testemunho de comunidade cristã ou religiosa?  Nos  nossos  comportamentos  e atitudes  uns  para  com  os  outros,  os homens descobrem  a presença do amor de Deus no mundo? Amamos mais do que  os  outros  e  interessamo-nos  mais  do  que  eles  pelos  pobres  e  pelos  que sofrem?

www.dehonianos.org

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF