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terça-feira, 31 de março de 2020

A Didaqué, a instrução dos doze Apóstolos

“O Caminho da Vida e o caminho da morte”

Capítulo I

Existem dois caminhos: um da vida e outro da morte [Cf Jer 21,8Dt 5,32s; 11,26-28; 30,15-20; Eclo 15,15-17]. A diferença entre ambos é grande.
O caminho da vida é, pois, o seguinte: primeiro amarás a Deus que te fez; depois a teu próximo como a ti mesmo [Cf Dt 6,5; 10,12s; Eclo 7,30Lev 19,18Mt 22,37;]. E tudo o que não queres que seja feito a ti, não o faças a outro [Cf Mt 7,12Lc 6,31;].
Eis a doutrina relativa a estes mandamentos: Bendizei aqueles que vos amaldiçoam, orai por vossos inimigos, jejuai por aqueles que vos perseguem. Com efeito, que graça vós tereis, se amais os que vos amam? Não fazem os gentios o mesmo? Vós, porém, amai os que vos odeiam e não tenhais inimizade [Cf Mt 5,44s; Lc 6,27s; 6,32s].
Abstém-te dos prazeres carnais [Cf 1Ped 2,11]. Se alguém te bate na face direita, dá-lhe também a outra e tu serás perfeito. Se alguém te obrigar a mil (passos), anda dois mil com ele. Se alguém tomar teu manto, dá-lhe também tua túnica. Se alguém toma teus bens, não reclames, pois de todo o jeito não podes [Cf Mt 5,39ss; Lc 6,29].
Dá a todo aquele que te pedir, sem exigir devolução. Pois a Vontade do Pai é que se dê dos seus próprios dons. Bem-aventurado é aquele que dá conforme a lei, pois é irrepreensível. Ai daquele que toma (recebe)! Se, porém, alguém tiver necessidade de tomar (receber), é isento de culpa. Mas se não estiver em necessidade, terá que se responsabilizar pelo motivo e pelo fim por que recebeu. Colocado na prisão, ele não sairá de lá, até ter pago o último quadrante (centavo) [Mt 5,25s; Lc 12,58s].
Mas é verdade que a este propósito também foi dito: Que tua esmola sue em tuas mãos, até souberes a quem dar [Cf Eclo 12,1].

Capítulo II

O segundo mandamento da Instrução (dos Doze Apóstolos) é:
Não matarás, não cometerás adultério; não te entregarás à pederastia, não fornicarás, não furtarás, não exercerás magia nem bruxaria (charlatanice). Não matarás criança por aborto, nem criança já nascida; não cobiçarás os bens do próximo.
Não serás perjuro [Cf Mt 5,33; Ex 20,7] nem darás falso testemunho; não falarás mal do outro nem lhe guardarás rancor.
Não usarás de ambiguidade nem no pensamento nem na palavra, pois a duplicidade é uma trama fatal [Cf Prov 21,6].
Tua palavra não seja falsa, nem vã; mas, ao contrário, seja cheia de sinceridade e seriedade (comprovada pela ação).
Não serás cobiçoso nem rapace, nem hipócrita, nem malicioso, nem soberbo. Não nutrirás má intenção contra teu próximo [Cf Ex 20,13-17Dt 5,17-21].
Não odiarás ninguém, mas repreenderás uns e rezarás por outros, e ainda amarás aos outros mais que a ti mesmo (que tua alma).

Capítulo III

Meu filho, evita tudo o que é mau e semelhante ao mal.
Não sejas odiento ou rancoroso, pois o ódio conduz à morte; nem ciumento, nem brigão ou provocador, pois de tudo isso nascem os homicidas.
Meu filho, não sejas cobiçoso de mulheres, pois a cobiça conduz à fornicação. Evita a obscenidade e os maus olhares, pois de tudo isto nascem os adúlteros.
Meu filho, não te dês à adivinhação, pois ela conduz à idolatria. Abstém-te também da encantação (feitiçaria) e da astrologia e das purificações, nem procures ver ou ouvir (entender) estas coisas, pois tudo isto origina a idolatria.
Meu filho, não sejas mentiroso, pois a mentira conduz ao roubo; não sejas avarento ou cobiçoso de fama, pois tudo isto origina o roubo.
Meu filho, não sejas furioso, pois isto conduz à blasfêmia; não sejas insolente nem malvado, pois tudo isto origina as blasfêmias.
Sê, antes, manso, pois os mansos possuirão a Terra [Cf Mt 5,5; Sl 31,11].
Sê longânime (têm grandeza de ânimo), misericordioso, sem falsidade, tranquilo e bom, e guarda com toda a reverência a instrução ouvida.
Não te eleves a ti mesmo e não entregues teu coração à insolência; não vivas com os “grandes” (deste mundo), mas com os justos e humildes.
Tu aceitarás os acontecimentos da vida como sendo bons, sabendo que a Deus nada daquilo que acontece é estranho.

Capítulo IV

Meu filho, lembra-te dia e noite daquele que te anuncia a Palavra de Deus e o honrarás como ao Senhor, pois onde se proclama sua Soberania aí está o Senhor presente [Cf Hb 13,7].
Todos os dias procurarás a companhia dos santos, para encontrar apoio em suas palavras.
Não causarás cismas, mas reconciliarás os que lutam entre si. Julgarás de maneira justa, sem considerar a pessoa na correção das faltas [Cf Dt 1,16s; Pr 31,9].
Não te demorarás em procurar o que te há de acontecer (adivinhação do futuro) ou não.
Não terás as mãos sempre estendidas para receber, retirando-as quando se trata de dar.
Se possuíres algo, graças ao trabalho de tuas mãos, dá-o em reparação por teus pecados.
Não hesitarás em dar e, dando, não murmurarás, pois algum dia reconhecerás quem é o verdadeiro Dispensador da Recompensa.
Não repelirás o indigente, mas antes repartirás tudo com teu irmão, não considerando nada como teu, pois, se divides os bens da imortalidade, quanto mais o deves fazer com os corruptíveis [Cf At 4,32Hb 13,16].
Não retirarás a mão de teu filho ou de tua filha, mas desde sua juventude os instruirás no temor a Deus.
Não darás ordens com rancor ao teu povo ou à tua serva, que esperam no mesmo Deus que tu, para que não percam o temor de Deus que está acima de todos. Com efeito, Ele não virá chamar segundo a aparência da pessoa, mas segundo a preparação do espírito.
Vós, servos, sede submissos aos vossos senhores como se eles fossem uma imagem de Deus, com respeito e reverência [Cf Ef 6,1-9Col 3,20-25].
Detestarás toda a hipocrisia e tudo o que é desagradável ao Senhor.
Não violarás os mandamentos do Senhor e guardarás o que recebeste, sem acrescentar nem tirar algo.
Na assembleia, confessarás tuas faltas e não entrarás em oração de má consciência. – Este é o caminho da vida.

Capítulo V

O caminho da morte é o seguinte: em primeiro lugar, é mau e cheio de maldições: mortes, adultérios, paixões, fornicações, roubos, idolatrias, práticas mágicas, bruxarias (necromancias), rapinagens, falsos testemunhos, hipocrisias, ambiguidades (falsidades), fraude, orgulho, maldade, arrogância, cobiça, má conversa, ciúme, insolência, extravagância, jactância, vaidade e ausência do temor de Deus;
Perseguidores dos bons, inimigos da verdade, amantes da mentira, ignorantes da recompensa da justiça, não-desejosos do bem nem do justo juízo, vigilantes, não pelo bem, mas pelo mal, estranhos à doçura e à paciência, amantes da vaidade, cobiçosos de retribuição, sem compaixão com os pobres, sem cuidado para com os necessitados, ignorantes de seu Criador, assassinos de crianças, destruidores da obra de Deus, desprezadores dos indigentes, opressores dos aflitos, defensores dos ricos, juízes iníquos dos pobres, pecadores sem fé nem lei. – Filho, fica longe de
tudo isso.

Capítulo VI

Vigia para que ninguém te afaste deste caminho da instrução, ensinando-te o que é estranho a Deus [Cf Mt 24,4].
Pois, se puderes portar todo o jugo do Senhor, serás perfeito; se não puderes, faze o que puderes.
Quanto aos alimentos, toma sobre ti o que puderes suportar, mas abstém-te completamente das carnes oferecidas aos ídolos, pois este é um culto aos deuses mortos.

“Celebração Litúrgica”

Capítulo VII

No que diz respeito ao batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente [Cf Mt 28,19].
Se não tens água corrente, batiza em outra água; se não puderes em água fria, faze-o em água quente.
Na falta de uma e outra, derrama três vezes água sobre a cabeça em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Mas, antes do batismo, o que batiza e o que é batizado, e se outros puderem, observem um jejum; ao que é batizado, deverás impor um jejum de um ou dois dias.

Capítulo VIII

Vossos jejuns não tenham lugar com os hipócritas; com efeito, eles jejuam no segundo e no quinto dia da semana; vós, porém, jejuai na quarta-feira e na sexta (dia de preparação).
Também não rezeis como os hipócritas, mas como o Senhor mandou no seu Evangelho: Nosso Pai no Céu, que Vosso Nome seja santificado, que Vosso Reino venha, que Vossa vontade seja feita na Terra, assim como no Céu; dá-nos hoje o pão necessário (cotidiano), perdoa a nossa ofensa assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal [Cf Mt 6,9-13Lc 11,2-4], pois Vosso é o Poder e a Glória pelos séculos.
Assim rezai três vezes por dia.

Capítulo IX

No que concerne à Eucaristia, celebrai-a da seguinte maneira:
Primeiro sobre o Cálice, dizendo: Nós vos bendizemos (agradecemos), nosso Pai,
pela santa vinha de Davi, vosso servo, que vós nos revelastes por Jesus, vosso Servo; a Vós, a
Glória pelos séculos! Amém.
Sobre o Pão a ser quebrado: Nós vos bendizemos (agradecemos), nosso Pai, pela
Vida e pelo Conhecimento que nos revelastes por Jesus, vosso Servo; a Vós, a Glória pelos
séculos! Amém.
Da mesma maneira como este Pão quebrado primeiro fora semeado sobre as colinas e depois recolhido para tornar-se um, assim das extremidades da Terra seja unida a Vós vossa Igreja em vosso Reino; pois vossa é a Glória e o Poder pelos séculos! Amém.
Ninguém coma nem beba de vossa Eucaristia, se não estiver batizado em Nome do Senhor. Pois a respeito dela disse o Senhor: “Não deis as coisas santas aos cães!”.

Capítulo X

– Mas depois de saciados, bendizei (agradecei) da seguinte maneira:
Nós vos bendizemos (agradecemos), Pai Santo, por vosso Santo Nome, que fizestes habitar em nossos corações, e pelo conhecimento, pela fé e imortalidade que nos revelastes por Jesus, vosso Servo; a Vós, a Glória pelos séculos. Amém.
Vós, Senhor Todo-poderoso, criastes todas as coisas para a Glória de Vosso nome e, para o gozo deste alimento e a bebida aos filhos dos homens, a fim de que eles vos bendigam; mas a nós deste uma Comida e uma Bebida espirituais para a vida eterna por Jesus, vosso Servo.
Por tudo vos agradecemos, pois sois poderoso; a Vós, a Glória pelos séculos. Amém.
Lembrai-vos, Senhor, de vossa Igreja, para livrá-la de todo o mal e aperfeiçoá-la no vosso Amor; reuni esta Igreja santificada dos quatro ventos no vosso Reino que lhe preparaste, pois vosso é o Poder e a Glória pelos séculos. Amém.
Venha vossa Graça e passe este mundo! Amém. Hosana à Casa de Davi [Cf Mt 21,15]. Venha aquele que é santo! Aquele que não é (santo) faça penitência: Maranatá! [Cf 1Cor 16,22Ap 22,20] Amém.
Deixai os profetas bendizer à vontade.

A Vida em comunidade

Capítulo XI

Se, portanto, alguém chegar a vós com instruções conformes com tudo aquilo que acima é dito, recebei-o.
Mas, se aquele que ensina é perverso e expõe outras doutrinas para demolir, não lhe deis atenção; se, porém, ensina para aumentar a justiça e o conhecimento do Senhor, recebei-o como o Senhor.
A respeito dos Apóstolos e profetas, fazei conforme os dogmas do Evangelho.
Todo o Apóstolo que vem a vós seja recebido como o Senhor.
Mas ele não deverá ficar mais que um dia, ou, se necessário, mais outro. Se ele, porém, permanecer três dias, é um falso profeta.
Na sua partida, o Apóstolo não leve nada, a não ser o pão necessário até a seguinte estação; se, porém, pedir dinheiro, é falso profeta.
E não coloqueis à prova nem julgueis um profeta em tudo que fala sob inspiração, pois todo pecado será perdoado, mas este pecado não será perdoado [Cf Mt 12,31].
Nem todo aquele que fala no espírito é profeta, a não ser aquele que vive como o Senhor. Na conduta de vida conhecereis, pois, o falso e o verdadeiro profeta.
E todo profeta que manda, sob inspiração, preparar a mesa não deve comer dela; ao contrário, é um falso profeta.
Todo profeta que ensina a verdade sem praticá-la é falso profeta.
Mas todo profeta provado (e reconhecido) como verdadeiro, representando o Mistério cósmico da Igreja, não ensinando, porém, a fazer como ele faz, não seja julgado por vós, pois ele será julgado por Deus. Assim também fizeram os antigos profetas.
O que disser, (supostamente) sob inspiração: “Dá-me dinheiro”, ou qualquer outra coisa, não o escuteis; se, porém, pedir para outros necessitados, então ninguém o julgue.

Capítulo XII

Todo aquele que vem a vós, em nome do Senhor, seja acolhido. Depois de o haverdes sondado, sabereis discernir a esquerda da direita (pois tendes juízo).
Se o hóspede for transeunte, ajudai-o quanto possível. Não permaneça convosco senão dois ou, se for necessário, três dias.
Se quiser estabelecer-se convosco, tendo uma profissão, então trabalhe para o seu sustento.
Mas, se ele não tiver profissão, procedei conforme vosso juízo, de modo a não deixar nenhum cristão ocioso entre vós.
Se não quiser conformar-se com isto, é alguém que quer fazer negócios com o cristianismo. Acautelai-vos contra tal gente.

Capítulo XIII

Todo verdadeiro profeta que quer estabelecer-se entre vós é digno de seu alimento.
Do mesmo modo, também o verdadeiro mestre, como o operário, é digno de seu alimento.
Por isso, tomarás as primícias de todos os produtos da vindima e da eira, dos bois e das ovelhas e darás aos profetas, pois estes são os vossos grandes sacerdotes.
Se vós, porém, não tiverdes profeta, dai-o aos pobres.
Se tu fizeres pão, toma as primícias e dá-as conforme manda a lei.
Do mesmo modo, abrindo uma bilha de vinho ou de óleo, toma as primícias e dá-as aos profetas.
E toma as primícias do dinheiro, das vestes e de todas as posses e, segundo o teu juízo, dá-as conforme a lei.

Capítulo XIV

Reuni-vos no dia do Senhor (Domingo) para a Fração do Pão e agradecei (celebrai a Eucaristia), depois de haverdes confessado vossos pecados, para que vosso sacrifício seja puro.
Mas todo aquele que vive em discórdia com o outro, não se junte a vós antes de se ter se reconciliado, a fim de que vosso Sacrifício não seja profanado [Cf Mt 5,23-25].
Com efeito, deste Sacrifício disse o Senhor: “Em todo o lugar e em todo o tempo se me oferece um Sacrifício puro, porque sou o Grande Rei – diz o Senhor – e o meu Nome é admirável entre todos os povos” [Cf Mal 1,11-14].

Capítulo XV

Escolhei-vos, pois, bispos e diáconos dignos do Senhor, homens dóceis, desprendidos (altruístas), verazes e firmes, pois eles também exercerão entre vós a Liturgia dos profetas e doutores (mestres).
Não os desprezeis, porque eles são da mesma dignidade entre vós como os profetas e doutores.
Repreendei-vos mutuamente uns aos outros, não com ódio, mas na paz, como tendes no Evangelho. E ninguém fale com aquele que ofendeu o outro (próximo), nem o escute até que ele se tenha arrependido.
Fazei vossas preces, esmolas e todas as vossas ações como vós tendes no Evangelho de Nosso Senhor.

O Fim dos tempos

Capítulo XVI

Vigiai sobre vossa vida. Não deixeis apagar vossas lâmpadas nem solteis o cinto de vossos rins, mas estai preparados, pois não sabeis a hora na qual Nosso Senhor vem [Cf Mt 24,41-44; 25,13; Lc 13,35].
Reuni-vos frequentemente para procurar a salvação de vossas almas, pois todo o tempo de vossa fé não vos servirá de nada se no último momento não vos tiverdes tornado perfeitos.
Com efeito, nos últimos dias se multiplicarão os falsos profetas e os corruptores; as ovelhas se transformarão em lobos e o amor em ódio [Cf Mt 24,10-13; 7,15].
Com o aumento da iniquidade, os homens se odiarão, se perseguirão e se trairão mutuamente, e então aparecerá o sedutor do mundo como se fosse o filho de Deus. Ele fará milagres e prodígios e a Terra será entregue em suas mãos e ele cometerá crimes tais como jamais se viu desde o começo do mundo [Cf Mt 24,24; 2Tes 2,4-9].
Então toda criatura humana passará pela prova de fogo e muitos se escandalizarão e perecerão. Mas aqueles que permanecerem firmes na sua fé serão salvos por Aquele que os outros amaldiçoam [Cf Mt 24,10-13].
Aparecerão os sinais da verdade: primeiro o sinal da abertura no céu, depois o sinal do som da trombeta e, em terceiro lugar, a ressurreição dos mortos [Cf Mt 24,311Cor 15-521Ts 4,16].
Mas não de todos, segundo a Palavra da Escritura: O Senhor virá e todos os santos com Ele.
Então verá o mundo a vinda do Senhor sobre as nuvens do céu [Cf Mt 24,30; 26,64].
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Fonte:
• ALTANER, Berthold & STUIBER, Alfred. Patrologia, São Paulo: Paulinas, 1972, pp. 89/91
• DIDAQUÉ, O Catecismo Dos Primeiros Cristãos Para As Comunidade De Hoje. São Paulo: Paulus, 1997.

Ela chamava, com todas as suas forças, a Virgem Santíssima

Até então, unida, pela força, à URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), em agosto de 1940, a Lituânia (noroeste da Europa) reconquistou sua liberdade, em 6 de setembro de 1991.

A Senhora R., que, na década de 1970, ainda sob o jugo soviético, levava secreta, ou mesmo clandestinamente, hóstias consagradas para a Lituânia, foi abduzida e revistada inteiramente. Descobriu-se que ela tinha consigo um Rosário excessivamente longo.
Amedrontada, a jovem senhora chamava, com todas as suas forças, a Santíssima Virgem, para que a socorresse. Naturalmente, a mulher que a revistava percebeu uma bolsa, sob a roupa, diretamente na pele. Abrindo-a, perguntou, espantada: Tchto eto? (“O que é isso?”) ─ Eto Chrystos (“É Cristo”), respondeu a Sra. R.
Então, algo, absolutamente inesperado, aconteceu. A mulher que a revistava abaixou a cabeça, entreabriu as mãos num gesto de oração e, depois, sem dizer palavra, mandou-a embora.
Quanto ao Rosário, imensamente longo, três oficiais da K.G.B. (Polícia política soviética), examinaram-no durante bastante tempo e, finalmente, o devolveram, como se fosse um objeto sem qualquer valor.
André Martin, escritor
Seu testemunho está no livro Lituanie, terre de foi, terre des croix (Lituânia, terra de fé, terra das cruzes), publicado em 1976
E também em: www.mariedenazareth.com
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.
Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Como será a Semana Santa na Arquidiocese de Brasília

A12.com
O Cardeal,  Dom Sergio da Rocha , Administrador da Arquidiocese de Brasília, orienta por nota, como organizar os ritos do momento central para a fé cristã , a Semana Santa, em tempos de COVID-19.

SEMANA SANTA NA ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA
Continuam em vigor, na Arquidiocese de Brasília, as normas e orientações pastorais para a
prevenção do coronavirus (Covid 19), divulgadas no dia 19 de março, seguindo as orientações e deliberações das autoridades competentes.
Portanto, continuam suspensas as missas presenciais e demais celebrações litúrgicas na
Arquidiocese de Brasília. A retomada das celebrações litúrgicas presenciais dependerá da evolução do cenário da pandemia, devendo ser oportunamente comunicada. Infelizmente, no momento, não é possível prever essa data. Por isso, reafirmamos a importância de continuar a dar a assistência espiritual aos paroquianos, seguindo as orientações sobre os cuidados a serem adotados para evitar a propagação do coronavirus.
Na Semana Santa, as igrejas continuarão abertas para a oração pessoal, mas não se deve
favorecer a aglomeração dos fiéis. Os fiéis sejam incentivados a permanecerem em oração, em suas casas, através das missas transmitidas pelos meios de comunicação (rádio, TVs, redes sociais), bem como, da leitura orante da Bíblia, do rosário de Nossa Senhora e da Via Sacra, dentre outras formas de oração. Na Semana Santa, de modo especial, torna-se ainda mais importante a transmissão das celebrações por redes sociais ou outros meios. O atendimento das confissões e a assistência aos enfermos necessitam ser organizados de tal modo a preservar a saúde dos sacerdotes e dos fiéis, mas não estão cancelados.
A Páscoa não pode ser transferida. Por isso, apesar das restrições em vigor, vamos procurar celebrá-la do melhor modo possível. Considerando o disposto no Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (N. 154/20) e as indicações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no contexto da pandemia de Covid-19, apresentamos as seguintes orientações pastorais para a Semana Santa.
1. DOMINGO DE RAMOS
Para a celebração do Domingo de Ramos, “nas igrejas paroquiais e em outros lugares” seja adotada a terceira forma prevista pelo Missal Romano. Portanto, não há a benção e a procissão de ramos. A coleta para a Campanha da Fraternidade não ocorrerá, como de costume, no Domingo de Ramos; será transferida para uma data a ser oportunamente divulgada.
2. MISSA DO CRISMA
A Missa do Crisma, com a benção dos Santos Óleos, a consagração do óleo do Crisma e a renovação das promessas sacerdotais, na Arquidiocese de Brasília, não será celebrada, como de costume, na manhã da Quinta-feira Santa. Está sendo transferida para outra data, tão logo seja possível reunir novamente grande número de pessoas. Os santos óleos abençoados, no ano passado, continuarão a ser utilizados até a celebração da Missa do Crisma, cuja data será oportunamente divulgada.
3. QUINTA-FEIRA SANTA
“O Lava-Pés, já opcional, é omitido. No final da Missa na Ceia do Senhor, a procissão também é omitida e o Santíssimo Sacramento é mantido no tabernáculo”.
4. SEXTA-FEIRA SANTA
Na Celebração da Paixão do Senhor, às 15 h, na Oração Universal deve ser acrescentada uma prece especial “pelos que padecem a pandemia do Covid-19”. Esta prece formulada pela Conferência Episcopal encontra-se, em anexo.
A coleta para os Lugares Santos será transferida para uma data a ser oportunamente divulgada.
5. VIGÍLIA DA PÁSCOA
No início da Vigília Pascal (Celebração da Luz), “omite-se o acender do fogo; acende-se o círio e, omitindo a procissão, segue-se o precônio pascal (Exsultet)”. Na Liturgia Batismal não serão celebrados batismos; permanecerá apenas a renovação das promessas batismais. A Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística sejam realizadas, como de costume, conforme o Missal Romano. Esclarecemos que está suspensa a impressão do folheto litúrgico O Povo de Deus, da Arquidiocese de Brasília. Contudo, o texto estará disponível no site da Arquidiocese de Brasília para os que desejarem. Durante o período de suspensão da distribuição do folheto litúrgico, encontra-se suspenso o respectivo pagamento dos folhetos pelas paróquias.
Agradeço a compreensão e os esforços de todos, neste tempo de sofrimento. Procuremos viver santamente a Semana que traz no seu nome o apelo à santidade. A precaução com a transmissão do coronavirus jamais nos leve a descuidar da caridade para com os doentes, os pobres e as pessoas em maior situação de vulnerabilidade social. Há muitas famílias pobres necessitadas de solidariedade e partilha. Necessitamos olhar, com especial atenção, para os irmãos que se encontram enfermos e pelos mais pobres. Permaneçamos unidos, em oração, sendo mais solidários, especialmente com aqueles que mais sofrem as consequências da pandemia. Apesar das limitações pastorais em vigor, celebremos a Páscoa, de coração, com a esperança e a paz do Senhor Ressuscitado. Sejamos
testemunhas da esperança ancorada na fé em Cristo!
Arquidiocese de Brasília

Especialista publica ensaio sobre Coroa de Espinhos e “redescoberta de seu simbolismo”







Jesus na cruz com a Coroa de Espinho /
Crédito: Cortesia Fábio Tucci Farah
REDAÇÃO CENTRAL, 28 Mar. 20 / 06:00 am (ACI).- O especialista em relíquias sagradas, Fábio Tucci Farah, publicou recentemente um ensaio sobre a Coroa de Espinhos de Jesus e o seu simbolismo, no qual aponta que a coroa teria o formato de um turbante de espinhos, o qual remeteria ao Sumo Sacerdote.
Fábio Tucci Farah é perito em relíquias sagradas da Arquidiocese de São Paulo, além de curador adjunto da Regalis Lipsanotheca, em Fátima (Portugal) e diretor do Departamento de Arqueologia Sacra da Academia Brasileira de Hagiologia. Seu ensaio, intitulado “A Coroa de Espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo – Do estudo arqueológico da relíquia à redescoberta de seu simbolismo”, é baseado em uma pesquisa arqueológica e historiográfica.
Em declarações à ACI Digital, Farah explicou que “as relíquias da Paixão revelam detalhes significativos da história de nossa salvação”, por isso, “é fundamental estudar cada uma delas”.
Entretanto, assinalou que, “nas últimas décadas a Santa Síndone atraiu a atenção da maior parte dos pesquisadores. Qualquer novidade sobre a Santa Síndone ganha os noticiários. Na realidade, os sindonologistas enxergam as demais relíquias da Paixão como sombras na mortalha de Cristo”.
Assim, indicou, “a Coroa de Espinhos já foi descrita como um capacete, um gorro, uma carapuça, o que não faria sentido algum do ponto de vista simbólico. Por que os soldados confeccionariam uma coroa em formato tão prosaico?”, questionou-se.
“Resolvi me aprofundar no estudo da Coroa de Espinhos na tentativa de compreender seu real significado. Isso me fez enxergar um novo aspecto no episódio central de nossa salvação, um aspecto fantástico. Digo que o estudo da Coroa me fez resgatar um simbolismo que já havia se perdido, apesar de estar amplamente enraizado nas Sagradas Escrituras”, acrescentou.
Em seu ensaio, Farah explica que “desde os primórdios da arte cristã”, a Coroa de Espinhos de Jesus Cristo “é retratada como uma réplica – em ramos espinhosos – da corona triumphalis romana”.
Entretanto, pontua, “o testemunho de São Vicente de Lérins e estudos recentes acerca da Santa Síndone – ou Santo Sudário de Turim – lançam uma nova luz sobre a Coroa de Espinhos. Para a confecção desse instrumento de suplício, os soldados romanos poderiam ter buscado inspiração em um acessório sagrado da maior autoridade dos judeus: o Sumo Sacerdote”. Assim, a Coroa de Espinhos “não representaria uma autoridade terrena”.
O perito se refere à relíquia da Coroa de Espinha “custodiada na Catedral de Notre-Dame de Paris até o incêndio em abril de 2019”, a qual “consistia em um círculo de juncos trançados, desprovido de espinhos, com 21 centímetros de diâmetro”.
Em seguida, evoca as “palavras de São Vicente de Lérins”, segundo o qual “a Coroa de Espinhos era em forma de píleo, uma espécie de barrete semi-oval de feltro, usado em Roma, que recobria a cabeça”.
Farah, então, cita diversos estudos e especialistas que demonstram como a Coroa de Espinhos tinha um formato diferente da coroa triunfal romana. Segundo ele, pesquisas da Santa Síndone mostram que, “na mortalha de linho de Nosso Senhor, a imagem da parte de trás da cabeça é repleta de ferimentos, revelando que a vítima recebera um objeto que não fora inspirado em uma coroa romana. Seria em forma de píleo, como observado por São Vicente de Lérins, pois cobria-lhe ‘por todos os lados’”.
Além disso, citando os Evangelhos, o perito observa que, ao coroar Jesus com espinhos, “os soldados romanos desejavam fazer uma paródia de investidura real”. Mas, se “tivessem utilizado a corona triumphalis como modelo para a Coroa de Espinhos, estariam tripudiando sobre a autoridade de Roma”, quando o objetivo “era ultrajar Cristo – e o povo judeu”.
O especialista recorda, assim, a figura do Sumo Sacerdote Caifás e assinala que, “aos soldados, aquele homem que ocupava a posição de chefe da corte suprema e conduzia as maiores solenidades no Templo de Salomão se assemelharia mais ao monarca do povo judeu”.
“Uma evidência favorável a essa tese é o formato da Coroa de Espinhos. Ela não representaria um píleo – sem significado ao simulacro da investidura real –, mas remeteria a um dos mais significativos símbolos da maior autoridade religiosa do povo judeu”.
Dessa forma, observa, “a Coroa de Espinhos era formada por um círculo de junco sobre o qual haviam sido dispostos os ramos espinhosos. As duas partes remetem ao adorno que o Sumo Sacerdote usava sobre a cabeça, como sinal de consagração a Deus, durante as solenidades no Templo de Salomão. O círculo de junco representaria a tiara sacerdotal – ou coroa – e os ramos espinhosos assumiriam a forma do turbante sacerdotal. O modelo para a Coroa de Espinhos de Jesus Cristo seria, portanto, a tiara/coroa e o turbante do Sumo Sacerdote”.
Assim, afirma que à pergunta de Pilatos a Jesus, “Você é rei?”, a resposta “seria esboçada pelos soldados romanos, que trajaram Cristo como Sumo Sacerdote – não um rei deste mundo”. Esta resposta seria ainda “aprofundada por um estranho episódio ocorrido durante a crucificação”.
Nesse sentido, recorda as citações evangélicas segundo as quais “o véu do Santuário se rasgou de cima a baixo no instante em que Cristo entregou o espírito, expirou”,
“Esse véu era a cortina que fechava o Santo dos Santos, o lugar em que Deus habitava. Apenas o Sumo Sacerdote podia entrar naquele espaço sagrado – e somente uma vez por ano, no Dia da Expiação. Na solenidade, os pecados do povo judeu eram expiados diante do Senhor. A tradição cristã enxergou no rasgar do véu a supressão da Antiga Aliança. Com o sacrifício na cruz, Cristo redimira os pecados da humanidade e abrira, definitivamente, o caminho para o Reino dos Céus. À luz do simbolismo da Coroa de Espinhos aqui proposto, uma nova dimensão se abre na interpretação do véu rasgado do Templo no instante da morte de Cristo”, ressalta Tucci Farah em seu ensaio.
Ou seja, “no momento em que expirou, Cristo teria entrado no Santo dos Santos como Sumo Sacerdote. E vítima sacrificial”.
Por fim, cita que, “na carta em que discorreu sobre o sacerdócio de Cristo, São Paulo revelou a amplitude do sacerdócio celestial de Cristo: ‘Cristo, porém, veio como Sumo Sacerdote dos bens vindouros. Ele atravessou uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não pertence a esta criação. Entrou uma vez por todas no Santuário, não com sangue de bodes e de novilhos, mas com o próprio sangue, obtendo redenção eterna’ (Hb 9,11-12)”.
“O simbolismo da Coroa de Espinhos aqui desvelado ajuda a enxergar o caminho que Cristo percorreu para levar à Antiga Aliança à plenitude antes de se assentar ‘à direita do trono da Majestade nos céus’ (Hb 8,1)”, concluiu.
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São João Clímaco, monge e mestre espiritual

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- São João Clímaco foi um monge cristão, mestre espiritual e autor do livro “Escada do Paraíso”, que chegou a ser muito popular na Idade Média. O nome desta obra é a fonte do nome deste santo, já que é uma transliteração latina do termo grego klímakos, que significa “da escada”.

O santo “da escada” nasceu na Palestina em 575 e sua vida se desenvolveu quando Bizâncio, capital do Império romano do Oriente, estava em decadência ante as invasões bárbaras e a perda de território
Desde muito pequeno, formou-se lendo os livros de São Gregório Nazianzeno e São Basílio. Aos 16 anos, decidiu ser monge e partiu para o Monte Sinais (Egito).
Segundo os escritos do monge Daniel de Raito, Clímaco teve como mestre o abade Martírio (superior do mosteiro) e, depois de quatro anos de preparação, foi admitido como religioso.
Aos 20 anos, escolheu viver como eremita em uma gruta aos pés de um monte localizado a oito quilômetros do atual mosteiro de Santa Catarina (Monte Sinais).
Desde então, dedicou-se por 40 anos à meditação da Bíblia, oração e alguns trabalhos manuais. Assim, tornou-se um dos maiores sábios da Bíblia e diretor espiritual de dezenas de monges no Oriente.
Em sua velhice, os monges o elegeram abade do mosteiro do Monte Sinais. Naquele tempo, escreveu diversos textos e a “Escada do Paraíso”, um tratado de vida espiritual que descreve o caminho do monge desde a renúncia ao mundo até a perfeição do amor.
No livro, distingue-se três fases sucessivas para alcançar esta perfeição do amor: a primeira é a ruptura com o mundo a fim de voltar ao estado de infância evangélica; a segunda é constituída pela combate espiritual contra as paixões; e a terceira é a perfeição cristã.
São João Clímaco morreu por volta do ano 650. A Igreja o comemora no dia 30 de março.
ACI Digital

Papa Francisco incentiva a reagir diante da pandemia de coronavírus

Papa Francisco na Missa na Casa Santa Marta. Foto: Vatican Media
VATICANO, 30 Mar. 20 / 08:35 am (ACI).- O Papa Francisco assinalou que atualmente existem muitas pessoas "que não conseguem reagir" diante da pandemia de coronavírus, COVID-19, por isso incentivou-as a reerguer-se "para o bem de toda a sociedade".
Assim indicou o Santo Padre nesta segunda-feira, 30 de março, no início da Missa na Casa Santa Marta.
“Rezemos hoje pelas muitas pessoas que não conseguem reagir: permanecem amedrontadas com esta epidemia. Que o Senhor as ajude a reerguer-se, a reagir para o bem de toda a sociedade, de toda a comunidade”, pediu o Papa.
Além disso, durante sua homilia, o Pontífice refletiu sobre as leituras da Liturgia do dia, para incentivar os fiéis católicos a não se envergonharem por estarem na Igreja, mas se envergonharem por serem pecadores.
Referindo-se às duas narrativas diferentes das Sagradas Escrituras, que narram duas mulheres como protagonistas e também descrevem as reações das pessoas que contemplam a cena, o Santo Padre explicou o que o Senhor faz com cada personagem.
"O que o Senhor faz com essas pessoas?", perguntou o Pontífice, que explicou: “À mulher inocente, a salva, lhe faz justiça. À mulher pecadora, a perdoa. Aos juízes corruptos, os condena; aos hipócritas, os ajuda a converter-se".
Por essa razão, o Santo Padre lembrou que “cada um de nós tem as próprias histórias. Cada um de nós os próprios pecados. E se não se recorda, pense um pouco: os encontrará”, alertou.
"Agradeça a Deus se os encontra, porque se não os encontra, você é um corrupto. Cada um de nós tem os próprios pecados. Olhemos para o Senhor que faz justiça, mas que é tão misericordioso. Não nos envergonhemos de estar na Igreja: envergonhemo-nos de ser pecadores”.
Nesta linha, o Papa enfatizou: “A Igreja é mãe de todos. Agradeçamos a Deus por não sermos corruptos, por ser pecadores. E cada um de nós, olhando como Jesus age nestes casos, confie na misericórdia de Deus. E reze, confiante na misericórdia de Deus, porque o Senhor guia pelo justo caminho”.
Antes de concluir a Missa, o Santo Padre rezou novamente em silêncio diante do Santíssimo Sacramento e concedeu a Bênção Eucarística.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF