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sábado, 30 de novembro de 2019

Maria, Concebida sem Pecado

Written by Alessandro Lima

Por Erick Ybarra
Tradução por Alessandro Lima*
Os católicos romanos que utilizam a devoção da Medalha de Nossa Senhora da Graça, também conhecida como devoção à Medalha Milagrosa, oram frequentemente: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Isto é baseado em revelações privadas da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré no início e meados do século XIX.
Os cristãos que foram treinados ou doutrinados nas escolas que vieram da Reforma Protestante quase instintivamente encaram isso como idolatria, superstição e herética. Além de ser uma revelação dúbia para reforçar os erros de Roma, essa oração “Ó Maria, concebida sem pecado” é certamente uma idéia aberrante em contradição direta com o Evangelho e as Escrituras Sagradas.
Gostaria de apontar algo que observei hoje enquanto lia um dos melhores trabalhos sobre mariologia que se poderia encontrar, 2 Volumes Mariology , do Rev. MJ Schebeen. Schebeen não faz essa observação, mas fui atraído por ela lendo sua seção sobre a doutrina da Imaculada Conceição. Aqui, Schebeen estava apontando o fato de que os princípios pelos quais os pais da Igreja primitiva justificavam suas crenças de que a Virgem Maria era “toda santa”, “impecável”, “imaculada” e “sem nenhuma mancha de pecado” comparada a Jesus Cristo, teria facilmente justificado a doutrina da Imaculada Conceição. Aqueles familiarizados com os debates que ocorreram na Igreja Latina sobre o tema da conceição da Virgem no ventre de Santa Ana estarão familiarizados com a dificuldade de tentar dizer se ela deve ter sido santificada no momento preciso de sua concepção, preservando-a efetivamente de todo e qualquer contato com o pecado, ou talvez um momento depois disso. Deve-se ter em mente que nenhum partido neste debate jamais questionou a absoluta impecabilidade da Virgem, nem sua preservação de todos os pecados reais. Os teólogos já tinham uma opinião sobre essa questão –Maria era sem pecado.
Mas como um cristão chegou a uma perspectiva tão “aberrante” sobre isso, pergunta o protestante. Os autores bíblicos, bem como o consenso dos pais da Igreja, testemunham o fato de que “todos pecaram e estão privados da glória de Deus”(Rom 3,23). A missão de Cristo para salvar pecadores é universal e, portanto, todo ser humano que deve receber essa salvação (e isso inclui a Virgem Maria) é certamente um pecador que precisa dela. Santo Agostinho, acima de todos os outros, foi inflexível quanto à depravação universal da raça humana marcada por seu primeiro pai, Adão. Para os protestantes, manter uma exceção à poderosa corrente dessa regra universal de pecaminosidade humana para qualquer pessoa, seja a Virgem Mãe de Deus ou qualquer outra pessoa, exigiria uma força bastante excepcional. Tão claras e inconfundíveis, dizem eles, são as palavras das Escrituras Sagradas: “Se dizemos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós”(1 João 1,8). Mesmo a menor hipótese de que alguém possa não estar sujeito a esse decreto divino pareceria querer que as pessoas fossem enganadas.
É apenas um sinal de boa saúde, na mente de um teólogo, afirmar que Maria seria incluída no contágio universal do pecado original e seus efeitos na vida de cada indivíduo (isto é, escravizado ao pecado), a menos que alguns motivos extraordinários proporcionariam uma exceção. Foi apenas a mente de Santo Agostinho que, mesmo em meio a seus argumentos, que demonstraram que toda a humanidade foi subjugada pelo poder do pecado, tinha amplas razões em sua própria mente para reservar uma exceção para a Virgem Maria.
Em De Natura et Gratia ,  Santo Agostinho respondeu a Pelágio, que declarou que tantos santos do Antigo Testamento haviam vivido sem nenhum pecado, incluindo, principalmente, a  “’mãe de nosso Senhor e Salvador’, a respeito da qual ele diz: ‘ piedade exige que a confessemos isenta de todo pecado ‘”.
Para Pelágio, a doutrina de massa damnata (massa de condenados) de Santo Agostinho englobaria aqueles que eram sem pecado sob o poder do pecado. E assim ele pensou que poderia contradizer isso apontando para a vida de certos santos, mas acima de tudo, a Virgem Maria que ele pensava exigia a crença de que ela não tinha pecado.
A isso Santo Agostinho responde: “Devemos, exceto a santa Virgem Maria, a respeito da qual não desejo levantar dúvidas quando toca o assunto dos pecados, por honra ao Senhor; pois Dele sabemos que abundância da graça para vencer o pecado em todos os aspectos foi conferida àquela que tinha o mérito de conceber e suportar Aquele que sem dúvida não tinha pecado.“. Portanto, aqui está o próprio teólogo da Igreja primitiva do pecado original, o principal estudioso da condenação universal e da necessidade da graça de Deus, e o melhor expositor da predestinação incondicional, e, no entanto, ele não é encontrado tendo o problema que o protestante encontra quando instintivamente é repugnado pelo pensamento de que a Virgem Maria pode ser considerada excluída da lei do pecado. E por que? Nenhuma justificativa convincente em particular é dada além da proximidade da Virgem com nosso Senhor Jesus Cristo, em particular, ela sendo Sua mãe. A maternidade divina da bem-aventurada Virgem Maria foi suficiente para que esse médico patrístico fizesse uma exceção à Virgem Maria, devido à misericórdia e graça de Deus.
Portanto, não é de admirar que outros Padres da Igreja fossem consistentes com Santo Agostinho aqui, referindo-se à Virgem como absolutamente sem pecado e sem qualquer mancha. O que poderia fazer com que homens conservadores, cientes da universalidade do pecado original e real, abrissem uma exceção para a Virgem? Só poderia ser porque a tradição cristã primitiva forneceu amplo testemunho para fazê-lo. E se isso já era aceitável tão cedo e por um teólogo tão conservador, isso deveria ser motivo suficiente para o protestante reconsiderar. E se a Virgem Maria deve ser considerada preservada de todos os pecados reais, de maneira apropriada, o mesmo princípio, aplicado apenas com mais força, justificaria igualmente a idéia de que a Virgem foi preservada de todo pecado, de modo que, mesmo em seu primeiro momento de existência.
Curiosamente, a doutrina de Santo Agostinho sobre o pecado original foi tão escandalosa para certos teólogos, como Pelágio, e alguém como o famoso Juliano anti-agostiniano se opôs ao pecado original com estas palavras:  “Jovinianus destruiu a virgindade de Maria pelo modo como ela deu à luz; mas você entrega a própria Maria ao diabo pela maneira de seu nascimento ”
Em outras palavras, o heróico Jovinianus insultou a Virgem por insistir que ela tinha mais filhos do que nosso Senhor (cf. refutação de São Jerônimo), e agora a doutrina de pecado original de Santo Agostinho acrescenta um segundo insulto à insistência de todos os homens nascerem sujeitos ao pecado original, tornando assim o nascimento de Nossa Senhora como sendo subjugado pelo pecado. Bem, sejamos claros aqui: as preocupações dos teólogos do século V em relação à Virgem não são nada próximas das preocupações protestantes modernas. Quem está preocupado no mundo protestante de ter sua teologia implicada que a Virgem é tocada pelo pecado ou que ela teve outros filhos além do Senhor? Isso mostra a diferença entre o mundo protestante e a igreja patrística. De qualquer forma, Santo Agostinho responde a essa acusação dizendo o seguinte: “Não entregamos Maria ao diabo pela maneira como ela nasceu, mas porque a condição de seu nascimento é explicada pela graça de seu renascimento ”(Opu imperf. Contra Julianum, IV, 122; PL, XLV.1418; texto de Juliano acima citado por Agostinho, ibid.1417; Inglês extraído de Schebeen, Mariology p. 73). Schebeen comenta esse ditado: “Se Santo Agostinho quisesse dizer simplesmente que, por causa de seu renascimento posterior (mais tarde na vida), ele não entregou Maria ao diabo para sempre, sua resposta não atendeu e teria que ser entendido de maneira bem diferente. Em outras palavras, ele vê nisso uma insinuação de que a Virgem foi purificada, na mente de Santo Agostinho, em algum momento próximo ao seu nascimento, a fim de evitar a refutação de Juliano.
Se isso tem algum mérito, é claro que os princípios subjacentes à teologia de Juliano e Santo Agostinho, a saber, que a pureza e a falta de pecado da Virgem devem ser necessariamente protegidos e a suposição mais apropriada, apenas levariam a concluir que algo como a reconciliação do Beato Dun Scotus de como a Virgem poderia ter sido santificada no exato momento de sua concepção segue a força da razão, se nada mais.
* Traduzido do original em inglês “Mary, Conceived Without Sin” disponível em https://erickybarra.org/2019/11/17/mary-conceived-without-sin/#more-7586

Veritatis Splendor

Santo André Apóstolo, a “ponte do Salvador”

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 30 de novembro, é celebrada a festa de Santo André Apóstolo, irmão de Pedro e patrono da Igreja Ortodoxa. As passagens dos Evangelhos que mostram como André aproximou algumas pessoas de Jesus lhe renderam o título de “ponte do Salvador”.

Santo André nasceu na Betsaida. De início, foi discípulo de João Batista e logo começou a seguir Jesus. Foi por intermédio dele que Pedro conheceu o Senhor. “Encontramos o Messias”, disse ao seu irmão.
Aparece ainda no episódio da multiplicação dos pães e dos peixes, quando indica a Jesus um jovem que tinha apenas cinco pães e dois peixes.
Além disso, ao lado de Filipe, dirige-se a alguns gregos e os leva a conhecer o Salvador.
A tradição assinala que, depois do Pentecostes, o apóstolo André pregou em muitas regiões e foi crucificado na Acaia, Grécia. Diz-se que a cruz em que morreu tinha forma de “X”, a qual ficou conhecida popularmente como “cruz de Santo André”.
Esta cruz recebeu as seguintes palavras do apóstolo: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”.
Santo André é também fundador da Igreja em Constantinopla, nome antigo da atual cidade do Istambul, na Turquia.
Em um dia como este em 2014, o Papa Francisco, sucessor do Pedro, e o Patriarca Bartolomeu, herdeiro de Santo André, renovaram na Turquia os laços de irmandade entre ambas as Igrejas.
Naquela ocasião, durante a homilia, Francisco dirigiu estas palavras ao Patriarca: “Amado irmão, caríssimo irmão, estamos já a caminho, a caminho para a plena comunhão e já podemos viver sinais eloquentes de uma unidade real, embora ainda parcial. Isso nos conforta e sustenta na prossecução deste caminho”.
Por fim, declarou: “Temos a certeza de que, ao longo desta estrada, somos apoiados pela intercessão do Apóstolo André e do seu irmão Pedro, considerados pela tradição os fundadores das Igrejas de Constantinopla e de Roma. Imploramos de Deus o grande dom da unidade plena e a capacidade de o acolher nas nossas vidas. E não nos esqueçamos jamais de rezar uns pelos outros”.
ACI Digital

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Novena a Imaculada Conceição

REDAÇÃO CENTRAL, 29 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- “A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original”, afirma a Bula “Ineffabilis Deus” sobre a Imaculada Conceição de Maria.

A poucos dias desta grade solenidade mariana, que é celebrada em 8 de dezembro, apresentamos uma novena disponibilizada pelo aplicativo Católico Orante, para pedir a intercessão da Virgem Maria junto a Deus.
Oração para todos os dias
Deus vos salve, Maria, cheia de graça e bendita mais que todas as mulheres, Virgem singular, Virgem soberana e perfeita, eleita por Mãe de Deus e preservada por Ele de toda culpa desde o primeiro instante de sua Concepção:
Assim como por Eva nos veio a morte, assim nos vem a vida por ti, que pela graça de Deus tens sido eleita para ser Mãe do novo povo que Jesus Cristo tem formado com seu Sangue.
A ti, puríssima Mãe, restauradora da caída linhagem de Adão e Eva, viemos confiantes e suplicantes nesta novena, para rogar que nos concedas a graça de sermos verdadeiros filhos teus e de teu Filho Jesus Cristo, livres de toda mancha de pecado.
Confiantes, Virgem Santíssima, que haveis sido feita Mãe de Deus, não somente para vossa dignidade e glória, senão também para salvação nossa e proveito de todo o gênero humano.
Confiantes que jamais se tem ouvido dizer que um somente de quantos tem acudido a vossa proteção e implorado vosso socorro, tem já sido desamparado.
Não me deixeis, pois, a mim tampouco, porque se me deixais me perderei;
Que eu tampouco quero deixar a vos, antes bem, cada dia quero crescer mais em vossa verdadeira devoção.
Alcançai-me principalmente estas três graças:
A primeira, não cometer jamais pecado mortal;
A segunda, um grande apreço da virtude cristã,
A terceira, uma boa morte.
Além disso, dai-me a graça particular que vos peço nesta novena.
Fazer aqui o pedido que se deseja obter.
Rezar a oração do dia correspondente (apresentada logo abaixo)
Orações finais
Bendita seja tua pureza e eternamente o seja, pois todo um Deus se recreia em tão graciosa beleza.
A ti, celestial Princesa, Virgem Sagrada Maria, vos ofereço neste dia alma, vida e coração.
Olhai-me com compaixão, não me deixes, Mãe minha.
Rezar três Ave-Marias.
Tua Imaculada Concepção, Oh! Virgem Mãe de Deus, anunciou alegria ao universo inteiro.
Oração
Oh! Deus meu, que pela Imaculada Concepção da Virgem, preparaste digna habitação a teu Filho:
Vos rogamos que, assim como pela previsão da morte de teu Filho livrai-vos a ela de toda mancha, assim a nós nos concedas por sua intercessão chegar a Vós limpos de pecado.
Pelo mesmo Senhor nosso Jesus Cristo. Amém.
Primeiro dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria do pecado original em sua Imaculada Concepção, e a nós nos fizeste o grande beneficio de livramos dele por meio de teu Santo batismo, assim vos rogamos humildemente nos concedas a graça de nos portarmos sempre como bons cristãos, regenerados em ti, Nosso Pai Altíssimo.
Segundo dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria de todo pecado mortal em toda sua vida e a nós nos dais graça para evita-lo e o Sacramento da confissão para remedia-lo, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de não cometer nunca pecado mortal, e se acontecer tão terrível desgraça, a de sair dele quanto antes por meio de uma boa confissão.
Terceiro dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria de todo pecado venial em toda sua vida, e a nós nos pedes que purifiquemos mais e mais nossas almas para sermos dignos de ti, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de evitar os pecados veniais e a de procurar e obter cada dia mais pureza e delicadeza de consciência.
Quarto dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como livrais a Maria da inclinação ao pecado e lhe destes domínio perfeito sobre todas suas paixões, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas a graça de ir domando nossas paixões e destruindo nossas más inclinações, para que vos possamos servir, com verdadeira liberdade de espírito, sem imperfeição nenhuma.
Quinto dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como, desde o primeiro instante de sua Concepção, destes a Maria mais graça que a todos os Santos e anjos do céu, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos inspires um apreço singular da divina graça que Vós nos adquiriste com teu sangue, e nos concedas o aumentar mais e mais com nossas boas obras e com a recepção de teus Santos Sacramentos, especialmente o da Comunhão.
Sexto dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como, desde o primeiro momento, destes a Maria, com toda plenitude, as virtudes sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, assim vos suplicamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a nós a abundancia destes mesmos dons e virtudes, para que possamos vencer todas as tentações e tenhamos muitos atos de virtude dignos de nossa profissão de cristãos.
Sétimo dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como destes a Maria, entre as demais virtudes, uma pureza e castidade eximia, pela qual é chamada Virgem das virgens, assim vos suplicamos, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a dificilíssima virtude da castidade, que tantos tem conservado mediante a devoção da Virgem e tua proteção.
Oitavo dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como destes a Maria a graça de uma ardentíssima caridade e amor de Deus sobre todas as coisas, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas um amor sincero de ti,
Oh! Deus Senhor nosso!
Nosso verdadeiro bem, nosso bem feitor, nosso Pai, e que antes queiramos perder todas as coisas que ofender-Vos com um somente pecado.
Nono dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como tens concedido a Maria a graça de ir ao céu e de ser nele colocada no primeiro lugar depois de Vós, vos suplicamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas uma boa morte, que recebamos bem os últimos sacramentos, que expiremos sem mancha nenhuma de pecado na consciência e vamos ao céu, para sempre aproveitar, em tua companhia e a de nossa Mãe, com todos os que se tem salvado por ela.
ACI Digital

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Imersão ou infusão?


Written by Veritatis Splendor

·         Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
·         Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
·         Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Por que a Igreja [Católica] não batiza por imersão como todas as outras igrejas?
A Igreja reconhece uma das três formas de batismo como válidas:
1) Imersão – ou mergulho.
2) Infusão – ou derramamento.
3) Aspersão – ou pingamentos.
De qualquer forma, é necessário que o ministro tenha a intenção apropriada, ou seja, a de remover o pecado original.
A Igreja emprega a infusão por razões práticas, pois seria impossível mergulhar um bebê, uma pessoa na prisão ou uma pessoa num hospital…
Embora seja verdade que até o século XIII, a Igreja geralmente batizava por imersão, encontramos autoridade para DERRAMAR água num dos livros mais antigos do Cristianismo, a “Didaqué” ou “Doutrina dos Doze Apóstolos”, que remonta ao ano 98. Neste livro, lemos:
 “Batiza em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não tiveres água corrente, batiza com outra água; se não puder ser fria, então quente. Mas se não houver nem uma nem outra, derrama água na cabeça três vezes, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Veritatis Splendor

Coroa do Advento

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Nov. 19 / 06:00 am (ACI).- A Igreja se prepara para iniciar o tempo do Advento no próximo domingo, 1º de dezembro. Como é tradição, os fiéis se reunirão para rezar e acender a primeira vela da Coroa do Advento.

Confira a seguir, 5 detalhes que todo cristão deve saber sobre a Coroa.
1. É exemplo da cristianização da cultura
A Coroa do Advento tem a sua origem em uma tradição pagã europeia, que consistia em prender velas durante o inverso para representar o fogo do deus sol e pedir-lhe que voltasse com sua luz e calor.
Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas e lhes ensinaram que deviam aproveitar esta Coroa do Advento como meio para esperar Cristo, celebrar seu nascimento e lhe pedir que infunda sua luz em suas almas.
2. Sua forma circular é sinal do amor de Deus
O círculo é uma figura geométrica que não tem princípio nem fim. A Coroa do Advento recorda que Deus também não tem princípio nem fim, por isso reflete sua unidade e eternidade. É sinal do amor que se deve ter pelo Senhor e pelo próximo, o qual deve se renovar constantemente e nunca acabar.
3. Os ramos verdes representam Cristo vivo
Verde é a cor da esperança e da vida. Os ramos significam que Cristo está vivo entre nós. A cor verde também recorda a vida de graça, o crescimento espiritual e a esperança que devemos cultivar durante o Advento. O desejo mais importante deve ser querer chegar a uma união mais forte com Deus, nosso Pai, assim como a árvore e seus ramos.
4. As quatro velas representam cada domingo do Advento
As velas permitem refletir sobre a escuridão provocada pelo pecado, o qual deixa o homem cego e o afasta de Deus. Depois da primeira queda do homem, Deus foi dando pouco a pouco uma esperança de salvação que iluminou todo o universo, como as velas da Coroa.
Neste sentido, assim como as trevas se dissipam com cada vela que acendemos, os séculos foram se iluminando cada vez mais com a proximidade da chegada de Cristo ao mundo.
As quatro velas colocadas na Coroa de Advento são acesas semana a semana, nos quatro domingos do Advento e com uma oração especial.
5. Uma das velas é rosa
Tradicionalmente as velas da Coroa de Advento são três roxas e uma rosa, esta é acesa no terceiro Domingo do Advento. Este dia é conhecido também como “Domingo Gaudete”, ou da alegria, devido à primeira palavra do prefácio da Missa: Gaudete (regozijem-se).
A cor roxa representa o espírito de vigilância, penitência e sacrifício que devemos ter para nos prepararmos adequadamente para a chegada de Cristo. A cor rosa representa a alegria que sentimos diante da proximidade do nascimento do Senhor.
Em alguns lugares, todas as velas da Coroa são substituídas por velas vermelhas e, na Noite de Natal, é colocada no centro da coroa uma vela branca, simbolizando Cristo como centro de tudo que existe.
Sugestões
a) Recomenda-se fazer a coroa de Advento em família, aproveitando a ocasião para ensinar as crianças o sentido e o significado de tal símbolo do Natal.
b) A coroa deverá estar em um lugar especial da casa, de preferência onde seja facilmente visível por todos, recordando assim a vinda cada vez mais próxima do Senhor Jesus e a importância de se preparar bem para este momento.
c) É conveniente fixar um horário para se fazer a liturgia da Coroa do Advento de maneira que seja uma ocasião familiar e ordenada, com a participação consciente de todos.
d) Recomenda-se repartir as funções de cada membro da família durante a liturgia. Um acende a vela, outro lê a passagem bíblica, outro faz algumas preces, a fim de que todos possam participar e que seja uma ocasião de encontro familiar.
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Santa Catarina Labouré, vidente da Medalha Milagrosa

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Em 28 de novembro, a Igreja celebra Santa Catarina Labouré, vidente da Medalha Milagrosa, a quem a Virgem disse: “Deus quer te confiar uma missão; te custará trabalho, mas vencerás se pensar que o fará para a glória de Deus”.

Santa Catarina Labouré nasceu na França em 1806, em uma família camponesa. Ficou órfã de mãe aos nove anos e pediu à Virgem que fosse sua mãe. Sua irmã foi admitida como religiosa vicentina e Catarina teve que se ocupar das tarefas do lar e, por isso, não pôde aprender a ler nem escrever.
Mais tarde, pediu ao seu pai que permitisse que ela se tornasse religiosa em um convento, mas ele negou. Então, pedia ao Senhor que lhe concedesse este desejo. Tempos depois, viu em sonhos um sacerdote idoso que lhe disse: “um dia irá me ajudar a cuidar dos enfermos”.
Aos 24 anos, visitou sua irmã religiosa e, no convento, viu a imagem de São Vicente de Paulo e percebeu que ele era o sacerdote que viu em seus sonhos. Desde então, propôs-se a ser religiosa vicentina e não se deteve até ser aceita na comunidade.
Foi enviada a Paris, onde realizou os ofícios mais humildes e esteve cuidou dos idosos da enfermaria. Em 27 de novembro de 1830, a Virgem Maria apareceu a ela na capela do convento e lhe pediu que cunhasse a Medalha de acordo com o que estava vendo na aparição.
Com o tempo e diante da intercessão do confessor da Santa, o Arcebispo de Paris permitiu que se fabricasse a medalha e começaram os milagres, tal como a Virgem havia prometido.
Com a morte de seu confessor, que sabia tudo sobre as aparições, substituiu-o outro que, ao escutar os fatos extraordinários, não a compreendeu. Enquanto isso, Santa Catarina guardava em segredo sua história com a Virgem até que lhe renovaram o confessor.
A Santa sabia que se aproximava o tempo de partir e, depois de pedir o conselho à Virgem, confiou seu segredo à superiora, que conseguiu que fosse erguida no altar uma estátua que perpetuasse a recordação das aparições.
Partiu para a Casa do Pai aos 70 anos, em 31 de dezembro de 1876. Quando abriram a sua sepultura, 56 anos depois, para o reconhecimento oficial de suas relíquias, encontraram seu corpo incorrupto. Foi beatificada por Pio XI, em 1933, e canonizada por Pio XII, em 1947.
ACI Digital

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Nossa Senhora das Graças, a Virgem da Medalha Milagrosa

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança”, disse Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, no dia 27 de novembro de 1830.

Foi nesse ano de 1830 que a Virgem Maria apareceu para a Irmã Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, primeiramente na noite de 18 de junho. Um anjo despertou a religiosa e a conduziu até a capela, onde encontrou a Mãe de Deus e conversou com ela por mais de duas horas, ao final da qual Maria lhe disse: “Voltarei, minha filha, porque tenho uma missão para te confiar”.
No dia 27 de novembro do mesmo ano, a Santíssima Virgem voltou a aparecer para Catarina. A Mãe de Deus estava com uma veste branca e manto azul. Conforme relatou a religiosa, era de uma “beleza indizível”. Os pés estavam sobre um globo branco e esmagavam uma serpente.
Suas mãos, à altura do coração, seguravam um pequeno globo de ouro, coroado com uma pequena cruz. Levava nos dedos anéis com pedras preciosas que brilhavam e iluminavam em toda direção.
A Virgem olhou para Santa Catarina e lhe disse: “O globo que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França e cada alma em particular. Estes raios são o símbolo das graças que Eu derramo sobre as pessoas que me pedem. As pérolas que não emitem raios são as graças das almas que não pedem”.
O globo de ouro que a Virgem Maria estava segurando se desvaneceu e seus braços se estenderam abertos, enquanto os raios de luz continuavam caindo sobre o globo branco dos pés.
Nesse momento, formou-se um quadro oval em torno de Nossa Senhora, com as seguintes palavras em letras douradas: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.
Então, Maria pediu que Catarina mandasse cunhar a medalha, segundo o que estava vendo.
A aparição girou e no reverso estava a letra “M” encimada por uma cruz que tinha uma barra em sua base, a qual atravessava a letra. Embaixo figurava o coração de Jesus, circuncidado com uma coroa de espinhos, e o coração de Nossa Senhora, transpassado por uma espada. Ao redor havia doze estrelas.
A manifestação voltou a acontecer por volta do final de dezembro de 1830 e princípio de janeiro de 1831.
Em 1832, o Bispo de Paris autorizou a cunhagem da medalha e assim se espalhou pelo mundo inteiro. Inicialmente a medalha era chamada “da Imaculada Conceição”, mas quando a devoção se expandiu e se produziram muitos milagres, foi chamada “Medalha Milagrosa”, como é conhecida até nossos dias.
Para celebrar este dia em que recordamos Nossa Senhora das Graças, confira a seguir a oração para pedir o auxílio da Virgem:
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, do poder ilimitado que vos deu o vosso divino Filho sobre o seu coração adorável. Cheio de confiança na vossa intercessão, venho implorar o vosso auxílio. Tendes em vossas mãos a fonte de todas as graças que brotam do Coração amantíssimo de Jesus Cristo; abri-a em meu favor, concedendo-me a graça que ardentemente vos peço. Não quero ser o único por vós rejeitado; sois minha Mãe, sois a soberana do coração de vosso divino Filho.
Sim, ó virgem santa, não esqueçais as tristezas desta terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, pelo exílio ou pela morte. Tende piedade dos que choram dos que suplicam e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, à minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa!
Amém.
ACI Digital

terça-feira, 26 de novembro de 2019

“Tarde de Amei!” De Santo Agostinho, uma das mais arrebatadoras orações de todos os tempos.

Santo Agostinho
“Et ecce intus eras et ego foris et ibi te quaerebam, et in ista formosa quae fecisti deformis irruebam…”

     1. Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.

    2. Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas dentro e eu fora! Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo…


  3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu a minha surdez… “Fizeste-me entrar em mim mesmo… Para não olhar para dentro de mim, eu tinha me escondido. Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo eu estava”. Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha… Uma voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.

     4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: “Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s). Aquelas Palavras ressoaram dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida.


    5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente o meu coração.

    6. Provei-Te, e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!


      7. E agora, Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…

     8. Tarde te amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme e nada belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo… Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!

Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29.

Veritatis Splendor

O que é o Advento e como podemos vivê-lo?

Advento (ACI Digital)
REDAÇÃO CENTRAL, 26 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- O Advento é o tempo de preparação para celebrar o Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo Ano Litúrgico católico e em 2019 começará no domingo, 1º de dezembro.

Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”. Começa com o domingo mais próximo da festa de Santo André (30 de novembro) e dura quatro semanas.
O Advento está dividido em duas partes: as primeiras duas semanas servem para meditar sobre a vinda do Senhor quando ocorrer o fim do mundo; enquanto as duas seguintes servem para refletir concretamente sobre o nascimento de Jesus e sua irrupção na história do homem no Natal.
Nos templos e casas são colocadas as coras do Advento e se acende uma vela a cada domingo. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote e as toalhas do altar são roxos, como símbolo de preparação e penitência. A exceção é o terceiro domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no qual pode se usar a cor rósea.
A fim de fazer sensível esta dupla preparação de espera, durante o Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na Missa, não é proclamado o hino do Glória.
O objetivo desses simbolismos é expressar de maneira tangível que, enquanto dura a peregrinação do homem, falta-lhe algo para seu gozo completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a Igreja terá chegado à sua festa completa, representada pela Solenidade do Natal.
Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações no trabalho, as provas na escola, os ensaios com o coral ou teatro de Natal, a arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se esqueçam do verdadeiro sentido deste tempo. Por isso, é preciso recordar que a principal preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de Jesus.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos acontecimentos e nos irmãos; a conversão, procurando consertar os próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direção Reino do Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria, José, João Batista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.
Fonte: ACI Digital

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Cardeal propõe as "bem-aventuranças" da Virgem Maria para o Advento

Imagem referencial. Crédito: Pixabay.
MADRI, 25 Nov. 19 / 04:00 pm (ACI).- Por ocasião do Advento, o Cardeal Carlos Osoro, Arcebispo de Madri, propôs uma série de “bem-aventuranças” ou “características fundamentais” que Nossa Senhora viveu e que explicam a grandeza de sua entrega ao Senhor.
Em uma carta pelo Advento intitulada "A Mãe e nosso encontro com Ela", publicada em dezembro de 2018, mas que mantêm sua atualidade para 2019, o Cardeal propôs "oito características fundamentais que, contemplando a Virgem Maria, descubro como bem-aventuranças que o Senhor quer nos entregar”.
Nesse sentido, explicou que a bem-aventurança "da grandeza brota em Maria pela fé em Deus, mesmo em momentos de escuridão". Porque, como destacou, "Ela prefere confiar em Deus, um Deus que nos ama incondicionalmente, um Deus que quis estabelecer sua presença entre os homens e que deseja mantê-la através da Igreja".
Outra está relacionada com “a grandeza que brota também de seu amor: nunca deixou de amar, nunca esteve contra ninguém. Inclusive quando viu com seus próprios olhos como seu Filho Jesus Cristo morria na cruz, continuou amando. Pediu-lhe que fosse a mãe de todos os homens e Ela o tornou visível no apóstolo João”.
Além disso, mencionou a bem-aventurança da “grandeza que brota de sua simplicidade”, porque “tornou natural aquilo que era sobrenatural, fácil o que era difícil, simples o que era complicado, ordinário o que era extraordinário” e “da grandeza que brota de sua humildade: sua escolha para ser Mãe de Deus não foi motivo para vangloriar-se, esqueceu e nunca levou em consideração o que fizeram com ela, como, por exemplo, fechar-lhe as portas quando ia dar à luz”.
Também destacou como bem-aventurança “a grandeza que brota de sua obediência, pois não pretendeu determinar a forma de seguir a Deus, mas deixou que Deus se dispusesse dela como quisesse”. E também a relacionada com “a grandeza que brota de sua fidelidade, mesmo a custa de grandes sofrimentos. Sofreu tudo que humanamente se pode sofrer sem se queixar”.
O Cardeal também se referiu à “bem-aventurança da grandeza que brota de sua força: foi capaz de carregar uma cruz, cantar o magnificat e falar com tranquilidade sobre outras coisas”; e a que brota de “saber manter-se junto à Cruz de seu filho, da forma como pedia seu coração de Mãe, de pé”.
O Cardeal Osoro também incentiva a deixar-se "questionar por Deus tendo adiante à Virgem Maria”, e incentiva a recitar o Magnificat antes de se fazer as perguntas transcendentais da vida.
Do mesmo modo, exorta "a viver como filho de Deus e irmão de todos os homens" para experimentar "a grande bênção de Deus que é viver com, por e a partir do amor de Deus" e deixar que Deus diga "Alegra-te, o Senhor está contigo" e aproximar a nossa Mãe de nossa vida, colocar-se ao lado dela e escutar junto com ela “essas palavras que enchem a vida de um ser humano de alegria, percebendo que Deus conta contigo; ama-te, deseja que lhe faças presente neste mundo”.
O Arcebispo de Madri também incentivou a não temer, porque, da mesma forma como Deus fez com a sua Mãe, “vai te ajudar com a sua graça e com seu amor, concederá a ti a sua força para fazer o que, para a tua razão, parece impossível. É preciso apenas que te coloques diante de Deus como Maria, diga-lhe assim: ‘Aqui me tens Senhor, confio em Ti, confio em tua Palavra’”.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF