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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Angelus: Festejar o nosso Batismo significa reafirmar a nossa adesão a Jesus

Papa Francisco cumprimenta os fiéis presentes na Praça de São Pedro, Quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Neste domingo depois da Epifania, celebramos o Batismo de Jesus e recordamos com gratidão o nosso Batismo. Neste contexto, esta manhã batizei 26 recém-nascidos: rezemos por eles!
O Evangelho apresenta Jesus, nas águas do Rio Jordão, no centro de uma revelação divina. Escreve São Lucas: depois de receber o Batismo, o céu se abriu e desceu sobre Ele o Espírito Santo em forma corporal, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho; eu, hoje, te gerei” (Lc 3,21-22). Jesus é consagrado e manifestado pelo Pai como o Messias salvador e libertador.
Neste evento - testemunhado por todos os quatro Evangelhos – ocorreu a passagem do Batismo de João Batista, com base no símbolo da água, ao Batismo de Jesus com o Espírito Santo e com o fogo (Lc 3,16). De fato, no Batismo cristão, o Espírito Santo é o artífice principal: “É Ele que queima e destrói o pecado original, restituindo ao batizado a beleza da graça divina; é Aquele que nos liberta do domínio das trevas, isto é, do pecado, e nos transfere para o reino da luz, ou seja, do amor, da verdade e da paz. Pensemos a qual dignidade nos eleva o Batismo! "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato” (1 Jo 3,1), exclama o apóstolo João. Esta realidade estupenda de seremos filhos de Deus comporta a responsabilidade de seguir Jesus e reproduzir em nós mesmos os seus traços: mansidão, humildade e ternura. E isso não é fácil, especialmente se nos circunda tanta intolerância, soberba e dureza. Mas é possível com a força que nos vem do Espírito Santo!
O Espírito Santo, recebido pela primeira vez no dia do nosso Batismo, abre o nosso coração para a verdade, toda a verdade. O Espírito conduz a nossa vida no difícil, mas alegre caminho da caridade e da solidariedade para com os nossos irmãos. O Espírito nos dá a ternura do perdão divino e nos permeia com a força invencível da misericórdia do Pai. Não nos esqueçamos de que o Espírito Santo é uma presença viva e vivificante naquele que O aceita, reza em nós e nos enche de alegria espiritual.
Hoje, Festa do Batismo de Jesus, pensemos no dia do nosso Batismo. Todos nós fomos batizados, sejamos gratos por este dom. E eu pergunto: Quem sabe a data de seu batismo? Certamente não todos. Então, eu os convido a procurar a data, perguntando, por exemplo, para seus pais, seus avós, seus padrinhos ou na paróquia. É muito importante saber, porque é uma data para comemorar: é a data do nosso renascimento como filhos de Deus. Por isso, a lição de casa para esta semana: procurar a data do meu Batismo. Comemorar esse dia significa reafirmamos a nossa adesão a Jesus, com o compromisso de viver como cristãos, membros da Igreja e de uma nova humanidade, onde todos são irmãos.
A Virgem Maria, primeira discípula de seu Filho Jesus, ajude-nos a viver com alegria e zelo apostólico o nosso Batismo, recebendo a cada dia o dom do Espírito Santo, que nos faz filhos de Deus.
Zenit.org

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Papa Francisco explica na Epifania a missão da Igreja e o significado dos Reis Magos



Vaticano, 06 Jan. 16 / 11:10 am (ACI).- O Papa Francisco assegurou hoje que a missão da Igreja é anunciar o Evangelho e iluminar a vida das pessoas e dos povos. Além disso, pediu seguir a luz que conduz a Jesus e falou dos Reis Magos como “prova viva de que as sementes de verdade estão presentes em todas partes”.
Nesta manhã, o Pontífice presidiu a Missa por motivo da Solenidade da Epifania do Senhor na Basílica de São Pedro e disse: “A Igreja não pode se iludir de brilhar com luz própria”, mas deve brilhar “com a luz de Cristo”.
“Cristo é a luz verdadeira, que ilumina; e a Igreja, na medida em que permanece ancorada Nele, na medida em que se deixa iluminar por Ele, consegue iluminar a vida das pessoas e dos povos”, acrescentou.
Francisco assegurou que “todos necessitamos desta luz”, pois “anunciar o Evangelho de Cristo não é uma opção que podemos fazer dentre muitas, nem é uma profissão”.
“Para a Igreja, ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja, ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: ser iluminada por Deus e refletir a sua luz. Esse é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam conhecer o rosto do Pai!”.
O Santo Padre também falou que os Reis Magos “são um testemunho vivo de como estão presentes por todo lado as sementes da verdade, pois são dom do Criador que a todos chama a reconhecê-Lo como Pai bom e fiel”.
“Os Magos representam as pessoas dos quatro cantos da terra que são acolhidas na casa de Deus. Na presença de Jesus, já não há qualquer divisão de raça, língua e cultura: naquele Menino, toda a humanidade encontra a sua unidade. E a Igreja tem o dever de reconhecer e fazer surgir, de forma cada vez mais clara, o desejo de Deus que cada um traz dentro de si”.
Em seguida, Francisco assinalou: “Como os Magos, ainda hoje há muitas pessoas que vivem com o ‘coração inquieto’, continuando a se questionar sem encontrar respostas certas. A inquietude do Espírito Santo que move o coração. Também elas andam à procura da estrela que indica a estrada para Belém”.
“Deram ouvidos a uma voz que, no íntimo, os impelia a seguir aquela luz” e a travessia que realizaram “é uma lição para nós”.
“Hoje em dia precisamos repetir a pergunta dos Reis Magos: ‘Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo’. Somos chamados, sobretudo num tempo como o nosso, a procurar os sinais que Deus oferece, cientes de que requer o nosso esforço para os decifrar e, assim, compreender a vontade divina”.
Ao finalizar, o Papa Francisco expressou: “Somos desafiados a ir a Belém encontrar o Menino e sua Mãe. Sigamos a luz que Deus nos oferece! A luz que irradia do rosto de Cristo, cheio de misericórdia e fidelidade”.
E, quando chegarmos junto d’Ele, devemos adorá-lo com todo o coração e oferecer-lhe de presente a nossa liberdade, a nossa inteligência, o nosso amor, pois aqui está a fonte daquela luz que atrai a si toda pessoa e orienta o caminho dos povos pela senda da paz” concluiu.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF