Translate

sábado, 31 de outubro de 2020

Bispo italiano renuncia para se dedicar a uma vida de oração em um mosteiro da África

Bispo Giovanni D'Ercole. Foto: Diocese de Ascoli Piceno

Roma, 31 out. 20 / 11:00 am (ACI).- A sala de imprensa da Santa Sé informou no dia 29 de outubro que o Papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Ascoli Piceno (Itália) apresentada por Dom Giovanni D'Ercole, que agora se dedicará à vida monástica de silêncio e oração.

Ao mesmo tempo, o Santo Padre nomeou Dom Domenico Pompili, Bispo de Rieti, como Administrador Apostólico da mesma Sé.

Dom D'Ercole, de 73 anos, destacou em um vídeo que essa renúncia "é uma escolha difícil, dolorosa, mas profundamente livre, inspirada pelo serviço à Igreja e não por interesses pessoais".

“Num momento difícil como este, em que reina a confusão, há muito medo na sociedade e sinto profundamente a necessidade de me dedicar à oração”, alertou.

Neste sentido, Dom D'Ercole anunciou: “Entro num mosteiro onde poderei acompanhar de forma mais intensa o caminho da Igreja na meditação, na contemplação e no silêncio ... Sinto que Deus me chama a dar um passo para poder servir desta forma".

Por fim, o Bispo italiano renovou sua estima e carinho e garantiu que não abandona ninguém. “Estarei ainda mais perto da Diocese e de cada um de vocês com minhas orações”, concluiu.

“Só Deus pode ser a esperança confiável sobre a qual descansar cada passo que dermos para um futuro que parece incerto, mas que estará marcado pela luz de Deus”, concluiu.

Segundo informou a imprensa local, o Bispo D'Ercole sai “exausto” pelo terremoto ocorrido em 24 de agosto de 2016, que causou a morte de 51 pessoas e pela situação provocada pela COVID-19.

Além disso, segundo os superiores da "Pequena Obra da Divina Providência" de São Luigi Orione, congregação religiosa da qual faz parte, Dom D'Ercole disse-lhes que “considerava oportuno retirar-se, por algum tempo, a um mosteiro em África, onde começou o seu sacerdócio”.

Dom Giovanni D'Ercole nasceu em 5 de outubro de 1947 e foi ordenado sacerdote em 5 de outubro de 1974.

Foi nomeado Bispo Auxiliar de L'Aquila em 14 de novembro de 2009 por Bento XVI e mudou para a Diocese de Ascoli Piceno em 12 de abril de 2014 pelo Papa Francisco.

Além disso, Dom D'Ercole é um rosto conhecido na televisão na Itália porque apresentou programas no canal público RAI 2 de 1994 a 2018.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

Anônimo: Os Mártires de Lião

Estudos da OESI


Traduzido por Toni Lopes

A força do testemunho dos cristãos de Lião

Em Lião, no ano 177, uma amotinação popular prendeu cristãos condenados com a concordância do mesmo imperador Marco Aurélio. Eusébio nos conservou uma carta que relata os acontecimentos. Carta das Igrejas de Lião e de Viena às Igrejas da Ásia e da Frígia.

“Os servos de Cristo que habitam em Viena e em Lião, na Gália, aos irmãos da Ásia e da Frígia, que, como nós, têm fé e esperam a redenção: paz, graça e honra em nome de Deus, o Pai e de Jesus Cristo, nosso Senhor.

20 – A todas as perguntas Sanctus respondia em latim: “Sou cristão”; essa afirmação fazia para ele as vezes do nome, da cidade, da raça e de tudo; os pagãos não ouviam dele outra palavra (…). Para terminar, eles lhe aplicaram lâminas de ferro incandescentes nas partes mais delicadas do corpo. Elas o queimavam, mas ele continuava inflexível e inquebrantável, firme na confissão de sua fé e recebendo da fonte celeste como que um orvalho fortalecedor da água viva que saído lado de Cristo. Seu pobre corpo testemunhava o que se tinha passado: todo ele era contusões e chagas; encolhido em si mesmo, ele não linha mais aparência humana. Mas era Cristo que sofria nele e realizava uma obra grande e gloriosa: tornava impotente o adversário e mostrava aos outros, como exemplo, que nada é temível onde está o amor do Pai, que nada é doloroso onde está a glória de Cristo (..).

24 – Alguns dias mais tarde, os carrascos torturaram novamente o mártir; pensavam que o submeteriam, aplicando-lhe as mesmas torturas, já que ele não podia suportar nem o simples contato das mãos. Na pior das hipóteses, ele morreria nos tormentos, e esse exemplo encheria os outros de medo. Mas não foi assim; contra toda a expectativa, o corpo do mártir se refez, se fortaleceu nas novas torturas e recobrou, com sua forma anterior, o uso de seus membros. Em vez de ser um sofrimento, o novo suplício foi para Sanctus uma cura pela graça de Cristo.

28 – Outros tinham sido tão cruelmente torturados que pareciam não poder sobreviver, apesar de todos os cuidados; não obstante, eles resistiram na prisão: privados de todo o socorro humano, mas reconfortados por Deus, recobraram as forças do corpo e da alma, encorajavam e sustentavam seus companheiros. Enfim, os que foram presos por último, cujos corpos ainda não tinham sido levados à tortura, não suportaram o horrível amontoamento da prisão e morreram.

29 – O bem-aventurado Fotino, ao qual tinha sido confiado o ministério do episcopado em Lião, tinha então mais de noventa anos. Ele se achava em extrema fraqueza física, respirando com dificuldade, mas, sob a influência do Espírito e desejando ardentemente o martírio, reencontrava suas forças. Também ele foi arrastado ao tribunal; seu corpo velho e doente o abandonava, mas nele velava a sua alma, para que por ela Cristo fosse glorificado. Conduzido pelos soldados ao tribunal, era seguido pelos magistrados da cidade e por todo o povo, que levantava contra ele toda a sorte de gritos como se ele fosse o Cristo: ele deu um belo testemunho. Interrogado pelo Legado sobre o Deus dos cristãos, respondeu: ?Conhecê-lo-ás se fores digno? (…).

41. Blandina, suspensa num poste, estava exposta como alimento para as feras soltas sobre ela. Vendo-a suspensa nessa espécie de cruz e ouvindo-a rezar em voz alta, os combatentes sentiam crescer sua coragem; no meio de seu combate, eles viam, com seus olhos de carne, através de sua irmã, aquele que foi crucificado por eles, a fim de mostrar aos seus fiéis que todos aqueles que sofrem para glorificar o Cristo conservam sempre a união com o Deus vivo (…).

55. A bem-aventurada Blandina, a última de todos – como uma nobre mãe que, depois de ter encorajado seus filhos, os enviou na frente, vitoriosos, até o rei -, sofria, por sua vez, o rigor de todos os combates sustentados por seus filhos. Agora ela se apressava em ir juntar-se a eles, feliz e radiante de alegria por causa dessa partida, como se fosse convidada para um banquete de núpcias, e não entregue às feras. Depois dos golpes, depois das feras, depois da grelha, colocaram-na dentro de uma rede e a expuseram assim a um touro. Atirada muitas vezes ao ar por esse animal, ela nem percebia mais o que lhe acontecia, absorvida como estava na esperança e na expectativa de sua fé e no seu entretenimento com Cristo. Ela também foi degolada, e os próprios pagãos reconheciam que entre eles jamais uma mulher tinha suportado tantos tormentos (…)”.

Veritatis Splendor

Indulgência plenária no Dia de Finados para as almas do purgatório: como ganhar?

Divulgação | ALETEIA

Devido à pandemia, a Igreja flexibilizou neste ano uma parte das condições habituais.

Indulgência plenária no Dia de Finados para as almas do purgatório: como ganhar? Esta pergunta costuma voltar à tona sempre que se aproxima o dia 2 de novembro.

Tradicionalmente, de fato, a Igreja concede a nós, católicos, a oportunidade de obter uma indulgência plenária para as almas do purgatório por ocasião do Dia de Finados.

Em 2020, porém, a pandemia do coronavírus levou o Vaticano a flexibilizar alguns aspectos das condições habituais para se conseguir a indulgência: em particular, o período para obtê-la.

Normalmente, é preciso realizar as obras enriquecidas de indulgência entre os dias 1º e 8 de novembro, mas, excepcionalmente, o período neste ano foi estendido para todo o mês de novembro.

Indulgência plenária no Dia de Finados

As condições para se obter a indulgência plenária de 2 de novembro, por ocasião da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, são:

1 – Condições gerais de toda indulgência:

  • Confessar-se, porque, para receber qualquer indulgência plenária, seja para si mesmo ou para as almas do purgatório, é imprescindível estar em graça e desapegado de todo pecado;
  • Receber a Sagrada Comunhão;
  • Rezar pelo Santo Padre e pelas suas intenções de oração.

2 – Condições específicas da indulgência por ocasião do Dia de Finados:

  • Visitar piedosamente uma igreja ou oratório e ali recitar o Pai-Nosso e o Credo: neste ano, poderemos realizar essa visita em qualquer dia do mês de novembro;
  • Visitar um cemitério e rezar pelos defuntos, mesmo que seja apenas mentalmente.

Importante: doentes, idosos e pessoas que não podem sair de casa devido às restrições da pandemia podem “unir-se espiritualmente aos outros fiéis”.

Orações sugeridas

No tocante às orações, cada fiel pode fazer as de sua preferência, mas sugerem-se algumas como:

“Eterno Pai, eu vos ofereço o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém”.

“Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, e que a luz perpétua os ilumine. Descansem em paz. Amém” (três vezes).

A Igreja também recomenda, entre as orações, rezar as Laudes e Vésperas do Ofício dos Defuntos, o rosário (ou terço) mariano, a coroa (ou terço) da Divina Misericórdia ou a leitura meditada de passagens do Evangelho próprias da liturgia dos fiéis defuntos.

A tradição também incentiva os católicos a realizarem uma obra de misericórdia, oferecendo a Deus as dores e dificuldades da própria vida.

Aleteia

Orientação sobre o Matrimônio: Deus quis ter um pai e uma mãe

Família de Nazaré | Guadium Press
por Paulo da Cruz

Redação (30/10/2020 09:37Gaudium Press) Um dos princípios básicos de orientação espacial é guiar-se pelo que está no alto. Exemplifico.

Antes do GPS, os navegadores traçavam suas rotas pelas estrelas; a luz dos faróis brilha na ponta de torres; para alguém perdido numa floresta, a recomendação é subir na árvore cuja copa se sobressaia entre as demais; no cume das montanhas, contemplamos o horizonte descortinado, sem nuvens; o Norte é sempre encontrado em função do Sol.

Assim também os problemas complicados nesta vida: eles se desfazem, quando buscamos soluções do alto e do Céu.

Entretanto, isso nem sempre é fácil, pois nuvens ou fumaças podem esconder as estrelas; do mesmo modo os homens maldosos podem acender luzes enganosas. Acontece amiúde que os guias, traindo sua missão, passam a conduzir não mais ao porto seguro, e sim, à profundeza dos mares. Indicam caminhos incertos e falsos.

Os problemas humanos, então, além de complicados, passam a ser confusos. E nestes casos, confusão é sinônimo de desorientação.

Por fim, nesta confusão, nesta desorientação, nesta nebulosidade, encontramos o problema do Matrimônio. Como navegar nestas águas, quando por todos os lados se erguem falsas luzes? Olhemos para o alto e orientemo-nos pelo sol da Verdade.

O que a Igreja ensina sobre o Matrimônio?

Nosso Senhor Jesus Cristo é o Sol segundo o qual todos os ponteiros da Igreja devem se alinhar. Sua palavra é perene como uma montanha, imutável e inabalável. O que Ele ensinou sobre essa matéria?

Já no início da sua vida terrena, Jesus quis elevar a dignidade do Matrimônio, dando-lhe a devida importância: começou seus atos públicos em Caná, durante uma festa de casamento (Jo 2,1-12). Na célebre disputa com os fariseus (Mt 19,1-9), Nosso Senhor instruiu que o Matrimônio é um vínculo indissolúvel, realizado entre um homem e uma mulher, conforme o Criador dispôs no princípio. Ele faz referência ao Gênesis, quando Deus disse que o homem e a mulher seriam “uma só carne” (Gn 2,24).

O primeiro livro da Bíblia descreve ainda que Deus ordenou aos nossos pais: “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1,28). Conta-nos o relato sagrado que o Criador fizera a mulher para que o homem não ficasse só, por isso deu-lhe uma “auxiliar, igual a si” (Gn 1,18).

Ora, nesses rápidos traços exegéticos, temos as características do Matrimônio, como Deus o fez: monogâmico e indissolúvel. Sua finalidade é a procriação – com a educação dos filhos – e o auxílio mútuo entre os esposos.

Qualquer tipo de união que contrarie esses princípios, não é, segundo a Igreja, Matrimônio.

Por exemplo, é uma lei da natureza que a união ocorre com vistas à prole, segundo comprovamos entre todos os animais, os quais se unem para gerar outros seres iguais a si. Portanto, está na ordem comum das coisas que o Matrimônio deve ser fecundo. Assim, o casamento que – de si – não gera prole, fere a ordem natural das coisas e não pode ser Matrimônio real.[1]

Mas tudo isso não é senão o sopé da grande montanha do Matrimônio. A base é solidíssima, pois é composta com aquilo que Jesus fez e ensinou. Entretanto, é possível subir mais alto neste pico e orientar-se melhor.

Qual o significado do Matrimônio?

Quando desejamos saber o verdadeiro significado de algo, se temos Fé, devemos primeiro procurar entender como Deus vê este “algo”.

Como Deus vê o Matrimônio?

A resposta nos é dada por São Paulo na sua carta aos Efésios. O apóstolo, depois de explicar como devem ser as relações sociais entre os cristãos, trata sobre os vínculos entre os esposos. Segundo ele, o exemplo de relacionamento para o homem e a mulher é a união que existe entre Cristo e a Igreja. E conclui, dizendo: “Esse mistério é grande” (Ef 5,32).

Ora, já no Antigo Testamento, Deus falava aos profetas, utilizando-se da figura do casamento para ilustrar como era o relacionamento entre o Criador e a nação escolhida. É por isso que, em inúmeros trechos das Escrituras, Deus recrimina a raça eleita como se fosse sua esposa, chamando-a de adúltera e infiel.

O novo povo de Deus, porém, a Igreja, é a mulher fiel e perfeita que nunca abandona seu Divino Esposo.

A figura das relações matrimoniais entre Deus e a humanidade é ainda utilizada no Cântico dos cânticos, livro sagrado que inspirou os grandes contemplativos a, em arroubos de amor, realizarem um Matrimônio místico com Nosso Senhor, como Santa Teresa e Santa Catarina de Sena. Aliás, as religiosas antigamente ingressavam no convento em trajes de noiva, pois se casavam com Jesus Cristo; e os cristãos chamavam de “adúlteras de Deus” as virgens dos primeiros séculos que faltavam com a promessa da continência. Também não faltaram varões santos na História que desposaram misticamente Nossa Senhora.

Por isso, dado que o Matrimônio entre o homem e a mulher são imagem das relações entre a humanidade e Deus, essa união deve ser santa, imaculada, perfeita.

O amor, fundamento do Matrimônio

O princípio do matrimônio é o amor mútuo. Contudo, essa relação recíproca merece uma observação.

Infelizmente, a palavra amor perdeu muito do seu sentido real. Ou, por outra, recebeu sentidos equívocos, de modo especial em nosso século. O amor de nosso tempo pode ser sentimental ou erótico, interesseiro ou egoísta, e, raras vezes, autêntico. A tudo isso nomeamos amor, e, assim, esse afeto tão nobre passou a ser fugaz e superficial – quando não pecaminoso e monstruoso –, que um vento leva ou que, em um segundo, se desfaz.

O povo grego tinha uma palavra diferente para expressar cada uma dessas múltiplas formas de sentimento. Não entraremos aqui em meandros semânticos ou etimológicos, mas basta recordar que, no E vangelho Jesus fala de um amor ao próximo em função do amor a Deus. Este amor, sim, é perene, profundo, real. E é ele que fundamenta verdadeiramente o Matrimônio:

“O amor, laço que une o Criador à criatura humana, é a base deste admirável Sacramento [o Matrimônio], que representa a união de Cristo com a Igreja, por meio da Encarnação, e a de Deus com a alma, por meio da Graça”.[2]

A solução para o Matrimônio é, pois, falar dessas verdades ao mundo. Esta união entre o homem e a mulher é tão sagrada, que o próprio Deus quis beneficiar-se dela, chamando a Maria de mãe e a José de pai.


[1] Não nos referimos aqui a dificuldades genéticas ou clínicas que um homem ou uma mulher possam ter. Isso é um problema distinto, com matizes próprios. Referimo-nos, isto sim, a uma impossibilidade metafísica, como dois gatos machos não têm capacidade de gerar um terceiro.

[2] MONSABRÉ, Jacques-Marie-Louis. O Matrimônio. Rio de Janeiro: Editora Loreto, 2014, p. 9. (O livro é composto de excertos de conferências do dominicano em Notre-Dame).

https://gaudiumpress.org/

Conheça a jovem com síndrome de Down que luta contra o aborto no Reino Unido

Ruteorias

 https://twitter.com/i/status/1273020741567553536

LONDRES, 30 out. 20 / 12:30 pm (ACI).- Heidi Anne Crowter é uma jovem britânica com síndrome de Down que entrou com uma ação contra o governo do Reino Unido para que se revise a lei que permite que bebês com esta deficiência sejam abortados até o nascimento.

O processo foi admitido em 17 de outubro pelo Tribunal Superior da Inglaterra e País de Gales, que revisará a lei do aborto. A medida judicial foi apresentada por Heidi Crowter e Máire Lea Wilson, mãe de Aiden, um adolescente de 16 anos também com síndrome de Down.

Recentemente, a Ministra da Saúde do Reino Unido, Helen Whately, revelou que 339 bebês com síndrome de Down foram abortados nos primeiros seis meses deste ano.

Vida pessoal e convicções

De acordo com o site da Associação de Síndrome de Down da Irlanda do Norte, Crowter diz que sua deficiência não a impediu de "ter uma vida plena e divertida". A ativista de 24 anos tem um emprego, mora em seu próprio apartamento em Coventry, realiza suas tarefas domésticas de forma independente e em julho, casou-se com James Bryn Carter, um jovem com síndrome de Down.

A jovem ressaltou que seu objetivo é "aumentar a conscientização sobre a síndrome de Down e ser uma voz para aqueles que não a têm" e se descreve como "a primeira pessoa com síndrome de Down a levar o governo do Reino Unido ao Tribunal”.

Para ela, a lei que permite o aborto de bebês com sua condição até o nascimento é um ato de “discriminação” contra o qual ela vem lutando nas redes sociais, nos meios de comunicações e, principalmente, judicialmente.

Atualmente, o aborto no Reino Unido é legal até a 24ª semana de gestação, exceto quando a gravidez representar um risco para a saúde física ou mental da mãe, ou quando o bebê tiver possibilidades de sofrer com essas “anormalidades físicas ou mentais de forma grave". Nestes últimos casos, o aborto é permitido até o nascimento do bebê.

“Quando soube que um bebê pode ser abortado até 24 semanas e que um bebê com síndrome de Down pode ser abortado até o nascimento, fiquei muito furiosa e senti que não deveria existir neste mundo”, lamentou Heidi.

"O que eles [o Governo] me dizem é que minha vida simplesmente não tem tanto valor quanto a dos outros e não acho que seja verdade. Acho que é discriminação absoluta!", assinalou.

A indignação de Heidi é ainda maior, porque a discriminação é exercida por um governo que incentiva o aborto de pessoas com síndrome de Down desde o útero como uma política de saúde que coloca o "direito de escolha" da mulher antes da proteção de vidas humanas como a sua.

“Quando meu advogado entrou em contato com a Secretaria de Saúde, eles negaram a reclamação e disseram que o aborto é uma opção da mulher e que não há nenhum erro com a lei!”, exclamou. "Acho que eles estão errados, acho que as pessoas deveriam ver a pessoa por trás do cromossomo extra!", acrescentou.

“O Reino Unido tem o dever legal de garantir a igualdade e proteger as pessoas com deficiência, mas quando se trata da lei do aborto, o governo simplesmente não escuta”, disse Heidi por meio do Crowdjustice.com.

Não nos descartem

Heidi Crowter ficou conhecida aos 20 anos, quando apoiou a campanha “Don’t Screen Us Out” (Não nos descartem), que desde 2016 busca fazer o governo do Reino Unido notar que o exame de detecção pré-natal para síndrome de Down chamado "DNA livre de células" aumentaria os abortos e agravaria a discriminação negativa contra esse grupo.

Além disso, Crowter assinalou que defendeu os direitos das pessoas com deficiência no Congresso Mundial sobre a síndrome de Down em Glasgow, no Sínodo Geral da Igreja Anglicana, dentro e fora do Parlamento do Reino Unido, entre outros.

Além disso, afirmou que apoiou o projeto de lei de Kevin Shinkwin, político e membro da Câmara dos Lordes que nasceu com uma deficiência severa. A iniciativa propôs emendar a lei que permite o aborto para pessoas com deficiência até o nascimento na Irlanda do Norte, para reduzir o limite para 24 semanas.

Sua participação mais recente e proeminente ocorreu este ano, quando junto com outras pessoas com síndrome de Down, organizações pró-vida, instituições internacionais, parlamentares da Irlanda do Norte e a Assembleia da Irlanda do Norte, se manifestou contra a decisão do Governo do Reino Unido de aprovar a lei de aborto atual.

Caso Heidi Crowter: Tribunal do Reino Unido

Embora o Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência tenha exortado o governo do Reino Unido a mudar “sua lei de aborto para garantir que pessoas como eu não sejam escolhidas por causa de nossas deficiências. Infelizmente, o governo decidiu ignorar suas recomendações e não mudou a lei”, disse Heidi.

Diante desta situação, a jovem ativista criou uma página na web que lhe permitiria levantar os recursos financeiros necessários para levar o caso a instâncias judiciais superiores. Graças à sua campanha na mídia e ao apoio de muitas pessoas, Heidi fez grandes avanços nesse sentido.

Em 13 de junho, Heidi Crowter entregou ao primeiro-ministro Boris Jhonson uma carta aberta assinada por mais de 18 mil pessoas na Irlanda do Norte. O documento pedia aos parlamentares que se oponham à legislação sobre o aborto e que permitam que a Assembleia da Irlanda do Norte decida sobre essa lei, que votou contra sua aprovação.

Em 17 de outubro, após meses de insistência, Heidi Crowter e Máire Lea Wilson, mãe de Aiden, um adolescente de 16 anos também com síndrome de Down, conseguiram que o Supremo Tribunal da Inglaterra e País de Gales admitisse uma revisão da lei do aborto que permite eliminar bebês com síndrome de Down antes mesmo do nascimento.

Para Paul Conrathe, advogado que representa Heidi e Máire, o fato de a Corte reconhecer “que se pode argumentar que o Estado está agindo ilegalmente” ao permitir que bebês com síndrome de Down sejam abortados até o nascimento, é “um momento de enorme significado”.

O advogado explicou que agora o governo deve "preparar suas provas detalhadas" para provar que o aborto de bebês com síndrome de Down até o nascimento não é discriminatório. Então, provavelmente "no início do próximo ano", o Tribunal analisará essas evidências, disse.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

A forma do batismo: somente por imersão? (Parte 12/12) – O emprego das palavras “bapto” e “baptizo” na literatura grega clássica

Veritatis Splendor

O emprego das palavras “bapto” e “baptizo” na literatura grega clássica

Na literatura grega de Aristófanes encontrmos o vocábulo grego “baptizo” empregado para descrever o ato de tingir a água com o sangue de um sapo, ou para pintar a cara com tinta, ou para manchar a mão ao experimentar uma subtância corante. Em nenhum desses exemplos temos o significado de “mergulhar”, o que significa que no próprio grego clássico não há outro sentido.

Hipócrates diz sobre o líquido corante:

  • “Quando pinga sobre as roupas, estas se tingem”.

Usa aqui a palavra “bapto” não para dar a ideia de “imersão”, mas de “impregnação”.

Ésquilo fala de “uma roupa tingida pela espada de Egisto”; seu pensamento aqui não é o de “imersão”, mas da “transferência” da cor do sangue para a roupa. O conceito é o de “transformação”.

Considere-se ainda o caso em que Hornero fala que Crombófago “caiu e não respirou mais; e o lago ficou tingido de sangue”. O lago não foi submergido! Ao contrário, o lago recebeu o sangue. O mais significativo à vista é o efeito, não o meio específico pelo qual se obteve o efeito.

Platão, escrevendo por volta do ano 400 a.C., em seu “Syinposium”, traz uma discussão sobre como obter o máximo prazer bebendo vinho, porém, com o mínimo dano. Aristófanes confessa para Pausânias sua própria embriaguez anterior: “Porque eu mesmo fui batizado ontem”. Não há aqui nenhuma ideia de imersão, mas de beber em demasia, que conduz da sobriedade à intoxicação. “Baptizo” aqui tem o sentido de “transformação”.

Flávio Josefo, o historiador nascido mais ou menos no tempo da morte de Jesus, contemporâneo mais jovem que Paulo e outros escritores do Novo Testamento, em suas “Antiguidades Judaicas” comenta um incidente relatado em Jeremias 41,2; ele faka de Ismael, que se destacou por sua cordialidade e até sua embriaguez. Josefo escreve:

  • “Percebendo que estava tão afetado e batizado, a ponto de estar anestesiado pelo sono por causa das bebidas fortes, Ismael, levantando-se com os seus dez amigos, esfaqueou Gedalias”.

A ideia é que Gedalias foi reduzido de um estado de defesa vigilante para um absurdo estado de indefesa devido ao álcool. A ideia aqui é simplesmente a de “transformação”.

Como nossos amigos imersionistas podem ver, as provas são fortes. A única coisa que podem fazer é fechar os olhos diante de todas estas provas irrefutáveis sobre as formas de batismo por infusão e aspersão. Se apegar e continuar a limitar tão importante sacramento e torná-lo de difícil acesso para todas as pessoas de boa vontade é coisa digna de uma seita.

Benedicite Deum!

Veritatis Splendor

Santo Afonso Rodrigues

Santo Afonso Rodrigues | Canção Nova

Afonso Rodrigues nasceu na Espanha, em 25 de julho de 1532. Pertencia à uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé. A primeira provação foi a morte do pai. Diante da ausência paterna, Afonso assumiu os negócios da família.

Com 23 anos Afonso casou-se e o seu matrimônio gerou dois filhos. Mas aí veio a segunda provação: sua esposa adoeceu gravemente e faleceu. Em seguida seus filhos também faleceram. A perda da família fez Afonso decuidar-se dos negócios.

Afonso entrou então numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou e meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente à serviço de Deus servindo os semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571 e um noviciado de sucesso, foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas na ilha de Maiorca.

No colégio exerceu somente a simples e humilde de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
A Companhia de Jesus gerou missionários santos que deixaram a assinatura dos jesuítas na história da evangelização e na história da humanidade. Figuras ilustres que se destacaram pela relevância de suas obras sociais cristã em favor das minorias pobres e marginalizadas, cujas contribuições ainda florescem no mundo todo. Santo Afonso Rodrigues é um desses grandes homens.
Oração
Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

https://www.a12.com/

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Das Obras de Balduíno de Cantuária, bispo

Caritas Christ


(Tract.6:PL204,451-453)       (Séc.XII)

 

A palavra de Deus é viva e eficaz

A palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes (Hb 4,12). Quão grande seja o poder e quanta sabedoria na palavra de Deus, estas palavras o demonstram aos que buscam a Cristo, que é o verbo, poder e sabedoria de Deus. Coeterno com o Pai no princípio, este verbo no tempo determinado revelou-se aos apóstolos e, por eles anunciado, foi humildemente recebido na fé pelos povos que creem. Está, portanto, o verbo no Pai, o verbo nos lábios, o verbo no coração.  

Esta palavra de Deus é viva; o Pai deu-lhe ter a vida em si mesmo, do mesmo modo como tem ele a vida em si mesmo. Por isto é não apenas viva, mas a vida, conforme ele disse a seu respeito: Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). Sendo a vida, é vivo de forma a ser vivificante. Pois, como o Pai ressuscita os mortos e vivifica-os, também o Filho vivifica a quem quer (Jo 5,21). É vivificante ao chamar o morto do sepulcro: Lázaro, vem para fora (Jo 11,42).  

Quando esta palavra é pregada pela voz do pregador que se escuta no exterior, ele dá a esta voz a palavra de poder, percebida interiormente. Por ela, os mortos revivem e com seus louvores são suscitados filhos de Abraão. É, portanto, viva esta palavra no coração do Pai, viva na boca do pregador, viva no coração daquele que crê e ama. Sendo assim viva, não há dúvida de ser também eficaz.  

É eficaz na criação das coisas, eficaz no governo do mundo, eficaz na redenção do universo. Que de mais eficaz, de mais poderoso? Quem dirá seus portentos, fará ouvir todo o seu louvor? (Sl 105,2). É eficaz ao agir, eficaz ao ser anunciada. Pois não volta vazia, mas tem êxito em tudo a quanto é enviada.  

Eficaz e mais penetrante do que a espada de dois gumes (Hb 4,12), quando é crida e amada. O que será impossível a quem crê, ou difícil a quem ama? Quando este verbo fala, suas palavras transpassam o coração quais setas agudas do poderoso. Como pregos profundamente cravados, entram e penetram até o mais íntimo. Porque é mais aguda do que a espada de dois gumes esta palavra, já que é mais poderosa do que toda a força e poder para abrir, e mais sutil do que a maior argúcia do engenho humano. Mais que toda sabedoria humana e a sutileza das palavras doutas, é ela penetrante.


https://liturgiadashoras.online/

Por quanto tempo as almas ficam no Purgatório?

Fr Lawrence Lew OP/Flickr | CC BY-NC-ND 2.0
por Philip Kosloski

De uma coisa nós sabemos: o Purgatório não é eterno.

Se acabarmos no Purgatório depois de morrermos, por quanto tempo ficaremos lá? A Igreja Católica fala com moderação sobre o estado final de preparação que leva à vida eterna, no Céu.

O Catecismo da Igreja Católica explica:

“A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativamente ao Purgatório sobretudo nos concílios de Florença  e de Trento. A Tradição da Igreja, referindo-se a certos textos da Escritura (624) fala dum fogo purificador: ‘Pelo que diz respeito a certas faltas leves, deve crer-se que existe, antes do julgamento, um fogo purificador, conforme afirma Aquele que é a verdade, quando diz que, se alguém proferir uma blasfémia contra o Espírito Santo, isso não lhe será perdoado nem neste século nem no século futuro (Mt 12, 32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas neste mundo e outras no mundo que háde vir'” (CIC 1031).

A Igreja não fala especificamente sobre o “tempo” que as almas ficam neste local de purificação.

Por um lado, isso ocorre porque, para falar de uma quantidade de tempo no Purgatório, importa o que queremos dizer com “tempo”. Na tradição, o Purgatório fornece o “castigo” temporal devido aos nossos pecados. Podemos dizer que o Purgatório tem tempo no sentido de que as almas começam e terminam períodos de purificação demarcada lá. No entanto, não é, até onde sabemos, a maneira como medimos o tempo nesta vida.

Outra consideração importante é que o Purgatório é diferente para cada um. Deus, sendo um bom juiz, distribui um “castigo” de acordo com nossos pecados.  Algumas pessoas podem passar “minutos” no Purgatório, enquanto outras podem ficar lá por “anos”.

O que é verdadeiro e imensamente importante é que o Purgatório não é eterno.

Como explica o livro Purgatory Surveyed, “é mais certo que essas dores não são eternas; caso contrário, não seria o Purgatório, mas o próprio inferno: pois nisso reside principalmente a diferença entre o inferno e o Purgatório, que as dores do Purgatório duram apenas um tempo; as do inferno, por uma eternidade.”

No final dos tempos, quando Nosso Senhor voltar, o Purgatório deixará de existir, pois todas as almas dentro dele serão purificadas e seu objetivo será alcançado. Todas as almas do Purgatório entrarão no Céu.

Aleteia

Mãe brasileira vítima de atentado em Nice: “Diga aos meus filhos que eu os amo”

A brasileira Simone Barreto Silva /
Foto: Facebook Simone Barreto Silva

PARIS, 30 out. 20 / 11:45 am (ACI).- “Diga aos meus filhos que eu os amo”, essas foram as últimas palavras da brasileira que foi uma das vítimas do atentado ocorrido na Basílica Notre-Dame de Nice, na França, na quinta-feira, 29 de outubro.

Simone Barreto Silva, de 44 anos, foi uma das três pessoas assassinadas a facada por um homem na Basílica de Nice. A brasileira deixou três filhos, entre 4 e 14 anos.

De acordo com a imprensa francesa, Simone foi atacada dentro da igreja e teria se refugiado em um café próximo, onde morreu devido às apunhaladas. De acordo com o canal de notícias da televisão francesa BFMTV, uma testemunha a ouviu dizer enquanto morria: "Diga a meus filhos que eu os amo".

Nascida em Lobato, no subúrbio de Salvador (BA), vivia há 30 anos na França, para onde se mudou ainda na adolescência. Ela tinha nacionalidade francesa, era formada em gastronomia e trabalhava como cuidadora de idosos.

Em declarações a RFI, familiares e amigos recordaram que Simone era uma mulher de alegria e “muita fé”.

Segundo Rita de Cássia Barreto, prima de Simone, “esta fatalidade aconteceu no momento em que ela estava fazendo o que ela mais gostava: rezar, pedir a Deus por todos. Pedir saúde, proteção e paz”.

“Paz é o que a gente está precisando neste momento. E Simone era isso! Antes de ir ao trabalho, ela sempre passava na igreja para agradecer pelo dia e por todas as graças concedidas”, assinalou.

Rita de Cássia indicou que a família “esta devastada”. “É muito difícil você receber a notícia de que uma pessoa foi assassinada dentro de uma igreja, fazendo o que ela mais gostava. A gente não entende isso. A gente está sentindo muito, também por estar longe de nossos familiares que estão no Brasil”.

“Vocês não podem imaginar a dor que a família está sentido, inclusive porque tem três crianças que estão sem a mãe; é muito difícil”, completou.

Após a confirmação da nacionalidade brasileira de Simone Barreto, o Itamaraty emitiu uma nota, por meio da qual o governo brasileiro expressou “suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinada em Nice, bem como aos das demais vítimas, e estende sua solidariedade ao povo e Governo franceses”.

“Neste momento, o Governo brasileiro manifesta em especial sua solidariedade aos cristãos e pessoas de outras confissões que sofrem perseguição e violência em razão de sua crença”, acrescentou.

Por fim, o Itamaraty informou que, “por meio do Consulado-Geral em Paris, presta assistência consular à família da cidadã brasileira vítima do ataque terrorista”.

ACI Digital

Beata Maria Resoluta

Catedral de Petrópolis

No dia primeiro de maio de 1894 nasceu Helene, na República Checa. Ainda jovem Helene e sua família mudaram-se para Viena, onde a menina concluiu os estudos e formou-se enfermeira. Apesar da resistência dos pais, Helene queria ser religiosa. Com muito custo entrou na Congregação das Franciscanas da Caridade Cristã.

Logo recebeu o apelido carinhoso de "Irmã Resoluta", pelo seu modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital em Viena, a religiosa se tornou uma referência para os médicos, enfermeiras e especialmente para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor.

Em março de 1938, Hitler mandou o exército ocupar a Áustria. Irmã Restituta se colocou logo contrária a toda aquela loucura desumana. Não teve receio de mostrar que sendo favorável à vida não apoiaria jamais ao nazismo de Hitler, fosse qual fosse o preço.

Por isto, quando os nazistas retiravam o Crucifixo também das salas de cirurgias, ela serenamente o recolocava no lugar, de cabeça erguida, desafiando os nazistas. Como não se submetia e muito menos se "dobrava", os nazistas a eliminaram. Foi presa em 1942 e em 30 de março de 1943, foi decapitada.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
Antes de ser executada, Maria Resoluta pediu para dizer as suas irmãs: "Por Cristo eu vivi, por Cristo desejo morrer". E na frente dos assassinos nazistas, antes que o carrasco levantasse a mão que a mataria, Irmã Restituta disse ao capelão: "Padre, me faça na testa o sinal da cruz". Estes gestos de coragem e de fé fizeram desta mulher um sinal de santidade para a Igreja.
Oração
Deus Pai de amor, que escolhes homens e mulheres para manifestar sua glória ao mundo, dai-nos pela intercessão de Santa Maria Resoluta alcançar as graças necessárias para nosso bem viver neste mundo, preparando-nos para alcançar as glórias da vida eterna. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF