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terça-feira, 30 de junho de 2020

Cristo Redentor é cenário do primeiro grande tributo às vítimas da Covid-19 na próxima quarta-feira, às 19h

Na próxima quarta-feira, dia 1◦ de julho, uma missa em tributo às vítimas da Covid-19 será realizada no Cristo Redentor e transmitida para todo o Brasil. A celebração, que tem como tema “Para Cada Vida”, trará mensagens de solidariedade às famílias fortemente afetadas pelas perdas nesta pandemia, de gratidão aos trabalhadores e voluntários anônimos, assim como aos profissionais da saúde, e de esperança a todos os brasileiros. A celebração terá como cenário uma das sete maravilhas do mundo, considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO – o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro – e será transmitida ao vivo pelo Facebook e pelo YouTube da CNBB. Participam da organização do evento a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira, com apoio do Verificado – iniciativa das Nações Unidas para combate à desinformação.
A missa terá a honra de contar com uma mensagem de solidariedade e uma benção do Papa Francisco, vibrando pela chegada de dias melhores, e também com uma mensagem de dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB. A cerimônia religiosa será presidida pelo cardeal brasileiro dom Orani João Tempesta. “A nossa arquidiocese foi escolhida para ser o lugar de manifestar a nossa solidariedade e oração por aqueles que faleceram com essa pandemia. Justamente nesse altar, que é o Cristo Redentor, queremos colocar todas as pessoas do mundo inteiro que partiram, para que sejam recebidas na casa do Pai. E rezar pelos seus familiares para que consolados prossigamos na procura do bem e da paz.”, disse o Cardeal. Em seguida, uma projeção impactante será transmitida no Cristo Redentor, um dos maiores cartões-postais do mundo. Para encerramento da celebração, haverá um show da cantora Alcione, contribuindo para promover um momento de esperança, essencial em meio ao sentimento de fragilidade do cenário atual.
Com a celebração, a CNBB, a Cáritas Brasileira e o Verificado têm o objetivo de proporcionar uma homenagem para cada vida, além de humanizar este momento crítico pelo qual o mundo está passando, dando luz às vidas perdidas, que tendem a serem apenas estatísticas devido ao alto número de óbitos diários.
A celebração “Para Cada Vida” conta com o apoio do projeto Verificado, uma iniciativa global da Nações Unidas, que busca inundar os canais de comunicação com informações verificadas e transmitidas pela ONU envolvendo os temas de ciência, solidariedade e soluções, combatendo assim, a infodemia de desinformações em meio a esta pandemia que assola o mundo. O projeto conta com a colaboração da Purpose, uma das maiores organizações de mobilização social do mundo, e com o apoio de articulação do NEXUS, movimento global que facilita espaços de encontro entre as novas gerações de filantropos, empreendedores sociais e investidores de impacto.
Sobre o projeto Verificado
O projeto Verificado é uma iniciativa global ONU que tem o objetivo de combater a infodemia de desinformação em meio à pandemia, compartilhar informações que salvam vidas e orientações baseadas em fatos e histórias do melhor da humanidade. O site Verificado traz uma galeria de informações verificadas e transmitidas pelas Nações Unidas. Na busca de inundar os canais de comunicação, as mensagens são baseadas em três frentes:  Ciência – para salvar vidas, Solidariedade – para promover cooperação local e global; e Soluções – para defender o apoio a populações impactada. Acesse: www.compartilheverificado.com.br
CNBB

A LADAINHA DE NOSSA SENHORA

Paróquia da Rainha
Muitos de nós, católicos, e, em especial, as pessoas que participam da Legião de Maria, temos o bom hábito de rezar, após o Terço ou o Rosário, a Ladainha de Nossa Senhora que, por meio da invocação dos diversos títulos da Virgem Maria, expressa a piedade da Igreja para com nossa Mãe Maria e, por isso, a Ladainha Lauretana é um

belo e singular elemento da piedade mariana e do culto cristão.
A Ladainha de Nossa Senhora é um exercício de oração mariana que possui um grande valor teológico e simbólico que pode ser percebido em cada uma de suas invocações. A palavra ladainha vem do grego e significa súplica. A Ladainha mais conhecida de Nossa Senhora é a Ladainha Lauretana, ou Loretana, assim chamada por ter se popularizado a partir do Santuário de Loreto, na Itália. Segundo a tradição, é na cidade de Loreto que se encontra a casa na qual morou a Virgem Maria na Palestina.
Essa casa foi transportada milagrosamente para Loreto, em 1291. Essa notícia espalhou-se rapidamente entre os fiéis e deu origem a numerosas peregrinações. Diante da casa de Maria, os peregrinos pagavam suas promessas, rezavam e invocavam os diversos títulos atribuídos à Virgem Mãe, expressando os sinais da devoção mariana.
Desse modo, podemos considerar que a Ladainha Lauretana é fruto da ação do Espírito Santo nas almas de diversos fiéis, é uma bela oração popular, uma música para os ouvidos, tanto é assim que, muitos músicos, entre eles Mozart, compuseram belas melodias para essa Ladainha.
Com o passar do tempo, essas invocações passaram a ser cantadas diariamente no Santuário de Loreto e, logo depois, foram difundidas em diversos países, pois os peregrinos, ao retornarem para suas casas, levavam, em seus corações, a memória da sonoridade dos cantos e das invocações.
A Ladainha Lauretana não é somente uma coleção de invocações que dirigimos à Virgem Maria, pois a Ladainha é uma forma criativa e inovadora que os fiéis cristãos encontraram para expressar o conhecimento que possuem sobre Nossa Senhora. O ideal é que, quando rezamos a Ladainha, meditemos em cada título que é rezado, pois não basta saber, por exemplo, que Maria é a Mãe de Deus. É preciso refletir, meditar, aprofundar, em oração, as verdades contidas neste dogma mariano que dá origem a todos os outros dogmas relacionados a Nossa Senhora.
Por meio de um texto publicado em Florença, na Itália, em 1572, no século XVI, sabemos que, naquela época, a Ladainha de Nossa Senhora possuía 43 invocações. No decorrer da História, outras invocações foram incorporadas à Ladainha Lauretana. Após a vitória dos cristãos, na Batalha de Lepanto, sobre os turcos-otomanos que ameaçavam invadir a Europa e perseguir os cristãos, o Papa Pio VII acrescentou a invocação Auxílio dos cristãos em agradecimento a Nossa Senhora por essa vitória. A invocação Rainha Concebida sem pecado original está relacionada à definição do dogma da Imaculada Conceição, por Pio IX, em 1854. Pouco depois, em 1883, o Papa Leão XIII incluiu a invocação Rainha do sacratíssimo Rosário, expressando o valor e a força da oração do Rosário em momentos difíceis da História. Em 1903, o Papa Leão XIII incluiu a invocação Mãe do bom conselho, para homenagear o Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho de Genazzano, que fica em sua terra natal.
Nos séculos e anos mais recentes, outros títulos, outras invocações foram acrescidas à Ladainha Lauretana. Em 1917, no terceiro ano da Primeira Grande Guerra Mundial, o Papa Bento XV incluiu a invocação Rainha da Paz, pedindo aos cristãos que recorressem a Nossa Senhora, suplicando pelo fim da guerra. A invocação Rainha assunta ao céu foi introduzida pelo Papa Pio XII, em 1950, após a definição do dogma da Assunção de Nossa Senhora ao céu. Já a invocação Mãe da Igreja foi acrescida pelo Papa Paulo VI, em 1964, após o término da terceira seção do Concílio Vaticano II. No pontificado de São João Paulo II, em 1995, foi acrescida a invocação Rainha das Famílias, por ocasião do sétimo aniversário do Santuário de Loreto.
Neste ano de 2020, na Solenidade do Imaculado Coração de Maria, o Papa Francisco autorizou três novas invocações na Ladainha Lauretana. São elas: Mãe de Misericórdia, Mãe da Esperança e Consolo/Refúgio dos migrantes. Essas três novas invocações respondem ao momento atual do mundo e os seus desafios e expressam a preocupação da Igreja com os migrantes, com os refugiados e com os modernos males que afligem o mundo, projetando a nossa confiança nas bondosas mãos da Virgem
Maria que caminha conosco pela senda da História.
A Ladainha Lauretana possui atualmente cerca de 53 invocações seguidas pelo pedido da assembleia: “Rogai por nós”. Algumas invocações da Ladainha podem até parecer estranhas, tais como Torre de Marfim ou Arca da Aliança. Mas, ao mesmo tempo, essas invocações, caso não as saibamos relacionar com a Virgem Maria, apresentam a possibilidade de um estudo mais detalhado para o conhecimento desses títulos. No final, a Ladainha termina em um clima penitencial ao “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
A Ladainha Lauretana é um tesouro da Igreja, uma oração que atravessa séculos e gerações, testemunhando os sinais da nossa devoção mariana e, por isso, ela é uma pérola preciosa de imenso valor que devemos acrescentar ao patrimônio da nossa fé,
pois, quando rezamos a Ladainha de Nossa Senhora, não nos cansamos de dizer à Virgem Maria que Ela é parte integrante da nossa Igreja, da nossa História, da nossa vida pessoal e das nossas comunidades.
Rezar a Ladainha de Nossa Senhora é mergulhar na atmosfera da santidade por meio das mãos solícitas de Maria, é manter vivo o testemunho da devoção mariana vivenciado pelos santos, pelos mártires e por todos os fiéis que jamais economizaram suas cordas vocais no serviço do canto afinado das virtudes, qualidades, dons e graças que resplandecem na pessoa da Virgem Santa Maria.
Aloísio Parreiras
Arquidiocese de Brasília

O que os católicos entendem por “sucessão apostólica”

AQUILEIA BASILICA
Wolfgang Sauber /CCBY-SA 3.0

Sucessão apostólica é a transmissão da missão e do poder dos apóstolos aos seus sucessores, os bispos

Você já deve ter ouvido a expressão “sucessão apostólica”. Mas sabe o que isso quer dizer?
Uma breve introdução a esse conceito é encontrada no Compêndio do Catecismo da Igreja Católica:
“A sucessão apostólica é a transmissão, mediante o sacramento da Ordem, da missão e do poder dos Apóstolos aos seus sucessores, os Bispos. Graças a esta transmissão, a Igreja permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem, enquanto ao longo dos séculos orienta todo o seu apostolado para a difusão do Reino de Cristo na terra”(176). 
Para simplificar, a sucessão apostólica se refere à crença de que os bispos da Igreja Católica são sucessores diretos dos apóstolos.
Isto pode ser visto principalmente através da linha ininterrupta de papas, começando com São Pedro Apóstolo e continuando até hoje, com o Papa Francisco.
Por extensão, esse ministério dos apóstolos também é dado aos bispos, que têm uma “linhagem” semelhante, baseada em sua ordenação episcopal e na conexão com o Santo Padre.
Essa crença apóia a conexão da Igreja moderna às origens apostólicas do cristianismo, evidenciando o vínculo direto do catolicismo com Jesus Cristo.
Aleteia

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

VaticanNews
(Serm. 47,12-14, De ovibus: CCL 41,582-584)                 (Séc.V)

Se quisesse agradar aos homens,
não seria servo de Cristo
            É esta a nossa glória: o testemunho de nossa consciência. Há homens de juízo temerário, detratores, maldizentes, murmuradores, suspeitosos do que não veem, procurando acusar o que nem mesmo suspeitam.Contra gente assim, o que nos resta a não ser o testemunho de nossa consciência? Mas, irmãos, também em relação àqueles a quem queremos agradar, não procuramos nossa glória nem a devemos buscar, mas a salvação deles, de modo que não se extraviem aqueles que nos seguem, se andarmos bem. Sejam nossos imitadores, se o formos de Cristo. Se não formos imitadores de Cristo, que eles o sejam! Pois o Senhor apascenta o seu rebanho e junto com todos os bons pastores, ele é o único, porque todos estão nele.
            Por isso, não temos em vista nosso proveito quando buscamos agradar aos homens, mas queremos alegrar-nos com eles, alegrarmo-nos por sentirem prazer com o bem, para vantagem deles, não para nossa honra. Claramente se percebe contra quem disse o Apóstolo: Se quisesse agradar aos homens, não seria servo de Cristo. Também se percebe a favor de quem ele disse: Agradai a todos em tudo, assim como também eu lhes agrado em tudo. Ambas as coisas puras, ambas sem perturbação. Quanto a ti, come e bebe tranquilamente; mas não pises os pastos, nem turves as águas.
            Na verdade, também ouviste nosso Senhor Jesus Cristo, o Mestre dos apóstolos: Brilhem vossas obras diante dos homens, para que vejam o bem que fazeis e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. Ele vos fez assim: Nós, gente de suas pastagens e ovelhas de suas mãos. Louvor a ele que te fez bom, se és bom, e não a ti que, por ti mesmo só poderias ser mau. Por que queres torcer a verdade, de modo que quando fazes algum bem, queres ser elogiado e, quando fazes o mal, queres que o Senhor seja criticado? De fato, aquele que disse: Brilhem vossas obras diante dos homens, é o mesmo que, na mesma exortação, declarou: Não façais vossa justiça diante dos homens. Como no Apóstolo, também no Evangelho estes ditos te parecem contraditórios. Se, porém, não turvares a água de teu coração, aí encontrarás o acordo das Escrituras e terás paz também com elas.
            Esforcemo-nos, pois, irmãos, não apenas para sermos bons, mas ainda para convivermos bem com os homens. Não procuremos apenas ter uma boa consciência, mas, na medida em que permitirem nossas limitações, vigilantes sobre a fragilidade humana, empenhemo-nos em nada fazer que levante dúvidas para o irmão mais fraco. Não aconteça que, comendo ervas boas e bebendo águas límpidas espezinhemos as pastagens de Deus e as ovelhas fracas comam a erva pisada e bebam a água turva.

Hoje a Igreja celebra os Santos Protomártires de Roma, vítimas da mentira de Nero

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Jun. 20 / 05:00 am (ACI).- “A esses homens que levaram uma vida santa, veio juntar-se uma grande multidão de eleitos que, por causa dos ciúmes, sofreram todo o tipo de maus tratos e suplícios e deram um magnífico exemplo entre nós”, assinalava em uma carta aos Coríntios o Papa São Clemente I.

Com o anúncio da Boa Nova dos Apóstolos, o número de fiéis foi crescendo cada vez mais. No entanto, o Senado romano rejeitou esta nova religião, que era contrária às tradições de Roma, e a declarou ilegal até o ano 35 d.C.
Mais tarde, para escapar da acusação de ter incendiado Roma, Nero culpou os cristãos, acusando-os de ser uma religião maléfica, que praticava o canibalismo, ao não entender o sentido da Eucaristia, e difamando-os como incestuosos, pelo costume que tinham de chamar-se irmãos e dar o beijo da paz.
Foi assim que desencadeou uma série de perseguições na qual milhares de cristãos deram suas vidas para proclamar e crer no verdadeiro amor de Deus que Jesus Cristo ensinou.
O Martirológio Jeronimiano é o primeiro a comemorar o martírio de mais de 900 pessoas nos tempos de Nero, com data de 29 de junho, o mesmo dia de São Pedro e São Paulo.
Atribui-se a São Pio V a primeira menção no Martirológio Romano desses protomártires com data de 24 de junho. Atualmente, a Igreja os celebra em 30 de junho.
ACI Digital

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Maria é Virgem por regra bíblica, não por um capricho da Igreja Católica


Apologética

– Sempre que um Anjo anunciou o nascimento de uma criança, as mães que receberam tal anúncio tiveram apenas “um filho”.
A virgindade da Santíssima Virgem Maria pode ser provada e comprovada de múltiplas formas através da Bíblia. Hoje nos ocuparemos de uma dessas formas: a virgindade de Maria por regra bíblica, segundo o agir de Deus ao longo da História.
Se nós católicos insistimos na virgindade de Maria, é porque a Bíblia insiste frequentemente em apontá-la. Você sabia que, na Bíblia, sempre que um Anjo anuncia o nascimento de uma criança, a mãe que recebe tal anúncio não dá à luz, no resto de sua vida, a ninguém mais além de um filho?
Não se trata pois de um capricho da Igreja Católica, mas é o que ensina a Bíblia e, o mais importante: trata-se da verdade!
AGAR, MÃE DE ISMAEL
  • “Disse-lhe também o anjo do Senhor: ‘Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome ‘Ismael’; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição'” (Gênesis 16,11).
  • “E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera: Ismael” (Gênesis 16,15).
SARA, MÃE DE ISAAC
  • “E disse: ‘Certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e eis que Sara tua mulher terá um filho’. E Sara escutava à porta da tenda, que estava atrás dele” (Gênesis 18,10).
  • “E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado” (Gênesis 21,2).
A MÃE DE SANSÃO
  • “Porém disse-me: ‘Eis que tu conceberás e terás um filho; agora pois, não bebas vinho, nem bebida forte, e não comas coisa imunda; porque o menino será nazireu de Deus, desde o ventre até ao dia da sua morte'” (Juízes 13,7).
  • “Depois teve esta mulher um filho, a quem pôs o nome de ‘Sansão’; e o menino cresceu, e o Senhor o abençoou” (Juízes 13,24).
ISABEL, MÃE DE JOÃO BATISTA
  • “Mas o anjo lhe disse: ‘Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de ‘João”” (Lucas 1,13).
  • “E completou-se para Isabel o tempo de dar à luz, e teve um filho” (Lucas 1,57).
MARIA, MÃE DE JESUS CRISTO
  • “E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: ‘Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres’. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe, então, o anjo: ‘Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de ‘Jesus”” (Lucas 1,28-31).
  • “E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2,7).
Todas estas mulheres – sem exceção alguma – tiveram apenas 1 (um) filho, tal como lhes anunciou um Anjo a todas e a cada uma delas. A ação de Deus foi exatamente a mesma em todos os casos, pois Deus é um Deus de ordem, não de confusão:
  • “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1Coríntios 14,33).
É verdade que a Bíblia menciona várias vezes os “irmãos do Senhor”, mas não existe um só téxto que afirma que sejam “filhos de Maria”. Não é a mesma coisa, nem tampouco é igual. Os meus irmãos não são necessariamente filhos da minha mãe. E a Bíblia sempre faz uma diferenciação entre Maria, a mãe de Jesus, e os “irmãos do Senhor”. Observe-se que a Escritura nunca fala, jamais, que Maria seja mãe de alguém mais além de Jesus:
  • “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?” (Mateus 13,55).
  • “Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram-no chamar” (Marcos 3,31).
  • “E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão” (Lucas 8,19).
  • “Depois disto desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias” (João 2,12).
  • “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos” (Atos 1,14).
Ainda que seja certo que a Bíblia nos apresenta ensinamentos de forma explícita e implícita, no entanto não há nada no texto que nos leve a pensar algo que não está escrito em lugar nenhum. A Sagrada Escritura chama apenas Maria de “mãe de Jesus” e ninguém mais. Um texto famoso bastante usado pelos protestantes, mas que não compreendem, afirma que não devemos julgar a partir do que NÃO está escrito, ou seja, não ir além do que está escrito:
  • “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor. E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro” (1Coríntios 4,5-6).
Visto que não devemos emitir um juízo indo além do que diz a Bíblia, consideremos a título de exemplo um texto empregado por grupos gnósticos, ateus e até satânicos, que é usado para afirmar que Jesus Cristo era um pecador, empregando o sistema protestantes de interpretação que eles aplicam para os versículos que falam dos irmãos do Senhor:
  • “E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: ‘Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela'” (João 8,7).
E como ninguém apedrejou a adúltera, incluindo o próprio Jesus, deduzem essas pessoas que Jesus era um pecador, que não estava livre do pecado. Tal interpretação poderia ser válida ainda que jamais 100% segura e sem margem a dúvidas, se não fosse pelo fato de outros textos da Bíblia afirmarem claramente que Cristo não tinha pecado, como, p.ex.:
  • “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hebreus 4,15).
Mesmo assim, os textos que falam dos irmãos do Senhor, hipoteticamente falando, poderiam ser interpretados como se fossem filhos de Maria, ainda que jamais com 100% de segurança, se não existissem textos que mencionam quem eram os supostos “irmãos”: Tiago, José, Simão e Judas, mencionados em Mateus 13,5r como filhos de uma outra Maria, parente de Maria, a mãe de Jesus, e que demonstram que os famosos “irmãos” não eram irmãos em razão da mesma mãe, mas primos de Jesus Cristo:
  • “Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mateus 27,56).
  • “E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé” (Marcos 15,40).
  • “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena” (João 19,25).
A Bíblia mostra três Marias:
  1. Maria, a mãe de Jesus;
  2. Maria, a irmã [parente] de Maria, a mãe de Jesus, e que é mãe dos irmãos do Senhor, ou seja, quase com certeza seus primos; e
  3. Maria Madalena.
De modo que Maria é virgem:
  1. Por regra bíblica;
  2. Porque assim o demonstra a Bíblia;
  3. Porque Deus assim o anunciou pelo Anjo Gabriel; e
  4. Porque esta é a verdade.
Aqui, com efeito, nem capricho da Igreja Católica, nem caprichos protestantes. Estes são os fatos, não meras palavras.
Veritatis Splendor

Quem poderá nos salvar? O cristianismo em tempos de raiva e medo

MOURN
Shutterstock | Tomas Ragina

Francisco Borba Ribeiro Neto

Para o cristianismo, um momento como esse, seja ou não mais difícil que tantos outros da história, carrega dois perigos

É lugar comum dizer que a pandemia traz ansiedade e medo. Também eleva o nível de ressentimento e raiva na sociedade. Tendemos a ter raiva daquilo que nos amedronta e, pior ainda, muitas vezes – em nossa ânsia por encontrar culpados – voltamo-nos contra inocentes.
O clima político brasileiro não ajuda em nada: são anos de escândalos de corrupção, sinais de irresponsabilidade, desinteresse pelo bem comum, desrespeito à vida e à dignidade da pessoa que tornam ainda mais dolorosos os problemas do momento.
Esse contexto alimenta e é alimentado por partidarismos extremados, numa espécie de grande bola de neve. A esquerda acusa a direita, a direita acusa a esquerda, Com certeza, os dois lados têm acertos e erros, pessoas bem e mal intencionadas – pois assim somos nós, seres humanos, sempre falíveis e contraditórios, por mais que procuremos o bem.
Em tempos de medo e ressentimento, o mundo nos parece ainda mais ameaçador. Os valores em que acreditamos, nossas famílias, a felicidade de nossos filhos, nosso direito de dizer o que pensamos, nossa liberdade individual e nossa própria vida… Tudo parece estar em risco. Não só por causa do coronavírus, mas também pelas maquinações dos poderosos, sejam eles grandes capitalistas ou políticos populistas, globalistas ou nacionalistas, grandes jornais ou disseminadores de fake news. Ironicamente, aqueles que um lado considera os defensores do povo, o outro acusa de manipulações e desrespeitos à dignidade da pessoa e ao bem comum.

A falta de fé e a pretensão neopelagiana
Para o cristianismo, um momento como esse, seja ou não mais difícil que tantos outros da história, carrega dois perigos. O primeiro, mais evidente, é a falta de fé e de esperança, sobre a qual já refletimos em outro artigo. O segundo, mais sutil, mas não menos perigoso, é – com o desespero e a desilusão – confiarmos apenas na força e na coerência (nossa ou de algum líder poderosos) para nos salvar – uma velha heresia à qual o Papa Francisco se refere ao falar do neopelagianismo, na Evangelii Gaudium (EG 93ss).
Deus quer nossa colaboração para salvar tanto o gênero humano quanto cada um de nós pessoalmente. Contudo, quer que trabalhemos sempre à luz da Sua graça. Como dizia Santo Inácio de Loyola, lembrado por Bento XVI: “Age como se tudo dependesse de ti, mas consciente de que na realidade tudo depende de Deus”. Mesmo na hora mais escura, mais cheia de incertezas, Ele pode nos salvar. Mesmo quando temos o poder e o mundo parece seguir nossos valores e desígnios, acabamos por servir ao Mal, se não é Ele quem edifica (cf.  Sl 127).
A assiduidade a uma vida espiritual humilde, que busca sempre a comunhão com Cristo e sua Igreja, é sempre a melhor resposta ao neopelagianismo. Mas o lobo muitas vezes se veste de cordeiro e nós também nos enganamos mesmo que com boas intenções. No Evangelho, Jesus nos exorta a sermos “”prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas” (Mt 10, 16), mas – quando somos consumidos por essa pretensão de salvar, com nossas próprias forças, a nós mesmos, a Igreja e o mundo – agimos como serpentes, tendo a inteligência de pombas…

Três sinais a evitar
O sinal mais inequívoco da tentação neopelagiana é acreditar que ter o poder é a condição para salvarmos o mundo. Se as coisas vão mal, é porque os nossos adversários têm o poder, se nós ou nossos amigos estão no poder, tudo automaticamente nos parece bom. Como diz o Papa Francisco, na Laudato si’: “Tende-se a crer que toda a aquisição de poder seja simplesmente progresso, aumento de segurança, de utilidade, de bem-estar, de força vital, de plenitude de valores, como se a realidade, o bem e a verdade desabrochassem espontaneamente do próprio poder […] A verdade é que o homem moderno não foi educado para o reto uso do poder […] A liberdade [do ser humano] adoece, quando se entrega às forças cegas do inconsciente, das necessidades imediatas, do egoísmo, da violência brutal” (LS 105).
Um segundo sinal é a raiva e a violência. O poder, por si só, faz muitas coisas, mas não consegue nos conduzir ao caminho do bem e da verdadeira realização pessoal. Assim, ficamos cada vez mais frustrados e tendemos a culpar cada vez mais os outros pelos nossos infortúnios. Gente que não tem nada a ver com nossa vida passa a ser culpada pelos nosso problemas e frustrações. Em tudo vemos ideologias nefastas (que podem até estar presentes, mas não podem ser a única coisa para as quais olhamos) e só em nós mesmos e em nossos amigos vemos a bondade e a beleza (que cada vez são mais uma falsa bondade e uma falsa beleza, construída a nossa imagem, e menos aquelas nascidas do coração de Deus). 
E, por último, perdemos a capacidade de construir, pois não agimos mais segundo a lógica da caridade. Não paramos de denunciar o mal, mas não conseguimos edificar o bem. É a tragédia de tantos que denunciam, com toda a justiça, os males do mundo, mas não apontam um caminho novo de construção do bem.
Nesses tempos de medo e raiva, que nossa vida seja definida pelo Amor que constrói um mundo melhor e não pela violência que só denuncia o mal, impotente para construir o bem.
Aleteia

7 chaves para entender por que São Pedro e São Paulo são celebrados juntos

São Pedro e São Paulo, de Peter Paul Rubens/ Twitter Museu do Prado
REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jun. 20 / 06:00 am (ACI).- A Igreja celebra a Solenidade de São Pedro e São Paulo juntos em 29 de junho, mas no Brasil é  transferida para o domingo. Entretanto, há algumas dúvidas sobre as verdadeiras razões do motivo da festa de ambos os apóstolos ser celebrada no mesmo dia.
A seguir, 7 chaves que permitem entender isso:
1. Santo Agostinho de Hipona expressou que eram “um só”
Em um sermão do ano 395, o Doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona, expressou que São Pedro e São Paulo, “na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”.
2. Ambos padeceram em Roma
Foram detidos na prisão Mamertina, também chamada Tullianum, localizada no foro romano na Roma Antiga. Além disso, foram martirizados nessa mesma cidade, possivelmente por ordem do imperador Nero.
São Pedro passou seus últimos anos em Roma liderando a Igreja durante a perseguição e até o seu martírio no ano 64. Foi crucificado de cabeça para baixo, a pedido próprio, por não se considerar digno de morrer como seu Senhor. Foi enterrado na colina do Vaticano e a Basílica de São Pedro está construída sobre seu túmulo.
São Paulo foi preso e levado a Roma, onde foi decapitado no ano 67. Está enterrado em Roma, na Basílica de São Paulo Extramuros.
3. São fundadores da Igreja de Roma
Na homilia de 2012 na Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Bento XVI assegurou que “a sua ligação como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma. De fato, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma”.
4. São padroeiros de Roma e representantes do Evangelho
Na mesma homilia, o Santo Padre chamou esses dois apóstolos de “padroeiros principais da Igreja de Roma”.
“Desde sempre a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo”, detalhou.
5. São a versão contrária de Caim e Abel
O Santo Padre também apresentou um paralelismo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
“Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava”, relatou o Santo Padre Bento XVI.
6. Porque Pedro é a “rocha”
Esta celebração recorda que São Pedro foi escolhido por Cristo – “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” – e humildemente aceitou a missão de ser “a rocha” da Igreja e apascentar o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas.
Os Atos dos Apóstolos ilustram seu papel como líder da Igreja depois da Ressurreição e Ascenção de Cristo. Pedro dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e assegurou que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
Como explicou em sua homilia o Sumo Pontífice Bento XVI, “na passagem do Evangelho de São Mateus (...), Pedro faz a sua confissão de fé em Jesus, reconhecendo-O como Messias e Filho de Deus; fá-lo também em nome dos outros apóstolos. Em resposta, o Senhor revela-lhe a missão que pretende confiar-lhe, ou seja, a de ser a ‘pedra’, a ‘rocha’, o fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja”.
7. São Paulo também é coluna do edifício espiritual da Igreja
São Paulo foi o apóstolo dos gentios. Antes de sua conversão, era chamado Saulo, mas depois de seu encontro com Cristo e conversão, continuou seguindo para Damasco, onde foi batizado e recuperou a visão. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho sem descanso às nações do mundo mediterrâneo.
“A iconografia tradicional apresenta São Paulo com a espada, e sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: ‘Combati o bom combate’ (2Tm 4,7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja”, expressou Bento XVI em sua homilia.
ACI Digital

S. PEDRO APÓSTOLO, PADROEIRO DA CIDADE DE ROMA

s. Pedro
S. Pedro  (© Biblioteca Apostolica Vaticana)

Seu nome era Simão e foi Jesus quem o chamou Pedro. Natural de Betsaida, vivia em Cafarnaum e era pescador no Lago de Tiberíades. O Mestre o convidou a segui-lo, juntamente com seu irmão André; com Tiago e João, testemunharam alguns acontecimentos importantes: a ressurreição da filha de Jairo, a Transfiguração, a agonia no Horto das Oliveiras.
Caminhando ao lado do Messias, Pedro emerge como um homem simples, irrequieto e, às vezes, até impulsivo. Vez por outra, fala e age em nome dos Apóstolos; não hesita em pedir a Jesus explicações e esclarecimentos sobre a sua pregação ou parábolas, como também o interroga sobre várias questões.
Foi o primeiro a responder ao Mestre, diante da pergunta aos discípulos: “Também vocês querem ir embora?”. O Mestre fez esta pergunta depois de falar na Sinagoga de Cafarnaum, suscitando transtorno entre os discípulos; de fato, muitos deles, daquele momento em diante, decidiram não segui-lo mais. Então, Simão Pedro respondeu: “Senhor, para quem iremos? Somente tu tens palavras de vida eterna; nós acreditamos e sabemos que és o Santo de Deus” (Jo 6,67-68).

A confissão de Pedro
Em Cesareia de Filipe, quando Jesus pergunta aos seus “E vós, quem dizeis que eu sou?”, Pedro afirma: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (Mt 16,16). E Jesus lhe disse: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,18-19).
Eis o encargo que Pedro recebeu: governar a Igreja. Os Evangelhos revelam que Jesus quis confiar a sua Igreja a um pescador instintivo e com pouca instrução, que, às vezes, não sabia ver a vontade de Deus: ele protestou quando Jesus falou sobre a sua Paixão; não queria que Jesus lhe lavasse os pés na Última Ceia, por ser um gesto tão humilde por parte do Mestre; negou, por três vezes, conhecer Jesus, depois de ser capturado.
No entanto, os Apóstolos reconhecem a função que Jesus lhe confiou e ele toma diversas iniciativas. Na manhã de Páscoa, informado por Maria Madalena que o corpo do Mestre tinha desaparecido do sepulcro, foi lá, às pressas, com outro discípulo. Mas, este, chegando antes que ele, deixa, por respeito, que Pedro entre por primeiro.

A missão de Pedro
Após a Ressurreição, os Apóstolos se reuniam em cenáculos, onde o Mestre, às vezes, lhes aparecia. Cada um retoma a própria vida diária; Pedro, volta a se ocupar da sua barca e redes. Foi precisamente depois de uma noite inteira, sem pescar, que o Mestre lhe aparece mais uma vez (Jo 21,3-7); pede-lhe para apascentar seu rebanho e lhe prediz com qual morte seria glorificado (Jo 21, 15-19).
Depois da Ascensão, Pedro torna-se o ponto de referência dos Apóstolos e dos primeiros seguidores de Cristo; começa a falar em público, a pregar e a fazer curas. Foi convocado, preso e solto, diversas vezes, pelo Sinédrio, obrigado a aceitar a autoridade, com a qual falava; e o povo, entusiasta em torno a ele, aumentava cada vez mais.
Pedro começa a ir, de cidade em cidade, transmitir a Boa Nova. Mas, volta sempre a Jerusalém; ali, certo dia, aparece Paulo a ele e aos outros Apóstolos, falando sobre a sua conversão.
Pedro e Paulo tomam, depois, estradas diferentes, sem poupar esforço nas várias viagens. Porém, ambos sempre se cruzam pelas ruelas de Jerusalém. Pedro confronta-se muito com Paulo, aceita suas observações e considerações; com ele discute também sobre as orientações a serem adotadas pela Igreja nascente. Por fim, os dois Apóstolos voltam a se encontrar em Roma.

Bispo de Roma
Pedro confirma a fé da comunidade cristã e a dirige. Durante a perseguição de Nero, foi preso e, depois, crucificado de cabeça para baixo, por seu desejo. No entanto, Paulo foi condenado à morte e decapitado pelo Tribunal romano. Segundo a tradição, o martírio dos dois pilares da Igreja deu-se no mesmo dia: 29 de junho do ano 67. Pedro morreu no Circo de Nero, na colina Vaticana, e Paulo na Via Ostiense. Sobre suas sepulturas surgiram a Basílica de São Pedro e a Basílica de São Paulo extra Muros.


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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF