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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Visita dos iniciadores do Caminho ao Papa

PAPA RECEBEU INICIADORES DO CAMINHO NEOCATECUMENAL


Trataram sobre as iniciativas do Caminho para a nova evangelização da Europa

CIDADE DO VATICANO/MADRI, terça-feira, 15 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI recebeu nesse sábado em audiência privada os iniciadores do Caminho Neocatecumenal, os espanhóis Kiko Argüello, Carmen Hernández e o sacerdote italiano Mario Pezzi.

Segundo confirmou a ZENIT Álvaro de Juana, porta-voz do Caminho Neocatecumenal na Espanha, um dos temas tratados foi o da nova evangelização da Europa, um assunto ao qual esta realidade eclesial sempre concedeu grande importância.

“O pontífice mostrou-se em todo momento muito contente pelo trabalho do Caminho Neocatecumenal”, afirmou De Juana.

Os iniciadores do Caminho explicaram ao Papa o trabalho que se realiza há alguns anos em cidades da Holanda, Alemanha e França – onde a presença da Igreja às vezes é escassa – mediante a missio ad gentes.

A missio ad gentes é uma forma de evangelização que consiste na implantatio ecclesiae, quer dizer, no envio de missionários voluntários (normalmente dois ou três famílias com seus filhos e acompanhadas por um sacerdote) a lugares descristianizados, onde a Igreja já desapareceu ou está a ponto de desaparecer.

A recém-publicada exortação apostólica Verbum Domini aludia à necessidade da missio ad gentes no número 95, em que os Padres sinodais reiteravam a importância de que a Igreja “não se limite a uma pastoral de manutenção”.

Outro tema tratado pelo Papa e os iniciadores do Caminho Neocatecumenal foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2011, em Madri.

De acordo com Argüello, mais de 200 mil jovens desta realidade eclesial provenientes de todo o mundo realizarão itinerários pela Europa, em espírito de evangelização e missão, por dez dias.

“Esses jovens são frutos da comunidade cristã e, em concreto, de pequenas comunidades enraizadas na paróquia e que salvam a família”, afirmou Kiko Argüello.

Por último, os representantes neocatecumenais informaram ao Papa sobre a construção de três novos seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, em São Paulo (Brasil), Bruxelas (Bélgica) e Trieste (Itália).

Esses seminários, dependentes de cada bispo local e abertos sob pedido seu, têm como vocação formar sacerdotes para a missão em qualquer lugar do mundo, segundo a espiritualidade do Caminho. Com esses três, são 78 no mundo.

terça-feira, 16 de março de 2010

O CAMINHO NEOCATECUMENAL

O Caminho Neocatecumenal

Em 1964, Francisco (Kiko) Argüello, um pintor nascido em León (Espanha), e Carmen Hernández, licenciada em Química e formada no Instituto Missionárias de Cristo Jesus, encontram-se entre os favelados de Palomeras Altas, na periferia de Madri. Três anos depois, neste ambiente composto sobretudo de pobres, forma-se uma síntese kerigmático – catequética que, sustentada pela Palavra de Deus, pela Liturgia e pela experiência comunitária, e sobre a trilha do Concílio Vaticano II, tornar-se-á a base daquilo que o Caminho Neocatecumenal levará a todo o mundo.
 
A partir das favelas, a experiência passa logo para algumas paróquias de Madri e de Zamora. No confronto ao qual foi submetida, a síntese kerigmático – catequética surgida entre os favelados de Palomeras Altas, logo se viu que nas paróquias, sobretudo nas mais abastadas, as catequeses eram usadas para “sobrevestir-se, como conferências, não como um caminho de conversão e de “kenosis”, no qual se faz morrer pouco a pouco o homem velho, para poder ser revestido da nova criação no Espírito Santo.
 
Bem cedo, aparece a necessidade de fazer uma primeira reflexão sobre a experiência que estava acontecendo, daquilo que o Senhor estava realizando naquelas comunidades. Em abril de 1970, em Majadahonda, nas proximidades de Madri, os iniciadores do Caminho, Kiko e Carmen, junto com os responsáveis, presbíteros e alguns párocos das primeiras comunidades existentes, reuniram-se para fazer uma primeira reflexão sobre aquilo que o Espírito Santo estava realizando no meio deles. Preparou-se um questionário com uma pergunta de base: o que são estas comunidades que estão surgindo nas paróquias?
Depois de três dias de oração e de trabalho chegou-se, por unanimidade a esta resposta:
 
O que é a Comunidade

- A comunidade é a Igreja: que é o Corpo visível de Cristo ressuscitado. Nasce do anúncio da “Boa Nova” que é Cristo, vencedor em nós de tudo aquilo que nos mata e destrói;
- Este anúncio é apostólico: unidade e dependência do Bispo, garantia da verdade e da universalidade;
- Somos chamados por Deus a ser sacramento de salvação no seio da atual estrutura paroquial;
- Início de um caminho em direção à fé adulta, através de um Catecumenato vivido mediante o tripé: Palavra de Deus, Liturgia e Comunidade.
Missão destas comunidades na atual estrutura das Igrejas
- Tornar visível o novo modo de viver o Evangelho, tendo presente as profundas exigências do homem e o momento histórico da Igreja.
- Abrir um caminho. Chamar à conversão.
- Não se impõem. Sentem o dever de não destruir nada, de respeitar tudo, apresentando o fruto de uma Igreja que se renova e que diz aos seus Pais que foram fecundos, porque deles nascera.
 
Como se realiza esta missão

- Estas comunidades nasceram e desejam permanecer dentro da Paróquia, com o Pároco, para dar os sinais da fé: o amor e a unidade. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos” (Jo 13, 34-35). “Pai, eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste” (Jo 17, 23). O amor na dimensão da Cruz e a unidade são os sinais que criam os questionamentos necessários para que se possa anunciar Jesus Cristo (...).
 
Ao término da convivência, veio o então Arcebispo de Madri, que já tinha conhecido a experiência da favela e tinha convidado para que ela fosse levada às paróquias. Foi-lhe lida a reflexão amadurecida durante o encontro. O Arcebispo, depois de tê-la escutado, começou dizendo: “Se eu a tivesse escrito, seria a página mais bela da minha vida”.
 
Alguns anos mais tarde, quando o Caminho já se tinha difundido em muitas paróquias de Roma e em várias dioceses da Itália, os iniciadores foram chamados pela Congregação do Culto Divino, porque esta queria saber em que consistia aquele itinerário de redescoberta do Batismo e os ritos que eram feitos. O então Secretário da Congregação, Dom Annibale Bugnini, e o grupo de experts que estava com ele, ficaram enormemente impressionados ao ver que aquilo que estava elaborando há alguns anos sobre o Catecumenato para os adultos - e que logo seria publicado como “Ordo Initiationis Christianae Adultorum” (OICA) - , o Espírito Santo, partindo dos pobres, já o estava colocando em prática. Depois de dois anos de estudo daquilo que faziam as comunidades, publicaram na revista oficial da Congregação (Notitiae), em latim, para toda a Igreja, uma nota laudatória: “Praeclarum exemplar” da obra que estava desenvolvendo o Caminho Neocatecumenal. Com eles se concordou o nome que deveria ser dado ao Caminho: “Neocatecumenato”, como itinerário de formação cristão pós-batismal que segue as indicações propostas no Capítulo IV do mesmo Ordo. Neste se diz, de fato, que alguns ritos para os não batizados, propostos pelo OICA podem ser adaptados, também para aquelas pessoas já batizadas, mas não suficientemente catequizadas.
Junto a estes momentos salientes da história do Caminho, é importante recordar a característica de fundo que o constitui e que o Estatuto reconhece: a possibilidade de viver a vida cristã em comunidade, recuperando o modelo eclesial dos primeiros séculos.
 
O Caminho Neocatecumenal se propôs, desde sua origem, como um caminho de iniciação à fé, assim, não é uma espiritualidade particular, mas um caminho de gestação, “um itinerário de formação católica válida para a sociedade e para os tempos hodiernos”. (João Paulo II, Carta “Ogniqualvolta”).

É um processo de amadurecimento da fé que reconstrói a comunidade cristã: e esta se torna sinal para o mundo, resiste ao processo de secularização. Neste caminho de fé rumo à radicalidade do próprio batismo, faz-se central a comunidade cristã e, como núcleo fundamental desta, a família.

É no seio de uma comunidade cristã concreta que se faz, em primeira pessoa, uma experiência concreta e direta da vida cristã. Recebe-se uma palavra, que se faz liturgia, que cresce, pouco a pouco, em koinonia, em comunidade. Deus mesmo é comunidade de pessoas.
 
Pe. Ezechiele Pasotti

https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/

segunda-feira, 8 de março de 2010

A CRUZ DE BRONZE DO CAMINHO NEOCATECUMENAL

A Cruz de Caminho Neocatecumenal | Luiz Carrara

A CRUZ DE BRONZE DAS CELEBRAÇÕES (Pode ser usada nas entradas de celebrações especiais).
CRUZ PROCESSIONAL GLORIOSA

Esta cruz foi idealizada e esculpida por KIKO ARGUELLES, iniciador das comunidades neocatecumenais.

Em qualquer celebração da Palavra ou da Eucaristia, seja de uma comunidade reduzida, seja de uma grande Igreja, vale por uma catequese. Vejamos:

1 – Lembra que o Filho de Deus é o Presidente da celebração. Por isto, deve sempre ser colocada em local de destaque, de honra, de maneira que possa ser vista por todos.

2 – O Corpo de Cristo está esculpido como um vencedor, vivo. Jesus aí está de cabeça erguida, braços retos e pernas firmes, glorioso, majestoso. Isto porque não adoramos um morto, mas um Vivo, Ressuscitado, vencedor da morte e do pecado. Deus o colocou ao seu lado como Kyrios, o Senhor dos céus e da terra.

3 – Os raios são o SHEKINÁ, a glória do Senhor. São, também, o KERIGMA, Cristo morreu para sepultar os nossos pecados e ressuscitou para nos tornar Filhos de Deus, capazes de não pecar e de galgar aos céus. Esta glória deve se irradiar por toda a terra. Esta alegria PASCAL dá origem ao DOMINGO, Dia-do-Senhor, celebrada sempre na Missa, que é a BERACAH, EUCARISTIA, DAIENU, reconhecimento, gratidão, ação de graças, bendição que celebra as maravilhas de Deus, o MAGNIFICAT, cf 1Co 14,16ss. .

4 – O pequeno cinto de corda lembra o sacrifício de Isaac em que este teria dito a Abraão: “Meu pai, AKEDÁ, ata-me forte para que eu não resista”, como se pode ler no TALMUDE (coleção de tradições rabínicas interpretativas da lei de Moisés). Da mesma forma, o cinto lembra Mt 26,42; 6,10 em Cristo diz ao Pai que aceite o cálice que lhe foi destinado.

5 – Cristo, tendo sido crucificado, em extrema humilhação, tudo rejeitou para cumprir a vontade do Pai, a única força de salvação. Portanto o SHEMÁ, na cruz, está verdadeiramente cumprido (Dt 6, 4-9). Cristo gravou as palavras do SHEMÁ em seu próprio corpo, pelas suas preciosíssimas chagas e pelas marcas da coroa de espinhos.

6 – MERCABÁ, o carro de fogo (Rs 2, 11 – 12), cujas rodas se orientam para todos os lados, são os quatro símbolos que se encontram nas extremidades da Cruz representando os evangelistas e o Evangelho: BOA-NOTÍCIA: “ Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura”. Eis a missão divina dos ministros de Deus, portadores do Evangelho. Espalhar por toda a terra a doutrina da salvação. Todo o que crer em Jesus Cristo não será confundido. Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como invocarão Aquele que não conhecem? Como crerão n’Aquele de quem não ouviram falar? Como ouvirão sem quem lhes pregue? Felizes daqueles que foram chamados a cooperar na grande missão de difundir a fé entre seus semelhantes: Bem-aventurados os que evangelizam a PAZ os que anunciam a salvação: A IGREJA é essencialmente missionária (LUMEN GENTIUM), isto é, voltada para fora de si. Pela PALAVRA e pelo TESTEMUNHO, sinal de amor e unidade da dimensão da cruz (Sal-Luz-Fermento).
Cruz de parede | Luiz Carrara
As quatro figuras têm as seguintes explicações:

HOMEM – Figura de Mateus, que inicia seu Evangelho pela pessoa de Jesus.

LEÃO – Figura de Marcos, cujo Evangelho fala da Voz-que-clama-do-deserto.

TOURO – Figura de Lucas, cujo Evangelho conta a História do Sacrifício.

ÁGUIA – Figura de João, porque seu Evangelho é considerado vôo nas alturas teológicas.

A Glória de Deus só se manifestou plenamente no SENHOR JESUS, na CRUZ DE JESUS, que é levada a todo o mundo pela pregação evangélica.

7 – A Mulher, entre o globo e a cruz, pode ser entendida tanto como Maria Santíssima ou como a Igreja. Ambas são medianeiras entre nós, (homens todos da terra, Igreja Universal, comunidade paroquial, comunidade neocatecumenal) e Jesus Salvador, o Pai e o Divino Espírito Santo.

8 – Todo este mistério se faz presente no mundo representado pelo globo no alto da haste.

9 – Em baixo temos as serpentes pequenas, lembrando as “serpentes abrasadoras” do deserto (Nm 21, 6 – 9) que representam o tentador, o insuflador do pecado. Moisés, por ordem de Deus, ergue a serpente de bronze que cura aqueles que a contemplam. Isto é figura, de modo claríssimo, de que quem olha para o alto, para Jesus, tem a VIDA. Por este motivo, temos a longa haste.

10 – Muitas outras meditações e citações bíblicas poderão ser lembradas pelo fiel admirador desta preciosa peça litúrgica.

Pode-se, também, lembrar a nossa cruz de todos os dias que deve ser apensada à CRUZ DE CRISTO, coluna do universo, árvore da vida. Feliz aquele que tem a cruz porque foi ela que abriu a porta do céu.

Observação: .Material: latão polido com verniz protetor. Altura: 230 cm. Portanto, pode ser polida por preparados químicos ou abrasivos. O modelo inicial veio ao Brasil pelos catequistas Pe. Ângelo e Pe. Juanito. Construída com a autorização e orientações dos responsáveis pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil.

Fabricante no Brasil: Luiz Carrara
Rua Araguaia, 38 | Bairro Canindé

CEP 03034-000 | São Paulo | SP

Tel.: (11) 3228-6577

WhatsApp.: (11) 99997-7595

Fonte: https://www.comunidadeicaminhoneocatecumenal.com/

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Kiko Arguello, doutor honoris causa

https://neocatechumenaleiter.org/
25/05/2009 Kiko Arguello, doutor honoris causa pelo Instituto João Paulo II para a família

A decisão do Pontifício Conselho para a Família de conferir este título é especialmente significativa não somente pela data – 13 de maio de 1981, festa de Nossa Senhora de Fátima, dia em que o Servo de Deus João Paulo II sofreu o atentado de Alí Agcá – mas, sobretudo porque o Instituto faz parte da Universidade Lateranense, definida como a “Universidade do Papa”, e desejada pessoalmente pelo Papa Wojtyla para apoiar a nova evangelização de um ponto de vista teológico e pastoral.

“Isso significa oferecer a toda a Igreja – disse João Paulo II no anúncio da sua fundação – uma contribuição de reflexão teológica e pastoral, sem a qual a missão evangelizadora ficaria sem uma ajuda fundamental. Esse será um lugar no qual se aprofundará o conhecimento da verdade a respeito do matrimônio e da família, sob a luz da fé, com auxílio das várias ciências humanas”. Com tal reconhecimento se reconhece a contribuição teológica e pastoral do Caminho Neocatecumental na ação de defender a família, hoje atacada por uma cultura “antifamiliar”. “A nossa sociedade está desestruturando a família – disse Kiko na sua Lectio Doctoralis – nos tempos (ritmo de trabalho e horários escolares), nos componentes (uniões de fato, divórcio, etc), nos modos de viver, mas, sobretudo através de uma cultura totalmente contrária aos valores do Evangelho que nos cerca. Nós estamos convencidos de que a verdadeira batalha que a Igreja é chamada a combater no terceiro milênio, o verdadeiro desafio que deve assumir e o lugar onde está o futuro da nossa sociedade, é a família.”

Ter levado as famílias a redescobrir o dom do batismo é o centro da motivação do título: “Aproximar as pessoas das águas do batismo – disse o Professor José Noriega representando o Instituto – permitiu que o rio de água viva que jorra de Cristo possa trazer novamente vida às suas margens, permitindo que as famílias possam se reconstruir e florir, (...) nas pequenas comunidades, nas quais o Caminho Neocatecumenal é estruturado e onde quer viver o mistério da Sagrada Família de Nazaré, (...) isso constitui uma autentica pastoral de ajuda à família que atua segundo o espírito do nosso fundador Papa João Paulo II.”.

O Professor Noriega listou os três principais méritos do caminho e de seu iniciador:

Ter aberto um caminho de fecundidade para os casais: “os casais do caminho quiseram viver o seu amor com uma singular abertura à vida, tendo consciência de serem colaboradores de Deus como geradores de pessoas”.

Ter aberto um caminho para reintroduzir na família uma liturgia doméstica: “um dos seus frutos mais significativos na missão de transmitir a fé aos filhos encontra-se no âmbito do testemunho dos pais, os quais ajudam os filhos a entender a relevância da Palavra na própria história concreta. (…) É aqui que se reconhece uma das razões principais do grande fruto de vocações que as famílias do Caminho souberam levar adiante.”.

Ter estimulado a missão da família: “No contexto de uma assustadora secularização de “amplas zonas da terra, onde a fé está em perigo de apagar-se como uma chama que não encontra mais combustível”, o Caminho Neocatecumenal soube tornar Deus presente de maneira singular: falo do grande testemunho das famílias em missão”. Uma missão vivida pela “inteira família como tal, levando na paróquia e no mundo o testemunho do que é uma família, com as suas dificuldades, mas, sobretudo, com as suas grandes esperanças.”.

É neste contexto que se colocam os frutos do caminho: “O Caminho Neocatecumenal – disse Kiko no seu discurso – pôde operar naquilo que fez até agora – famílias reconstruídas, filhos numerosos, vocações à vida contemplativa e ao sacerdócio... – somente através desta obra de reconstrução da família. Após mais de trinta anos de Caminho um dos frutos que mais consolam é ver as famílias reconstruídas se transformarem numa verdadeira “igreja doméstica”. Estas famílias, abertas à vida e, portanto normalmente numerosas, cumprem a tarefa primária da família cristã de transmitir a fé aos próprios filhos. Além da oração ao acordar e ao deitar-se, da oração antes das refeições, e além da participação juntamente com os pais na eucaristia na própria comunidade, a transmissão da fé aos filhos acontece fundamentalmente em uma celebração doméstica, feita habitualmente no dia do Senhor.”.

Bento XVI, em 2006 em ocasião do vigésimo quinto aniversário do Instituto, explicou o nascimento da idéia do Instituto João Paulo II para a Família: “A idéia de ‘ensinar a amar’ já acompanhava o jovem sacerdote Karol Wojtyla e sucessivamente o entusiasmou quando, sendo um jovem bispo, afrontou os momentos difíceis que seguiram a publicação da profética e sempre atual encíclica Humanae Vitae, do meu predecessor Paulo VI. Foi exatamente nestas circunstâncias que identificou a necessidade de se realizar um estudo sistemático deste tema”, estudo que produziu a famosa ‘teologia do corpo’ para demonstrar a concordância entre revelação e natureza humana, entre fé e razão. Tantas argumentações que alguns poucos anos atrás pareciam ser uma prova contra a Humanae Vitae, hoje foram destruídas pouco a pouco pelos dramáticos desenvolvimentos demográficos, pelos tantos casos individuais de infelicidade causados por uma postura de não abertura à vida e pela reflexão antropológica promovida por Wojtyla e levada à frente pelo Instituto criado por ele.

Este é talvez um dos pontos mais importantes que este reconhecimento acadêmico quis ressaltar: a experiência de tantas famílias neocatecumenais demonstrou que o ensinamento das Escrituras sobre a família, sobre a abertura à vida e sobre a sexualidade não é ‘difícil’ ou ‘contrária ao bem’ do homem, como tantas vezes certa imprensa gostaria de apresentá-lo, mas ao invés isso é profundamente de acordo com o bem do indivíduo e da sociedade.

“Em um momento de crise e falta de orientação para muitos – disse o Prof. Noriega – a acolhida sem reservas da encíclica profética de Paulo VI ‘Humanae Vitae’ por parte das famílias do Caminho foi um autentico testemunho para toda a Igreja, mostrando que, além dos nossos medos ou das nossas dificuldades, é possível viver segundo o que a Igreja assinala como específico do caminho de santidade do casal, se existe uma comunidade viva que nos acompanha”.

Hoje, através das famílias em missão – mais de 600 com quase 3.000 filhos em todo o mundo - e a nova experiência das missio ad gentes, famílias reconstruídas e gratas a Deus são testemunho em todo o mundo que Deus responde ao sofrimento do homem.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Eucaristia de Ação de Graças

10/02/2010
Missa comemorativa
pela aprovação
dos Estatutos do
Caminho
Neocatecumenal

No último dia 07 de fevereiro, no Ginásio Nilson Nelson, o arcebispo Dom João Braz presidiu a solene eucaristia em que se comemorou a aprovação definitiva pela Santa Sé dos Estatutos do Caminho Neocatecumenal, reconhecido como um itinerário de formação católica.

Na ocasião estavam presentes cerca de 50 padres onde, em suas paróquias, há comunidades do Caminho Neocatecumenal, bem como representantes de algumas realidades católicas, como o Encontro de Casais com Cristo, a Renovação Carismática e dos Focolares, e uma assistência estimada em 9.000 pessoas participantes das comunidades neocatecumenais e suas família.

No momento, o Caminho Neocatecumenal está presente, em Brasília, em 06 paróquias do Vicariato Centro, com 39 comunidades, em 20 paróquias do Vicariato Sul, com 153 comunidades e no Vicariato Norte em 03 paróquias, com 35 comunidades, e continua se expandindo, para ser um instrumento de redescobrimento da iniciação cristã. Das comunidades têm saído vocacionados para presbítero missionário, vocacionadas para a vida contemplativa e famílias em missão, que são chamadas para levar a palavra de salvação aonde a Igreja necessitar.

Dom João Braz destacou a importância do reconhecimento do Caminho Neocatecumenal com mais um caminho válido para levar a conversão às pessoas e ajudar a Igreja em seu carisma missionário.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF